ORAÇÃO PREPARATÓRIA - Com humildade e respeito aqui nos reunimos,
ó Divino Jesus, para oferecer, todos os dias deste mês, as homenagens de nossa
devoção ao glorioso Patriarca S. José. Vós nos animais a recorrer com toda a
confiança aos vossos benditos Santos, pois que as honras que lhes tributamos
revertem em vossa própria glória. Com justos motivos, portanto, esperamos vos
seja agradável o tributo quotidiano que vimos prestar ao Esposo castíssimo de
Maria, vossa Mãe santíssima, a São José, vosso amado Pai adotivo. Ó meu Deus,
concedei-nos a graça de amar e honrar a São José como o amastes na terra e o
honrais no céu. E vós, ó glorioso Patriarca, pela vossa estreita união com
Jesus e Maria; vós que, à custa de vossas abençoadas fadigas e suores,
nutristes a um e outro, desempenhando neste mundo o papel do Divino Padre
Eterno; alcançai-nos luz e graça para terminar com fruto estes devotos
exercícios que em vosso louvor alegremente começamos. Amém.
Lectio Divina
Lectio Divina
Evangelho (Mt
18,21-35): Pedro dirigiu-se a Jesus
perguntando: «Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra
mim? Até sete vezes?» Jesus respondeu: «Digo-te, não até sete vezes, mas até
setenta vezes sete vezes. O Reino dos
Céus é, portanto, como um rei que resolveu ajustar contas com seus servos.
Quando começou o ajuste, trouxeram-lhe um que lhe devia uma fortuna
inimaginável. Como o servo não tivesse com que pagar, o senhor mandou que fosse
vendido como escravo, junto com a mulher, os filhos e tudo o que possuía, para
pagar a dívida. O servo, porém, prostrou-se diante dele pedindo: ‘Tem paciência
comigo, e eu te pagarei tudo’. Diante disso, o senhor teve compaixão, soltou o
servo e perdoou-lhe a dívida. Ao sair
dali, aquele servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia uma quantia
irrisória. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’.
O companheiro, caindo aos pés dele, suplicava: ‘Tem paciência comigo, e eu te
pagarei'. Mas o servo não quis saber. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que
pagasse o que estava devendo. Quando viram o que havia acontecido, os outros
servos ficaram muito sentidos, procuraram o senhor e lhe contaram tudo. Então o
senhor mandou chamar aquele servo e lhe disse: ‘Servo malvado, eu te perdoei
toda a tua dívida, porque me suplicaste. Não devias tu também ter compaixão do
teu companheiro, como eu tive compaixão de ti? O senhor se irritou e mandou
entregar aquele servo aos carrascos, até que pagasse toda a sua dívida. É assim
que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração
ao seu irmão».
«O senhor teve compaixão, (…) perdoou-lhe a
dívida»
Rev. D. Enric
PRAT i Jordana (Sort, Lleida, Espanha)
Hoje, o Evangelho
de Mateus convida-nos a uma reflexão sobre o mistério do perdão, propondo um
paralelismo entre o estilo de Deus e o nosso na hora de perdoar.
O homem atreve-se
a medir e a levar em conta a sua magnanimidade perdoadora: «Senhor, quantas
vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?» (Mt 18,21).
A Pedro parece-lhe que sete vezes já é muito e que é, talvez, o máximo que
podemos suportar. Bem visto, Pedro continua esplêndido, se o compararmos com o
homem da parábola que, quando encontrou um companheiro seu que lhe devia cem
denários, «Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’»
(Mt 18,28), negando-se a escutar a sua súplica e a promessa de pagamento.
Fechadas as
contas, o homem, ou se nega a perdoar, ou mede estritamente a medida do seu
perdão. Verdadeiramente ninguém diria que receberíamos da parte de Deus um
perdão infinitamente reiterado e sem limites. A parábola diz: «o senhor teve
compaixão, soltou o servo e perdoou-lhe a dívida» (Mt 18,27). E a divida era
muito grande.
Mas a parábola
que comentamos põe acento no estilo de Deus na hora de outorgar o perdão.
Depois de chamar à ordem o seu devedor em atraso e de o fazer ver a gravidade
da situação, deixou-se enternecer repentinamente pelo seu pedido contrito e
humilde: «‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei tudo’. Diante disso, o senhor
teve compaixão…» (Mt 18, 26-27). Este episódio põe à vista aquilo que cada um
de nós conhece por experiência própria e com profundo agradecimento: que Deus
perdoa sem limites ao arrependido e convertido. O final negativo e triste da
parábola, contudo, faz honras de justiça e manifesta a veracidade daquela outra
sentença de Jesus em Lc 6,38: «Com a medida com que medirdes sereis medidos».
Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm
* O
Evangelho de hoje fala da necessidade do perdão. Não é fácil perdoar. Pois certas mágoas
continuam machucando o coração. Há pessoas que dizem: "Eu perdôo, mas não
esqueço!" Rancor, tensões, brigas, opiniões diferentes, ofensas,
provocações dificultam o perdão e a reconciliação. Vamos meditar as palavras de
Jesus que falam da reconciliação (Mt 18,21-22) e que trazem a parábola do
perdão sem limites (Mt 18,23-35).
