terça-feira, 30 de março de 2021

VIA SACRA CARMELITA

C – Irmãos, preparemos os nossos corações à contemplação da Paixão e Morte de nosso Salvador.  Sua Morte nos releva o quanto Deus nos ama, e, ao mesmo tempo, nos manifesta a gravidade do nosso pecado. Ao arrependimento deve unir-se a gratidão e o empenho por uma vida nova no amor.  Peçamos, então, perdão dos nossos pecados, para que possamos meditar com devoção o Mistério da Paixão e Morte do Senhor Jesus.

T - Senhor meu Jesus Cristo, Deus e Homem verdadeiro, Criador e Redentor meu: por serdes Vós quem sois, sumamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas, e porque Vos amo e estimo, pesa-me, Senhor, de todo o meu coração, de Vos Ter ofendido; pesa-me também de Ter perdido o céu e merecido o inferno; e proponho firmemente, ajudado com o auxílio de Vossa divina graça, emendar-me e nunca mais Vos tornar a ofender. Espero alcançar o perdão de minhas culpas pela Vossa infinita misericórdia.

P – Concedei-nos, Senhor nosso Deus, sermos encontrados também nós, por vossa graça, caminhando sempre alegremente na mesma caridade com a qual, por amor do mundo, vosso Filho entregou-se à morte. Por Cristo, nosso Senhor.

T – Amém.

1º PASSO: JESUS ANGUSTIADO NO JARDIM DAS OLIVEIRAS

C - Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.

T - Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.

L - DO EVANGELHO DE SÃO LUCAS: Conforme o seu costume, Jesus dirigiu-se para o monte das Oliveiras, seguido dos seus discípulos.  Ao chegar àquele lugar, disse-lhes: Orai para que não caiais em tentação. Depois afastou-se deles à distância de um tiro de pedra e, ajoelhando-se, orava: Pai, se é de teu agrado, afasta de mim este cálice! Não se faça, todavia, a minha vontade, mas sim a tua.  Apareceu-lhe então um anjo do céu para confortá-lo. Ele entrou em agonia e orava ainda com mais instância, e seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra.

C - Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos.

R - Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

Pai Nosso, Ave Maria e Glória

P - Concedei-nos, ó Deus onipotente, pela Paixão de vosso Filho unigênito, que respiremos aliviados, nós que desfalecemos por causa da nossa fraqueza. Por Cristo, nosso Senhor.

T – Amém.

C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito bem impressas

R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.

2º PASSO: JESUS PRESO E CONDENADO PELO SINÉDRIO

C - Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.

T - Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.

L - DO EVANGELHO DE SÃO LUCAS: À frente da multidão vinha um dos Doze, que se chamava Judas. Achegou-se de Jesus para beijá-lo.  Jesus perguntou-lhe: Judas, com um beijo traís o Filho do Homem? ... Prenderam-no então e conduziram-no à casa do príncipe dos sacerdotes. Os homens que guardavam Jesus escarneciam dele e davam-lhe bofetadas. Cobriam-lhe o rosto e diziam: Adivinha quem te bateu!   E injuriavam-no ainda de outros modos.

C - Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos.

R - Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

Pai Nosso, Ave Maria e Glória.

P - Senhor, Deus e Pai nosso, que pela Paixão de vosso Filho unigênito nos destes a vida, fazei que, unidos à sua Morte pela penitência, possamos também participar, com todos os homens, de sua ressurreição. Por Cristo, nosso Senhor.

T – Amém.

C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito bem impressas

R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.

3º PASSO: JESUS FLAGELADO

C - Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.

T - Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.

L - DOS EVANGELHOS DE SÃO LUCAS E SÃO JOÃO: Pilatos ainda interveio: Mas que mal fez ele, então? Não achei nele nada que mereça a morte; irei, portanto, castigá-lo e, depois, o soltarei... Pilatos, então, mandou flagelar Jesus.

C - Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos.

R - Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

Pai Nosso, Ave Maria e Glória.

P - Concedei, ó Deus onipotente e misericordioso, que, movidos e confortados por vosso Espírito, portemos sempre em nosso corpo a mortificação de Jesus, a fim de que se manifeste em nós também a sua Vida. Por Cristo, nosso Senhor.

T – Amém.

C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito bem impressas

R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.

4º PASSO: JESUS COROADO DE ESPINHOS

C - Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.

T - Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.

L - DO EVANGELHO DE SÃO MATEUS: Os soldados do governador conduziram Jesus para o pretório e rodearam-no com todo o pelotão.  Arrancaram-lhe as vestes e colocaram-lhe um manto escarlate. Depois, trançaram uma coroa de espinhos, meteram-lha na cabeça e puseram-lhe na mão uma vara. Dobrando os joelhos diante dele, diziam com escárnio: Salve rei dos judeus! Cuspiam-lhe no rosto e, tomando da vara, davam-lhe golpes na cabeça.

C - Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos.

R - Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

Pai Nosso, Ave Maria e Glória.

P - Olhai com amor, ó Pai, para a vossa família, pela qual nosso Senhor Jesus Cristo não hesitou em entregar-se aos inimigos e sofrer o suplício da cruz. Vós que viveis e reinais para sempre.

T – Amém.

C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito bem impressas

R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.

5º PASSO: JESUS CONDENADO POR PILATOS.

C - Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.

T - Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.

L - DO EVANGELHO DE SÃO JOÃO: Pilatos saiu outra vez e disse-lhes: Eis que vo-lo trago fora, para que saibais que não acho nele nenhum motivo de acusação.   Apareceu então Jesus, trazendo a coroa de espinhos e o manto de púrpura. Pilatos disse: Eis o homem! Mas eles clamavam: Fora com ele! Fora com ele! Crucifica-o! Pilatos entregou-o então a eles para que fosse crucificado.

C - Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos.

R - Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

Pai Nosso, Ave Maria e Glória.

P - Ó Deus eterno e todo-poderoso, destes aos homens, por modelo, o Cristo, vosso Filho e nosso Salvador, feito homem e humilhado até a morte na cruz: concedei-nos lembrar-nos sempre do ensinamento de sua paixão, para participarmos da glória de sua ressurreição.  Por Cristo, nosso Senhor.

T – Amém.

C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito bem impressas

R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.

6º PASSO: JESUS CARREGA A CRUZ PARA O CALVÁRIO.

C - Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.

T - Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.

L - DO EVANGELHO DE SÃO LUCAS: Seguia-o uma grande multidão de povo e de mulheres, que batiam no peito e o lamentavam.  Voltando-se para elas, Jesus disse: Filhas de Jerusalém, não choreis sobre mim, mas chorai sobre vós mesmas e sobre vossos filhos.

C - Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos.

R - Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

Pai Nosso, Ave Maria e Glória.

P - Ó Deus, pela Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo destruístes a morte que o pecado transmitiu a todos. Concedei que nos tornemos semelhantes ao vosso Filho e, assim como trouxemos pela natureza a imagem do homem terreno, possamos trazer pela graça a imagem do homem novo. Por Cristo, nosso Senhor.

T – Amém.

C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito bem impressas

R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.

