ORAÇÃO PREPARATÓRIA - Com humildade e respeito aqui nos reunimos, ó Divino Jesus, para oferecer, todos os dias deste mês, as homenagens de nossa devoção ao glorioso Patriarca S. José. Vós nos animais a recorrer com toda a confiança aos vossos benditos Santos, pois que as honras que lhes tributamos revertem em vossa própria glória. Com justos motivos, portanto, esperamos vos seja agradável o tributo quotidiano que vimos prestar ao Esposo castíssimo de Maria, vossa Mãe santíssima, a São José, vosso amado Pai adotivo. Ó meu Deus, concedei-nos a graça de amar e honrar a São José como o amastes na terra e o honrais no céu. E vós, ó glorioso Patriarca, pela vossa estreita união com Jesus e Maria; vós que, à custa de vossas abençoadas fadigas e suores, nutristes a um e outro, desempenhando neste mundo o papel do Divino Padre Eterno; alcançai-nos luz e graça para terminar com fruto estes devotos exercícios que em vosso louvor alegremente começamos. Amém.
LECTIO
DIVINA
1ª
Leitura (1Pe 1,10-16): Caríssimos: A salvação das almas foi objeto das
investigações e meditações dos Profetas que predisseram a graça a vós
destinada. Procuravam descobrir a que tempo e circunstâncias se referia o
Espírito de Cristo que estava neles, quando predizia os sofrimentos de Cristo e
as glórias que se lhes haviam de seguir. Foi-lhes revelado que não era para
eles, mas para vós, que no seu ministério transmitiam essa mensagem. É essa
mensagem que agora vos anunciam aqueles que, movidos pelo Espírito Santo
enviado do Céu, vos pregam o Evangelho, o qual os próprios Anjos desejam
contemplar. Por isso, tende o vosso espírito alerta e sede vigilantes; ponde
toda a vossa esperança na graça que vos será concedida, quando Jesus Cristo Se
manifestar. Como filhos obedientes, não vos conformeis com os desejos de
outrora, quando vivíeis na ignorância. Mas, à semelhança do Deus santo que vos
chamou, sede santos, vós também, em todas as vossas ações, como está escrito:
«Sede santos, porque Eu sou santo».
Salmo
Responsorial: 97
R. O Senhor revelou a sua
salvação.
Cantai ao Senhor um cântico novo
pelas maravilhas que Ele operou. A sua mão e o seu santo braço Lhe deram a
vitória.
O Senhor deu a conhecer a
salvação, revelou aos olhos das nações a sua justiça. Recordou-Se da sua
bondade e fidelidade em favor da casa de Israel.
Os confins da terra puderam ver a
salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor, terra inteira, exultai de alegria e
cantai.
Aleluia. Bendito sejais, ó
Pai, Senhor do céu e da terra, porque revelastes aos pequeninos os mistérios do
reino. Aleluia.
Evangelho
(Mc 10,28-31): Pedro começou a dizer-lhe: «Olha, nós deixamos tudo e te
seguimos». Jesus respondeu: «Em verdade vos digo: todo aquele que deixa casa,
irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos e campos, por causa de mim e do Evangelho,
recebe cem vezes mais agora, durante esta vida — casas, irmãos, irmãs, mães,
filhos e campos, com perseguições — e, no mundo futuro, vida eterna. Muitos,
porém, que são primeiros, serão últimos; e muitos que são últimos serão
primeiros».
«Todo aquele que deixa casa,
por causa de mim e do Evangelho, recebe cem vezes mais agora, durante esta vida
,e, no mundo futuro, vida eterna»
Rev. D. Jordi SOTORRA i Garriga (Sabadell,
Barcelona, Espanha)
Hoje, como aquele amo que ia
todas as manhãs à praça procurar trabalhadores para a sua vinha, o Senhor
procura discípulos, seguidores, amigos. A sua chamada é universal. É uma oferta
fascinante! O Senhor dá-nos confiança. Mas põe uma condição para ser seus
discípulos, condição essa que nos pode desanimar: temos que deixar «casa,
irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos e campos, por causa de mim e do evangelho» (Mc
10,29).
Não há contrapartida? Não haverá
recompensa? Isto aporta algum benefício? Pedro, em nome dos Apóstolos, recorda
ao Maestro: «Nós deixamos tudo e te seguimos» (Mc 10,28), como querendo dizer:
que ganharemos com tudo isto?
A promessa do Senhor é generosa:
«recebe cem vezes mais agora, durante esta vida (…); e, no mundo futuro, vida
eterna» (Mc 10,30). Ele não se deixa ganhar em generosidade. Mas acrescenta:
«com perseguições». Jesus é realista e não quer enganar. Ser seu discípulo, se
o formos de verdade, nos trarão dificuldades, problemas. Mas Jesus considera as
perseguições e as dificuldades como um prêmio, pois nos fazem crescer, se as
soubermos aceitar e vive-las como uma ocasião para ganhar maturidade e
responsabilidade. Tudo aquilo que é motivo de sacrifício assemelha-nos a Jesus
Cristo que nos salva pela sua morte em Cruz.
