MÊS DO SAGRADO
CORAÇÃO DE JESUS
Oração preparatória: Senhor Jesus Cristo, unindo-me à
divina intenção com que na terra pelo vosso Coração Sacratíssimo rendestes
louvores a Deus e ainda agora os rendeis de contínuo e em todo o mundo no
Santíssimo Sacramento da Eucaristia até a consumação dos séculos, eu vos
ofereço por este dia inteiro, sem exceção de um instante, à imitação do Sagrado
Coração da Bem aventurada Maria sempre Virgem Imaculada, todas as minhas
intenções e pensamentos, todos os meus afetos e desejos, todas as minhas obras
e palavras. Amém.
1ª Leitura (At
12,1-11): Naqueles dias, o rei Herodes começou
a perseguir alguns membros da Igreja. Mandou matar à espada Tiago, irmão de
João, e, vendo que tal procedimento agradava aos judeus, mandou prender também
Pedro. Era nos dias dos Ázimos. Mandou-o prender e meter na cadeia,
entregando-o à guarda de quatro piquetes de quatro soldados cada um, com a
intenção de o fazer comparecer perante o povo, depois das festas da Páscoa.
Enquanto Pedro era guardado na prisão, a Igreja orava instantemente a Deus por
ele. Na noite anterior ao dia em que Herodes pensava fazê-lo comparecer, Pedro
dormia entre dois soldados, preso a duas correntes, enquanto as sentinelas, à
porta, guardavam a prisão. De repente, apareceu o Anjo do Senhor e uma luz
iluminou a cela da cadeia. O Anjo acordou Pedro, tocando-lhe no ombro, e
disse-lhe: «Levanta-te depressa». E as correntes caíram-lhe das mãos. Então o
Anjo disse-lhe: «Põe o cinto e calça as sandálias». Ele assim fez. Depois
acrescentou: «Envolve-te no teu manto e segue-me». Pedro saiu e foi-o seguindo,
sem perceber a realidade do que estava a acontecer por meio do Anjo; julgava
que era uma visão. Depois de atravessarem o primeiro e o segundo posto da
guarda, chegaram à porta de ferro, que dá para a cidade, e a porta abriu-se por
si mesma diante deles. Saíram, avançando por uma rua, e subitamente o Anjo
desapareceu. Então Pedro, voltando a si, exclamou: «Agora sei realmente que o
Senhor enviou o seu Anjo e me libertou das mãos de Herodes e de toda a
expectativa do povo judeu».
Salmo Responsorial: 33
R. O Senhor libertou-me de toda a
ansiedade.
A toda a
hora bendirei o Senhor, o seu louvor estará sempre na minha boca. A minha alma
gloria-se no Senhor: escutem e alegrem-se os humildes.
Enaltecei
comigo ao Senhor e exaltemos juntos o seu nome. Procurei o Senhor e Ele
atendeu-me, libertou-me de toda a ansiedade.
Voltai-vos
para Ele e ficareis radiantes, o vosso rosto não se cobrirá de vergonha. Este
pobre clamou e o Senhor o ouviu, salvou-o de todas as angústias.
O Anjo do
Senhor protege os que O temem e defende-os dos perigos. Saboreai e vede como o
Senhor é bom: feliz o homem que n’Ele se refugia.
2ª Leitura (2Tim
4,6-8.17-18): Caríssimo: Eu já estou oferecido em
libação e o tempo da minha partida está iminente. Combati o bom combate,
terminei a minha carreira, guardei a fé. E agora já me está preparada a coroa da
justiça, que o Senhor, justo juiz, me há de dar naquele dia; e não só a mim,
mas a todos aqueles que tiverem esperado com amor a sua vinda. O Senhor esteve
a meu lado e deu-me força, para que, por meu intermédio, a mensagem do
Evangelho fosse plenamente proclamada e todos os pagãos a ouvissem; e eu fui
libertado da boca do leão. O Senhor me livrará de todo o mal e me dará a
salvação no seu reino celeste. Glória a Ele pelos séculos dos séculos. Amém.
Aleluia. Tu és Pedro e
sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não
prevalecerão contra ela. Aleluia.