7º PASSO: JESUS MORRE NA CRUZ.

C - Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.

T - Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.

L - DO EVANGELHO DE SÃO LUCAS: Chegados ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram, como também os ladrões, um à direita e outro à esquerda. E Jesus dizia: Pai perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem. ... Era quase à hora sexta e em toda a terra houve trevas até a hora nona.  Escureceu-se o sol e o véu do templo rasgou-se pelo meio.  Jesus deu então um grande brado e disse: Pai, nas tuas mãos, entrego o meu espírito. E, dizendo isso, expirou.

C- Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos.

R - Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

Pai Nosso, Ave Maria e Glória.

P - Ó Deus, vós quisestes que vosso Filho sofresse por nós o suplício da cruz a fim de nos libertar do poder do inimigo; concedei que nós, vossos servos, alcancemos a graça da ressurreição. Por Cristo, nosso Senhor.

T – Amém.

C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito bem impressas

R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.

RITOS FINAIS:

P. Sobre vosso povo, Senhor, que celebrou a Paixão de vosso Filho esperando em sua Ressurreição, fazei que desçam copiosas bênçãos, venha o perdão, seja dado o consolo, aumente a fé e firme-se a eterna redenção. Por Cristo, nosso Senhor.

T - Deus nosso Pai, que haveis determinado que se salvem vossos escolhidos por meio dos sofrimentos e da Cruz!  Ajudai-nos a suportar os nossos sofrimentos com o Espírito de paciência e resignação que nos deixou vosso unigênito Filho Jesus Cristo, e fazei que em todas as nossas aflições, sejam da alma, sejam do corpo, repitamos com fé e submissão as palavras que Ele Vos dirigiu em sua dolorosa agonia.  “Pai, não se faça minha vontade, mas sim a vossa!" Amém.

BÊNÇÃO FINAL

P. Deus, Pai de misericórdia, que vos propõe, na Paixão de seu Filho unigênito, o modelo da caridade, vos dê também de receber, servindo a Deus e aos homens, o dom inefável de sua bênção.

T. Amém.

P. Ele vos alcance a graça da vida eterna por meio de Cristo, cuja Morte temporal, conforme a vossa fé, vos livrou da morte eterna.

T – Amém.

P. Ele vos dê participar da Ressurreição de Cristo que vos ensinou o caminho da mortificação e da penitência.

T – Amém.

P. E a benção de Deus todo-poderoso, Pai e Filho, e Espírito Santo, desça sobre vós e permaneça para sempre.

T – Amém.

P. Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe

T. Graças a Deus.


Sexta-feira Santa

Textos: Is 52, 13- 53,12; Hb 4, 14-16; 5, 7-9; João 18, 1-19, 42: Paixão de Cristo segundo São João.

Evangelho (Jo 18,1—19,42): Dito isso, Jesus saiu com seus discípulos para o outro lado da torrente do Cedron. Lá havia um jardim, no qual ele entrou com os seus discípulos. Também Judas, o traidor, conhecia o lugar, porque Jesus muitas vezes ali se reunia com seus discípulos. Judas, pois, levou o batalhão romano e os guardas dos sumos sacerdotes e dos fariseus, com lanternas, tochas e armas(…) O  , o comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus e o amarraram. Primeiro, conduziram-no a Anás (…). Anás, então, mandou-o, amarrado, a Caifás. (…) De Caifás, levaram Jesus ao palácio do governador. Era de madrugada (…). Pilatos, então, mandou açoitar Jesus. Os soldados trançaram uma coroa de espinhos, a puseram na cabeça de Jesus e o vestiram com um manto de púrpura. Aproximavam-se dele e diziam: «Viva o Rei dos Judeus!»; e batiam nele. Pilatos saiu outra vez e disse aos judeus: «Olhai! Eu o trago aqui fora, diante de vós, para que saibais que eu não encontro nele nenhum motivo de condenação». Então, Jesus veio para fora, trazendo a coroa de espinhos e o manto de púrpura. Ele disse-lhes: «Eis o homem!». Quando o viram, os sumos sacerdotes e seus guardas começaram a gritar: «Crucifica-o! Crucifica-o!». (…) Então, lhes entregou Jesus para ser crucificado. Carregando a sua cruz, ele saiu para o lugar chamado Calvário (em hebraico: Gólgota). Lá, eles o crucificaram (…). Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe e a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: «Mulher, eis o teu filho!». Depois disse ao discípulo: «Eis a tua mãe!». A partir daquela hora, o discípulo a acolheu no que era seu. Depois disso, sabendo Jesus que tudo estava consumado, e para que se cumprisse a Escritura até o fim, disse: «Tenho sede!». Havia ali uma jarra cheia de vinagre. Amarraram num ramo de hissopo uma esponja embebida de vinagre e a levaram à sua boca. Ele tomou o vinagre e disse: «Está consumado». E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.

A hora de Jesus no Horto de Getsêmani

Elaborado com base nos textos de Bento XVI) (Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje o Monte das Oliveiras — o mesmo de então—um dos lugares mais venerados do cristianismo. Nele encontramos um dramático ponto culminante do mistério de nosso Redentor: ai Jesus experimentou a "última solidão", toda a tribulação do ser homem. Aí, o abismo do pecado e do mal chegou até o fundo da alma. Ai se estremeceu diante da morte eminente. Ai o beijou o traidor. Ai todos os discípulos o abandonaram.

São João recolhe todas estas experiências e dá uma interpretação teológica do lugar: com a palavra "horto" faz alusão à narração do Paraíso e do pecado original. Quer nos dizer que ao se retomar aquela historia. Naquele horto, no "jardim" do Éden, se produz uma traição, mas "horto" é também o lugar da ressurreição.

No horto Jesus aceitou até o fundo a vontade do Pai, a fez sua, e assim deu uma transformação a historia. Aqui Ele lutou também por mim!

A Paixão de Cristo

Rev. D. Antoni CAROL i Hostench(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje, assombrados, comemoramos a Paixão de Jesus Cristo. Hei aqui seu itinerário: o cenáculo da Eucaristia, o Horto de Getsemani, os palácios de Caifás e Herodes, o pretório de Pilatos, o Calvário da morte e o túmulo. Em cada um destes locais, entre uns e outros, fizemos sofrer a Jesus.

Deus podia nós redimir de mil modos diferentes. Escolheu o caminho do sofrimento até dar a vida. “Perder a vida” é a manifestação mais radical de amor. Não há improvisação: Profetizado já no Antigo Testamento, Jesus o predisse várias vezes; na Última Ceia nos deu de presente como alimento seu "Corpo que será entregue"; em Getsemani reza e diz "sim" a Deus-Pai. Na Cruz — plenamente consciente — mais uma vez diz “SIM”, entregando com liberdade e serenidade seu espírito.

Jesus, meu Redentor, cuidarei de ti com minhas mãos, te defenderei com meus braços, te exaltarei com inteligência, te adorarei com todo meu coração. O farei com tua e nossa Bendita Mãe, Santa Maria.

