sexta-feira, 29 de setembro de 2017

XXVI Domingo do Tempo Comum

Textos: Ezequiel 18, 25-28; Filipenses 2, 1-11; Mateus 21, 28-32

Sta Teresa do Menino Jesus
Virgem de nossa Ordem e Doutora
Evangelho (Mt 20,28-32): «Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, disse: ‘Filho, vai trabalhar hoje na vinha!’ O filho respondeu: ‘Não quero’. Mas depois mudou de atitude e foi. O pai dirigiu-se ao outro filho e disse a mesma coisa. Este respondeu: ‘Sim, senhor, eu vou’. Mas não foi.  Qual dos dois fez a vontade do pai?» Os sumos sacerdotes e os anciãos responderam: «O primeiro». Então Jesus lhes disse: «Em verdade vos digo que os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. Pois João veio até vós, caminhando na justiça, e não acreditastes nele. Mas os publicanos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes, para crer nele».

«Qual dos dois fez a vontade do pai?»

Dr. Josef ARQUER (Berlin, Alemanha)

Hoje, contemplamos o pai dono de uma vinha pedindo aos seus dois filhos: «Filho, vai trabalhar hoje na vinha!» (Mt 21,29). Um diz que “sim” e não vai. O outro diz que “não” e vai. Nenhum dos dois mantém a palavra dada.

Seguramente, o que diz “sim” e fica em casa não pretende enganar o seu pai. Será apenas preguiça, não apenas “preguiça para fazer”, mas também para refletir. O seu lema é: “O que me importa o que disse ontem?”.

O do “não”, sim que se importa com o que disse ontem. Tem remorsos pelo desaire com seu pai. Da dor arranca a valentia de retificar. Corrige a palavra falsa com o fato certo. “Errare, humanum est?”. Sim, mas ainda mais humano —e mais de acordo com a verdade interior gravada em nós— retificar. Mesmo que custe, porque significa humilhar-se, arrasar a soberba e a vaidade. Alguma que outra vez vivemos momentos assim: corrigir uma decisão precipitada, um juízo temerário, uma valorização injusta… Depois um suspiro de alivio: —Obrigado, Senhor!

«Em verdade vos digo que os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus» (Mt 21,31). S. João Crisóstomo realça a maestria psicológica do Senhor perante os “sumos sacerdotes”: «Não lhes atira à cara diretamente: Porque não acreditastes em João? Mas pelo contrário confronta-os —o que resulta muito mais pujante— com os publicanos e as prostitutas. Assim os recrimina com a força patente dos fatos, a malícia de um comportamento marcado pelos respeitos humanos e pela vanglória».

Inseridos na cena, provavelmente sentiremos a falta de um terceiro filho, dado às meias tintas, em cujo comportamento nos seria mais fácil reconhecer e pedir desculpa, envergonhados. Inventamo-lo com autorização de Senhor e ouvimo-lo responder ao pai, com voz apagada: `Pode ser que sim pode ser que não…” E há quem diga ter ouvido no final “o mais provável é que, talvez, quem sabe…”.

Não bastam as palavras, o que conta são os fatos.

Pe. Antonio Rivero L.C

Mês do SSmo Rosário
Cristo, falando aos dirigentes dos judeus, que acreditavam que pertencer ao povo eleito de Deus já estava tudo conseguido, fala-nos também para nós. Esta parábola será complementada com as próximas dos seguintes domingos: a vinha que o dono tem que arrendar para outros, e o banquete festivo ao que tem de convidar outros, diante da rejeição dos primeiros convidados. O povo eleito não soube ver o dia da graça, não soube acolher o Enviado de Deus.

Em primeiro lugar, fatos, não palavras. O primeiro filho disse: “sim, mas não foi”. Jesus critica a hipocrisia dos fariseus, e a nossa, que cuidavam a fachada com mil palavras vazias e altissonantes, mas não os conteúdos da sua fé. Não poderia acontecer a mesma coisa conosco? É fácil quando estamos na igreja, cantar cantos ao Senhor, ou responder “amém” a orações e propósitos. Porém, depois essa fé se traduz em obras? Quantos de nós estamos batizados, fizemos a primeira comunhão, somos casados pela Igreja, vamos à missa aos domingos, levamos uma medalha no pescoço, fazemos peregrinações a santuários, rezamos o terço…e depois, na vida, o nosso estilo de atuação não se parece em nada ao que dizem acreditar. Pronunciamos o “sim” superficialmente, sem personalidade, por costume ou por medo.

