ORAÇÃO PREPARATÓRIA - Com humildade e respeito aqui nos reunimos,
ó Divino Jesus, para oferecer, todos os dias deste mês, as homenagens de nossa
devoção ao glorioso Patriarca S. José. Vós nos animais a recorrer com toda a confiança
aos vossos benditos Santos, pois que as honras que lhes tributamos revertem em
vossa própria glória. Com justos motivos, portanto, esperamos vos seja
agradável o tributo quotidiano que vimos prestar ao Esposo castíssimo de Maria,
vossa Mãe santíssima, a São José, vosso amado Pai adotivo. Ó meu Deus,
concedei-nos a graça de amar e honrar a São José como o amastes na terra e o
honrais no céu. E vós, ó glorioso Patriarca, pela vossa estreita união com
Jesus e Maria; vós que, à custa de vossas abençoadas fadigas e suores,
nutristes a um e outro, desempenhando neste mundo o papel do Divino Padre
Eterno; alcançai-nos luz e graça para terminar com fruto estes devotos
exercícios que em vosso louvor alegremente começamos. Amém.
LECTIO DIVINA
MISSA DA VIGÍLIA
«Jesus de Nazaré, o Crucificado. Ressuscitou» (Mc
16,1-7)
Mons. Ramon MALLA i Call Bispo Emérito de Lleida (Lleida,
Espanha)
Hoje, a Igreja celebra com júbilo a festa principal: o
triunfo de sua Cabeça, Cristo Jesus. A Ressurreição de Jesus Cristo é um fato
do qual não podemos duvidar. É compreensível que não seja estranho que um fato
celestial, um corpo ressuscitado, não possa ser captado por meios terrenais.
Mas, logo Maria Madalena e a mãe do Apóstolo Thiago, recebiam um testemunho
indubitável, comprovado depois com muitas aparições, realizadas de modo tal que
excluem totalmente a suspeita de alucinações. «Não vos assusteis! Procurais
Jesus, o nazareno, aquele que foi crucificado? Ele ressuscitou! Não está aqui!
Vede o lugar onde o puseram!» (Mc 16,6).
Além do gozo pelo fato da Ressurreição de Cristo, este
acontecimento nos trai a alegria de contar com uma resposta, jubilosa e clara,
aos interrogantes do homem: Que nos espera no final da vida? Que sentido tem o
sofrimento na Terra? Não podemos duvidar que, depois da morte, espera-nos uma
vida nova, que será eterna: «Lá o vereis, como ele vos disse!» (Mc 16,7). São
Paulo o afirma com grande convencimento: «E, se já morremos com Cristo, cremos
que também viveremos com Ele. Sabemos que Cristo, ressuscitado, dos mortos, não
morre mais. A morte não tem mais poder sobre ele» (Rom 6,8-9). Logicamente, à
interrogante sobre o final da vida, o cristão responde com alegre esperança.
O Evangelho de hoje ressalta que o jovem —o anjo— que fala
às mulheres, une os dois conceitos de dor e glória: O que ressuscitou no mesmo
que foi crucificado. Diz são Leão Magno: «...(pela tua cruz) os crentes recebem
a força da debilidade, glória do opróbio e, vida da morte», as cruzes
quotidianas são, então, caminho da Ressurreição.
MISSA DO DIA
1ª Leitura (At 10,34a.37-43):
Naqueles dias, Pedro tomou a palavra e disse: «Vós sabeis o que
aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do baptismo que
João pregou: Deus ungiu com a força do Espírito Santo a Jesus de Nazaré, que
passou fazendo o bem e curando a todos os que eram oprimidos pelo Demónio,
porque Deus estava com Ele. Nós somos testemunhas de tudo o que Ele fez no país
dos judeus e em Jerusalém; e eles mataram-no, suspendendo-O na cruz. Deus
ressuscitou-O ao terceiro dia e permitiu-Lhe manifestar-Se¬, não a todo o povo,
mas às testemunhas de antemão designadas por Deus, a nós que comemos e bebemos
com Ele, depois de ter ressuscitado dos mortos. Jesus mandou-nos pregar ao povo
e testemunhar que Ele foi constituído por Deus juiz dos vivos e dos mortos. É
d'Ele que todos os profetas dão o seguinte testemunho: quem acredita n’Ele
recebe pelo seu nome a remissão dos pecados».
