Nossa
Senhora do Perpétuo Socorro
São
Cirilo de Alexandria, bispo e doutor da Igreja
ORAÇÃO PREPARATÓRIA
Senhor Jesus Cristo,
unindo-me à divina intenção com que na terra pelo vosso Coração Sacratíssimo
rendestes louvores a Deus e ainda agora os rendeis de contínuo e em todo o
mundo no Santíssimo Sacramento da Eucaristia até a consumação dos séculos, eu
vos ofereço por este dia inteiro, sem exceção de um instante, à imitação do
Sagrado Coração da Bem-aventurada Maria sempre Virgem Imaculada, todas as
minhas intenções e pensamentos, todos os meus afetos e desejos, todas as minhas
obras e palavras. Amém.
LECTIO
DIVINA
1ª
Leitura (Ez 34,11-16):
Eis o que diz o Senhor Deus: «Eu próprio irei em busca das minhas ovelhas e hei
de encontrá-las. Como o pastor que vigia o rebanho, quando estiver no meio das
ovelhas que andavam tresmalhadas, assim Eu cuidarei das minhas ovelhas, para as
tirar de todos os sítios em que se desgarraram num dia de nevoeiro e de trevas.
Arrancá-las-ei de entre os povos e as reunirei dos vários países, para as
reconduzir à sua própria terra. Apascentá-las-ei nos montes de Israel, nas
ribeiras e em todos os lugares habitados do país. Eu as apascentarei em boas
pastagens e terão as suas devesas nos altos montes de Israel. Descansarão em
férteis devesas e encontrarão pasto suculento sobre as montanhas de Israel. Eu
apascentarei o meu rebanho, Eu o farei repousar, diz o Senhor Deus. Hei de
procurar a ovelha que anda perdida e reconduzir a que anda tresmalhada.
Tratarei a que estiver ferida, darei vigor à que andar enfraquecida e velarei
pela gorda e vigorosa. Hei de apascentar com justiça».
Salmo
Responsorial: 22
R. O Senhor é meu
pastor: nada me faltará.
O Senhor é meu pastor:
nada me falta. Leva-me a descansar em verdes prados, conduz-me às águas
refrescantes e reconforta a minha alma.
Ele me guia por sendas
direitas por amor do seu nome. Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos,
não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo: o vosso cajado e o vosso
báculo me enchem de confiança.
Para mim preparais a
mesa à vista dos meus adversários; com óleo me perfumais a cabeça e meu cálice
transborda.
A bondade e a graça hão de
acompanhar-me todos os dias da minha vida e habitarei na casa do Senhor para
todo o sempre.
2ª
Leitura (Rom 5,5-11):
Irmãos: O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que
nos foi dado. Quando ainda éramos fracos, Cristo morreu pelos ímpios no tempo
determinado. Dificilmente alguém morrerá por um justo; por um homem bom, talvez
alguém tivesse a coragem de morrer. Mas Deus prova assim o seu amor para conosco:
Cristo morreu por nós, quando éramos ainda pecadores. E agora, que fomos
justificados pelo seu sangue, com muito maior razão seremos por Ele salvos da
ira divina. Se, na verdade, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com
Deus pela morte de seu Filho, com muito maior razão, depois de reconciliados,
seremos salvos pela sua vida. Mais ainda: também nos gloriamos em Deus, por
Nosso Senhor Jesus Cristo, por quem alcançámos agora a reconciliação.
Aleluia. Tomai o meu
jugo sobre vós, diz o Senhor, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de
coração. Aleluia.
Evangelho
(Lc 15,3-7): Então
ele contou-lhes esta parábola: «Quem de vós que tem cem ovelhas e perde uma,
não deixa as noventa e nove no deserto e vai atrás daquela que se perdeu, até
encontrá-la? E quando a encontra, alegre a põe nos ombros e, chegando em casa,
reúne os amigos e vizinhos, e diz: ‘Alegrai-vos comigo! Encontrei a minha
ovelha que estava perdida!’ Eu vos digo: assim haverá no céu alegria por um só
pecador que se converte, mais do que por noventa e nove justos que não precisam
de conversão».
«Alegrai-vos comigo!
Encontrei a minha ovelha que estava perdida!»
Rev. D. Pedro IGLESIAS
Martínez (Ripollet, Barcelona, Espanha)
Hoje celebramos a
solenidade do Sagrado Coração de Jesus. Desde tempos remotos, o homem situa
“fisicamente” no coração o melhor ou o pior do ser humano. Cristo nos mostra o
seu, com as cicatrizes do nosso pecado, como símbolo de seu amor aos homens e,
é desde este coração que vivifica e renova a história passada, presente e
futura, desde donde contemplamos e podemos compreender a alegria Daquele que
encontra o que havia perdido.
