S. LUZIA, virgem e mártir
Memória
Comum dos Mártires; ou das Virgens; exceto:
Ant. Bened. Eu sou escrava
humilde do Senhor, e nada mais fiz do que oferecer sacrifícios ao Deus
verdadeiro. Agora, que nada mais tenho, ofereço-me a mim mesma.
Oração - Protegei, Senhor, o vosso povo com a
intercessão gloriosa da virgem e mártir Santa Luzia, para que, celebrando hoje
o seu martírio na terra, contemplemos um dia o seu triunfo no Céu. Por Nosso
Senhor.
Vésperas
Ant. Magnif. Constante na fé,
salvaste a tua alma, Luzia, esposa de Cristo. Renunciaste às coisas do mundo,
venceste o inimigo com o preço do teu sangue; e agora resplandeces no meio dos
Anjos.
Quinta-feira da 2ª semana do Advento
Evangelho (Mt 11,11-15): Naquele
tempo, Jesus disse: «Em verdade, eu vos digo, entre todos os nascidos de mulher
não surgiu quem fosse maior que João Batista. No entanto, o menor no Reino dos
Céus é maior do que ele. A partir dos dias de João Batista até agora, o Reino
dos Céus sofre violência, e violentos procuram arrebatá-lo. Pois até João foi o
tempo das profecias — de todos os Profetas e da Lei. E, se quereis aceitar, ele
é o Elias que há de vir. Quem tem ouvidos, ouça».
Comentário: Rev. D.
Ignasi FABREGAT i Torrents (Terrassa, Barcelona, Espanha)
O Reino dos Céus sofre violência, e violentos procuram
arrebatá-lo
Hoje, o Evangelho nos fala de São
João Batista, o Precursor do Messias, aquele que veio preparar os caminhos do
Senhor. Também a nós, ele nos acompanhará desde hoje até o dia dezesseis, dia
que acaba a primeira parte do Advento.
João é um homem firme, que sabe o
quanto as coisas custam, é consciente de que há de se lutar para melhorar e ser
santo, e por isso Jesus exclama: «A partir dos dias de João Batista até agora,
o Reino dos Céus sofre violência, e violentos procuram arrebatá-lo» (Mt 11,12).
Os “violentos” são os que se fazem a si mesmos a violência: —Eu me esforço para
crer que o Senhor me ama? Eu me sacrifico para ser “pequeno”? Eu me esforço
para ser consciente e viver como um filho do Pai?
Santa Teresinha de Lisieux se
refere também a estas palavras de Jesus dizendo algo que pode nos ajudar na
nossa conversa pessoal e intima com Jesus: «Ó pobreza, meu primeiro sacrifício,
até a morte por toda à parte me seguirás, pois eu sei que para correr no
estádio, o atleta tem de despojar-se de tudo. Provai, mundanos, o remorso e a
pena, esses frutos amargos da vossa vaidade; alegremente, eu acolho na arena,
as palmas da Pobreza». —E eu, porque reclamo quando me dou conta de que me
falta alguma coisa que considero necessária? Tomara que eu veja, nos diversos
aspectos da minha vida, tão claramente como a Doutora!
De uma forma enigmática Jesus nos
diz hoje também: «João (...) é o Elias (...). Quem tem ouvidos, ouça» (Mt
11,14-15). O que quer dizer? Quer nos aclarar que João era verdadeiramente o
precursor, quem finalizou a mesma missão do Elias, conforme a crença que
existia naquele então, de que o profeta Elias teria que voltar antes do
Messias.
Reflexões
de Frei Carlos Mesters, O.Carm
Reflexão
O
evangelho de hoje traz a parte final do Sermão da Montanha. O Sermão da
Montanha é uma nova leitura da Lei de Deus. Começa com as bem-aventuranças (Mt
5,1-12) e termina aqui com a casa na rocha.
*Trata-se
de adquirir a verdadeira sabedoria. A fonte da sabedoria é a Palavra de Deus
expressa na Lei de Deus. A verdadeira sabedoria consiste em ouvir e praticar a
Palavra de Deus (Lc 11,28). Não basta dizer “Senhor, Senhor!” O importante não
é falar bonito sobre Deus, mas sim fazer a vontade do Pai e, desse modo, ser
uma revelação do seu amor e da sua presença no mundo.
*Quem
ouve e pratica a palavra constrói a casa sobre a rocha. A firmeza da casa não
vem da casa em si, mas vem do terreno, da rocha. O que significa a rocha? É a
experiência do amor de Deus que se revelou em Jesus (Rom 8,31-39). Tem gente
que pratica a palavra para poder merecer o amor de Deus. Mas amor não se compra
nem se merece (Cnt 8,7). O amor de Deus se recebe de graça. Praticamos a
Palavra não para merecer, mas para agradecer o amor recebido. Este é o terreno
bom, a rocha, que dá segurança à casa. A segurança verdadeira vem da certeza do
amor de Deus! É a rocha que nos sustenta na hora das dificuldades e das
tempestades.
*O
evangelista encerra o Sermão da Montanha (Mt 7,27-28) dizendo que a multidão
ficou admirada com o ensinamento de Jesus, pois "ele ensinava com
autoridade, e não como os escribas". O resultado do ensino de Jesus é a
consciência crítica do povo com relação às autoridades religiosas da época.
Admirado e agradecido, o povo aprovava os ensinamentos tão bonitos e tão
diferentes de Jesus.
Para um confronto pessoal
1.
Sou dos que dizem “Senhor, Senhor”, ou dos que praticam a palavra?
2.
Observo a lei para merecer o amor e a salvação ou para agradecer o amor e a
salvação de Deus?
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