A postura do orador: Jesus reza de joelhos

Elaborado com base nos textos de Bento XVI) (Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, depois da exortação à vigilância dirigida aos Apóstolos, Jesus se distancia um pouco. Começa propriamente a oração do Monte das Oliveiras. Mateus e Marcos nos dizem que Jesus caiu com o rosto na terra: a postura de oração que expressa a extrema submissão à vontade de Deus, o abandono mais radical a Ele; uma postura que a liturgia ocidental inclui ainda na sexta-feira Santa e na profissão monástica, assim como na Ordenação de diáconos, presbíteros e bispos.

No entanto, Lucas diz que Jesus orou de joelhos. Introduz assim, baseando-se na postura de oração, esta luta noturna de Jesus no contexto da historia da oração cristã: enquanto a lapidavam, Estevão dobra os joelhos e ora (cf. At 7,60); Pedro se ajoelha antes de ressuscitar a Tabita da morte (cf. At 9,40); se ajoelha Paulo quando se despede dos presbíteros de Efésio (cf. At 20,36)…

Contemplemos Jesus, o Servo sofredor. O que não sofreu para nos salvar!

 Pe Antônio Rivero LC

A Quinta-feira Santa foi “a hora de Jesus”. A Sexta-feira Santa é, sobretudo, “a hora de Satanás”. Duas horas que se reduzem a uma só hora, “a hora do Mistério Pascal”, com os seus dois ponteiros: a entrega de Cristo e a maldade humana. A celebração da Paixão de hoje, que não é missa, tem três partes: primeira parte, liturgia da Palavra e oração universal; segunda parte, adoração da santa cruz e, terceira parte, sagrada Comunhão. Também podemos dividi-la assim: Paixão proclamada nas leituras, Paixão invocada na oração universal, Paixão venerada no beijo à santa cruz e Paixão comunicada na comunhão.

Em primeiro lugar, quem resiste contemplar este Servo sofredor? Desprezado, sem estima, leproso, ferido de Deus, humilhado, trespassado pelas nossas rebeliões (1ª leitura), com medo, pavor, tristeza, tédio, gritos, lágrimas. Ai, jogado no horto das oliveiras. Ai, aniquilado e sangrando na flagelação. Ai, blasfemado, injuriado, insultado na cruz. Ai, pregado mãos e pés no madeiro ignominioso da cruz. Ai, com o flanco sangrando pela culpa dessa lança cruel. Ai, deitado na cruz, o céu fechado sem a voz do seu Pai e uma noite escura interior terrível.

Em segundo lugar, não obstante, esse Servo sofredor é modelo e exemplo para nós (2ª leitura). Modelo de obediência ao Pai acima de tudo. Modelo de amor pelos homens até dar a vida por eles. Modelo de perdão sem medida. Modelo de mansidão, que diante de tanta injustiça não esperneou nem sequer se rebelou. Modelo de generosidade, que enquanto ao seu redor cada um tirava um proveito para si, Ele nada reservou para si mesmo. Modelo na hora de sofrer com paciência tanto atropelamento, golpes, empurrões, cusparadas, bofetadas, açoites, coroa de espinhos. Modelo de fidelidade até o final ao plano de Deus. Modelo de confiança nas mãos do seu Pai. 

Finalmente, cada um de nós tem algo de culpa na dor deste Servo sofredor. Os Judas que traem Jesus e o vendem por umas moedas de prazer. Os Pedros que negam Jesus para salvar a sua pele. Os outros discípulos que o abandonam de medo da cruz. Os que o martirizam e crucificam fazendo sofrer os seus irmãos, com os quais Cristo se identifica. Os Anás que estão bem apoltronados no seu sofá amidonado, que escondem no seu palácio uma máfia, sendo ele o padrinho onipotente, cético e agnóstico, disposto a dar uma bofetada em Jesus diante da força da verdade que ele não aceitava; sim, esse Anás que passará para a história como o protótipo de homem que faz valer os seus direitos de “autoridade aposentada”, para humilhar os outros, dar-se importância… E como não pôde, recorreu à violência baixa e própria de vilões. Homem orgulhoso, expeditivo, frontal, prático, seguro de sim mesmo. Também estão os Caifás. Caifás era homem mais político que ético: estava interessado na religião do “interesse”, disposto a praticá-la, embora tivesse que passar por cima da morte, enquanto lhe proporcionasse algo. Este era Caifás: um juiz que pronunciou a sentença, muito antes que o juízo começasse. Homem orgulhoso, expeditivo, frontal, cortante, prático, seguro de sim mesmo. Culpa também têm os covardes Pilatos de turno que preferem lavar as mãos para não perder o posto de prestígio, embora tenham que sacrificar a verdade e dar morte ao inocente. Claro está que têm o seu peso de culpa os Herodes supersticiosos, sensuais, frívolos que pretendem servir-se de Jesus como diversão da festa. E também os Barrabás, baderneiros, criminais, assassinos. Menos mal que também estavam os que consolaram Jesus: a sua santa Mãe, João evangelista, o Cireneu, as santas mulheres, a Verônica.     

Para refletir: Quero acompanhar Cristo na sua Paixão e Morte, ou serei mais um na lista de quem fizer Cristo sofrer neste ano? Qual personagem da Paixão eu quero protagonizar neste ano?

Para rezar: Senhor, piedade e misericórdia. Senhor, obrigado por ter me salvado. Senhor, dai-me a graça de lutar contra o pecado e de levar a minha própria cruz, pequeno pedaço da vossa enorme cruz.

Qualquer sugestão ou dúvida podem se comunicar com o padre Antonio neste e-mail:  arivero@legionaries.org

Quinta-feira Santa (Missa vespertina da Ceia do Senhor)

1ª Leitura (Ex 12,1-8.11-14): Naqueles dias, o Senhor disse a Moisés e a Aarão na terra do Egito: «Este mês será para vós o princípio dos meses; fareis dele o primeiro mês do ano. Falai a toda a comunidade de Israel e dizei-lhe: No dia dez deste mês, procure cada qual um cordeiro por família, uma rês por cada casa. Se a família for pequena demais para comer um cordeiro, junte-se ao vizinho mais próximo, segundo o número de pessoas, tendo em conta o que cada um pode comer. Tomareis um animal sem defeito, macho e de um ano de idade. Podeis escolher um cordeiro ou um cabrito. Deveis conservá-lo até ao dia catorze desse mês. Então, toda a assembleia da comunidade de Israel o imolará ao cair da tarde. Recolherão depois o seu sangue, que será espalhado nos dois umbrais e na padieira da porta das casas em que o comerem. E comerão a carne nessa mesma noite; comê-la-ão assada ao fogo, com pães ázimos e ervas amargas. Quando o comerdes, tereis os rins cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão. Comereis a toda a pressa: é a Páscoa do Senhor. Nessa mesma noite, passarei pela terra do Egito e hei de ferir de morte, na terra do Egito, todos os primogénitos, desde os homens até aos animais. Assim exercerei a minha justiça contra os deuses do Egito, Eu, o Senhor. O sangue será para vós um sinal, nas casas em que estiverdes: ao ver o sangue, passarei adiante e não sereis atingidos pelo flagelo exterminador, quando Eu ferir a terra do Egito. Esse dia será para vós uma data memorável, que haveis de celebrar com uma festa em honra do Senhor. Festejá-lo-eis de geração em geração, como instituição perpétua».