«Regozijai-vos comigo,
achei a minha ovelha que se havia perdido.» (Lc 15,6). Quando escutamos estas
palavras, tendemos sempre a situar-nos no grupo dos noventa e nove justos e
observamos “distantes” como Jesus oferece a salvação a quantidade de conhecidos
nossos que são muito piores que nós... Pois não! a alegria de Jesus tem um nome
e um rosto. O meu, o teu, o daquele..., todos somos “a ovelha perdida” por
nossos pecados; assim que..., não ponhamos mais lenha no fogo de nossa
soberbia, que estamos totalmente convertidos!
No tempo em que vivemos,
onde o conceito de pecado se relativiza ou se nega, no que o sacramento da
penitência é considerado por alguns como uma coisa dura, triste e obsoleta, o
Senhor em sua parábola nos fala de alegria, e não o faz somente aqui, pois é
uma corrente que atravessa todo o Evangelho. Zaqueu convida Jesus a comer para
celebrá-lo, depois de ser perdoado (cf. Lc 19,1-9); o pai do filho pródigo
perdoa e dá uma festa por seu retorno (cf. Lc 15,11-32), e o Bom Pastor se
regozija por encontrar a quem se havia separado do seu caminho.
Dizia São Josemaria que
um homem «vale o que vale seu coração». Meditemos desde o Evangelho de Lucas se
o preço — que vai marcado na etiqueta do nosso coração— concorda com o valor do
resgate que o Sagrado Coração de Jesus pagou por cada um de nós.
Pensamentos para o
Evangelho de hoje
«E tu, remido,
consideras quem, qual e quão grande é este que está pendurado na cruz por ti»
(São Boaventura)
«No Coração de Jesus
exprime-se o núcleo essencial do cristianismo: o Amor que nos salva e nos faz
viver já na eternidade de Deus» (Bento XVI)
«O Evangelho é a
revelação, em Jesus Cristo, da misericórdia de Deus para com os pecadores (86).
O anjo assim o disse a José: ‘Pôr-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o
seu povo dos seus pecados’ (Mt 1,21). o mesmo se diga da Eucaristia, sacramento
da Redenção: ‘Isto é o meu sangue, o sangue da Aliança, que vai ser derramado
por todos para a remissão dos pecados’ (Mt 26,28)» (Catecismo da Igreja
Católica, nº 1.846)
O coração de Deus
enche-se de alegria quando encontra a sua “ovelha” perdida e a reintegra no seu
“rebanho”.
Província Portuguesa dos
Dehonianos
* Dentro da grande
secção em que Lucas descreve a viagem de Jesus com os discípulos da Galileia
para Jerusalém (cf. Lc 9,51-19,28), o cap. 15 ocupa um lugar especial. Alguns consideram este capítulo o
centro do Evangelho de Lucas. As três parábolas que o integram (a “parábola da
ovelha tresmalhada” – Lc 15,3-7; a “parábola da moeda perdida” – cf. Lc
15,8-10; e a “parábola do pai misericordioso” – cf. Lc 15,11-32) são conhecidas
como “as parábolas sobre a misericórdia de Deus”. O tema da bondade de Deus
para com todos os seus filhos, nomeadamente para com os pecadores e os
marginais, é um tema muito caro ao evangelista Lucas.
* Neste ano, o
Evangelho da Solenidade do Sagrado Coração de Jesus traz-nos a primeira dessas
parábolas: a “parábola da ovelha tresmalhada”. Não é uma parábola exclusiva de
Lucas, pois também aparece no Evangelho de Mateus (cf. Mt 18,12-14); mas, enquanto
em Mateus ela é aplicada à responsabilidade dos chefes da Igreja para com os
mais “pequenos” e débeis, em Lucas a parábola serve para ilustrar a
misericórdia de Deus para com os pecadores. Os biblistas consideram que o
enquadramento de Lucas estará mais próximo da intenção original de Jesus quando
contou esta parábola.
