ORAÇÃO PREPARATÓRIA - Com humildade e respeito aqui nos reunimos,
ó Divino Jesus, para oferecer, todos os dias deste mês, as homenagens de nossa
devoção ao glorioso Patriarca S. José. Vós nos animais a recorrer com toda a
confiança aos vossos benditos Santos, pois que as honras que lhes tributamos
revertem em vossa própria glória. Com justos motivos, portanto, esperamos vos
seja agradável o tributo quotidiano que vimos prestar ao Esposo castíssimo de
Maria, vossa Mãe santíssima, a São José, vosso amado Pai adotivo. Ó meu Deus,
concedei-nos a graça de amar e honrar a São José como o amastes na terra e o
honrais no céu. E vós, ó glorioso Patriarca, pela vossa estreita união com
Jesus e Maria; vós que, à custa de vossas abençoadas fadigas e suores,
nutristes a um e outro, desempenhando neste mundo o papel do Divino Padre
Eterno; alcançai-nos luz e graça para terminar com fruto estes devotos
exercícios que em vosso louvor alegremente começamos. Amém.
LECTIO DIVINA
P. Jacques PHILIPPE (Cores sur Ciel, França)
Soledade de Nossa Senhora |
Hoje, não
meditamos nenhum evangelho em particular, dado que é um dia que carece de
liturgia. Mas, com Maria, a única que permaneceu firme na fé e na esperança
depois da trágica morte de seu Filho, preparamo-nos, no silêncio e na oração,
para celebrar a festa da nossa libertação em Cristo, que é o cumprimento do
Evangelho.
A coincidência
temporal dos acontecimentos entre a morte e a ressurreição do Senhor e a festa
judaica anual da Páscoa, memorial da libertação da escravidão no Egito, permite
compreender o sentido libertador da cruz de Jesus, novo cordeiro pascal, cujo
sangue nos preserva da morte.
Outra
coincidência no tempo, menos assinalada porém sem dúvida muito rica em
significado, é a que existe com a festa judaica semanal do “Sabbat”. Esta
começa na tarde de sexta-feira, quando a mãe de família acende as luzes em cada
casa judia, terminando no sábado de tarde. Recordando que depois do trabalho da
criação, depois de ter feito o mundo do nada, Deus descansou no sétimo dia. Ele
quis que também o homem descanse no sétimo dia, em ação de graças pela beleza
da obra do Criador, e como sinal da aliança de amor entre Deus e Israel, sendo
Deus invocado na liturgia judaica do Sabbat como o esposo de Israel. O Sabbat é
o dia em que se convida cada um a acolher a paz de Deus, o seu “Shalom”.
Deste modo,
depois do doloroso trabalho da cruz, «em que o homem é forjado de novo» segundo
a expressão de Catarina de Sena, Jesus entra no seu descanso no mesmo momento
em que se acendem as primeiras luzes do Sabbat: “Tudo está realizado” (Jo 19,30).
Agora completou-se a obra da nova criação: o homem, antigo prisioneiro do nada
do pecado, converte-se numa nova criatura em Cristo. Uma nova aliança entre
Deus e a humanidade, que nada poderá jamais romper, acaba de ser selada, já que
doravante toda a infidelidade pode ser lavada no sangue e na água que brotam da
cruz.
Diz a Carta aos
Hebreus: «Por isso, resta um repouso Sab ático para o povo de Deus» (Heb 4,9).
A fé em Cristo a ele nos dá acesso. Que o nosso verdadeiro descanso, a nossa
paz profunda, não a de um só dia, mas para toda a vida, seja uma esperança
total na infinita misericórdia de Deus, de acordo com o convite do Salmo 16: «A
minha carne descansará na esperança, pois tu não entregarás a minha alma ao
abismo». Que nos preparemos com um coração novo para celebrar na alegria as
bodas do Cordeiro e nos deixemos desposar plenamente pelo amor de Deus
manifestado em Cristo.