Salmo Responsorial: 115
R. O cálice de bênção é comunhão do Sangue de Cristo.

Como agradecerei ao Senhor tudo quanto Ele me deu? Elevarei o cálice da salvação, invocando o nome do Senhor.

É preciosa aos olhos do Senhor a morte dos seus fiéis. Senhor, sou vosso servo, filho da vossa serva: quebrastes as minhas cadeias.

Oferecer-Vos-ei um sacrifício de louvor, invocando, Senhor, o vosso nome. Cumprirei as minhas promessas ao Senhor, na presença de todo o povo.

2ª Leitura (1Cor 11,23-26): Irmãos: Eu recebi do Senhor o que também vos transmiti: o Senhor Jesus, na noite em que ia ser entregue, tomou o pão e, dando graças, partiu-o e disse: «Isto é o meu Corpo, entregue por vós. Fazei isto em memória de Mim». Do mesmo modo, no fim da ceia, tomou o cálice e disse: «Este cálice é a nova aliança no meu Sangue. Todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de Mim». Na verdade, todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciareis a morte do Senhor, até que Ele venha.

Dou-vos um mandamento novo, diz o Senhor: Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei.

Evangelho (Jo 13,1-15): Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que tinha chegado a sua hora, hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim. Foi durante a ceia. O diabo já tinha seduzido Judas Iscariotes para entregar Jesus. Sabendo que o Pai tinha posto tudo em suas mãos e que de junto de Deus saíra e para Deus voltava, Jesus levantou-se da ceia, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a à cintura. Derramou água numa bacia, pôs-se a lavar os pés dos discípulos e enxugava-os com a toalha que trazia à cintura. Chegou assim a Simão Pedro. Este disse: «Senhor, tu vais lavar-me os pés?». Jesus respondeu: «Agora não entendes o que estou fazendo; mais tarde compreenderás». Pedro disse: «Tu não me lavarás os pés nunca!». Mas Jesus respondeu: «Se eu não te lavar, não terás parte comigo». Simão Pedro disse: «Senhor, então lava-me não só os pés, mas também as mãos e a cabeça». Jesus respondeu: «Quem tomou banho não precisa lavar senão os pés, pois está inteiramente limpo. Vós também estais limpos, mas não todos». Ele já sabia quem o iria entregar. Por isso disse: «Não estais todos limpos». Depois de lavar os pés dos discípulos, Jesus vestiu o manto e voltou ao seu lugar. Disse aos discípulos: «Entendeis o que eu vos fiz? Vós me chamais de Mestre e Senhor; e dizeis bem, porque sou. Se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo, para que façais assim como eu fiz para vós».

«Se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros»

Mons. Josep Àngel SAIZ i Meneses Bispo de Terrassa. (Barcelona, Espanha)

Hoje lembramos aquela primeira Quinta-feira Santa da história, na qual Jesus Cristo se reúne com os seus discípulos para celebrar a Páscoa. Então inaugurou a nova Páscoa da nova Aliança, na que se oferece em sacrifício pela salvação de todos.

Na Santa Ceia, ao mesmo tempo que a Eucaristia, Cristo institui o sacerdócio ministerial. Mediante este, poderá se perpetuar o sacramento da Eucaristia. O prefácio da Missa Crismal revela-nos o sentido: «Ele escolhe alguns para fazê-los participes de seu ministério santo; para que renovem o sacrifício da redenção, alimentem a teu povo com a tua Palavra e o reconfortem com os teus sacramentos».

E aquela mesma Quinta-feira, Jesus nos dá o mandamento do amor: «Amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei» (Jo 13,34). Antes, o amor fundamentava-se na recompensa esperada em troca, ou no cumprimento de uma norma imposta. Agora, o amor cristão fundamenta-se em Cristo. Ele nos ama até dar a vida: essa tem que ser a medida do amor do discípulo, e esse tem que ser o sinal, a característica do reconhecimento cristão.

Mas, o homem não tem a capacidade para amar assim. Não é simplesmente o fruto de um esforço, senão dom de Deus. Afortunadamente, Ele é amor e — ao mesmo tempo — fonte de amor que se nos dá no Pão Eucarístico.

Finalmente, hoje contemplamos o lavatório dos pés. Na atitude de servo, Jesus lava os pés dos Apóstolos, e lhes recomenda que o façam uns aos outros (cf. Jo 13,14).

Há algo mais que uma lição de humildade neste gesto do Mestre. É como uma antecipação, como um símbolo da Paixão, da humilhação total que sofrerá para salvar todos os homens.

O teólogo Romano Guardini diz que «a atitude do pequeno que se inclina ante o grande, ainda não é humildade. É, simplesmente, verdade. O grande que se humilha ante o pequeno, é o verdadeiro humilde». Por isto Jesus Cristo é autenticamente humilde. Ante este Cristo humilde, nossos moldes se quebram. Jesus Cristo inverte os valores humanos e convida-nos a segui-lo para construir um mundo novo e diferente desde o serviço.

Quinta-feira santa

Pe. Antonio Rivero, L.C.

Tanto os gestos e ações, como as palavras e os silêncios de Jesus são quase “sacramentos” de Cristo que realizam o que significam e demostram a seriedade e a sublimidade do momento.

Com a missa de hoje damos por concluída a Quaresma e iniciamos o Tríduo Pascal, que abarcará os três dias seguintes: Sexta-feira, Sábado e Domingo.

Tradicionalmente na manhã desta Quinta-feira se celebrava a missa de reconciliação dos que durante a Quaresma tinham feito o caminho dos “penitentes”. A missa de hoje recorda a instituição da Eucaristia, a mandamento do amor fraterno e a instituição do ministério sacerdotal.

Em primeiro lugar, os gestos. Primeiro gesto: Jesus se levanta da mesa, tira o manto, pega a toalha, se cinge, põe ague num jarro e lava os pés dos discípulos. Todas as ações são sinal visível de um significado invisível, portador da graça divina aqui e agora para nós. Com esse primeiro gesto, Jesus estava entregando à sua Igreja o mandamento da caridade fraterna e do serviço eclesial; todos somos irmãos e com a mesma dignidade. Segundo gesto da Quinta-feira Santa: o pão e o vinho que Ele consagra, convertendo-os no seu Corpo glorioso e no seu Sangue abençoado para a nossa transformação Nele e alimento para o caminho. Terceiro gesto: impõe as mãos sobre os doze discípulos, fazendo-os seus sacerdotes, continuadores dos seus mistérios de salvação. E eles, a seu tempo, deverão continuar com essa corrente, prolongando o sacerdócio de Cristo por todos os cantos da terra, quem Deus chamou a tão sublime vocação.