* No cenário proposto por Lucas, as
“parábolas sobre a misericórdia de Deus” são a resposta de Jesus àqueles que O
criticavam por acolher os publicanos e os pecadores que vinham escutá-lo: “Este
homem acolhe os pecadores e come com eles” (vers. 2). Os cobradores de impostos
(“publicanos”) eram considerados exploradores do povo, ao serviço dos romanos,
e tinham fama de explorar os seus concidadãos, exigindo-lhes mais do que o
imposto estipulado pelas autoridades. Na época, um cobrador de impostos não
podia fazer parte da comunidade farisaica; não podia ser juiz, nem prestar
testemunho em tribunal sendo, para efeitos judiciais, equiparado ao escravo;
estava também privado de diversos direitos cívicos, políticos e religiosos. Os
“pecadores” eram todos aqueles que não cumpriam a Lei, não frequentavam a
sinagoga ao sábado, não jejuavam, não rezavam três vezes ao dia, não pagavam o
tributo ao tempo nem os dízimos, não observavam as leis da pureza.
* Ora, Jesus não
evitava esta gente.
Chegava a sentar-se com eles à mesa, o que significava que os aceitava como
amigos e iguais e que tolerava o seu estilo de vida. Isso era absolutamente
inaceitável para os fariseus e os doutores da Lei.
* Chamamos-lhe a “parábola da ovelha
tresmalhada”; contudo, não é uma ovelha, mas sim um pastor o protagonista da
história. A atenção dos que escutam esta história deve dirigir-se para o
pastor.
* Na Palestina do
tempo de Jesus, os pastores não estavam muito bem-vistos. Antes de mais, porque levavam sempre
consigo, no corpo e nas vestes, o cheiro das ovelhas. Mas, além disso, eram
considerados gente violenta, dura e má, que vivia afastada da comunidade, não
frequentava a sinagoga, não cumpria a Lei, deixava que os rebanhos destruíssem
as colheitas, entrava facilmente em conflito com qualquer um que se lhe
atravessasse no caminho. Contudo, nada disso entra nesta parábola. O pastor da
história de Jesus é, simplesmente, um pastor que gosta de cada uma das suas
ovelhas e que, portanto, não se conforma com a perda de qualquer uma delas.
Quando percebe que uma das ovelhas do seu rebanho se perdeu, “perde a cabeça”:
deixa as outras noventa e nove para ir à procura da ovelha perdida. A decisão
de deixar as outras noventa e nove ovelhas no deserto (não se diz que ele as
deixou no curral, ou que confiou a outro pastor o cuidado do seu rebanho) para
ir procurar apenas uma, parece ilógica, irrefletida, quase irracional; mas
expressa bem a importância que o pastor dá àquela ovelha.
* Depois de caminhar
pelo deserto sob o sol inclemente, enfrentando perigos e canseiras, o pastor
encontrou a ovelha perdida.
Não a censurou, não lhe bateu, não a trouxe arrastada por uma corda para que
ela não fugisse outra vez. Cheio de alegria, pô-la aos ombros e trouxe-a assim,
como se ela não lhe pesasse. Pôr a ovelha aos ombros é um gesto de solicitude,
de ternura. Aquela pobre ovelha, depois do tempo que passou sozinha, num
ambiente hostil, está cansada e assustada; precisa de carinho, precisa de
recuperar as forças. O gesto de pô-la aos ombros é, portanto, um gesto de amor.
* Finalmente, o
pastor chega à casa com a sua ovelha aos ombros. Está muitíssimo feliz. “Chama os
amigos e vizinhos e diz-lhes: ‘alegrai-vos comigo, porque encontrei a minha
ovelha perdida’” (vers. 6). Não é excessivo? O facto de perder e de reencontrar
uma ovelha é bem banal; merecerá tanto espalhafato? Para o pastor, aquela é “a
sua” ovelha. Não a pode perder. Por isso, o reencontro com “a sua” ovelha
encheu-o de alegria; e, na perspectiva do pastor, essa alegria tem de ser
partilhada.
* Chegados aqui, o
cenário da parábola muda totalmente.
Somos transportados da aldeia onde o pastor está a celebrar com os amigos e
vizinhos, para o céu, para o espaço de Deus. Segundo Jesus, “haverá mais
alegria no Céu por um só pecador que se converta, do que por noventa e nove
justos, que não precisam de conversão” (vers. 7). O coração de Deus enche-se de
alegria quando reencontra, quando recupera e traz para casa, um dos seus filhos
“perdidos”.
* Era aqui que Jesus
queria chegar. Ele
tinha sido acusado de se dar com gente reprovável, apontada a dedo pela
sociedade, como os cobradores de impostos e as mulheres de má vida. Era
verdade. Ele convivia com gente duvidosa, com pessoas a quem os “justos”
preferiam evitar, com pessoas que eram anatematizadas e marginalizadas por
causa dos seus comportamentos escandalosos. Certamente não foram os discípulos
a inventar para Jesus o injurioso apelativo de “comilão e bêbedo, amigo de
publicanos e de pecadores (Mt 11,19; cf. 15,1-2). Por que é que Jesus se dava
com essas pessoas?