+ Pe. Joan BUSQUETS i Masana (Sabadell,
Barcelona, Espanha)
"Desceu à Mansão dos Mortos." |
Hoje,
propriamente, não há “evangelho” para meditar ou — melhor — deveríamos meditar
todo o Evangelho em maiúscula (a Boa Nova), porque todo ele desemboca no que
hoje recordamos: a entrega de Jesus à Morte para ressuscitar e dar-nos uma Vida
Nova.
Hoje, a Igreja
não se separa do sepulcro do Senhor, meditando sua Paixão e sua Morte. Não
celebramos a Eucaristia até que haja terminado o dia, até amanhã, que começará
com a Solene Vigília da ressurreição. Hoje é dia de silêncio, de dor, de
tristeza, de reflexão e de espera. Hoje não encontramos a Reserva Eucarística
no sacrário. Há só a lembrança e o símbolo de seu “amor até o extremo”, a Santa
Cruz que adoramos devotamente.
Hoje é o dia para
acompanhar Maria, a mãe. Devemos acompanhá-la para poder entender um pouco o
significado deste sepulcro o qual velamos. Ela, que com ternura e amor guardava
em seu coração de mãe os mistérios que não acabava de entender daquele Filho
que era o Salvador dos homens, está triste e sofrendo: «Ela veio para a sua
casa, mas os seus não a receberam» (Jo 1,11). É também a tristeza da outra mãe,
a Santa Igreja, que sofre pela rejeição de tantos homens e mulheres que não
acolheram Aquele que para eles era a Luz e a Vida.
Hoje, rezando com
estas duas mães, o seguidor de Cristo reflete e vai repetindo a antífona da
pregaria das Laudes: «Cristo humilhou-se a si mesmo tornando-se obediente até a
morte e morte de cruz! «Por isso o exaltou grandemente e lhe deu o Nome que
está acima de qualquer outro nome» (cf. Flp 2,8-9).
Hoje, o fiel
cristão escuta a Homilia Antiga sobre o Sábado Santo que a Igreja lê na
liturgia do Oficio de Leitura: «Hoje há um grande silêncio na terra. Um grande
silêncio e solidão. Um grande silêncio porque o Rei dorme. A terra se
estremeceu e se ficou imóvel porque Deus está dormindo em carne e ressuscitou
aos que dormiam há séculos. “Deus morreu na carne e despertou os do abismo».
Preparemo-nos com
Nossa Senhora da Soledade para viver a explosão da Ressurreição e para celebrar
e proclamar — quando se acabe este dia triste — com a outra mãe, a Santa
Igreja: Jesus ressuscitou tal como o havia anunciado! (cf. Mt 28,6).
VIGILIA PASCAL
Textos: Gn 1, 1- 2, 2; Gn 22,
1-18; Ex 14, 15 – 15, 1; Is 54, 5-14; Is 55, 1-11; Ba 3, 9-15. 32 – 4, 4; Ez 36, 16-28; Rm 6, 3-11; Mc 16,
1-7
Pe. Antonio
Rivero, L.C
Rainha do Céu, alegrai-vos! Aleluia! |
Repassemos as
partes desta Solene Vigília Pascal, desentranhando o significado profundo
sacramental e espiritual.
Depois de um dia
transcorrido na oração e no silêncio, no Sábado, ao redor do sepulcro do
Senhor, a comunidade cristã se reúne nesta noite para a celebração principal de
todo a ano; a passagem da morte e do sepulcro à vida nova. Esta Vigília é o
ponto de partida para os cinquenta dias da Páscoa, sete semanas de prolongação
festiva que nos levarão à solenidade conclusiva, Pentecoste.