Em segundo lugar, as palavras que realizam o que significam, pois são eficazes. Primeira palavra: “Amai-vos uns aos outros, como Eu vos tenho amado”, imperativo que podemos viver com graça de Cristo. Segunda palavra: “Tomai e comei… Tomai e bebei”, imperativo que transformou em realidade o que tinha sido uma figura na Páscoa judaica; Cristo será o Cordeiro de Deus e em cada Eucaristia fazemos presentes a nova ceia pascal inaugurada por Cristo nessa Quinta-feira Santa, pois cada vez que se celebre este rito se recordará a morte do Senhor até o dia da sua vinda. Terceira palavra: “Fazei isto em memória de mim”; palavra esta que a Igreja sempre meditou e na que fundamentou o sacramento da Ordem Sacerdotal, pelo que um homem de carne e osso é configurado com Cristo Cabeça e Pastor, quem com o seu ministério sacerdotal faz visível Cristo na comunidade.

Finalmente, os silêncios. Quantos silêncios nesta noite santa da Quinta-feira! Silêncio da alma e da sua vontade para não gritar ao Pai diante da Paixão que se avizinhava e que seu Pai quis para nos redimir. Silêncio dos sentimentos que nesses momentos estavam convulsionados diante da traição de Judas, a resistência de Pedro, o abandono do resto dos apóstolos, a prisão e a agonia… Sentimentos para serem controlados, sublimados. Silêncio das suas paixões irascíveis, submetidas todas à força e ao bálsamo do amor. Silêncio dos olhos para ver todos com os olhos misericordiosos do Pai, sem ódio, sem reprimendas; só derramariam lágrimas e manifestavam um véu de tristeza. Silêncio da boca, para só pronunciar essas palavras sacramentais, e guardar as suas palavras de queixas, para crucificá-las na cruz na Sexta-Feira Santa. Silêncio dos pés para não ir procurar consolos humanos, mas se prostrar no chão em oração ao Pai.    

Para refletir: Agradeço todos os dias o dom da Eucaristia, do Sacerdócio e do Mandamento da caridade? Vivo a Eucaristia cada com mais fervor e me compromete a ser eu Eucaristia para os meus irmãos mediante o sacrifício da minha vida? Trato todos os homens e mulheres como irmãos em Cristo e os trato como trataria Cristo? Rezo todos os dias pelos sacerdotes e lhes agradeço pelo serviço insubstituível que realizam para o bem da minha alma?

Para rezar: Senhor, obrigado pelo dom da Eucaristia, que vos comamos e vos assimilemos com a alma limpa. Obrigado, pelo mandamento da caridade fraterna que cura os nossos egoísmos e ambições. Obrigado, por dar-nos sacerdotes segundo o vosso coração; guardai-os na fidelidade a Vós e a vossa Igreja.

Qualquer sugestão ou dúvida podem se comunicar com o padre Antonio neste e-mail:  arivero@legionaries.org

31 de março

 Beata Joana de Toulouse

Virgem de nossa Ordem
Primeira Carmelita da Ordem Terceira.

Omite-se, neste ano, esta memória, por cair durante a Semana Santa.

Joana de Toulouse era filha e herdeira de Raimundo VII, Conde de Toulouse, e de Joana da Inglaterra, teria nascido em 1220. Ela mesma era Condessa de Toulouse desde 1249 até a sua morte. Decidiu viver reclusa, no convento carmelita de Toulouse (França), onde se distinguiu por sua austeridade. Joana recebeu o hábito de terciária das mãos de São Simão Stock, merecendo assim ser considerada fundadora da Ordem Terceira do Carmelo. Ela não apenas empregou inteiramente o seu tempo, como também o seu dinheiro, para a formação dos religiosos carmelitas Amava falar das coisas celestes com os jovens religiosos e rezava muito por eles, o que por sua vez lhe trazia grande proveito espiritual. Joana é citada ao mesmo tempo como terciária e como monja; não é de se excluir que tenha professado a regra carmelitana, como fizeram outras mulheres "conversas" suas contemporâneas. Faleceu em 25 de agosto de 1271. Foi oficialmente beatificada por Leão XIII em 1895.

Comum das virgens, ou das Santas Mulheres (para Religiosas)

Oração
Ouvi, Senhor, as súplicas dos vossos fiéis que devotamente celebram as virtudes da Beata Joana. e concedei-lhes a graça de crescerem sempre no vosso amor e nele perseverarem até à morte. Por Nosso Senhor.

segunda-feira, 29 de março de 2021

Encerrando o mês de São José


SALMOS DE SÃO JOSÉ
ANTÍFONA:
À vossa proteção e amparo recorro, são José, Pai nutrício de Jesus! Não desprezeis as minhas súplicas em minhas necessidades, mas livrai-me sempre de todos os perigos, ó glorioso e bendito Pai são José.

1° SALMO
- São José, sois poderoso e grande e sumamente louvável! Reinais para sempre à direita de vossa Esposa maculada.
- O céu e a terra exaltam a vossa misericórdia e bondade. Vosso Filho Jesus abençoa as obras de vossas mãos.
 
- Em vosso amor velai por nós, vossos servos e apresentai a vosso Filho as nossas necessidades.
- Confio firmemente em vossa intercessão, porque o Senhor não pode recusar os vossos pedidos.
 
- Em todas as conjunturas da vida temos em vós um amigo e protetor. Vós nos defendeis de todos os adversários.
- Se vamos a vós com o coração triste e aflito volvemos consolados e revigorados.
 
- São José, filho de Davi, compadecei-vos de nós! Depois de Maria sois nossa maior esperança e a luz de quantos em vós confiam. Peço-vos, Pai amoroso, que rogueis por nós: mudai nossa tristeza em alegria.
 
- Quanto maior a necessidade e miséria em que nos debatemos tanto maior a vossa solicitude em nos socorrer.
- Aquele a quem alimentastes e provestes, quando criança não pode recusar-vos nenhum pedido e nos atenderá.
 
- Recomendo-vos meu corpo e minha alma com todos os seus problemas, minha vida e a hora de minha morte.
- Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre.
 
2° SALMO
- Pecadores, acercai-vos de são José, prostrai-vos a seus pés, pedi-lhe seu amparo.
- Abri os vossos corações e apresentai-lhe as vossas precisões e sereis consolados.
 
- Em razão de nossos pecados, somos indignos de vossa proteção; contudo, sede nosso protetor, ó são José.
- Tomai a peito os nossos negócios junto ao Senhor e alcançaremos o perdão de nossos pecados.
 
- Povos da terra, observai os mandamentos do Senhor! Não vos esqueçais de são José e sereis  felizes!
- Chefe da Sagrada Família, prestai ouvidos ao nosso clamor e apresentai ao vosso divino Filho as nossas necessidades.
 
- Tantas vezes já nos livrastes de nossos inimigos e desviado os nossos passos do caminho do pecado.
- Peregrinos do vale de lágrimas, temos no ceu um protetor poderoso.
 
- Se nos volverdes o rosto se nos encherá o coração de consolo e alegria.
- Ofertai-lhe os vossos corações e vossas ações todas e ele vos obterá de seu Filho Jesus bênçãos e paz interior.
 
- Quantas vezes já salvou a tantos de perigos de morte temporal e eterna. Seu socorro não falha a quem lhe pede auxílio.
- Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre.
 