Evangelho (Mt
16,13-19): Naquele tempo, Jesus foi à região de
Cesareia de Filipe e ali perguntou aos discípulos: «Quem é que as pessoas dizem
ser o Filho do Homem?». Eles responderam: «Alguns dizem que és João Batista;
outros, Elias; outros ainda, Jeremias ou algum dos profetas». «E vós», retomou
Jesus, «quem dizeis que eu sou?». Simão Pedro respondeu: «Simão Pedro
respondeu: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo! Tu és o Cristo, o Filho do
Deus vivo». Jesus então declarou: «Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque
não foi carne e sangue quem te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por
isso, eu te digo: tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e
as forças do Inferno não poderão vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos
Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares
na terra será desligado nos céus».
«Tu és o Cristo, o
Filho de Deus vivo»
Mons. Jaume PUJOL i Balcells, Arcebispo Emérito de
Tarragona (Tarragona, Espanha)
Hoje,
celebramos a solenidade de São Pedro e São Paulo, que foram fundamentos da
Igreja primitiva e, portanto, da nossa fé cristã. Apóstolos do Senhor,
testemunhas da primeira hora, viveram aqueles momentos iniciais de expansão da
Igreja e selaram com o seu sangue a fidelidade a Jesus. Oxalá nós, cristãos do
séc. XXI, saibamos ser testemunhas credíveis do amor de Deus no meio dos
homens, tal como o foram estes dois Apóstolos e como têm sido tantos e tantos
dos nossos conterrâneos.
Numa das
suas primeiras intervenções, o Papa Francisco, dirigindo-se aos cardeais,
disse-lhes que temos de «caminhar, edificar e confessar». Ou seja, temos de
avançar no nosso caminho da vida, edificando a Igreja e confessando o Senhor. O
Papa advertiu: «Podemos caminhar tanto quanto quisermos, podemos edificar
muitas coisas, mas se não confessamos Jesus Cristo, alguma coisa não funciona.
Acabaremos por ser uma ONG assistencial, mas não a Igreja, esposa do Senhor».
Escutámos
no Evangelho da missa de hoje um facto central para a vida de Pedro e da
Igreja. Jesus pede àquele pescador da Galileia um ato de fé na sua condição
divina e Pedro não duvida em afirmar: «Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo» (Mt
16,16). Imediatamente a seguir, Jesus institui o Primado, dizendo a Pedro que
será a rocha firme sobre a qual será edificada a Igreja ao longo dos tempos
(cf. Mt 16,18) e dando-lhe o poder das chaves, a suprema potestade.
Embora
Pedro e os seus sucessores sejam assistidos pela força do Espírito Santo,
necessitam igualmente da nossa oração, porque a missão que têm é de grande
transcendência para a vida da Igreja: têm de ser fundamento seguro para todos
os cristãos ao longo dos tempos; portanto, todos os dias temos de rezar também
pelo Santo Padre, pela sua pessoa e pelas suas intenções.
«Tu és o Cristo, o
Filho do Deus vivo»
+ Mons. Pere TENA i Garriga Bispo Auxiliar Emérito de
Barcelona (Barcelona, Espanha)
Hoje é um
dia consagrado pelo martírio dos apóstolos São Pedro e São Paulo. «Pedro,
primeiro predicador da fé; Paulo, mestre esclarecido da verdade» (Prefácio).
Hoje é um dia para agradecer à fé apostólica, que é também a nossa, proclamada
por estas duas colunas com sua prédica. É a fé que vence ao mundo, porque crê e
anuncia que Jesus é o Filho de Deus: «Simão Pedro respondeu: Tu és o Cristo, o
Filho de Deus vivo!» (Mt 16,16). As outras festas dos apóstolos São Pedro e São
Paulo veem outros aspectos, mas hoje contemplamos aquele que permite nomeá-los
como «primeiros predicadores do Evangelho» (Coleta): com seu martírio
confirmaram seu testemunho.