Estamos sempre a tempo para
revisar a nossa vida e aproximar-nos mais de Jesus Cristo. Estes tempos, todo o
tempo permitem-nos —através da oração e dos sacramentos— averiguar se entre os
discípulos que Ele procura estamos nós, e veremos também qual deve ser a nossa
resposta a esta chamada. Ao lado de respostas radicais (como a dos Apóstolos)
há outras. Para muitos, «deixar casa, irmãos, irmãs, mãe…» significará deixar
tudo aquilo que nos impeça de viver em profundidade a amizade de Jesus Cristo
e, como consequência, ser-lhe seus testemunhos perante o mundo. E isso é
urgente, não achas?
Pensamentos para o Evangelho
de hoje
«‘Bem, eu vos garanto que não há
ninguém...’. Isso não significa que abandonemos aos nossos pais, deixando-os
sem ajuda, ou que nos separemos das nossas esposas, mas antes que prefiramos a
honra de Deus a tudo o que é perecível» (Santa Beda, o Venerável)
«Não há dúvida de que as formas
concretas de seguir a Cristo estão graduadas por Ele próprio segundo as
condições, as possibilidades, as missões, os carismas das pessoas e dos grupos»
(São João Paulo II)
«Porque são membros do Corpo cuja
cabeça é Cristo (cf. Ef 1,22), os cristãos contribuem, pela constância das suas
convicções e dos seus costumes, para a edificação da Igreja. A Igreja cresce,
aumenta e desenvolve-se pela santidade dos seus fiéis, ‘até ao estado do homem
perfeito, à medida da estatura de Cristo na sua plenitude’ (Ef 4, 13)»
(Catecismo da Igreja Católica, nº 2.045)
Reflexões de Frei Carlos
Mesters, O.Carm.
*
No evangelho de ontem, Jesus falava da conversão que deve ocorrer no
relacionamento dos discípulos com os bens materiais: desapegar-se das coisas,
vender tudo, dar para os pobres e seguir Jesus. Ou seja, como Jesus, devem
viver na total gratuidade, entregando sua vida na mão de Deus e servindo aos
irmãos e irmãs (Mc 10,17-27). No evangelho de hoje Jesus explica melhor como
deve ser esta vida de gratuidade e de serviço dos que abandonam tudo por causa
dele, Jesus, e do Evangelho (Mc 10,28-31).
* Marcos 10,28-31: Cem vezes mais desde agora,
mas com perseguições. - Pedro observa: "Eis que nós deixamos tudo e te
seguimos". É como se dissesse: “Fizemos o que o senhor pediu ao jovem
rico. Deixamos tudo e te seguimos. Explica para nós como deve ser esta nossa
vida?” Pedro quer que Jesus explicite um pouco mais o novo modo de viver no
serviço e na gratuidade. A resposta de Jesus é bonita, profunda e simbólica:
"Eu garanto a vocês: quem tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, filhos,
campos, por causa de mim e do Evangelho, vai receber cem vezes mais. Agora,
durante esta vida, vai receber casas, irmãos, irmãs, mãe, filhos e campos,
junto com perseguições. E, no mundo futuro, vai receber a vida eterna”. O tipo
de vida que resulta da entrega de tudo é a amostra do Reino que Jesus quer
realizar: (1)
Alarga a família e cria comunidade, pois aumenta cem vezes o número de
irmãos e irmãs. (2) Provoca a partilha dos bens, pois todos terão cem
vezes mais casas e campos. A providência divina se encarna e passa pela
organização fraterna, onde tudo é de todos e já não haverá mais necessitados.
Eles realizam a lei de Deus que pede “entre vocês não pode haver pobres” (Dt
15,4-11). Foi o que fizeram os primeiros cristãos (At 2,42-45). É a vivência
perfeita do serviço e da gratuidade. (3) Não devem esperar nenhuma vantagem em troca, nem
segurança, nem promoção de nada. Pelo contrário, nesta vida terão tudo isto,
mas com perseguições. Pois os que, neste nosso mundo organizado a partir do
egoísmo e dos interesses de grupos e pessoas, vivem a partir do amor gratuito e
da entrega de si, estes, como Jesus, serão crucificados. (4) Serão
perseguidos neste mundo, mas, no mundo futuro terão a vida eterna de que falava
o jovem rico.
