São Vicente de Paulo, presbítero
Salmo Responsorial: 101
R. Quando o Senhor
restaurar Sião, manifestará a sua glória.
Os povos temerão, Senhor, o vosso nome, todos os reis da
terra a vossa glória. Quando o Senhor reconstruir Sião e manifestar a sua
glória, atenderá a súplica do infeliz e não desprezará a sua oração.
Escreva-se tudo isto para as gerações vindouras e o povo que
se há de formar louvará o Senhor. Debruçou-Se do alto da sua morada, lá do Céu
o Senhor olhou para a terra, para ouvir os gemidos dos cativos, para libertar
os condenados à morte.
Os filhos dos vossos servos hão de permanecer e a sua
descendência se perpetuará na vossa presença, para ser proclamado em Sião o
nome do Senhor e em Jerusalém o seu louvor, quando se reunirem todos os reinos
para servirem o Senhor.
Aleluia. O Filho do homem veio para servir e dar a vida pela redenção
dos homens. Aleluia.
Evangelho (Lc 9,46-50): Surgiu entre os discípulos
uma discussão sobre qual deles seria o maior. Sabendo o que estavam pensando,
Jesus pegou uma criança, colocou-a perto de si e disse-lhes: «Quem receber em
meu nome esta criança, estará recebendo a mim mesmo. E quem me receber, estará
recebendo Aquele que me enviou. Pois aquele que entre todos vós for o menor,
esse é o maior». Tomando a palavra, João disse: «Mestre, vimos alguém expulsar
demônios em teu nome, mas nós lhe proibimos, porque não anda conosco». Jesus
respondeu: «Não o proibais, pois quem não é contra vós, está a vosso favor».
«Aquele que entre todos vós for o menor, esse é o maior»
Prof. Dr. Mons. Lluís
CLAVELL (Roma, Itália)
A resposta de Jesus a estes pensamentos -até mesmo
comentários- dos discípulos, lembra o estilo dos antigos profetas. Antes das
palavras estão os gestos. Jesus «pegou uma criança, colocou-a perto de si» (Lc
9,47). Depois vem o ensinamento: «aquele que entre todos vós for o menor, esse
é o maior» (Lc 9,48). -Jesus, por que custa tanto aceitar que isto não é uma
utopia para as pessoas que não estão implicadas no tráfico de uma tarefa
intensa, na qual não faltam os golpes de uns contra os outros, e que, com a tua
graça, podemos vivê-lo todos? Se o fizéssemos, teríamos mais paz interior e
trabalharíamos com mais serenidade e alegria.
Esta atitude é também a fonte da onde brota a alegria, ao
ver que outros trabalham bem por Deus, com um estilo diferente do nosso, mas
sempre assumindo o nome de Jesus. Os discípulos queriam impedi-lo. Em troca, o
Mestre defende aquelas outras pessoas. Novamente, o fato de sentir-nos filhos
pequenos de Deus facilita-nos a ter o coração aberto para todos e crescer na
paz, na alegria e na gratidão. Estes ensinamentos valeram à Santa Teresinha de
Lisieux o titulo de Doutora da Igreja: em seu livro História de uma alma, ela
admira o belo jardim de flores que é a Igreja, e está contenta de perceber-se
uma pequena flor. Ao lado dos grandes santos -rosas e açucenas- estão as
pequenas flores -como as margaridas ou as violetas- destinadas a dar prazer aos
olhos de Deus, quando Ele dirige o seu olhar à terra.
Reflexão
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