Sua fé, e a
força para o martírio, não lhes veio de sua capacidade humana. Jesus então lhe
disse: Feliz é Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que
te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus (cf. Mt 16,17). Igualmente, o
reconhecimento “daquele que ele perseguia” como Jesus o Senhor foi claramente,
para Saulo, obra da graça de Deus. Em ambos os casos, a liberdade humana que
pede o ato de fé se apoia na ação do Espírito.
A fé dos
apóstolos é a fé da Igreja, uma, santa, católica e apostólica. Desde a
confissão de Pedro em Cesareia de Felipe, «cada dia, na Igreja, Pedro continua
dizendo: ‘Vós sois o Cristo, o Filho do Deus vivo!’» (São Leão Magno). Desde
então até nossos dias, uma multidão de cristãos de todas as épocas, idades,
culturas e, de qualquer outra coisa que possa estabelecer diferenças entre os
homens, proclamou unanimemente a mesma fé vitoriosa.
Pelo
batismo e a crisma estamos no caminho do testemunho, isto é, do martírio. É
necessário que estejamos atentos ao “laboratório da fé” que o Espírito realiza
em nós (João Paulo II), e que peçamos com humildade poder experimentar a
alegria da fé da Igreja.
Jesus fez de Pedro a
pedra em que assenta a Sua Igreja. Os poderes do demónio não a vencerão nunca.
Louvemos alegres a Jesus que assim o prometeu e o cumprirá sempre.
Geraldo
Morujão
O texto da
leitura consta de duas partes distintas, mas intimamente ligadas: a confissão
de fé de Pedro (vv. 13-16), comum a Marcos 8, 27-30 e a Lucas 9, 18-21 (cf. Jo
6, 67-71), e a promessa feita a Pedro (vv. 17-19), exclusiva de Mateus (cf. Jo
21, 15, 23).
«Cesareia de Filipe» era a cidade construída por Filipe,
filho de Herodes, o Grande, em honra do César romano, nas faldas do Monte
Hermon, a uns 40 quilómetros a Nordeste do Lago de Genesaré.
«Quem dizem os homens… E vós, quem
dizeis que Eu sou?»
É uma pergunta que, em face de Jesus – uma pessoa tão singular, surpreendente e
apaixonante –, não pode deixar de ser feita em todos os tempos. As respostas
podem ser variadas e até contraditórias, mas só uma é a certa, a resposta de
Pedro, a resposta esclarecida da fé, resposta que Jesus aprova: «Feliz de ti,
Simão» (v. 17). «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo» (v. 16):Messias é a
forma hebraica da palavra do texto original grego, Cristo, que quer dizer
ungido (os reis eram ungidos com azeite na cabeça ao serem investidos). Jesus é
o Rei (ungido) anunciado pelos Profetas e esperado pelo povo. Quando se diz
Jesus Cristo é como confessar a mesma fé de Pedro, reconhecer que Jesus é o
Cristo, isto é, o Messias, mas num sentido mais denso e profundo, a saber, o
Filho de Deus, num sentido que ultrapassa o corrente e que só o dom divino da
fé pode fazer descobrir, segundo as palavras de Jesus a Pedro: «Não foram a
carne e o sangue que to revelaram» (v. 17). A fé de Pedro, como a nossa, não
pode proceder dum mero raciocínio humano, da sagacidade natural, mas da luz, da
certeza e da firmeza, que procede da revelação de Deus. «A carne e o sangue» é
uma forma semítica de designar o homem enquanto ser débil e exposto ao erro e
ao pecado.
«Tu és Pedro». É significativo que o texto grego
não tenha conservado a palavra aramaica «kêphá», aliás usada noutras passagens
do N. T. sem ser traduzida, como é habitual com os patronímicos. Aqui o
evangelista teve o cuidado de usar o nome correntemente dado ao Apóstolo Simão:
Pedro. É expressivo o trocadilho, com efeito Pedro é a pedra sobre a qual
assenta a solidez de toda a Igreja do Senhor. Note-se que o apelido de Pedro = Pedra
não existia na época, nem em aramaico (Kêphá), nem em grego (Pétros), nem em
latim (Petrus), uma circunstância que reforça o seu significado e originalidade.
