sábado, 26 de março de 2016

Mês de São José – Domingo de Páscoa

ORAÇÃO PREPARATÓRIA - Com humildade e respeito aqui nos reunimos, ó Divino Jesus, para oferecer, todos os dias deste mês, as homenagens de nossa devoção ao glorioso Patriarca S. José. Vós nos animais a recorrer com toda a confiança aos vossos benditos Santos, pois que as honras que lhes tributamos revertem em vossa própria glória. Com justos motivos, portanto, esperamos vos seja agradável o tributo quotidiano que vimos prestar ao Esposo castíssimo de Maria, vossa Mãe santíssima, a São José, vosso amado Pai adotivo. Ó meu Deus, concedei-nos a graça de amar e honrar a São José como o amastes na terra e o honrais no céu. E vós, ó glorioso Patriarca, pela vossa estreita união com Jesus e Maria; vós que, à custa de vossas abençoadas fadigas e suores, nutristes a um e outro, desempenhando neste mundo o papel do Divino Padre Eterno; alcançai-nos luz e graça para terminar com fruto estes devotos exercícios que em vosso louvor alegremente começamos. Amém.

LECTIO DIVINA

Textos: Atos 10, 34a. 37-43; Col 3, 1-4; Jo 20, 1-9

Evangelho (Jo 20,1-9): No primeiro dia da semana, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, Maria Madalena foi ao túmulo e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo. Ela saiu correndo e foi se encontrar com Simão Pedro e com o outro discípulo, aquele que Jesus mais amava. Disse-lhes: «Tiraram o Senhor do túmulo e não sabemos onde o colocaram».  Pedro e o outro discípulo saíram e foram ao túmulo. Os dois corriam juntos, e o outro discípulo correu mais depressa, chegando primeiro ao túmulo. Inclinando-se, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. Simão Pedro, que vinha seguindo, chegou também e entrou no túmulo. Ele observou as faixas de linho no chão, e o pano que tinha coberto a cabeça de Jesus: este pano não estava com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. O outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo, entrou também, viu e creu. De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos.

«O outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo, entrou também, viu e creu»

Mons. Joan Enric VIVES i Sicília Bispo de Urgell (Lleida, Espanha)

Hoje «é o dia que o Senhor fez», iremos cantando ao longo de toda a Páscoa. Essa expressão do Salmo 117 inunda a celebração da fé cristã, O Pai ressuscitou o seu Filho Jesus Cristo, o Amado, Aquele em quem se compraz porque amou a ponto de dar sua vida por todos.

Vivamos a Páscoa com muita alegria. Cristo ressuscitou: celebremo-lo cheios de alegria e de amor. Hoje, Jesus Cristo venceu a morte, o pecado, a tristeza… e nos abriu as portas da nova vida, a autêntica vida que o Espírito Santo continua a nos dar por pura graça. Que ninguém fique triste! Cristo é nossa Paz e nosso Caminho para sempre. Ele, hoje, «revela o homem a si mesmo e descobre-lhe a sua vocação sublime» (Concílio Vaticano II, Gaudium et Spes 22).

O grande sinal que nos dá o Evangelho é que o sepulcro de Jesus está vazio. Já não temos de procurar entre os mortos Aquele que vive, porque ressuscitou. E os discípulos, que depois o verão Ressuscitado, isto é, que o experimentarão vivo em um maravilhoso encontro de fé, percebem que há um vazio no lugar de sua sepultura. Sepulcro vazio e aparições serão os grandes sinais para a fé do crente. O Evangelho diz que «o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo, entrou também, viu e creu» (Jo 20,8). Ele soube compreender, pela fé, que aquele vazio e, por sua vez, aquela mortalha e aquele sudário bem dobrados, eram pequenos sinais do passo de Deus, da nova vida. O amor sabe captar, a partir de pequenos detalhes, o que os outros, sem ele, não captam. O «discípulo que Jesus mais amava» (Jo 20,2) guiava-se pelo amor que havia recebido de Cristo.

O “ver” e o “crer” dos discípulos hão de ser também os nossos. Renovemos nossa fé pascoal. Que Cristo seja, em tudo, o nosso Senhor. Deixemos que sua Vida vivifique a nossa e renovemos a graça do batismo que recebemos. Façamo-nos seus apóstolos e seus discípulos. Guiemo-nos pelo amor e anunciemos a todo o mundo a felicidade de crer em Jesus Cristo. Sejamos testemunhos esperançosos de sua Ressurreição.

