SANTA MARGARIDA MARIA E O CARNAVAL

“Parecia-me
que me cravavam em uma cruz dolorosíssima, na qual sofri tanto que dificilmente
poderia explicar e nem conhecia a mim mesma, sobretudo nos três últimos dias de
Carnaval, nos quais acreditei que estava próximo o meu fim.” (Carta de Santa
Margarida Maria à Madre Saumaise – n° 62 – em Março de 1687)
“Meus
sofrimentos são tais que acreditava que ia morrer em cada momento, embora já
tivessem sido anunciados por este caritativo Coração. Creio que me fez o
seguinte pedido: ‘Se queria acompanhá-Lo na Cruz durante este tempo (de
Carnaval) em que está tão abandonado pelo empenho que todos tem de divertir-se,
e pelas amarguras que me faria sentir, poderia eu, em algum modo, suavizar as
que os pecadores derramam sem cessar em seu Sagrado Coração; que devia, sem
cessar, gemer com Ele para alcançar misericórdia, a fim de que os pecados não
chegassem ao cúmulo, e Deus perdoasse os pecadores pelo amor que tem a este
amável Coração, que não cessa de consumir-Se pelo amor que tem aos
homens.” (Carta 97 de Santa Margarida Maria à Madre Saumaise)
“Durante os
três dias de Carnaval, queria fazer-me em pedaços para reparar os ultrajes que
fazem sofrer os pecadores à Sua Divina Majestade; e enquanto me era possível, os
passava jejuando a pão e água, dando aos pobres o que recebia para meu
alimento.” (Santa Margarida Maria, Escritos Autobiográficos – Tejada SJ – 2ª
Edição, p.99).
“Meu
Reverendo Padre: Nosso soberano Dono Se dignou infundir-me muito consolo com a
leitura de vossa carta, depois de ter-me proibido de lê-la por muito tempo, por
causa de certo impulso demasiado impetuoso que me tinha vindo de buscar nela
consolo no sensível e doloroso estado de sofrimento em que Ele me havia colocado
durante o Carnaval. Ofendem-No e O abandonam tantos pecadores! Parece-me que de
tal modo é este o meu tempo de dor e amargura que não posso ver nem gostar de
outra coisa do que ao meu Jesus sofredor e abandonado. Compadeço-me de Suas
dores e penetra-me tão vivamente com elas o Seu Coração adorável que não conheço
mais a mim mesma.” (Carta 135. de 17/1/1690, o.cit. pg.
471).
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