Em primeiro
lugar, tudo começa desde fora da igreja, com o fogo novo, abençoado pelo
sacerdotes, aspergindo-o com água benta. Iniciamos uma procissão seguindo o
Círio Pascal, símbolo de Cristo Luz do mundo, e progressivamente com círios
acesos nas mãos dos fiéis. É a figura do amor de Cristo que deseja arder como
uma tocha acesa em cada alma. É como uma chama divina que deseja abrasar todas
as almas para acendê-las no desejo das coisas eternas. Mas é também um fogo que
deve queimar as nossas misérias, um fogo abrasador que nos purifique do nosso amor
próprio, que nos vazie de nós mesmos para encher-nos de Deus. Depois escutamos
o pregão inicial – “Exsultet” -, da festa pascal. Hino belíssimo que se remonta
aos primeiros séculos do Cristianismo; cântico impregnado de júbilo pela
ressurreição de Cristo, sobre o telão de fundo do pecado do homem e da
misericórdia de Deus. Júbilo do céu, da terra e da Igreja. É o rito de entrada,
hoje mais solene. Poderíamos chamar festa da luz ou “lucernário”.
Em segundo lugar,
a proclamação da Palavra tem hoje mais leituras, sobretudo do Antigo
Testamento, que vão nos conduzindo desde a criação até a nova criação ou
ressurreição de Jesus. Aqui se cumpre o que Jesus disse aos de Emaús: “tudo o
que está escrito na lei de Moisés e nos profetas e salmos sobre mim, tinha que
se cumprir”. Estas leituras resumem as maravilhas de Deus a favor dos homens,
culminando com a do evangelho da ressurreição que nos relata São Lucas.
Palavras sagradas as que devemos recorrer com frequência para alimentar a alma,
para saciar a sede de eternidade. Palavras que brotam do Senhor como da sua
fonte para esclarecer a nossa inteligência e acender em nós o entusiasmo pelas
coisas celestiais. É a festa da Palavra.
Em terceiro
lugar, a parte sacramental desta noite é mais rica: antes de tudo celebramos o
Batismo, junto com a renovação das promessas batismais por parte dos que estão
já batizados. Pelo batismo fomos enxertados em Cristo. Foi a nossa ressurreição
espiritual, pois graças a Ele passamos da morte a vida. Nesta parte invocamos a
Deus para que com o seu poder santifique a água com que serão batizados, os
catecúmenos. Recorremos para isso à Igreja triunfante, à Igreja do céu, através
das ladainhas, rogando aos anhos e aos santos que intercedam diante do trono de
Deus por nós e pelos que serão batizados. Ao abençoar a água, o sacerdote
introduz nela o círio pascal, imagem de Cristo, com cujo contato adquire a sua
virtude santificadora. É a festa da água.
Em quarto lugar,
passamos agora aa Eucaristia, a principal de todo ano, na que participamos do
Corpo e do Sangue do Ressuscitado. É Cristo como alimento para o caminho e para
a luta pela santidade. É a festa do Pão e do Vinho, convertidos em comida
celestial para a nossa salvação. A Eucaristia é um banquete. Venham e comam!
Não fiquem com fome! É um banquete no qual Deus Pai nos serve o Corpo e o
Sangue, a alma e a divindade do seu próprio Filho, feito Pão celestial. Pão
singelo, pão terno, pão sem fermento… Mas já não é pão, mas o Corpo de Cristo.
Venham e comam! Só se necessita o traje de gala da graça e da amizade com Deus,
senão, não podemos nos aproximar da comunhão, pois “quem comer o Corpo de
Cristo indignamente, come a sua própria condenação”, diz-nos São Paulo (1 Cor
11,27). Este pão da Eucaristia nos liberta desta morte e nos dá a vida imortal.
Todo alimento nutre de acordo as suas propriedades. O alimento da terra
alimenta para o tempo. O alimento celestial, Cristo Eucaristia, alimenta para a
vida eterna.
Finalmente,
especial esta noite é também a conclusão da Eucaristia, com os “aleluias” da
despedida, a saudação cantada à Virgem e a prolongação, se for possível, de um
pequeno ágape dos participantes no salão principal da paróquia. É a festa da
vida pascal, feita convívio e caridade fraterna.
Para refletir: Do Pregão Pascal da Vigília Pascal,
meditemos:
Esta é a noite em
que,
Quebradas as
correntes da morte,
Cristo ascende
vitorioso do abismo.