Jesus e a opção pelos pobres -
Um duplo cativeiro marcava a situação do povo na época de Jesus: o
cativeiro da política de Herodes, apoiada pelo Império Romano e mantida por todo
um sistema bem-organizado de exploração e de repressão, e o cativeiro da
religião oficial, mantida pelas autoridades religiosas da época. Por causa
disso, o clã, a família, a comunidade, estava sendo desintegrada e uma grande
parte do povo vivia excluída, marginalizada, sem lugar, nem na religião, nem na
sociedade. Por isso, havia vários movimentos que, como Jesus, procuravam uma
nova maneira de viver e conviver em comunidade: essênios, fariseus e, mais
tarde, os zelotes. Dentro da comunidade de Jesus, porém, havia algo novo que a
diferenciava dos outros grupos. Era a atitude frente aos pobres e excluídos. As
comunidades dos fariseus viviam separadas. A palavra “fariseu” quer dizer
“separado”. Viviam separadas do povo impuro. Muitos dos fariseus consideravam o
povo como ignorante e maldito (Jo 7,49), cheio de pecado (Jo 9,34). Jesus e a
sua comunidade, ao contrário, viviam misturados com as pessoas excluídas,
consideradas impuras: publicanos, pecadores, prostitutas, leprosos (Mc 2,16;
1,41; Lc 7,37). Jesus reconhece a riqueza e o valor que os pobres possuem (Mt
11,25-26; Lc 21,1-4). Proclama-os felizes, porque o Reino é deles, dos pobres
(Lc 6,20; Mt 5,3). Define sua própria missão como “anunciar a Boa Nova aos
pobres” (Lc 4, 18). Ele mesmo vive como pobre. Não possui nada para si, nem
mesmo uma pedra para reclinar a cabeça (Lc 9,58). E a quem quer segui-lo para
conviver com ele, manda escolher: ou Deus, ou o dinheiro! (Mt 6,24). Manda
fazer opção pelos pobres! (Mc 10,21) A pobreza, que caracterizava a vida de
Jesus e dos discípulos, caracterizava também a missão. Ao contrário dos outros
missionários (Mt 23,15), os discípulos e as discípulas de Jesus não podiam
levar nada, nem ouro, nem prata, nem duas túnicas, nem sacola, nem sandálias
(Mt 10,9-10). Deviam confiar é na hospitalidade (Lc 9,4; 10,5-6). E caso fossem
acolhidos pelo povo, deviam trabalhar como todo mundo e viver do que receberiam
em troca (Lc 10,7-8). Além disso, deviam tratar dos doentes e necessitados (Lc
10,9; Mt 10,8). Então podiam dizer ao povo: “O Reino chegou!” (Lc 10,9).
Para um confronto pessoal
1) Como você, na sua vida,
realiza a proposta de Pedro: “Deixamos tudo e te seguimos”?
2) Partilha, gratuidade,
serviço, acolhida aos excluídos são sinais do Reino. Como as vivo hoje?
ORAÇÃO
- Ó glorioso S. José, a bondade de vosso coração é sem limites e
indizível, e neste mês que a piedade dos fiéis vos consagrou mais generosas do
que nunca se abrem as vossas mãos benfazejas. Distribui entre nós, ó nosso
amado Pai, os dons preciosíssimos da graça celestial da qual sois ecônomo e o
tesoureiro; Deus vos criou para seu primeiro esmoler. Ah! que nem um só de
vossos servos possa dizer que vos invocou em vão nestes dias. Que todos venham,
que todos se apresentem ante vosso trono e invoquem vossa intercessão, a fim de
viverem e morrerem santamente, a vosso exemplo nos braços de Jesus e no ósculo
beatíssimo de Maria. Amém.
LADAINHA
DE SÃO JOSÉ (atualizada)
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo tende piedade de
nós.
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, escutai-nos.
Deus Pai do Céu, tende
piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, ...
Deus Espírito Santo Paráclito, ...
Santíssima Trindade, que sois um
só Deus, ...
Santa Maria, rogai por nós.
São José,
Ilustre filho de Davi,
Luz dos Patriarcas,
Esposo da Mãe de Deus,
Guardião do Redentor,
Guarda da puríssima Virgem,
Provedor do Filho de Deus,
Zeloso defensor de Cristo,
Servo de Cristo,
Ministro da salvação,
Chefe da Sagrada Família,
José justíssimo,
José castíssimo,
José prudentíssimo,
José fortíssimo,
José obedientíssimo,
José fidelíssimo,
Espelho de paciência,
Amante da pobreza,
Modelo dos trabalhadores,
Honra da vida em família,
Guardião das virgens,
Sustentáculo das famílias,
Amparo nas dificuldades,
Socorro dos miseráveis,
Esperança dos enfermos,
Patrono dos exilados,
Consolo dos aflitos,
Defensor dos pobres,
Patrono dos moribundos,
Terror dos demônios,
Protetor da Santa Igreja,
Patrono da Ordem Carmelita,
Cordeiro de Deus, que tirais o
pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o
pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o
pecado do mundo, tende piedade nós.
V. - O Senhor o constituiu
dono de sua casa.
R. - E fê-lo príncipe de
todas as suas possessões.
ORAÇÃO:
Deus, que por vossa inefável Providência vos dignastes eleger o bem-aventurado
São José para Esposo de vossa Mãe Santíssima concedei-nos, nós vos pedimos, que
mereçamos ter como intercessor no céu aquele a quem veneramos na terra como
nosso Protetor. Vós que viveis e reinais com Deus Padre na unidade do Espírito
Santo. Amém.