Em segundo lugar, fatos, não palavras. O segundo filho, quem é? “Disse não, mas depois foi”. Quantos estamos refletidos nesse segundo filho! Temos momentos de rebeldia: rebeldia contra a autoridade paterna ou contra os superiores ou contra a Igreja ou contra Deus mesmo. Momentos de desânimo ou de birras. Momentos de inconstância e de cansaço. Momentos de irreflexão ou de egoísmo. Causas dessa mudança de humor? Influências externas que são autenticas rajadas ideológicas e éticas; talvez este filho do “não, mas sim” não recebeu a semente da fé na família ou na escola. Certamente não seria o modelo para seguir este filho; Jesus não nos convida a imitar este filho ou as prostitutas ou os publicanos, mas imitar a capacidade que tiveram de se converter e mudar. Se essas pessoas estão adiante no Reino, não é pelo que tinham sido, mas pela mudança que deram, como o bom ladrão, na última hora, na cruz.

Finalmente, fatos, não palavras. O ideal é dizer “sim” com convicção e logo ser consequente e perseverar no bem. Jesus já disse em outros momentos: “Não entrará no Reino dos Céus aquele que diz Senhor, Senhor, mas o que cumpre a vontade do meu Pai do céu…o que cumpre a vontade do meu Pai do céu, esse é o meu irmão, a minha irmã e a minha mãe…o que edifica sobre rocha é o que ouve estas palavras e as coloca em prática…que o nosso sim seja sim, e o nosso não, não”. As declarações, as promessas e as manifestações duram pouco. O que custa é agir com coerência. Dizer “sim” é simples. Mas agir conforme a esse “sim”, é outra história. Portanto: Sim, à vontade de Deus. Sim, à verdade, à castidade, à obediência, ao respeito, à caridade. Sim, para ajudar o pobre, o emigrante, o doente. Sim, à oração e ao sacrifício. Sim, aos momentos de luz e de escuridão; de alegria e de tristeza, de êxito e de fracasso. E por consequência: Não, ao pecado, e às manifestações do mesmo.

Para refletir: ao qual dos três filhos nos parecemos: “Sim, mas não…Não, mas sim…Sim e é sim? Com qual queremos parecer de hoje em adiante? Pensemos nisto: quantos santos e santas veneramos que foram do “Não, mas depois foram”: santo Agostinho, santa Maria Madalena, santo Inácio de Loyola…! E também temos santos do “Sim e foram”: santa Teresa do Menino Jesus, Teresa de Jesus, são João XXIII e são João Paulo II…Porém não temos santos do “Sim, mas não foi”.

Para rezar: Senhor, desejo aprender de Vós a dizer “Sim”, como a vossa Mãe Santíssima. Senhor, fácil é dizer de boca “Sim”, mas difícil praticá-lo. Dai-me coerência de vida entre a minha palavra e os meus fatos.

Qualquer sugestão ou dúvida podem se comunicar com o padre Antonio neste e-mail: arivero@legionaries.org

CELEBRAÇÃO DO TRÂNSITO DE SANTA TERESA DO MENINO JESUS

TRÂNSITO DE
SANTA TERESA DO MENINO JESUS
VIRGEM DE NOSSA ORDEM E DOUTORA DA IGREJA

No dia 30 de setembro, por volta das 19h20min, hora que Santa Teresa do Menino Jesus “entra na Vida”, a comunidade, tendo nas mãos velas acesas no Círio Pascal, se reúna para celebrar o início da missão da "Pequena Teresa": “passar o Céu fazendo o bem sobre a Terra”.
Antes do início das primeiras vésperas do Ofício Divino, lê-se o relato do piedoso trânsito de Sta Teresa do Menino Jesus da Sagrada Face, feito por sua irmã, Madre Inês de Jesus.
 
Leitura
Leitura relato do último dia de Sta Teresa do Menino Jesus na Terra, numa quinta-feira do dia 30 de setembro de 1897, feito pela madre Inês de Jesus:

  “Durante a manhã eu (Irmã Inês) a (Santa Teresinha) vigiava durante a Missa. Ela não me dizia nada. Ela estava esgotada, ofegante; seus sofrimentos, eu presumia, eram inexprimíveis. Num determinado momento, ela juntou as mãos e olhando à estátua da Virgem Maria disse:
  - Oh! Eu rezei a ela com grande fervor! Mas é uma agonia pura, sem mistura alguma de consolação.
  Eu lhe disse algumas palavras de compaixão e de afeição e acrescentava que ela tinha bem me edificado durante sua convalescença.
  - E você, as consolações que tinha me dado! Ah! Como elas são enormes!
  Durante todo o dia, sem um instante de trégua, ela permaneceu, podemos dizer sem exageros, sob verdadeiros tormentos. Ela parecia estar no fim de suas forças e, todavia, para nosso espanto, ela podia se mexer, se sentar no seu leito.
 - Veja, nos dizia ela, como tenho forças hoje! Não, eu não vou morrer! Eu ainda tenho forças por vários meses, talvez até mesmo vários anos!
 E se o bom Deus o quisesse, diz a Nossa Madre, você o aceitaria?
 Ela começou a responder, na sua agonia:
 - Seria bem necessário…
 Mas se corrigindo na mesma hora, ela diz com um tom de resignação sublime e caindo novamente sobre seu travesseiro:
 - Eu quero com certeza!
 Eu pude recolher essas exclamações, mas é bem difícil de transmitir o seu tom:
 - Eu não creio mais na morte para mim… Eu creio apenas no sofrimento… melhor assim! Ó meu Deus!… Eu amo o bom Deus! O minha boa Virgem Maria, venha em meu socorro! Se isso é a agonia, o que é então a morte?!… Ah! Meu bom Deus!… Sim, ele é muito bom, eu o vejo muito bom…
 E olhando para a Virgem Maria:
 - Oh! A senhora sabe que estou me sufocando!
 Para mim:
 - Se você soubesse o que é se sufocar!
 O bom Deus vai ajudá-la, minha pobrezinha, e terminará logo mais.
 - Sim, mas quando? …Meu Deus, tenha piedade de vossa pobre menina! Tenha piedade!
 Para Nossa Madre:
 - Ó minha Madre, eu vos garanto que o cálice está cheio até a boca!… Mas o bom Deus não vai me abandonar, certamente …Ele nunca me abandonou…Sim, meu Deus, tudo o que quiser, mas tenha piedade de mim! …Minhas irmãzinhas! Minhas irmãzinhas rezem por mim! …Meu Deus! Meu Deus! Vós que sois tão bom!!! …Oh! Sim, vós sois bom! Eu o sei…
 Depois do ofício de Vésperas, Nossa Madre colocou sobre seus joelhos uma imagem de Nossa Senhora do Monte Carmelo. Ela olhou por um instante e disse o quanto Nossa Madre lhe tinha garantido que ela logo mais iria acariciar Nossa Senhora como também o Menino Jesus nessa imagem:
 - Ó minha Madre, apresentai-me logo à Virgem Maria, eu sou um bebê que não aguenta mais! … Prepare-me para bem morrer.
 Nossa Madre lhe respondeu que tendo sempre compreendido e praticado a humildade, sua preparação já estava feita. Ela refletiu por um instante e pronunciou humildemente essas palavras:
 - Sim, me parece que nunca busquei outra coisa senão a verdade; sim, eu compreendi a humildade de coração… parece-me que sou humilde.
 Ela repetiu ainda:
 - Tudo o que escrevi sobre meus desejos de sofrimento. Oh! É bem verdadeiro! Eu não me arrependo de me ter entregado ao Amor.
 Com insistência:
 - Oh! Não, eu não me arrependo, muito pelo contrário!
 Um pouco depois:
 - Eu nunca teria crido que era possível sofrer tanto [nota: nunca aplicamos nela injeção alguma de morfina]! Nunca! Nunca! Eu não posso compreender tal coisa senão pelos desejos ardentes que tive de salvar as almas.
 Por volta das 5 horas, eu estava sozinha perto dela. Seu rosto mudou de repente, compreendi que era a última agonia. Quando a Comunidade entrou na enfermaria, ela acolheu todas as irmãs com um doce sorriso. Ela segurava seu Crucifixo e o olhava constantemente. Durante mais de duas horas, a respiração rouca arranhava seu peito. Seu rosto estava congestionado, suas mãos roxas, ela tinha os pés congelados e tremia todos seus membros. Um suor abundante caia em gotas enormes sobre seu rosto e inundava suas bochechas. Ela estava sob uma opressão cada vez maior e lançava às vezes pequenos gritos involuntários para respirar.
 Durante esse tempo tão cheio de agonia para nós, escutávamos pela janela – e eu sofria bastante – o canto de vários pássaros, mas tão fortemente, de tão perto e durante tanto tempo! Eu rezava para o bom Deus de fazê-los calar, esse concerto me perfurava o coração e tinha medo que ele cansasse nossa Terezinha.
 Durante outro momento, ela parecia ter a boca tão ressecada que a irmã Genoveva, achando que a aliviaria, lhe colocava nos lábios um pequeno pedaço de gelo. Ela o aceitou lhe fazendo um sorriso que nunca me esquecerei. Era como um supremo adeus.
 Às 6 horas o Angelus soou, ela olhou longamente para a estátua da Virgem Maria.
 Enfim, às 7 horas e pouco, Nossa Madre tendo despedido a Comunidade, ela suspirou:
 - Minha Madre! Não é isso a agonia?… Não irei morrer?…
 Sim, minha pobrezinha, é a agonia, mas o bom Deus quer talvez prolongá-la por algumas horas. Ela retoma com coragem:
 - Ora bem!… Vamos!… Vamos!… Oh! Eu não quereria sofrer menos tempo…
 E olha seu Crucifixo:
 - Oh! Eu o amo!.... Meu Deus… Eu vos amo….
 De uma hora para outra, após ter pronunciado essas palavras, ela caiu suavemente para trás, com a cabeça inclinada para a direita. Nossa Madre fez soar imediatamente o sino da enfermaria para chamar a Comunidade. “Abram-se todas as portas” dizia a Madre no mesmo instante. Essas palavras tinha algo de solene, e me fizeram pensar que no Céu o bom Deus o dizia também a seus anjos.
 As irmãs tiveram o tempo de se ajoelhar em torno do leito e foram testemunhas do êxtase da pequena Santa que morria. Seu rosto tinha tomado a cor de uma flor-de-lis que tinha quando em plena saúde, seus olhos estavam fixados no alto, brilhantes de paz e de alegria. Ela fazia alguns movimentos de cabeça, como se Alguém a tivesse divinamente ferido com uma flecha de amor, depois retirado a flecha para a ferir novamente… A irmã Maria da Eucaristia se aproximou com uma vela para ver de mais perto seu olhar sublime. Diante da luz dessa vela, não houve movimento algum de suas pálpebras. Esse êxtase durou o tempo de um “Credo”, e ela deu seu último suspiro.
 Após sua morte, ela conservou um sorriso celeste. Ela estava com uma beleza encantadora. Ela segurava tão forte seu Crucifixo que foi necessário arrancá-lo de suas mãos para enterrá-la. A irmã Maria do Sagrado-Coração e eu fizemos tal serviço, com a irmã Amada de Jesus, e notamos que ela não parecia ter mais do que 12 ou 13 anos. Os membros do seu corpo permaneceram flexíveis até o dia do seu enterro, numa segunda-feira, no dia 4 de outubro de 1897.”