* Mateus 18,21-22: Perdoar setenta vezes sete!. Jesus tinha falado sobre a importância do
perdão e sobre a necessidade de saber acolher os irmãos e as irmãs para
ajudá-los a se reconciliar com a comunidade (Mt 18,15-20). Diante destas
palavras de Jesus, Pedro pergunta: “Quantas vezes devo perdoar ao irmão que
pecar contra mim? Até sete vezes?” O número sete indica uma perfeição. No caso,
era sinônimo de sempre. Jesus vai mais longe do que a proposta de Pedro. Ele
elimina todo e qualquer possível limite para o perdão: "Não te digo até
sete, mas até setenta vezes sete!” Ou seja, setenta vezes sempre! Pois não há proporção entre o perdão que
recebemos de Deus e o perdão que nós devemos oferecer ao irmão, como ensinará a
parábola do perdão sem limites.
* A expressão setenta vezes sete era uma alusão
clara às palavras de Lamec que dizia: “Por uma ferida, eu matei um homem, e por
uma cicatriz matei um jovem. Se a vingança de Caim valia por sete, a de Lamec
valerá por setenta vezes sete" (Gn 4,23-24). Jesus quer reverter a espiral
da violência que entrou no mundo pela desobediência de Adão e Eva, pelo
assassinato de Abel por Caim e pela vingança de Lamec. Quando a violência
desenfreada toma conta da vida, tudo desanda e a vida se desintegra. Surge o
Dilúvio e aparece a Torre de Babel da dominação universal (Gn 2,1 a 11,32).
*
Mateus 18,23-35: A parábola do perdão sem limite. A
dívida de dez mil talentos valia em torno de 164 toneladas de ouro. A dívida de
cem denários valia 30 gramas de ouro. Não existe meio de comparação entre os
dois! Mesmo que o devedor junto com mulher e filhos fossem trabalhar a vida
inteira, jamais seriam capazes de juntar 164 toneladas de ouro. Diante do amor
de Deus que perdoa gratuitamente nossa dívida de 164 toneladas de ouro, é nada
mais do que justo que também nós perdoemos ao irmão a insignificante dívida de
30 gramas de ouro, setenta vezes sempre! O único limite para a gratuidade do
perdão de Deus é a nossa incapacidade de perdoar o irmão! (Mt 18,34; 6,15).
* A
comunidade como espaço alternativo de solidariedade e de fraternidade. A sociedade do Império Romano era dura e sem
coração, sem espaço para os pequenos. Estes buscavam um abrigo para o coração e
não o encontravam. As sinagogas também eram exigentes e não ofereciam um lugar
para eles. E nas comunidades cristãs, o rigor de alguns na observância da Lei
levava para dentro da convivência os mesmos critérios da sinagoga. Além disso,
lá para o fim do primeiro século, nas comunidades cristãs começavam a aparecer
as mesmas divisões que existiam na sociedade entre rico e pobre (Tg 2,1-9). Em
vez da comunidade ser um espaço de acolhimento, ela corria o risco de tornar-se
um lugar de condenação e de conflitos. Mateus quer iluminar as comunidades,
para que sejam um espaço alternativo de solidariedade e de fraternidade. Devem
ser uma Boa Notícia para os pobres.
Para um confronto pessoal
1. Por que será que
é tão difícil perdoar?
2. Na nossa
comunidade existe espaço para a reconciliação? De que maneira?
ORAÇÃO
- Ó glorioso S. José, a bondade de vosso coração é sem limites e indizível, e
neste mês que a piedade dos fiéis vos consagrou mais generosas do que nunca se
abrem as vossas mãos benfazejas. Distribui entre nós, ó nosso amado Pai, os
dons preciosíssimos da graça celestial da qual sois ecônomo e o tesoureiro;
Deus vos criou para seu primeiro esmoler. Ah! que nem um só de vossos servos
possa dizer que vos invocou em vão nestes dias. Que todos venham, que todos se
apresentem ante vosso trono e invoquem vossa intercessão, a fim de viverem e
morrerem santamente, a vosso exemplo nos braços de Jesus e no ósculo beatíssimo
de Maria. Amém.
LADAINHA DE SÃO JOSÉ
Senhor tende
piedade de nós.
Jesus Cristo
tende piedade de nós.
Senhor tende
piedade de nós.
Jesus Cristo,
ouvi-nos.
Jesus Cristo,
escutai-nos.
Deus Pai do Céu,
tende piedade de nós.
Deus Filho,
Redentor do mundo, tende piedade de nós.
Deus Espírito
Santo, tende piedade de nós.
Santíssima
Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.
Santa Maria, rogai
por nós.
São José,
Ilustre Filho de
Davi,
Luz dos
Patriarcas,
Esposo da mãe de
Deus,
Guarda da
puríssima Virgem,
Sustentador do
Filho de Deus,
Zeloso defensor
de Jesus Cristo,
Chefe da Sagrada
Família,
José justíssimo,
José castíssimo,
José
prudentíssimo,
José fortíssimo,
José
obedientíssimo,
José fidelíssimo,
Espelho de
paciência,
Amante da
pobreza,
Modelo dos
operários,
Honra da vida de
família,
Guarda das
virgens,
Amparo das
famílias,
Alívio dos
sofredores,
Esperança dos
doentes,
Consolador dos
aflitos,
Patrono dos
moribundos,
Terror dos
demônios,
Protetor da Santa
Igreja,
Patrono da Ordem
Carmelita,
Cordeiro de Deus,
que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus,
que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus,
que tirais o pecado do mundo, tende piedade nós.
V. - O Senhor o
constituiu dono de sua casa.
R. - E fê-lo
príncipe de todas as suas possessões.
ORAÇÃO: Deus,
que por vossa inefável Providência vos dignastes eleger o bem-aventurado São
José para Esposo de vossa Mãe Santíssima concedei-nos, nós vos pedimos, que
mereçamos ter como intercessor no céu aquele a quem veneramos na terra como
nosso Protetor. Vós que viveis e reinais com Deus Padre na unidade do Espírito
Santo. Amém.