* Porque Ele conhecia
o coração do Seu Pai.
Sabia que o coração de Deus é um coração de Pai e de Mãe, um coração cheio de
amor pelos seus filhos. E Jesus veio, enviado pelo Pai, para dizer isso aos
homens. A solicitude de Jesus para com os pecadores mostra-lhes que Deus não os
rejeita, que Deus os convida a fazer parte da sua família. O projeto de
salvação de Deus não é um condomínio fechado, com seguranças armados ao portão,
que têm por missão evitar a entrada de indesejáveis; mas é uma proposta
universal, onde todos os homens e mulheres têm lugar, porque todos, todos,
todos – maus e bons – são filhos queridos e amados do Pai/Deus.
* A “parábola da
ovelha perdida” pretende, dar conta desta realidade. A atitude desproporcionada de “deixar
as noventa e nove ovelhas no deserto para ir ao encontro da que estava perdida”
sublinha a imensa preocupação de Deus por cada homem que se afasta da
comunidade da salvação e o singular amor de Deus por todos os homens que
necessitam de libertação. O “pôr a ovelha aos ombros” significa o cuidado e a
solicitude de Deus, que trata com amor e com cuidados de Pai os filhos feridos
e magoados; a alegria desmesurada do “pastor” significa a felicidade imensa de
Deus sempre que o homem reentra no caminho da felicidade e da vida plena.
* Jesus anuncia, aqui, a salvação de
Deus oferecida aos pecadores, não porque estes se tornaram dignos dela mediante
as suas boas obras, mas porque o próprio Deus Se solidariza com os excluídos e
lhes oferece a salvação. Cumpre-se assim a profecia de Ezequiel que nos foi
apresentada na primeira leitura: Deus vai assumir-Se (através de Jesus) como o
“Bom Pastor”, que cuidará com amor de todas as ovelhas e, de forma especial,
das desencaminhadas e perdidas.
* A parábola do pastor que deixa tudo o
que tem em mãos para procurar a sua ovelha perdida, que manifesta o seu carinho
à ovelha reencontrada trazendo-a aos ombros no regresso a casa, que faz festa
com os amigos e vizinhos porque no seu coração há uma alegria incomensurável,
fala-nos de um Deus que tem coração, de um Deus que ama sem medida, de um Deus
que nunca deixará para trás os seus queridos filhos, façam eles o que fizerem.
Podemos, em determinados momentos da nossa vida, sentirmo-nos abandonados, desanimados,
esquecidos, perdidos; mas Deus anda sempre à nossa procura e, mais tarde ou
mais cedo, encontra-nos. A certeza do amor de Deus fortalece cada um dos nossos
passos, alimenta a nossa esperança, enche de significado os nossos esforços,
aponta ao futuro de felicidade e de vida plena que nos espera quando o nosso
caminho na terra chegar ao fim. Jesus quis que conhecêssemos o amor de Deus.
Mostrou-o nas suas palavras, nos seus gestos, na sua entrega até ao extremo na
cruz. Celebrar a Solenidade do Coração de Jesus é contemplar o amor de Deus e
deixar-se tocar por esse amor. Sentimos verdadeiramente que, a cada passo,
caminhamos envolvidos pelo amor de Deus?
* Jesus experimentava
a cada instante o amor de Deus, vivia mergulhado no amor de Deus. “Tocado” por esse amor,
testemunhava-o nas suas palavras e nos seus gestos. Quando alguém se sente tão
profundamente amado como Jesus se sentia, percebe que tem de dar testemunho do
amor. Por isso, Jesus curava os doentes, abraçava as crianças, defendia as
mulheres privadas dos seus direitos e da sua dignidade, sentava-se à mesa com
os publicanos e pecadores… Jesus era autenticamente um “profeta do amor”. Ora,
nós frequentamos a “escola” de Jesus. Através d’Ele conhecemos e experimentamos
o amor de Deus. Vimos como Jesus, na cruz, amou até ao extremo, até ao dom
total de si mesmo. Comprometemo-nos a segui-lo, a viver ao seu estilo.
Aceitamos ser “profetas do amor”, obreiros da paz, servidores da reconciliação
junto dos irmãos que “viajam” ao nosso lado pelos caminhos da vida? Somos,
pelos gestos que fazemos, pela misericórdia que manifestamos para com todos,
pela maneira bondosa como acolhemos cada pessoa, sinais vivos do amor que Deus
tem por todos os seus filhos?