Apagam-se as velas
Vésperas I

V. Vinde, ó Deus em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem demora.
V. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
R. Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Hino
Um atalho de luz, eis a Pequena Via:
O ascensor é Jesus, sob o olhar de Maria!

Teresinha e seu sonho, bem maior que a vida:
Escalar a montanha, ao encontro do Amor!
Decidiu que vai fazer esta subida,
Sem medir sacrifícios, buscando o Senhor.

Contemplando o mistério santo da humildade,
Ela toma nos braços a Criança-Jesus.
Em momento de paz, na simplicidade,
Faz nascer, para nós, o atalho de luz!

Tempestades a fazem crescer na esperança.
"Oh! Não vou despertar-te!" diz ela ao Senhor.
Puro nada sou, mas Deus é segurança.
Só por Ele é que vive a santa do Amor!

Por caminhos de paz, na doce descoberta,
O Senhor, generoso, Teresinha conduz.
é segredo de Deus que, enfim, a liberta.
Vai ser vítima santa do Amor que a seduz.

Instruindo os pequenos na segura via,
A santinha nos lega a divina lição:
O ascensor é Jesus, à luz de Maria.
Aprovada no Céu, de Teresa a invenção.

Salmodia

Ant. 1: Vinde, filhas, contemplai o Senhor e ficareis radiantes.

Salmo 112 (113)
1 Louvai, servos do Senhor, *
louvai o nome do Senhor.
2 Bendito seja o nome do Senhor, *
agora e para sempre.
3 Desde o nascer ao pôr do sol, *
seja louvado o nome do Senhor.

4 O Senhor domina sobre todos os povos, *
a sua glória está acima dos céus.
5 Quem se compara ao Senhor nosso Deus, *
que tem o seu trono nas alturas,
6 e Se inclina lá do alto *
a olhar o céu e a terra?

7 Levanta do pó o indigente *
e tira o pobre da miséria,
8 para o fazer sentar com os grandes, *
com os grandes do seu povo,
9 e, no lar, transforma a estéril *
em ditosa mãe de família.

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Vinde, filhas, contemplai o Senhor e ficareis radiantes.

Ant. 2: Nós Vos seguimos de todo o coração, nós Vos adoramos e procuramos a vossa face; não nos abandoneis, Senhor.

Salmo 147 (147 B)
12 Glorifica, Jerusalém, o Senhor, *
louva, Sião, o teu Deus.

13 Ele reforçou as tuas portas *
e abençoou os teus filhos.
14 Estabeleceu a paz nas tuas fronteiras *
e saciou-te com a flor da farinha.

15 Envia à terra a sua palavra, *
corre veloz a sua mensagem.
16 Faz cair a neve como lã, *
espalha a geada como cinza.

17 Faz cair o granizo como migalhas de pão *
e com o seu frio gelam as águas.
18 Envia a sua palavra e derrete-as, *
faz soprar o vento e correm as águas.

19 Revelou a sua palavra a Jacó, *
suas leis e preceitos a Israel.
20 Não fez assim com nenhum outro povo, *
a nenhum outro manifestou os seus juízos.