Além disso, este apelido também não era apto para caracterizar o temperamento
ou o carácter do Apóstolo, pois aquilo que distingue a sua personalidade não é
precisamente a dureza ou firmeza da pedra, mas antes a debilidade, mobilidade e
até inconstância (cf. Mt 14, 28-31; 26, 33-35.69-75; Gal 2, 11-14). Se Jesus
assim o chama, é em razão da função ou cargo em que há de investi-lo.
«Edificarei a minha Igreja». Jesus, ao dizer a minha, significa
que tem intenção de fundar algo de novo, uma nova comunidade de Yahwéh.
«Ekklêsía» é a tradução grega corrente dos LXX para a designação hebraica da
Comunidade de (qehal) Yahwéh, isto é, «o povo escolhido de Deus reunido para o
culto de Yahwéh» (cf. Dt 23, 2-4.9). Não é, portanto, a Igreja uma seita dentro
do judaísmo, é uma realidade nova e independente. «Jesus pôde dizer minha,
porque Ele a salva, Ele a adquire com o seu sangue, Ele a convoca, Ele realiza
nela a presença divina, a aliança, o sacrifício». «As portas do inferno não
prevalecerão». Esta linguagem tipicamente bíblica (Is 38, 10; Sab16, 13; cf. Jó
38, 17; Sl 9, 14) é uma sinédoque com que se designa a parte pelo todo. Inferno
tanto pode designar a destruição e a morte (xeol=inferi=os infernos), como
Satanás e os poderes hostis a Deus. Também hoje não é difícil ver como estes
poderes hostis à verdadeira Igreja de Cristo mais uma vez se assanharam contra
o Papa…
«Dar-te-ei as chaves do reino dos
Céus». Os poderes
conferidos a Pedro não são para ele vir a exercer no Céu, mas aqui neste mundo,
onde a Igreja, o Reino de Deus em começo e em construção, tem de ser edificada.
No judaísmo e no Antigo Testamento (cf. Is 22, 22), lidar com as chaves é uma
atribuição de quem representa o próprio dono, significa administrar a casa.
Ligar-desligar quer dizer tomar decisões com tal autoridade e poder supremo,
que serão consideradas válidas por Deus, «nos Céus». É de notar que Jesus diz a
todos os Apóstolos esta mesma frase (Mt 18, 18), mas sem que seja tirada
qualquer força à autoridade suprema de Pedro, a quem é dado um especial poder
de «ligar e desligar» na Igreja, enquanto pedra fundamental e pastor supremo a
ser investido após a Ressurreição (Jo 21, 15-17). Este primado de Pedro sobre
toda a Igreja – que hoje se designa por ministério petrino – não é conferido
apenas à pessoa de Pedro, mas a todos os seus sucessores; com efeito Jesus fala
a Pedro na qualidade de chefe duma edificação estável e perene, a Igreja; se o
edifício é perene também o será a pedra fundamental. Como recorda o Catecismo
da Igreja Católica, nº 882, «o Papa, Bispo de Roma e sucessor de S. Pedro, «é
princípio perpétuo e visível, e fundamento da unidade que liga, entre si, todos
os bispos com a multidão dos fiéis» (LG 23). Em virtude do seu cargo de vigário
de Cristo e pastor de toda a Igreja, o Pontífice romano tem sobre a mesma
Igreja um poder pleno, supremo e universal, que pode sempre livremente exercer»
(LG 22). Este é um dos pontos cruciais do diálogo ecuménico, que terá uma saída
feliz quando todos os que se consideram cristãos compreenderem que o carisma
petrino, por vontade de Cristo, é o indispensável instrumento de união e
unidade na legítima diversidade.
Tu és Pedro e sobre
esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão
contra ela.
Nuno Romão
1) Tu és pedra
O evangelho
de hoje relata-nos uma cena muito bonita de Jesus com os apóstolos em Cesareia
de Filipos, lá bem no norte de Israel. O Senhor pergunta-lhes pela sua fé: –E
vós quem dizeis que Eu sou?
S. Pedro
responde com prontidão: – Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo.
Jesus
elogia a sua fé, que não é apenas um entusiasmo humano. E diz-lhe: Também Eu te
digo: Tu és pedra (Pedro) e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja e as
portas do inferno não prevalecerão contra ela.