3° SALMO
- Em vós, santo Pai, encontramos auxílio e proteção! Esmagastes o poder de nossos inimigos.
- Enviai-nos os anjos do céu para que nos guardem e protejam de nossos adversários.
 
- Velai por nós, vossos servos fiéis e seremos livres de toda aflição e perigo.
- Sede nosso intercessor junto a vosso Filho Jesus e a ira dele se apaziguará.
 
- Vede nossa pobreza e não tardeis em remediar nossa miséria e tribulação.
- Sede nosso abrigo seguro, estendei-nos a mão misericordiosa que nos arranca da miséria.
 
- Ficai ao nosso lado, aconselhai-nos, velai por nós e todos os males se desvanecerão.
- Volvei vossos olhos benignos a nós, vossos servidores, e não permitais pereçamos nos perigos que nos cercam.
 
- São José, alcançai-nos de vosso Filho Jesus toda a riqueza das virtudes e a ira de Deus se desviará de nós.
- Lembrai-vos, Pai amantíssimo, de vossa misericórdia e levantai nossos corações abatidos com vosso olhar de Pai.
 
- Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre.
 
4º SALMO
- São José, deposito em vós toda a minha confiança, porque Jesus e Maria vos foram submissos.
- Vinde em meu auxílio e advogai a minha causa. Minha confiança em vós jamais será frustrada.
 
- Iluminai-nos com a luz de vossa misericórdia e conduzi-nos com mão forte por entre os ardis do inimigo.
- Renovai em nós os muitos milagres que se operam por vossa intercessão. Fazei-nos sentir o auxílio poderoso do vosso braço.
 
- Afastai-nos de todos os males e consolai-nos, Pai amoroso, pois vos foi confiado o Filho unigênito de Deus.
- É impossível não sermos atendidos em nossas necessidades, se fordes o nosso intercessor.
 
- Ouvi a nossa oração e até vós chegue o nosso clamor.
- Pai nutrício do Verbo eterno, depomos em vossas mãos os anelos e pedidos de nossos corações e esperamos em vós, nosso intercessor.
 
- Ouvi a todos os que a vós recorrem em suas necessidades e alcançai-lhes graça junto a Deus.
- Sintam os efeitos do vosso socorro os que vos invocam nos perigos e em qualquer dificuldade.
 
- Não se ouviu ainda tivesse alguém recorrido a vós e não tivesse sido atendido.
- Em vós encontram alívio e remédio os que se voltam a vós em suas aflições e os consolais em vosso amor de pai.
 
- Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre.
 
5° SALMO
- Pai nutrício do Senhor, vede minha aflição e meu estado e vinde em meu auxílio.
- Sois porto de salvação para mim e para todos que vos invocam.
 
- Com justiça vos chamamos porta do céu. Introduzi-nos no gozo do Senhor.
- Honra, glória e ações de graças a vós por todos os benefícios que por vós recebemos.
 
- Dia após dia, têm provas de vossa poderosa intercessão os que confiantes vos apresentam seus pedidos.
- Vossa vida foi modelo de virtudes. Seja nosso ideal em tudo tornar-nos semelhantes a vós.
 
- Implantai em nosso coração vossa humildade, mansidão e obediência e seremos agradáveis ao Senhor.
- Patrono dos pobres e aflitos, livrai-me das tribulações e dores, confortai meu coração atribulado.
 
- Por vossa intercessão fazei desaparecer a peste, a fome e a guerra. Porventura não seríamos atendidos em nossas tribulações e sofrimentos?
- Fazei-nos repousar à sombra de vosso poderoso patrocínio e nossas dores se mudarão em gozo.
 
- Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre.
 
6° SALMO
- Sede louvado, são José fonte de graças para os atribulados e sofredores.
- Confiando em vosso auxílio, não pereceremos. Sois Pai bondoso de vossos servidores.
 
- Curai nossos males e lavai nossa alma de toda mácula de pecado.
- Se a Deus erguerdes as mãos em nosso favor, cessa para logo toda tribulação e vossa palavra acalmará toda dor.
 
- Por vossa intercessão esperamos com confiança o perdão dos pecados e o atendimento de nossos pedidos.
- Auxílio dos necessitados, ide ao trono de vosso FiIho Jesus e pedi que sejamos livres de nossos temores.
 
- Pedimo-vos pelo poder de vosso nome a que Jesus nada pode recusar.
- Estendei vosso manto protetor sobre vossos filhos e nos veremos livres da tristeza e do desalento.
 
- Se vos tivermos como Pai e intercessor baixará a nossos corações a paz e a serenidade.
- Pai são José, todas as gerações da terra vos hão de venerar e amar e todos os anjos do céu hão de louvar vossa glória.
 
- Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre.
 
ANTÍFONA:
À vossa proteção e amparo recorro, são José, Pai nutrício de Jesus! Não desprezeis as minhas súplicas em minhas necessidades, mas livrai-me sempre de todos os perigos, ó glorioso e bendito Pai são José.
 
Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
 
Pai-nosso.
 
V. Ele o constituiu senhor de sua casa.
R. E administrador de todos os seus bens.
 
V. Rogai por nós, Pai e Senhor são José.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

ORAÇÃO:
Nós vos pedimos, Senhor, que nos socorrais com os méritos do Esposo de vossa Mãe santíssima e, como por nós nada podemos, concedei-nos por sua intercessão o que vos pedimos. Vós que viveis e reinais por todos os séculos. Amém.

Via Sacra com Santa Elisabete da Trindade

ORAÇÃO PREPARATÓRIA

C - “Ó meu Cristo Crucificado, é te contemplando que eu compreendo toda a malicia do pecado. Oh! meu Bem-Amado, enquanto os verdugos perfuravam os teus pés e as tuas mãos, enquanto tu padecias mil torturas sobre a Cruz, tu vias minhas inúmeras faltas e todas as minhas infidelidades.  Oh! como elas te faziam sofrer! Mas, ó meu Bem-Amado, tu sabias também como um dia eu devia te amar, tu sabias que para retribuir-te amor com amor, para consolar-te, para conquistar-te almas, estaria disposta a dar-te mil vezes minha vida. Ó meu querido Crucificado, perdão por todos os sofrimentos que tenho causado ao teu divino Coração. Perdão. Olhai somente o meu amor, porque eu te amo tanto e desejo tanto te conquistar as almas! ...” (Diário Espiritual, 24 de janeiro de 1899).

1ª ESTAÇÃO: JESUS É CONDENADO

C - Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.

R - Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.

L1. DO EVANGELHO DE SÃO MATEUS:  Pilatos lavou as mãos diante do povo: sou inocente do sangue deste homem… soltou Barrabás e mandou açoitar Jesus e lho entregou para ser crucificado. (Mt 27,24.26)

C - Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos.

R - Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

L2. “Quando vier a hora da humilhação, do aniquilamento, a esposa lembrar-se-á destas palavras: “Mas Jesus se calava” (Mt 26,63). Também a alma se calará, “guardando toda a sua força no Senhor” (Sl 59,10), essa força que se “alcança no silêncio" (Is 30,15). Quando vier o abandono, o desamparo, a angústia que arrancaram a Cristo o grande grito: “Pai, por que me abandonaste"?” (Mt 27,46), a alma se lembrará desta oração do Mestre: “que eles tenham em si a plenitude da minha alegria” (Jo 17,23).  E bebendo até o fim “o cálice preparado pelo Pai” (Jo 18,11), ela saberá encontrar em seu amargor uma suavidade divina.  Enfim, depois de haver repetido muitas vezes: “Tenho sede” (Jo 19,28), sede de possuir-vos na glória do céu, ela exclamará: “Tudo está consumado; em vossas mãos entrego o meu espírito” (Jo 19,30 e Lc 23,46).  E o Pai virá buscá-la para “transportá-la para o seu Reino” (Cl 1,12-13), onde, na luz, ela verá a sua luz (Sl 36,10).” (Ultimo Retiro, 39)

C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito, bem impressas,

R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.

2ª ESTAÇÃO: JESUS CARREGA A CRUZ

C - Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.

R - Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.

L1. DO EVANGELHO DE SÃO JOÃO:  Ele próprio carregava a sua cruz para fora da cidade, em direção do lugar chamado Calvário. (Jo 19,17).

C - Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos.

R - Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

L2. “Que cada dia seja mais perfeita a semelhança com a imagem adorada. “Configuratus morti eius” (Fl 3,10). Este é, pois, o pensamento que me persegue e fortalece minha alma na dor. Oxalá visse a obra de destruição que percebo realizar-se em todo o meu ser.... É o caminho do Calvário que se abriu diante de mim, e eu experimento uma felicidade indizível por poder caminhar nele como uma esposa junto ao divino Crucificado”.  (Carta 252)

C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito, bem impressas,

R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.

3ª ESTAÇÃO: JESUS CAI PELA PRIMEIRA VEZ.

C - Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.

R - Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.

L1. DO LIVRO DO PROFETA ISAÍAS:  Foi castigado por nossos crimes, e esmagado por nossas iniquidades; o castigo que nos salva pesou sobre Ele, fomos curados graças a seus padecimentos. (Is 53,5)

C - Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos.

R - Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

L2. “A vida é uma sucessão de sofrimentos, e creio que os felizes neste mundo são os que escolheram a cruz por sua porção e herança, e isto por amor daquele de quem diz São Paulo: “Ele me amou e se entregou por mim” (Gl 2,20). Manifestemos-lhe nosso amor com todos os nossos atos, fazendo sempre o que lhe agrada, e Ele não nos deixará jamais sozinhas, mas permanecerá no centro de nossa alma, para ser Ele mesmo nossa felicidade.” (Carta 249).

C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito, bem impressas,

R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.

4ª ESTAÇÃO: JESUS ENCONTRA-SE COM SUA MÃE.

C - Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.

R - Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.

L1. DO EVANGELHO DE SÃO LUCAS:  Simeão disse a Maria: este menino será causa de queda e de reergui- mento para muitos em Israel… E quanto a Ti, uma espada transpassara a tua alma! (Lc 2,34–35)

C - Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos.

R - Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

L2. “'A Virgem conservava todas estas coisas em seu coração’ (Lc 2, 19 e 51). Toda a sua história pode ser sintetizada nestas breves palavras. A Virgem viveu sempre na intimidade de seu coração, com tanta profundidade que nenhum olhar humano pode compreendê-la... Como a dele, a sua oração foi sempre esta: ‘Eis-me aqui’ – Quem – ‘A escrava do Senhor’ (Lc 1,39), a última de suas criaturas.  Ela, sua Mãe! Foi tão verdadeira em sua humildade porque viveu sempre esquecida, ignorada de si e em absoluto desprendimento de sua pessoa... A espada atravessou unicamente seu coração (Lc 2,35), porque nela tudo se passa no íntimo...” (Último Retiro 40-41)

C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito, bem impressas,

R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.

5ª ESTAÇÃO: JESUS É AJUDADO POR SIMÃO CIRINEU.

C - Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.

R - Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.

L1. DO EVANGELHO DE SÃO MATEUS: Saindo, encontraram um homem de Cirene, chamado Simão, a quem obrigaram a levar a cruz de Jesus. (Mt 27,32)

C - Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos.

R - Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

L2. “Quero a cruz, quero viver carregando-a para que seja minha única força e sustentáculo, meu tesouro, porque Jesus a escolheu para si. Agradeço-lhe por este sinal de predestinação. ‘Ó crux, ave, spes única’! Ó sim, sempre tu serás meu sustento, minha força, minha esperança. Cruz santa, tesouro supremo que Jesus reserva para os privilegiados do seu Coração. Eu quero viver contigo, morrer contigo a exemplo do meu amado Esposo. Sim, quero viver e morrer crucificada! Meu Amor, ‘ou padecer ou morrer’” (Diário Espiritual, 31.03.1900)

C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito, bem impressas,

R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.

6ª ESTAÇÃO: VERÔNICA ENXUGA A FACE DE CRISTO.

C - Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.

R - Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.

L1. DO LIVRO DO PROFETA ISAÍAS:  Não tinha graça nem beleza para atrair nossos olhares, e seu aspecto não podia cativar-nos… Homem das dores, experimentado nos sofrimentos. (Is 53,3)

C - Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos.

R - Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

L2. “Os eleitos que trazem a palma na mão (Ap 7,9) e estão banhados na grande luz (Is 9,2) de Deus, primeiro tiveram que “passar pela grande tribulação”, conhecer aquela dor cantada pelo salmista “imensa como o mar” (Lm 2,13). Antes de “contemplar, face a face, a glória do Senhor” (2 Cor 3,18), participaram dos aniquilamentos de seu Cristo. Antes de “serem transformados, de glória em glória, na imagem do ser divino” (2Cor, 3,18), foram configurados com a do Verbo encarnado, o Crucificado por amor.” (Último Retiro, 12).

C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito, bem impressas,

R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.

7ª ESTAÇÃO: JESUS CAI PELA SEGUNDA VEZ.

C - Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.

R - Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.

L1. DAS LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS:  Eu sou alguém que viu a miséria, sob a vara de sua ira. A mim ele levou e fez andar nas trevas, não na luz. Com pedras ele cercou os meus caminhos, revirou meus atalhos. (Lm 3,1-2)

C - Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos.

R - Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

L2. “‘O meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou’ (Jo 4,34). Cumprir a vontade divina deve ser também o alimento da esposa e, ao mesmo tempo espada de sua imolação. 'Pai, se possível, que se afaste de mim este cálice. Todavia, não se faça como eu quero, ó Pai, mas como vós quereis’ (Mt 26,39). Assim também a esposa caminha, tranquila e alegre, na companhia de seu Mestre, ao encontro de qualquer sacrifício, sentindo-se feliz de ter sido conhecida pelo Pai, que a crucifica com o seu Filho”. (Último Retiro, 38)

C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito, bem impressas,

R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.

8ª ESTAÇÃO: JESUS CONSOLA AS FILHAS DE JERUSALÉM

C - Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.

R - Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.