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant: Nós Vos seguimos de todo o coração, nós Vos adoramos e procuramos o vosso rosto; não nos abandoneis, Senhor.

Ant.3: Alegrai-vos, ó Virgens de Cristo, exultai, esposas do Cordeiro.

Cântico Ef 1,3-10
3 Bendito seja Deus, *
Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo,
que do alto do Céu nos abençoou, *
com todas as bênçãos espirituais em Cristo.

4 Ele nos escolheu, antes da criação do mundo, *
para sermos santos e irrepreensíveis, †
em caridade, na sua presença.
5 Ele nos predestinou, de sua livre vontade, *
para sermos seus filhos adotivos, por Jesus Cristo,

6 para que fosse enaltecida a glória da sua graça, *
com a qual nos favoreceu em seu amado Filho;
7 n’Ele temos a redenção, pelo seu Sangue, *
a remissão dos nossos pecados;
segundo a riqueza da sua graça *

8 que Ele nos concedeu em abundância,
com plena sabedoria e inteligência, *
9 deu-nos a conhecer o mistério da sua vontade,
segundo o beneplácito que n’Ele de antemão estabelecera, *

10 para se realizar na plenitude dos tempos:
instaurar todas as coisas em Cristo, *
tudo o que há nos céus e na terra.

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Alegrai-vos, ó Virgens de Cristo, exultai, esposas do Cordeiro.

Leitura breve 1 Cor 7, 32.34
Quem não é casado preocupa-se com os interesses do Se­nhor, procura agradar ao Senhor. A mulher solteira e a virgem preocupam-se com os interesses do Senhor, para serem santas de corpo e de espírito.

Responsório breve
V. Diz-me o coração: o Senhor é a minha herança.
R. Diz-me o coração: o Senhor é a minha herança.
V. O Senhor é bom para a alma que O procura.
R. O Senhor é a minha herança.
V. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
R. Diz-me o coração: o Senhor é a minha herança.

Cântico evangélico
Ant. Quando chegou o Esposo, a Virgem prudente entrou com a lâmpada acesa para o banquete nupcial do seu Senhor.

A minha alma engrandece ao Senhor *
e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador;
pois ele viu a pequenez de sua serva, *
desde agora as gerações hão de chamar-me de bendita.

O Poderoso fez por mim maravilhas *
e Santo é o seu nome!
Seu amor, de geração em geração, *
chega a todos que o respeitam;

demonstrou o poder de seu braço, *
dispersou os orgulhosos;
derrubou os poderosos de seus tronos *
e os humildes exaltou;

saciou de bens os famintos, *
e despediu, sem nada, os ricos.
Acolheu Israel, seu servidor, *
fiel ao seu amor,

como havia prometido aos nossos pais, *
em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre.

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Quando chegou o Esposo, a Virgem prudente entrou com a lâmpada acesa para o banquete nupcial do seu Senhor.

Preces
"Ó meu Jesus! amo-te, amo a Igreja, minha Mãe. Não me esqueço que para ela o mínimo impulso de puro amor é mais proveitoso do que todas as demais obras em sua totalidade". A oração de Santa Teresa do Menino Jesus é uma oração fundamentalmente eclesial, oração aberta, que abrange todas as necessidades da Igreja. Invoquemos a misericórdia de Deus, inspirados na insistência de Santa Teresinha em implorar ao Pai por todos os seus irmãos.

R: Por intercessão de Santa Teresinha, ouvi-nos Senhor.

1. Senhor, que dais ao vosso povo a graça de celebrar hoje a festa da virgem Santa Teresa do Menino Jesus,
— concedei-lhe que se alegre sempre com a sua intercessão. R.

2. Senhor concedei à vossa Igreja, por intercessão de Santa Teresinha, crescer na necessidade de encontrar em vossa Palavra a fonte de sua ação evangelizadora,
— para se tornar uma comunidade sempre mais orante e participativa. R.

3. Senhor, como Santa Teresinha, queremos vos pedir de modo especial pelos sacerdotes,
— a fim de que sejam dignos ministros de Cristo, pastores fiéis, acolhedores e misericordiosos. R.

4. Senhor, como Santa Teresinha, queremos interceder por todos aqueles que sofrem longe de vós,
— por aqueles que se esqueceram que podem encontrar em vosso Coração refúgio e alívio para suas dores. R.

5. Senhor, unidos a Santa Teresinha, queremos interceder por aqueles que padecem de secura espiritual,
— que não encontram consolo na oração e por aqueles que não têm sede de vós. R.

6. Senhor, que o ardor missionário de nossa comunidade seja sempre revigorado por uma autêntica vivência da fé,
— e sustentado na escuta amorosa de vossa Palavra. R.

7. Senhor, vos pedimos por toda a grande Família Carmelita,
— para que todos mantenham acesa a chama de sua vocação contemplativa e, a exemplo de Maria Santíssima sejam conduzidos pela oração a uma atitude de pronto serviço, de modo especial aos irmãos necessitados. R.