A Igreja de
Jesus é só uma. Está assente sobre os Apóstolos e sobretudo sobre Pedro. A
Igreja, povo novo fundado por Jesus, é um edifício espiritual que tem por
fundamento a Pedro e o seu sucessor, o Santo Padre.
Onde está
Pedro aí está a Igreja – diziam os antigos com Santo Ambrósio de Milão.
Devemos
estar muito unidos ao Papa, escutando o que nos ensina em nome de Jesus,
obedecendo prontamente ao que ele nos manda, e rezando por ele.
2) Não prevalecerão
Cristo
anuncia que o demónio fará guerra à Igreja mas garante que não levará a melhor.
A Igreja de Jesus tem sido perseguida desde o princípio.
Logo que os
Apóstolos começaram a anunciar o Evangelho, depois da vinda do Espírito Santo,
foram presos e maltratados pelos chefes dos judeus.
No império
romano bem cedo começaram as perseguições violentas e elevado foi o número dos
mártires. Mas apesar disso, o número de cristãos ia aumentando cada vez mais.
Tertuliano afirmava, por volta do ano 200: «Sangue de mártires é semente de
cristãos».
Vieram
depois as heresias, que podiam ter destruído a Igreja a partir de dentro.
Satanás não conseguiu afastá-la da doutrina recebida de Jesus.
Ao longo
dos séculos surgiram outros ataques à Esposa de Cristo: cismas, heresias,
escândalos de membros importantes da Igreja. No século XX o comunismo causou o
martírio de milhões de cristãos. Mais que nos três primeiros séculos. A Igreja
continua firme com o poder de Jesus e a força do Espírito Santo.
Conta
Chesterton, escritor inglês convertido à fé católica:
Um dia em
Heliópolis, no Egito, apareceu um mendigo desgrenhado à porta do palácio do
faraó, dizendo arrogante: – passa para cá os teus tesouros.
O faraó
olhou para ele com desprezo e disse aos seus guardas: – prendei esse insolente.
O mendigo
respondeu: – Eu sou mais forte do que tu. Eu sou o tempo.
O mesmo
bateu à porta doutros grandes impérios e repetiu-se a mesma cena.
Apareceu um
dia na Praça de S. Pedro, em Roma e encontrou-se com um velhinho vestido de
branco que lhe disse: – Benvindo, ó tempo. Eu sou mais forte do que tu. Eu sou
a eternidade.
Os impérios
deste mundo são efémeros. A Igreja, apoiada sobre Pedro e os seus sucessores,
tem garantias de perenidade.
3) A Igreja rezava insistentemente
por Pedro
O Santo
Padre conta com a oração de todos os cristãos. Na primeira leitura vemos como
os cristãos de Jerusalém rezavam insistentemente por Pedro, que Herodes tinha
mandado prender. O Senhor libertou-o por meio do Seu anjo.
Temos de
estar muito unidos ao sucessor de Pedro rezando todos os dias por ele. Para que
Deus o defenda dos inimigos. Para que o encha da Sua sabedoria e da Sua
fortaleza. Assim amamos a Cristo e a Sua Igreja.
Nossa
Senhora em Fátima falava aos pastorinhos do Santo Padre que teria muito que
sofrer e mostrava-lhes o bispo vestido de branco atingido por tiros e setas.
Começaram a
rezar pelo Santo Padre. A pequena Jacinta rezava ainda mais, porque teve uma
visão do Santo Padre em Roma ajoelhado a rezar e a chorar, enquanto cá fora
muitos o insultavam e ameaçavam. Nossa Senhora quis assim animá-los e a nós
também a apoiar com a nossa oração e sacrifícios o sucessor de Pedro.
LADAINHA DO SAGRADO
CORAÇÃO
Senhor,
tende piedade de nós.
Jesus
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor,
tende piedade de nós.
Jesus
Cristo, ouvi-nos.
Jesus
Cristo, atendei-nos.
Deus Pai
dos Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho,
Redentor do mundo, ...
Deus
Espírito Santo Paráclito, ...