Salmo Responsorial: 117
R. Este é o dia que o Senhor fez: exultemos e cantemos de
alegria.
Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom, porque é eterna a
sua misericórdia. Diga a casa de Israel: é eterna a Sua misericórdia.
A mão do Senhor fez prodígios, a mão do Senhor foi
magnífica. Não morrerei, mas hei-de viver, para anunciar as obras do Senhor.
A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se pedra
angular. Tudo isto veio do Senhor: e é admirável aos nossos olhos.
2ª Leitura (Col 3,1-4): Irmãos:
Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto, onde Cristo Se
encontra, sentado à direita de Deus. Afeiçoai-vos às coisas do alto e não às da
terra. Porque vós morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.
Quando Cristo, que é a vossa vida, Se manifestar, então também vós vos haveis
de manifestar com Ele na glória.
SEQUÊNCIA PASCAL
À Vítima pascal Ofereçam os cristãos sacrifícios de louvor O
Cordeiro resgatou as ovelhas: Cristo, o Inocente, reconciliou com o Pai os
pecadores.
A morte e a vida travaram um admirável combate: depois de
morto, vive e reina o Autor da vida. Diz-nos, Maria: Que viste no caminho? Vi o
sepulcro de Cristo vivo, e a glória do ressuscitado. Vi as testemunhas dos
Anjos, vi o sudário e a mortalha.
Ressuscitou Cristo, minha esperança: precederá os seus
discípulos na Galileia. Sabemos e acreditamos: Cristo ressuscitou dos mortos: Ó
Rei vitorioso, tende piedade de nós.
Aleluia. Cristo, nosso Cordeiro Pascal, foi imolado:
celebremos a festa do Senhor. Aleluia.
Evangelho (Jo 20,1-9): No
primeiro dia da semana, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, Maria
Madalena foi ao túmulo e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo. Ela
saiu correndo e foi se encontrar com Simão Pedro e com o outro discípulo,
aquele que Jesus mais amava. Disse-lhes: «Tiraram o Senhor do túmulo e não
sabemos onde o colocaram». Pedro e o outro discípulo saíram e foram ao túmulo.
Os dois corriam juntos, e o outro discípulo correu mais depressa, chegando
primeiro ao túmulo. Inclinando-se, viu as faixas de linho no chão, mas não
entrou. Simão Pedro, que vinha seguindo, chegou também e entrou no túmulo. Ele
observou as faixas de linho no chão, e o pano que tinha coberto a cabeça de
Jesus: este pano não estava com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. O
outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo, entrou também, viu e creu.
De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura segundo a qual ele
devia ressuscitar dos mortos.
«O outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo,
entrou também, viu e creu»
Mons. Joan Enric VIVES i Sicília Bispo de Urgell (Lleida,
Espanha)
Hoje «é o dia que o Senhor fez», iremos cantando ao longo de
toda a Páscoa. Essa expressão do Salmo 117 inunda a celebração da fé cristã, O
Pai ressuscitou a seu Filho Jesus Cristo, o Amado, Aquele em quem se compraz
porque amou a ponto de dar sua vida por todos.
Vivamos a Páscoa com muita alegria. Cristo ressuscitou:
celebremo-lo cheios de alegria e de amor. Hoje, Jesus Cristo venceu a morte, o
pecado, a tristeza… e nos abriu as portas da nova vida, a autêntica vida que o
Espírito Santo continua a nos dar por pura graça. Que ninguém fique triste!
Cristo é nossa Paz e nosso Caminho para sempre. Ele, hoje, «revela o homem a si
mesmo e descobre-lhe a sua vocação sublime» (Concílio Vaticano II, Gaudium et
Spes 22).