8. Senhor, que recebestes santa Teresa do Menino Jesus no banquete das núpcias eternas,
— admiti benignamente os defuntos ao convívio do vosso Reino. R.

(Intenções Particulares)
PAI NOSSO

Oração
Deus de infinita bondade, que abris as portas do vosso reino aos pequeninos e humildes, fazei que sigamos confiadamente o caminho espiritual de Santa Teresa do Menino Jesus, para que, por sua intercessão, cheguemos à revelação da vossa glória. Por Nosso Senhor.

Encerra-se a Liturgia das Horas como de costume.

Ao final da Liturgia das Horas, a comunidade, em dois coros, e com as velas acesas, rezará com as palavras de Sta Teresa do Menino Jesus o


ATO DE OFERECIMENTO AO AMOR MISERICORDIOSO

T. Oferecimento de mim mesma(o) como Vítima de Holocausto ao Amor Misericordioso do Bom Deus:

1. Meu Deus! Trindade Bem-aventurada, desejo AMAR-VOS e vos fazer AMAR, trabalhar para a glorificação da Santa Igreja, salvando as almas que estão sobre a terra e libertando as que sofrem no purgatório.

2. Desejo cumprir, perfeitamente, vossa vontade e chegar ao grau de glória que me preparastes, em vosso reino, numa palavra, desejo ser Santa, mas sinto minha impotência e vos peço, ó meu Deus! Sejais vós mesmo minha SANTIDADE.

1. Pois que me amastes, a ponto de dar-me vosso Filho único para ser meu Salvador e meu Esposo, os tesouros infinitos de seus méritos são meus, eu vo-los ofereço, com alegria, suplicando-vos que me olheis através da Face de Jesus e em seu Coração ardente de AMOR.

2. Ofereço-vos, ainda, todos os méritos dos Santos (que estão no Céu e sobre a terra), seus atos de AMOR e os dos Santos Anjos; enfim, ofereço-vos, ó BEM-AVENTURADA TRINDADE! o Amor e os méritos da SANTÍSSIMA VIRGEM, MINHA MÃE QUERIDA, é a ela que abandono minha oferta, suplicando-lhe vo-la apresentar.

1. Seu Divino Filho, meu Esposo Bem-Amado, disse-nos durante sua vida mortal: "Tudo o que pedirdes a meu Pai em meu nome, ele vo-lo dará!" Portanto, estou certa de que atendereis a meus desejos; eu o sei, ó meu Deus! Quanto mais quereis dar, tanto mais fazeis desejar. Sinto em meu coração desejos imensos e é, com confiança, que vos peço vir tomar posse de minha alma.

2. Ah! não posso receber a santa comunhão tantas vezes quanto desejo, mas, Senhor, não sois ONIPOTENTE?... Ficai em mim, como no tabernáculo, não vos afasteis jamais de vossa hostiazinha...

1. Quisera consolar-vos da ingratidão dos maus e suplico-vos tirar-me a liberdade de vos desagradar; se por fraqueza, cair alguma vez, que, logo vosso Divino Olhar purifique minha alma, consumindo todas as minhas imperfeições, como o fogo que transforma em si todas as coisas...

2. Agradeço-vos, ó meu Deus, todas as graças que me concedestes, em particular, de me ter feito passar pelo cadinho do sofrimento. É com júbilo que vos contemplarei, no último dia, empunhando o cetro da Cruz; pois que vos dignastes fazer-me partilhar desta Cruz tão preciosa, espero, no Céu, assemelhar-vos a Vós e ver brilhar em meu corpo glorificado os sagrados estigmas de vossa Paixão...

1. Após o exílio da terra, espero ir gozar de vós na Pátria, mas não quero acumular méritos para o Céu, quero trabalhar só por vosso AMOR, com o único fim de vos agradar, consolar vosso Coração Sagrado e salvar almas que vos amem eternamente.

2. Na tarde desta vida, comparecerei perante vós com as mãos vazias, pois não vos peço, Senhor, contar minhas obras. Toda nossa justiça é manchada a vossos olhos. Quero, pois, revestir-me de vossa própria justiça, e receber de vosso Amor a posse eterna de Vós mesmo. Não quero outro Trono e outra Coroa senão Vós, ó meu Bem-Amado.

1. Para vós, o tempo não é nada. Um único dia é como se fossem mil anos. Podeis, então, preparar-me num instante para comparecer diante de vós...

2. A fim de viver num ato de perfeito amor, OFEREÇO-ME COMO VÍTIMA DE HOLOCAUSTO A VOSSO AMOR MISERICORDIOSO suplicando-vos me consumir, sem cessar, deixando transbordar em minha alma as ondas de Ternura Infinita que estão encerradas em vós, e que assim eu me torne Mártir de vosso Amor, ó meu Deus!...

