Textos: Nm 6, 22-27; Gal 4, 4-7: Lc 2, 16-21
Evangelho
(Lc 2,16-21): Foram, pois, às pressas a
Belém e encontraram Maria e José, e o recém-nascido deitado na manjedoura.
Quando o viram, contaram as palavras que lhes tinham sido ditas a respeito do
menino. Todos os que ouviram os pastores ficavam admirados com aquilo que
contavam. Maria, porém, guardava todas estas coisas, meditando-as no seu
coração. Os pastores retiraram-se, louvando e glorificando a Deus por tudo o
que tinham visto e ouvido, de acordo com o que lhes tinha sido dito. No oitavo
dia, quando o menino devia ser circuncidado, deram-lhe o nome de Jesus, como
fora chamado pelo anjo antes de ser concebido no ventre da mãe.
«Foram, pois, às pressas
a Belém e encontraram Maria e José, e o recém-nascido deitado na manjedoura»
Rev. D. Manel VALLS i Serra (Barcelona, Espanha)
Hoje,
a Igreja contempla agradecida a maternidade da Mãe de Deus, modelo de sua
própria maternidade para com todos nós. Lucas nos apresenta o “encontro” dos
pastores “com o Menino”, o qual está acompanhado de Maria, sua Mãe, e de José.
A discreta presença de José sugere a importante missão de ser custódio do
grande mistério do Filho de Deus. Todos juntos, pastores, Maria e José, «Foram
com grande pressa e acharam Maria e José, e o menino deitado na manjedoura» (Lc
2,16) é como uma imagem preciosa da Igreja em adoração.
“A
Manjedoura”: Jesus já está na manjedoura, numa noite alusiva à Eucaristia. Foi
Maria quem o colocou lá! Lucas fala de um “encontro”, de um encontro dos
pastores com Jesus. Em efeito, sem a experiência de um “encontro” pessoal com o
Senhor, a fé não acontece. Somente este “encontro”, o qual se entende um “ver
com os próprios olhos”, e em certa maneira um “tocar”, faz com que os pastores
sejam capazes de chegar a ser testemunhas da Boa Nova, verdadeiros
evangelizadores que podem dar a conhecer o que lhes haviam dito sobre aquela
Criança. «Vendo-o, contaram o que se lhes havia dito a respeito deste menino»
(Lc 2,17).
Aqui
vemos o primeiro fruto do “encontro” com Cristo: «Todos os que os ouviam
admiravam-se das coisas que lhes contavam os pastores» (Lc 2,18). Devemos pedir
a graça de saber suscitar este “maravilhamento”, esta admiração naqueles a quem
anunciamos o Evangelho.
Ainda
há um segundo fruto deste encontro: «Voltaram os pastores, glorificando e
louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, e que estava de acordo
com o que lhes fora dito» (Lc 2,20). A adoração do Menino lhes enche o coração
de entusiasmo por comunicar o que viram e ouviram, e a comunicação do que viram
e ouviram os conduz até a pregaria de louvor e de ação de graças, à
glorificação do Senhor.
Maria,
mestra de contemplação —«Maria conservava todas estas palavras, meditando-as no
seu coração» (Lc 2,19) — nos dá Jesus, cujo nome significa “Deus salva”. Seu
nome é também nossa Paz. Acolhamos coração este sagrado e doce Nome e
tenhamo-lo frequentemente nos nossos lábios!
Hoje celebramos a
solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus e o dia internacional da paz.
Pe. Antonio Rivero, L.C.
Circuncisão do Senhor |
Em
primeiro lugar, neste primeiro dia do ano colocamos a Santa Maria como
intercessora, para que nos consiga a paz que necessitamos. É o primeiro dia do
ano e dedicamos a Ela, à Mãe de Deus, à Rainha da Paz, para que abençoe também
todos os nossos esforços e desejos de paz. A cena do Evangelho também nos traz
sentimentos de paz. Voltamos para Belém, para o presépio, para contemplar
“Maria, José, e o Menino deitado no presépio”. Unimo-nos aos pastores neste
momento de adoração, contemplando esta cena, sentindo-nos parte dela, como
aquele povo simples que soube ver naquele menino todo um Deus que vinha para
nascer por nós. Também damos glória a Deus, como os pastores, por ter se
descoberto nas nossas vidas, por ter deixado Deus nascer, um ano mais, nos
nossos corações. Esse menino enche os nossos corações e as nossas vidas de paz,
com a sua paz. “A paz vos deixo, a minha paz vos dou”. Uma paz verdadeira e
para sempre.
Em
segundo lugar, pedimos neste dia que o Senhor coloque o seu olhar sobre nós e
nos conceda a paz. É esta a oração que fazia todo bom israelita, e é uma oração
e um desejo que devemos fazer hoje nosso todas as pessoas de boa vontade.
Queremos que o Senhor conceda a paz, a sua paz, a todos os nossos parentes e
amigos, e a todas as pessoas que quiserem recebê-la, para o mundo inteiro. Hoje
é a jornada mundial da paz. A paz de Deus! O salmo 84 nos diz que a justiça e a
paz se abraçam, se beijam. Queremos uma paz que seja fruto da justiça, não uma
paz imposta violentamente pela força das armas ou pela força do dinheiro. Não
queremos a paz de pessoas que vivem esmagadas pelo poder político, ou social,
ou econômico. Não queremos a paz dos cemitérios. Queremos a paz dos corpos e
das almas, a paz material e a paz espiritual. Sabemos que esta paz não podemos
consegui-la plenamente enquanto vivermos nesta terra, mas devemos sempre
aspirar cada dia a aproximar-nos um pouco mais dela. Não vamos conseguir só com
as nossas forças humanas, necessitamos a ajuda de Deus. Por isso, vamos pedir
hoje a Deus que, por intercessão da sua Mãe, Santa Maria, pouse o seu olhar
sobre nós e nos conceda a paz.
Finalmente,
este é um dia para dar graças a Deus. Graças por tudo o que vivemos neste ano
que terminamos, graças pelo que viveremos no ano que começa, graças por tudo de
novo que aparece na nossa vida. Pedimos a Deus que todos os nossos bons desejos
que temos e que nós dizemos no Novo Ano saibamos realizá-los. Fazemos nosso o
propósito de favorecer tudo o que possa ajudar para que exista mais felicidade
para todos, amigos e desconhecidos. Este é o nosso desejo: “Paz e bem para
todos”.
Para
refletir:
Como início o novo ano:
com esperança e fé? Com alegria e otimismo? Disposto a gerar a paz na minha
família e por onde eu for?
Para
rezar: Porque Jesus, nasceu de uma mulher,
amamos e veneramos o nome dessa mulher: Maria. Porque, Maria, é espelho da
humanidade redimida, bendizemos e suspiramos, neste Ano Novo, à nova Eva,
Àquela que nos dá tanto: a Jesus. Para ser Mãe de Deus e Mãe nossa, não deixou
atrás a sua pobreza nem a sua simplicidade, a sua obediência e o seu ser
maternal. Bendizemos a vossa docilidade, Maria! Porque, Maria, meditava todas
as coisas sagradas no mais profundo do seu coração, bendizemos a sua memória, o
seu espírito e a sua fé. Bendita, Vós, Maria! Porque, Maria, como o sol que
amanhece, ilumina os cantinhos mais escuros da nossa casa.
Qualquer
sugestão ou dúvida podem se comunicar com o padre Antonio neste e-mail: arivero@legionaries.org