De que serviria
termos nascido
Se não fossemos
sido resgatados?
Que assombroso
benefício do vosso amor por nós!
Que incomparável
ternura e caridade!
Para resgatar o
escravo, entregaste o Filho!
Necessário foi o
pecado de Adão,
Que foi apagado
pela morte de Cristo.
Feliz culpa que
mereceu tão grande Redentor!
Para rezar: Louvamos-te, Senhor, pela vossa ressurreição
maravilhosa! Obrigado por morrer como o grão de trigo para nos gerar como os
muitos grãos cheios com a vossa vida divina! Obrigado por morrer como o
Unigênito de Deus e ressuscitar como o Primogênito, conosco como os muitos
irmãos! Agora somos filhos e irmãos de Cristo! Obrigado por fazer-nos a semente
corporativa, vossa continuação e vossa produção! Senhor, só queremos colaborar
convosco o melhor possível hoje, permitindo-Vos viver em nós para nós poder
viver-vos! Somos a vossa expressão e a vossa continuação, somos os vossos
“longos dias”!
Qualquer sugestão
ou dúvida podem se comunicar com o padre Antonio neste e-mail: arivero@legionaries.org
ORAÇÃO
- Ó glorioso S. José, a bondade de vosso coração é sem limites e indizível, e
neste mês que a piedade dos fiéis vos consagrou mais generosas do que nunca se
abrem as vossas mãos benfazejas. Distribui entre nós, ó nosso amado Pai, os
dons preciosíssimos da graça celestial da qual sois ecônomo e o tesoureiro;
Deus vos criou para seu primeiro esmoler. Ah! que nem um só de vossos servos
possa dizer que vos invocou em vão nestes dias. Que todos venham, que todos se
apresentem ante vosso trono e invoquem vossa intercessão, a fim de viverem e
morrerem santamente, a vosso exemplo nos braços de Jesus e no ósculo beatíssimo
de Maria. Amém.
LADAINHA DE SÃO JOSÉ
Senhor tende
piedade de nós.
Jesus Cristo
tende piedade de nós.
Senhor tende
piedade de nós.
Jesus Cristo,
ouvi-nos.
Jesus Cristo,
escutai-nos.
Deus Pai do Céu,
tende piedade de nós.
Deus Filho,
Redentor do mundo, tende piedade de nós.
Deus Espírito
Santo, tende piedade de nós.
Santíssima
Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.
Santa Maria, rogai
por nós.
São José,
Ilustre Filho de
Davi,
Luz dos
Patriarcas,
Esposo da mãe de
Deus,
Guarda da
puríssima Virgem,
Sustentador do
Filho de Deus,
Zeloso defensor
de Jesus Cristo,
Chefe da Sagrada
Família,
José justíssimo,
José castíssimo,
José
prudentíssimo,
José fortíssimo,
José obedientíssimo,
José fidelíssimo,
Espelho de
paciência,
Amante da
pobreza,
Modelo dos
operários,
Honra da vida de
família,
Guarda das
virgens,
Amparo das
famílias,
Alívio dos
sofredores,
Esperança dos
doentes,
Consolador dos
aflitos,
Patrono dos
moribundos,
Terror dos
demônios,
Protetor da Santa
Igreja,
Patrono da Ordem
Carmelita,
Cordeiro de Deus,
que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus,
que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus,
que tirais o pecado do mundo, tende piedade nós.
V. - O Senhor o
constituiu dono de sua casa.
R. - E fê-lo
príncipe de todas as suas possessões.
ORAÇÃO: Deus,
que por vossa inefável Providência vos dignastes eleger o bem-aventurado São
José para Esposo de vossa Mãe Santíssima concedei-nos, nós vos pedimos, que
mereçamos ter como intercessor no céu aquele a quem veneramos na terra como
nosso Protetor. Vós que viveis e reinais com Deus Padre na unidade do Espírito
Santo. Amém.
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