1. Que este Martírio após me ter preparado para comparecer perante vós, faça-me, enfim, morrer e que minha alma precipite-se, sem tardar, no eterno abraço de vosso Amor Misericordioso...

T. Quero, ó meu Bem-amado, em cada palpitar de meu coração, renovar-vos este oferecimento um número infinito de vezes, até que, dissipadas as sombras, possa repetir-vos meu Amor, num Face a Face Eterno!...

RENOVAÇÃO DOS VOTOS RELIGIOSOS

Após o ato de oferecimento a comunidade renova seus votos com as mesmas palavras da nossa Santa em seu


BILHETE DE PROFISSÃO

T. Oh, Jesus, meu divino Esposo!
Que eu jamais perca a segunda veste de meu Batismo!
Tira-me deste mundo, antes que cometa a mais leve falta voluntária.
Que eu não procure e não encontre senão a ti.
Que as criaturas nada sejam para mim, e eu nada seja para elas,
mas que tu, Jesus, sejas tudo!...
Que as coisas da terra jamais possam perturbar a minha alma;
que nada perturbe minha paz!
Jesus, não te peço senão a paz e também o amor,
o amor infinito, sem outro limite senão tu mesmo...
Amor que já não seja eu, mas sejas tu, meu Jesus.
Por ti, Jesus, morra eu mártir,
o martírio do coração ou do corpo, antes, os dois...
Dá-me cumprir meus votos em toda a sua perfeição,
e leva-me a compreender o que uma esposa tua deve ser.
Faze que nunca eu seja um peso para a comunidade,
e que ninguém se ocupe de mim;
que eu seja vista(o), espezinhada(o), esquecida(o),
qual um grãozinho de areia que te pertence, Jesus.
Faça-se em mim tua vontade de maneira perfeita.
Que eu possa chegar à morada que antecipadamente me foste preparar...
Deixa-me, Jesus, salvar muitas almas;
que no dia de hoje, nenhuma seja condenada,
e que todas as almas do Purgatório sejam salvas...
Perdoa-me, Jesus, se digo coisas que não devo dizer.
Só quero alegrar-te e consolar-te.

Se houver padre, este dará a benção solene, conforme o Missal. Caso contrário, encerra-se como no ofício de Vésperas.

Sábado XXV do Tempo Comum

S. Jerônimo
Presbítero e Doutor da Igreja
Evangelho (Lc 9,43b-45): Todos se admiravam com tudo o que Jesus fazia, ele disse aos discípulos: «Prestai bem atenção às palavras que vou dizer: o Filho do Homem vai ser entregue às mãos dos homens». Mas eles não compreendiam esta palavra. O sentido lhes ficava oculto, de modo que não podiam entender. E tinham medo de fazer perguntas sobre o assunto.

«O Filho do Homem vai ser entregue às mãos dos homens»

Rev. D. Antoni CAROL i Hostench (Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje, depois de mais de dois mil anos, o anúncio da paixão de Jesus continua a nos provocar. Que o Autor da Vida anuncie a sua entrega às mãos daqueles pelos quais veio para dar tudo, é uma provocação, claramente. Poderia dizer-se que não era necessário, que foi uma exageração. Esquecemos, muitas vezes, a dor que abruma o coração de Cristo, o nosso pecado, o mais radical dos males, causa e efeito de situarmos no lugar de Deus. Até mesmo, de não deixar-nos amar por Deus, e de empenhar-nos em ficar dentro de nossas curtas categorias e no imediatismo da vida atual. É muito necessário reconhecer que somos pecadores como também é necessário admitir que Deus nos ama em seu Filho Jesus Cristo. Depois de tudo, somos como os discípulos, «mas eles não compreendiam esta palavra. O sentido lhes ficava oculto, de modo que não podiam entender. E tinham medo de fazer perguntas sobre o assunto» (Lc 9,45).

Para di-lo com uma imagem: podemos encontrar no Céu todos os vícios e pecados, menos a soberbia, já que o soberbo não reconhece nunca o seu pecado e, não se deixa perdoar por um Deus, que ama até o ponto de morrer por nós. E no inferno, poderemos encontrar todas as virtudes, menos a humildade, pois o humilde se reconhece tal como ele é e, sabe muito bem que sem a graça de Deus não pode deixar de ofender-lhe, como tampouco pode corresponder a sua Bondade.

Uma das chaves da sabedoria cristã é reconhecer a grandeza e a imensidade do Amor de Deus e, ao mesmo tempo admitir a nossa pequenez e a vileza do nosso pecado. Somos tão lentos para entender isso! No dia que descubramos que temos o Amor de Deus bem ao nosso alcance, diremos como Santo Agostinho, com lagrimas de Amor: «Tarde te amei, meu Deus!». Esse dia pode ser hoje. Pode ser hoje. Pode ser.

Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm.

30 de setembro
Morte de Sta Teresa do Menino Jesus
* O evangelho de hoje traz o segundo anúncio da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. Os discípulos não entendem a palavra sobre a cruz, porque não são capazes de entender nem de aceitar um Messias que se faz empregado e servidor dos irmãos. Eles continuam sonhando com um messias glorioso.

* Lucas 9,43b-44: O contraste.
“O povo estava admirado com tudo o que Jesus fazia. Então Jesus disse aos discípulos: "Prestem atenção ao que eu vou dizer: o Filho do Homem vai ser entregue na mão dos homens”. O contraste é muito grande. De um lado, a vibração e a admiração do povo por tudo que Jesus dizia e fazia. Jesus parece corresponder a tudo aquilo que o povo sonho, crê e espera. Por outro lado, a afirmação de Jesus de que será preso e entregue na mão dos homens. Ou seja, a opinião das autoridades sobre Jesus é totalmente contrária à opinião do povo.

* Lucas 9,45: O anúncio da Cruz.
“Mas os discípulos não compreendiam o que Jesus dizia. Isso estava escondido a eles, para que não entendessem. E tinham medo de fazer perguntas sobre o assunto”. Os discípulos o escutam, mas não entendem a palavra sobre a cruz. Mesmo assim, não pedem esclarecimento. Eles têm medo de deixar transparecer sua ignorância!

* O título Filho do Homem
Este nome aparece com grande frequência nos evangelhos: 12 vezes em João, 13 vezes em Marcos, 28 vezes em Lucas, 30 vezes em Mateus. Ao todo, 83 vezes nos quatro evangelhos.  É o nome que Jesus mais gostava de usar. Este título vem do AT. No livro de Ezequiel, ele indica a condição bem humana do profeta (Ez 3,1.4.10.17; 4,1 etc.). No livro de Daniel, o mesmo título aparece numa visão apocalíptica (Dn 7,1-28), na qual Daniel descreve os impérios dos Babilônios, dos Medos, dos Persas e dos Gregos. Na visão do profeta, estes quatro impérios têm a aparência de “animais monstruosos” (cf. Dn 7,3-8). São impérios animalescos, brutais, desumanos, que perseguem, desumanizam e matam (Dn 7,21.25). Na visão do profeta, depois dos reinos anti-humanos, aparece o Reino de Deus que tem a aparência, não de um animal, mas sim de uma figura humana, Filho de homem. Ou seja, é um reino com aparência de gente, reino humano, que promove a vida. Humaniza. (Dn 7,13-14). Na profecia de Daniel a figura do Filho do Homem representa, não um indivíduo, mas sim, como ele mesmo diz, o “povo dos Santos do Altíssimo” (Dn 7,27; cf Dn 7,18). É o povo de Deus que não se deixa desumanizar nem enganar ou manipular pela ideologia dominante dos impérios animalescos. A missão do Filho do Homem, isto é, do povo de Deus, consiste em realizar o Reino de Deus como um reino humano. Reino que não persegue a vida, mas sim a promove! Humaniza as pessoas.

Apresentando-se aos discípulos como Filho do Homem, Jesus assume como sua esta missão que é a missão de todo o Povo de Deus. É como se dissesse a eles e a todos nós: “Venham comigo! Esta missão não é só minha, mas é de todos nós! Vamos juntos realizar a missão que Deus nos entregou, e realizar o Reino humano e humanizador que ele sonhou!” E foi o que ele fez e viveu durante toda a sua vida, sobretudo, nos últimos três anos. Dizia o Papa Leão Magno: “Jesus foi tão humano, mas tão humano, como só Deus pode ser humano”. Quanto mais humano, tanto mais divino. Quanto mais “filho do homem” e tanto “filho de Deus!” Tudo que desumaniza as pessoas afasta de Deus. Foi o que Jesus condenou, colocando o bem da pessoa humana como prioridade acima das leis, acima do sábado (Mc 2,27). Na hora de ser condenado pelo tribunal religioso do sinédrio, Jesus assumiu este título. Perguntado se era o “filho do Deus” (Mc 14,61), ele responde que é o “filho do Homem: “Eu sou. E vocês verão o Filho do Homem sentado à direita do Todo-poderoso” (Mc 14,62). Por causa desta afirmação foi declarado réu de morte pelas autoridades. Ele mesmo sabia disso pois tinha dito: “O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate para muitos” (Mc 10,45).

Para um confronto pessoal
1) Como você na sua vida combina sofrimento e fé em Deus?
2) No tempo de Jesus havia o contraste: povo pensava e esperava de um jeito, enquanto as autoridades religiosas pensavam e esperavam de outro jeito. Existe hoje o mesmo contraste.