Domingo da Páscoa

Pe. Antonio Rivero, L.C.

"Ele viu e creu"
“Os cinquenta dias que mediam o domingo de Ressurreição até o domingo de Pentecoste hão de ser celebrados com alegria e júbilo, como se se trata de um só e único dia festivo, como um grande domingo” (Normas Universais sobre o Calendário, de 1969, n.22).

Na Páscoa não lemos o Antigo Testamento que é promessa e figura, e na Páscoa estamos celebrando a plenitude de Cristo e do seu Espírito. Como primeira leitura, lemos os Atos dos Apóstolos. A segunda leitura, neste ano ou ciclo C, é pega do livro do Apocalipse, em que de um modo muito dinâmico se descrevem as perseguições sofridas pelas primeiras gerações e a força que lhes deu a sua fé no triunfo de Cristo, representado pelo “Cordeiro”. Os evangelhos destes domingos pascais não vão ser tanto de Lucas, o evangelista do ciclo C, mas de João.

Podemos resumir em três aspectos a que nos compromete a páscoa: primeiro, à fé em Cristo Ressuscitado; segundo, essa fé tem que ser vivida em comunidade que se reúne cada domingo para celebrar essa páscoa mediante a Eucaristia e cria laços profundos de caridade e ajuda aos necessitados; e terceiro, essa fé nos impulsiona à missão evangelizadora. 

Inspirados nas famosas perguntas do famoso filósofo alemão do século XVIII, Kant, na sua obra Crítica da Razão Pura, responderemos estas três perguntas: o que posso saber da ressurreição de Cristo, o que devo fazer pela ressurreição de Cristo e o que posso esperar da ressurreição de Cristo.

Hoje é o domingo mais importante do ano. Domingo do que recebem sentido todos os outros domingos do ano. Daremos respostas a essas perguntas.

Em primeiro lugar, o que podemos saber da ressurreição de Cristo? Tenhamos em consideração às testemunhas que viram Cristo ressuscitado. Eles terão tido as suas vivencias religiosas, as suas dúvidas, os seus convencimentos e discrepâncias. Mas todos coincidem nisto: três dias depois de ir ao enterro de Jesus, como 35 horas depois de fechar a sua tumba, encontraram-na aberta, com as sentinelas à porta e atordoados. O cadáver…? Sabotagem? Sequestro? Truque? Resulta que as três mulheres madrugadoras, ao chegar no sepulcro e se encontrar com a tumba vazia e dentro a notícia: “ressuscitou”, saíram correndo para levar a notícia aos discípulos. Lendas, mas de um fato. Logo resultou que Jesus apareceu como se nada dizendo que era o jardineiro, caminhante, comensal, animador. Ausências misteriosas e presencias repentinas que os colocavam em xeque. Vivencias místicas, mas de um acontecimento. Sabemos que os Evangelhos, que isso dizem, são livros históricos porque pertencem à época e autores que se diz. Autores que viveram com Jesus, viram-no, conversaram com Ele, conviveram… E até apostaram a própria cabeça pela ressurreição. E a perderam. Ninguém morre por um mito, um bulo, um truque. Isso é assim. A ressurreição é verdade. 

Em segundo lugar, o que devemos fazer pela ressurreição de Cristo? Se realmente acreditamos na ressurreição de Cristo e na sua força transformadora, então temos que fazer algo aqui na terra para levar esta boa notícia por todos os cantos do mundo, a todas as famílias e amigos, e também inimigos. O que posso fazer por essas favelas de São Paulo ou do Rio no Brasil, ou pelas ruas do Bronx negro em Nova York? Não chamam a minha atenção as favelas de canhas e barro de Calcutá, fome em tantas regiões do mundo, guerras loucas, injustiça, pobreza, pecado? Deixam-me dormir tranquilo o analfabetismo, a enfermidade, a exploração, a amargura, a desesperança, o sangue de Abel e da terra que põem o grito no céu? E a situação sanitária, escolar, laboral, humana do mundo é um pecado social, solidário e atroz. E famílias destruídas. E jovens nos paraísos perdidos da droga. Políticos sem escrúpulos que pisoteiam a lei de Deus, a lei natural e a justiça comutativa, social e distributiva. Isto é o que devemos fazer pelos bem dos homens e mulheres do mundo, pelos quais o Filho de Deus tal dia como na sexta-feira santa morreu para a sua libertação e tal dia como hoje ressuscitou para a sua glória imortal.   