O grande sinal que nos dá o Evangelho é que o sepulcro de
Jesus está vazio. Já não temos de procurar entre os mortos Aquele que vive,
porque ressuscitou. E os discípulos, que depois o verão Ressuscitado, isto é,
que o experimentarão vivo em um maravilhoso encontro de fé, percebem que há um
vazio no lugar de sua sepultura. Sepulcro vazio e aparições serão os grandes
sinais para a fé do crente. O Evangelho diz que «o outro discípulo, que tinha
chegado primeiro ao túmulo, entrou também, viu e creu» (Jo 20,8). Ele soube
compreender, pela fé, que aquele vazio e, por sua vez, aquela mortalha e aquele
sudário bem dobrados, eram pequenos sinais do passo de Deus, da nova vida. O
amor sabe captar, a partir de pequenos detalhes, o que os outros, sem ele, não
captam. O «discípulo que Jesus mais amava» (Jo 20,2) guiava-se pelo amor que
havia recebido de Cristo.
O “ver” e o “crer” dos discípulos hão de ser também os
nossos. Renovemos nossa fé pascoal. Que Cristo seja, em tudo, o nosso Senhor.
Deixemos que sua Vida vivifique a nossa e renovemos a graça do batismo que
recebemos. Façamo-nos seus apóstolos e seus discípulos. Guiemo-nos pelo amor e
anunciemos a todo o mundo a felicidade de crer em Jesus Cristo. Sejamos
testemunhos esperançosos de sua Ressurreição.
«Por que estais procurando entre os mortos aquele que
está vivo? Não está aqui. Ressuscitou» (Lc 24,1-12)
Fr. Austin NORRIS (Mumbai, Índia)
Hoje, contemplamos a Glória do Senhor resplandecente em sua
vitória sobre o sofrimento e a morte. Uma vida nova é prometida a todos que
buscam e creem na Verdade de Jesus. Ninguém será desapontado, como não se
sentiram as mulheres que «foram ao túmulo, levando os perfumes que tinham
preparado» (Lc 24,1).
Os perfumes e unguentos que devemos carregar durante nossa
existência são uma vida espalhando a Palavra de Deus, quando Jesus encarnado
disse: «Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim,[...], viverá. [...]
não morrerá jamais.» (Jo 11,25-26)
No meio de nossa confusão e dor parecemos nos tornar míopes
em visão, porque não conseguimos ver além de nosso entorno imediato. E «por que
estais procurando entre os mortos aquele que está vivo?» (Lc 24,5) é um chamado
a seguir Jesus e a buscar a presença do Senhor no “aqui e agora”; em meio ao
povo do Senhor e seu sofrimento e for. Em sua carta pela Quaresma o Santo Padre
Bento XVI menciona como «De fato, a salvação é dom, é graça de Deus, mas para
fazer efeito na minha existência exige o meu consentimento, um acolhimento
demonstrado nos fatos, ou seja, na vontade de viver como Jesus, de caminhar
atrás Dele».
«Voltando do túmulo» (Lc 24,9) de nossas misérias, dúvidas e
confusões, nós, por outro lado, somos capazes de dar a outros esperança e
segurança neste vale de lágrimas. A escuridão do sepulcro «dá lugar à brilhante
promessa da imortalidade.» (Prefácio da Missa dos Fiéis Defuntos). Que a glória
do Senhor Jesus nos mantenha de pé com os olhos fitando o céu, e que possamos
sempre ser considerados como um Povo Pascal. Que possamos passar de “Povo da
Sexta-feira Santa” a “Povo da Páscoa”.
«Ele não está aqui! Ressuscitou» (Mt 28,1-10)
Frei Josep Mª MASSANA i Mola OFM (Barcelona, Espanha)
Hoje no Evangelho da vigília pascal, late um grande
dinamismo: duas mulheres correm para o sepulcro, um terramoto, um anjo faz
rodar a pedra, uns guardas assustados caem como mortos. E Jesus, vivo e
ressuscitado, torna-se companheiro de caminho daquelas mulheres.