Santíssima
Trindade, que sois um só Deus, ...
Coração de
Jesus, Filho do Pai Eterno, tende piedade de nós.
Coração de
Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe, ...
Coração de
Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus...
Coração de
Jesus, de majestade infinita, ...
Coração de
Jesus, templo santo de Deus, ...
Coração de
Jesus, tabernáculo do Altíssimo, ...
Coração de
Jesus, casa de Deus e porta do céu, ...
Coração de
Jesus, fornalha ardente de caridade, ...
Coração de
Jesus, receptáculo de justiça e amor, ...
Coração de
Jesus, abismo de todas as virtudes, ...
Coração de
Jesus, digníssimo de todo o louvor, ...
Coração de
Jesus, rei e centro de todos os corações, ...
Coração de
Jesus, no qual estão todos os tesouros da sabedoria e ciência, ...
Coração de
Jesus, no qual habita toda a plenitude da divindade, ...
Coração de
Jesus, no qual o Pai celeste põe as suas complacências, ...
Coração de
Jesus, de cuja plenitude nós todos participamos, ...
Coração de
Jesus, desejo das colinas eternas, ...
Coração de
Jesus, paciente e misericordioso, ...
Coração de
Jesus, rico para todos os que vos invocam, ...
Coração de
Jesus, fonte de vida e santidade, ...
Coração de
Jesus, propiciação para os nossos pecados, ...
Coração de
Jesus, saturado de sofrimentos, ...
Coração de
Jesus, atribulado por causa de nossos crimes, ...
Coração de
Jesus, feito obediente até a morte, ...
Coração de
Jesus, atravessado pela lança, ...
Coração de
Jesus, fonte de toda a consolação, ...
Coração de
Jesus, nossa vida e ressurreição, ...
Coração de
Jesus, nossa paz e reconciliação, ...
Coração de
Jesus, vítima dos pecadores, ...
Coração de
Jesus, salvação dos que em vós esperam, ...
Coração de
Jesus, esperança dos que em vós expiram, ...
Coração de
Jesus, delícia de todos os Santos, ...
Cordeiro de
Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de
Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de
Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.
V. — Jesus,
manso e humilde de coração,
R. — Fazei o nosso
coração semelhante ao vosso.
ORAÇÃO: Onipotente e eterno Deus, olhai para
o Coração de vosso diletíssimo Filho e para os louvores e satisfações que ele
vos tributa em nome dos pecadores, e àqueles que invocam vossa misericórdia,
concedei benigno o perdão, em nome do mesmo Jesus Cristo, vosso Filho, que
convosco vive e reina juntamente com o Espírito Santo por todos os séculos dos
séculos. Amém.
CONSAGRAÇÃO AO CORAÇÃO
DE JESUS (composta por Sta. Margarida Maria)
Eu...(Nome),
dou e consagro ao Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo a minha pessoa e
minha vida, minhas ações, penas e dores, não querendo servir-me de parte alguma
de meu ser, senão para o honrar, amar e glorificar É esta a minha vontade
irrevogável - pertencer-lhe e fazer tudo por seu amor, renunciando
completamente ao que não for do seu agrado. Eu vos tomo, pois, ó Sagrado
Coração, por único objeto de meu amor, protetor de minha vida, segurança da
minha salvação, remédio da minha fragilidade e inconstância, reparador de todos
os meus defeitos e asilo seguro na hora da morte. Sede, ó Coração de bondade,
minha justificação para com Deus, vosso Pai, e afastai de mim os castigos de
sua cólera. Ó Coração de amor, ponho em vós toda a minha confiança, pois tudo
receio de minha fraqueza e malícia, mas tudo espero da vossa bondade. Destruí
em mim tudo o que vos possa desagradar ou resistir. Que o vosso puro amor se grave
tão profundamente no meu coração, que eu não possa jamais me esquecer nem me
separar de Vós. Suplico-vos, também, por vossa suma bondade, que o meu nome
seja escrito em vós, pois quero fazer consistir toda a minha felicidade e minha
glória em viver e morrer convosco, na qualidade de vossa (o) escrava (o). Assim
seja.