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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

13 de dezembro



S. LUZIA, virgem e mártir
Memória
Comum dos Mártires; ou das Virgens; exceto:
Laudes
Ant. Bened. Eu sou escrava humilde do Senhor, e nada mais fiz do que oferecer sacrifícios ao Deus verdadeiro. Agora, que nada mais tenho, ofereço-me a mim mesma.

Oração - Protegei, Senhor, o vosso povo com a intercessão gloriosa da virgem e mártir Santa Luzia, para que, celebrando hoje o seu martírio na terra, contemplemos um dia o seu triunfo no Céu. Por Nosso Senhor.

Vésperas
Ant. Magnif. Constante na fé, salvaste a tua alma, Luzia, esposa de Cristo. Renunciaste às coisas do mundo, venceste o inimigo com o preço do teu sangue; e agora resplandeces no meio dos Anjos.

Quinta-feira da 2ª semana do Advento

Evangelho (Mt 11,11-15): Naquele tempo, Jesus disse: «Em verdade, eu vos digo, entre todos os nascidos de mulher não surgiu quem fosse maior que João Batista. No entanto, o menor no Reino dos Céus é maior do que ele. A partir dos dias de João Batista até agora, o Reino dos Céus sofre violência, e violentos procuram arrebatá-lo. Pois até João foi o tempo das profecias — de todos os Profetas e da Lei. E, se quereis aceitar, ele é o Elias que há de vir. Quem tem ouvidos, ouça».

Comentário: Rev. D. Ignasi FABREGAT i Torrents (Terrassa, Barcelona, Espanha)

O Reino dos Céus sofre violência, e violentos procuram arrebatá-lo

Hoje, o Evangelho nos fala de São João Batista, o Precursor do Messias, aquele que veio preparar os caminhos do Senhor. Também a nós, ele nos acompanhará desde hoje até o dia dezesseis, dia que acaba a primeira parte do Advento.

João é um homem firme, que sabe o quanto as coisas custam, é consciente de que há de se lutar para melhorar e ser santo, e por isso Jesus exclama: «A partir dos dias de João Batista até agora, o Reino dos Céus sofre violência, e violentos procuram arrebatá-lo» (Mt 11,12). Os “violentos” são os que se fazem a si mesmos a violência: —Eu me esforço para crer que o Senhor me ama? Eu me sacrifico para ser “pequeno”? Eu me esforço para ser consciente e viver como um filho do Pai?

Santa Teresinha de Lisieux se refere também a estas palavras de Jesus dizendo algo que pode nos ajudar na nossa conversa pessoal e intima com Jesus: «Ó pobreza, meu primeiro sacrifício, até a morte por toda à parte me seguirás, pois eu sei que para correr no estádio, o atleta tem de despojar-se de tudo. Provai, mundanos, o remorso e a pena, esses frutos amargos da vossa vaidade; alegremente, eu acolho na arena, as palmas da Pobreza». —E eu, porque reclamo quando me dou conta de que me falta alguma coisa que considero necessária? Tomara que eu veja, nos diversos aspectos da minha vida, tão claramente como a Doutora!

De uma forma enigmática Jesus nos diz hoje também: «João (...) é o Elias (...). Quem tem ouvidos, ouça» (Mt 11,14-15). O que quer dizer? Quer nos aclarar que João era verdadeiramente o precursor, quem finalizou a mesma missão do Elias, conforme a crença que existia naquele então, de que o profeta Elias teria que voltar antes do Messias.

Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm

Reflexão
O evangelho de hoje traz a parte final do Sermão da Montanha. O Sermão da Montanha é uma nova leitura da Lei de Deus. Começa com as bem-aventuranças (Mt 5,1-12) e termina aqui com a casa na rocha.

*Trata-se de adquirir a verdadeira sabedoria. A fonte da sabedoria é a Palavra de Deus expressa na Lei de Deus. A verdadeira sabedoria consiste em ouvir e praticar a Palavra de Deus (Lc 11,28). Não basta dizer “Senhor, Senhor!” O importante não é falar bonito sobre Deus, mas sim fazer a vontade do Pai e, desse modo, ser uma revelação do seu amor e da sua presença no mundo.

*Quem ouve e pratica a palavra constrói a casa sobre a rocha. A firmeza da casa não vem da casa em si, mas vem do terreno, da rocha. O que significa a rocha? É a experiência do amor de Deus que se revelou em Jesus (Rom 8,31-39). Tem gente que pratica a palavra para poder merecer o amor de Deus. Mas amor não se compra nem se merece (Cnt 8,7). O amor de Deus se recebe de graça. Praticamos a Palavra não para merecer, mas para agradecer o amor recebido. Este é o terreno bom, a rocha, que dá segurança à casa. A segurança verdadeira vem da certeza do amor de Deus! É a rocha que nos sustenta na hora das dificuldades e das tempestades.

*O evangelista encerra o Sermão da Montanha (Mt 7,27-28) dizendo que a multidão ficou admirada com o ensinamento de Jesus, pois "ele ensinava com autoridade, e não como os escribas". O resultado do ensino de Jesus é a consciência crítica do povo com relação às autoridades religiosas da época. Admirado e agradecido, o povo aprovava os ensinamentos tão bonitos e tão diferentes de Jesus.

Para um confronto pessoal
1. Sou dos que dizem “Senhor, Senhor”, ou dos que praticam a palavra?
2. Observo a lei para merecer o amor e a salvação ou para agradecer o amor e a salvação de Deus?

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