As mulheres são as primeiras a experimentar a ressurreição
de Jesus, apenas por terem visto o sepulcro vazio e o anjo que lhes anuncia:
«Vós não precisais ter medo! Sei que procurais Jesus, que foi crucificado. Ele
não está aqui! Ressuscitou, como havia dito…» (Mt 28,5-6). São, também, as
primeiras a dar testemunho da sua experiência: «Ide depressa contar aos
discípulos: ‘Ele ressuscitou´» (Mt 28,7).
Imediatamente acreditam. Mas a sua fé é uma mistura de medo
e de alegria. Sentiam medo pelas palavras do anjo, com o anúncio que vai para
lá das expectativas humanas. E a alegria pela certeza da ressurreição do
Senhor, porque as Escrituras tinham-se cumprido, pelo imenso privilégio da
primazia pascal que receberam. A fé, pois, mesmo produzindo uma grande alegria
interior, não exclui o medo.
Elas vão anunciar aquela experiencia do Ressuscitado, que
tiveram sem a ter visto. Jesus premia-lhes esta fé e aparece-lhes durante o
caminho.
O centro de toda a experiência de fé não é em primeiro lugar
uma doutrina nem uns dogmas. É a pessoa de Jesus. A fé das mulheres do
Evangelho de hoje está centrada nele, na sua pessoa e não noutra coisa.
Experimentaram-no vivo e vão anunciá-lo vivo!
Outra mulher, Santa Clara, escrevia a Santa Inês de Praga
que deveria centrar-se em Jesus ressuscitado: «Observai, considerai, comtemplai
a Jesus Cristo (...). Se sofrerdes com Ele, reinareis também com Ele; se
chorardes com Ele, com Ele gozareis; se morrerdes com Ele na cruz da
tribulação, possuireis com Ele as eternas moradas».
ORAÇÃO - Ó
glorioso S. José, a bondade de vosso coração é sem limites e indizível, e neste
mês que a piedade dos fiéis vos consagrou mais generosas do que nunca se abrem
as vossas mãos benfazejas. Distribui entre nós, ó nosso amado Pai, os dons
preciosíssimos da graça celestial da qual sois ecônomo e o tesoureiro; Deus vos
criou para seu primeiro esmoler. Ah! que nem um só de vossos servos possa dizer
que vos invocou em vão nestes dias. Que todos venham, que todos se apresentem
ante vosso trono e invoquem vossa intercessão, a fim de viverem e morrerem
santamente, a vosso exemplo nos braços de Jesus e no ósculo beatíssimo de
Maria. Amém.
LADAINHA DE SÃO JOSÉ (atualizada)
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo tende piedade de nós.
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, escutai-nos.
Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, ...
Deus Espírito Santo Paráclito, ...
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, ...
Santa Maria, rogai por nós.
São José,
Ilustre filho de Davi,
Luz dos Patriarcas,
Esposo da Mãe de Deus,
Guardião do Redentor,
Guarda da puríssima Virgem,
Provedor do Filho de Deus,
Zeloso defensor de Cristo,
Servo de Cristo,
Ministro da salvação,
Chefe da Sagrada Família,
José justíssimo,
José castíssimo,
José prudentíssimo,
José fortíssimo,
José obedientíssimo,
José fidelíssimo,
Espelho de paciência,
Amante da pobreza,
Modelo dos trabalhadores,
Honra da vida em família,
Guardião das virgens,
Sustentáculo das famílias,
Amparo nas dificuldades,
Socorro dos miseráveis,
Esperança dos enfermos,
Patrono dos exilados,
Consolo dos aflitos,
Defensor dos pobres,
Patrono dos moribundos,
Terror dos demônios,
Protetor da Santa Igreja,
Patrono da Ordem Carmelita,
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos,
Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos,
Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende
piedade nós.
V. - O Senhor o constituiu dono de sua casa.
R. - E fê-lo príncipe de todas as suas possessões.
ORAÇÃO: Deus,
que por vossa inefável Providência vos dignastes eleger o bem-aventurado São
José para Esposo de vossa Mãe Santíssima concedei-nos, nós vos pedimos, que
mereçamos ter como intercessor no céu aquele a quem veneramos na terra como
nosso protetor. Vós que viveis e reinais com Deus Padre na unidade do Espírito
Santo. Amém.