L1. DO EVANGELHO DE SÃO LUCAS:  Seguiam-no mulheres que batiam no peito e o lamentavam. Jesus disse: “Filhas de Jerusalém não choreis por mim, mas por vós mesmas e por vossos filhos”… (Lc 23,27)

C - Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos.

R - Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

L2. “Ó meu Jesus, não posso ouvir dizer que vós sofreis, que vosso coração sangra ao ver todos esses homens se afastarem de vós... Isto me tortura. O que sofreis, vós, meu Amado, meu Esposo, minha Vida? Sim, vós chorais, vós pedis que eu vos console? Num ímpeto de bondade chegastes a me pedir a mim, pobre verme da terra, miserável criatura, que vos console. Como é possível, meu Jesus? É bonito demais, é por demais grato ao meu coração. Creio morrer de alegria ao pensar nisto.” (Diário Espiritual, 27.03.1899).

C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito, bem impressas,

R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.

9ª ESTAÇÃO: JESUS CAI PELA TERCEIRA VEZ.

C - Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.

R - Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.

L1. DA PRIMEIRA CARTA AOS CORÍNTIOS:  O que é fraco segundo o mundo, Deus o escolheu para confundir os fortes. (1 Cor 1, 27).

C - Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos.

R - Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

L2. “Ó Jesus, perdão pelas minhas ofensas; perdão pelas minhas cóleras de outrora, perdão pelo meu mau exemplo, meu orgulho e por todas as faltas que cometo com tanta frequência. Reconheço tudo isto, que não há criatura mais miserável do que eu, porque vós me destes tanto, e continuais cumulando-me com vossos dons. Ó Mestre, perdão! Como posso pedir misericórdia para os outros quando sou tão culpada? Como depois de tantas ofensas não vos afastastes de mim? Senhor Jesus, meu Esposo, minha Vida, perdão!” (Diário Espiritual, 9 de março de 1899)

C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito, bem impressas,

R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.

10ª ESTAÇÃO: JESUS É DESPOJADO DE SUAS VESTES.

C - Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.

R - Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.

L1. DO EVANGELHO DE SÃO MARCOS:  Repartiram suas vestes. Deitando sortes sobre elas, para ver o que tocaria a cada um. (Mc 15, 24).

C - Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos.

R - Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

L2. “Ó bom Mestre, que provações me enviastes. Que espada traspassou meu coração. Nunca poderei consolar-me. Contudo, eu agradeço, eu vos bendigo, porque vossa mão serviu desta horrível prova para desapegar-me das coisas deste mundo e apegar-me somente a Vós, meu Amor, minha Vida, meu Esposo amado, pelo qual quero sofrer ou morrer! ...” (Diário Espiritual, 13.03.1899).

C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito, bem impressas,

R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.

11ª ESTAÇÃO: JESUS É PREGADO NA CRUZ.

C - Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.

R - Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.

L1. DO EVANGELHO DE SÃO MARCOS:  Era hora terceira quando o crucificaram. (Mc 15, 25)

C - Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos.

R - Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

“Deixemo-nos crucificar com o nosso Bem-Amado. É tão bonito sofrer por ele. Mediante esse sofrimento, cresce em nós a sua semelhança! Desta maneira lhe retribuímos um pouco de amor, e não há coisa mais bela do que dar algo a quem se ama... Nós somos as pequenas vítimas do seu amor; entreguemo-nos, portanto, a ele! ...” (Carta 42)

C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito, bem impressas,

R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.

12ª ESTAÇÃO: JESUS MORRE NA CRUZ

C - Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.

R - Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.

L1. DO EVANGELHO DE SÃO LUCAS:  Escureceu-se o sol e o véu do templo rasgou-se pelo meio. Jesus deu um forte grito: “Pai em tuas mãos entrego o meu espírito”. E expirou. (Lc 23, 45).

C - Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos.

R - Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

L2. “Ó meu Deus, que eu morra contigo! Que eu morra te levando no meu coração. Quando eu comparecer diante de ti, meu Jesus, meu Esposo Bem-Amado, que tu possas reconhecer tua esposa, aquela que por ti tudo deixou. Ah! Que tu não tenhas que te envergonhar de mim! Que eu não te veja com um rosto irado. Ah, não será assim, eu tenho confiança porque te amo tanto! ... Então, ó meu Amado, eu te verei, eu te possuirei sem temor de te perder, inebriar-me-ei de teu amor... Que seja feita a tua vontade, pois só quero aquilo que tu queres. Tu sabes que te dei tudo e não tenho outro desejo senão a tua vontade. Todavia, se em algum momento tivesse que te ofender com um pecado mortal... leva-me imediatamente contigo, eu te suplico, ... toma-me enquanto sou tua!” (Diário Espiritual, 25.01.1900)

C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito, bem impressas,

R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.

13ª ESTAÇÃO: JESUS É DESCIDO DA CRUZ.

C - Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.

R - Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.

L1. DO EVANGELHO DE SÃO MARCOS:  Depois de ter comprado um pano de linho, José de Arimatéia, tirou-o da cruz. (Mc 15, 46).

C - Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos.

R - Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

L2. “Finalmente! As suas dores terminaram. Realizou-se a nossa salvação! ... Como é bonito unir, identificar a nossa vontade com a dele! Agindo assim, sentimo-nos sempre felizes, sempre contentes. Lá no céu já não podemos mais sofrer por aqueles que amamos. Por isso, aproveitemos agora cada um dos nossos sofrimentos para consolar o nosso Bem-Amado. É tão lindo poder dar-lhe alguma coisa, em troca de tantas delicadezas com que nos cumula” (Carta 43).

C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito, bem impressas,

R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.

14ª ESTAÇÃO: JESUS É SEPULTADO

C - Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.

R - Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.

L1. DO EVANGELHO DE SÃO JOÃO:  No lugar em que Ele foi crucificado, havia um jardim e no jardim, um sepulcro novo. Foi ali que depositaram Jesus. (Jo 19, 41–42).

C - Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos.

R - Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

L2. “A bem-aventurança me fascina sempre mais. Meu Divino Mestre e eu só nos preocupamos com este assunto. Todo interesse dele consiste em preparar-me para a vida eterna... Da minha parte, zelo pela sua honra em mim e muito desejaria que o Pai reconhecesse em mim a imagem do Crucificado por amor, pois São Paulo, o meu querido santo, diz que Deus, em sua presciência, nos predestinou para esta semelhança e conformidade (Rm 8,29)”. (Carta 263)

C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito, bem impressas,

R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.

15ª ESTAÇÃO: Jesus ressuscita!

C - Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.

R - Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.

L1. Por que buscais entre os mortos AQUELE que está VIVO? Não está aqui, mas RESSUSCITOU! (Lc 24,5)

C - Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos.

R - Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

“Aleluia! ... não parece que este jubiloso aleluia só poderíamos cantá-lo dignamente nos céu? E que justamente nestes dias de festa mais sentimos o peso do exílio? Porém, acaso, podemos desejar alguma coisa que ele não queira? Por ventura não estamos prontas a permanecer no mundo enquanto ele quiser?” (Carta 43)

C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito, bem impressas,

R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.