Finalmente, o que podemos nós esperar da ressurreição de Cristo? Se formos esses Tomé incrédulos, podemos esperar que Cristo ressuscitado nesta Páscoa nos ressuscite a fé Nele e na sua Igreja, e nos deixe colocar os nossos dedos nas suas chagas abertas. Se formos esses discípulos de Emaús desencantados e sem ilusão, podemos esperar que se cruze pelo nosso caminho e nos renove a esperança Nele, embora tenha que nos chamar de lerdos e sem memória por não crer ou não ler com detenção as Sagradas Escrituras. Se formos essa Madalena triste e compungida, porque caiu para nós o nosso amor, a nossa família, podemos esperar que Cristo ressuscitado nos olhe de novo e nos chame pelo nosso nome como fez com Maria nessa primeira Páscoa, e assim recobrar a alegria da presença de Cristo na nossa vida que se faz presente nos sacramentos, sobretudo da Eucaristia e da Penitência. Se nos parecermos com esses discípulos fechados no cenáculo dos seus medos, contagiando-se de tristeza e dos remorsos por ter falhado o Mestre, deixemos alguma greta do nosso ser aberta para que Cristo ressuscitado entre e nos traga a paz, a sua paz. Se nos sentirmos como Pedro que negou Cristo, esperamos que Cristo ressuscitado se faça presente para nós e possamos renovar o nosso amor: “Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que eu te amo”.     

Para refletir: Creio em Cristo ressuscitado? Onde encontro Cristo ressuscitado na minha vida de cada dia? Tenho rosto de ressuscitado ou vivo numa perpétua Sexta-feira Santa: triste, pesaroso e cheio de pesar?

Para rezar: rezemos com Santo Agostinho: “Tarde te amei, meu Deus, formosura sempre antiga e sempre nova, tarde te amei. Tu estavas dentro de mim e eu fora de ti e assim por fora te buscava e, deforme como era, lançava-me sobre estas coisas formosas que Tu criaste. Tu estavas comigo, mas eu não estava contigo. Chamaste-me e clamaste e quebrantaste a minha surdez; brilhaste e resplandeceste e curaste a minha cegueira; exalaste o teu perfume e o aspirei, agora te almejo; provei-te e agora sinto fome e sede de Ti” (Confissões, livro 10, cap.27).

Qualquer sugestão ou dúvida podem se comunicar com o padre Antonio neste e-mail:  arivero@legionaries.org

ORAÇÃO - Ó glorioso S. José, a bondade de vosso coração é sem limites e indizível, e neste mês que a piedade dos fiéis vos consagrou mais generosas do que nunca se abrem as vossas mãos benfazejas. Distribui entre nós, ó nosso amado Pai, os dons preciosíssimos da graça celestial da qual sois ecônomo e o tesoureiro; Deus vos criou para seu primeiro esmoler. Ah! que nem um só de vossos servos possa dizer que vos invocou em vão nestes dias. Que todos venham, que todos se apresentem ante vosso trono e invoquem vossa intercessão, a fim de viverem e morrerem santamente, a vosso exemplo nos braços de Jesus e no ósculo beatíssimo de Maria. Amém.

LADAINHA DE SÃO JOSÉ
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo tende piedade de nós.
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, escutai-nos.
Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.
Santa Maria, rogai por nós.
São José,
Ilustre Filho de Davi,
Luz dos Patriarcas,
Esposo da mãe de Deus,
Guarda da puríssima Virgem,
Sustentador do Filho de Deus,
Zeloso defensor de Jesus Cristo,
Chefe da Sagrada Família,
José justíssimo,
José castíssimo,
José prudentíssimo,
José fortíssimo,
José obedientíssimo,
José fidelíssimo,
Espelho de paciência,
Amante da pobreza,
Modelo dos operários,
Honra da vida de família,
Guarda das virgens,
Amparo das famílias,
Alívio dos sofredores,
Esperança dos doentes,
Consolador dos aflitos,
Patrono dos moribundos,
Terror dos demônios,
Protetor da Santa Igreja,
Patrono da Ordem Carmelita,
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade nós.

V. - O Senhor o constituiu dono de sua casa.
R. - E fê-lo príncipe de todas as suas possessões.

ORAÇÃO: Deus, que por vossa inefável Providência vos dignastes eleger o bem-aventurado São José para Esposo de vossa Mãe Santíssima concedei-nos, nós vos pedimos, que mereçamos ter como intercessor no céu aquele a quem veneramos na terra como nosso Protetor. Vós que viveis e reinais com Deus Padre na unidade do Espírito Santo. Amém.

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