* A proximidade de Jesus com os mais
frágeis, os menores, os doentes, as crianças, as mulheres, os marginalizados,
os que eram considerados “malditos” pela religião do Templo, sugere o especial
carinho de Deus pelos seus filhos e filhas mais necessitados de salvação. Sim,
Deus ama todos os seus filhos, sem exceção; mas olha com uma ternura especial
para aqueles e aquelas que ninguém quer, que ninguém ama, que não têm espaço na
mesa onde a sociedade todos os dias se alimenta. Como olhamos para as pessoas
mais simples e mais humildes, as mais abandonadas, as mais esquecidas, as que a
sociedade rejeita, as que nunca contam para nada, as que são invisíveis mesmo
quando estão presentes, as que todos desprezam, as que nunca ninguém escuta, as
que nunca se impõem nem defendem os seus direitos, as que nos inspiram repulsa?
Conseguimos olhar para elas com o mesmo olhar de Jesus e amá-las como Jesus
amava?
* Tornar o amor de
Deus uma realidade viva no mundo significa também lutar objetivamente contra
tudo o que gera ódio, injustiça, opressão, mentira, sofrimento. Foi exatamente isso que Jesus fez.
Ele nunca se conformou com uma sociedade construída sobre o egoísmo, a
violência, a maldade, a exploração dos mais fracos. Para Jesus, uma sociedade
que não se construísse sobre o amor e a misericórdia era uma sociedade iníqua,
que subvertia o projeto de Deus para os homens. Combatemos tudo aquilo que
desfeia o nosso mundo e destrói o amor, a justiça e a paz? O nosso silêncio, a
nossa indiferença, a nossa cobardia diante da injustiça e da maldade não nos
tornará cúmplices daqueles que desumanizam o mundo e matam o amor?
* O grande projeto de
Jesus era construir o Reino de Deus, isto é, um mundo onde o amor fosse o valor
supremo. Foi para
construir a civilização do amor, que Ele deu a sua vida até ao extremo, até à
última gota de sangue. Estamos realmente a construir um mundo humanizado pelo
amor? As nossas comunidades cristãs e religiosas, os nossos cartórios
paroquiais e as resseções das nossas igrejas, as nossas obras sociais, os
nossos serviços de acolhimento e de hospitalidade, os nossas creches, os nossos
colégios para a educação da juventude, os nossos centros de dia, os nossos
lares de idosos, os nossos hospitais, são espaços onde se constrói a
civilização do amor?
LADAINHA DO SAGRADO CORAÇÃO
Senhor, tende piedade de
nós.
Jesus Cristo, tende
piedade de nós.
Senhor, tende piedade de
nós.
Jesus Cristo,
ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Deus Pai dos Céu, tende
piedade de nós.
Deus Filho, Redentor
do mundo, tende piedade de nós.
Deus Espírito Santo,
tende piedade de nós.
Santíssima Trindade,
que sois um só Deus, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, Filho
do Pai Eterno, tende piedade de nós.
Coração de Jesus,
formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe, ...
Coração de Jesus, unido
substancialmente ao Verbo de Deus, ...
Coração de Jesus,
de majestade infinita, ...
Coração de Jesus, templo
santo de Deus, ...
Coração de Jesus,
tabernáculo do Altíssimo,...
Coração de Jesus, casa
de Deus e porta do céu, ...
Coração de Jesus,
fornalha ardente de caridade, ...
Coração de Jesus,
receptáculo de justiça e amor, ...
Coração de Jesus,
abismo de todas as virtudes, ...
Coração de Jesus,
digníssimo de todo o louvor, ...
Coração de Jesus,
rei e centro de todos os corações, ...
Coração de Jesus, no
qual estão todos os tesouros da sabedoria e ciência, ...
Coração de Jesus,
no qual habita toda a plenitude da divindade, ...
Coração de Jesus, no
qual o Pai celeste põe as suas complacências, ...
Coração de Jesus,
de cuja plenitude nós todos participamos, ...
Coração de Jesus, desejo
das colinas eternas,...
Coração de Jesus,
paciente e misericordioso, ...
Coração de Jesus, rico
para todos os que vos invocam,...
Coração de Jesus,
fonte de vida e santidade, ...
Coração de Jesus,
propiciação para os nossos pecados, ...
Coração de Jesus,
saturado de opróbios, ...
Coração de Jesus,
atribulado por causa de nossos crimes,...
Coração de Jesus,
feito obediente até a morte, ...
Coração de Jesus,
atravessado pela lança,...
Coração de Jesus,
fonte de toda a consolação,...
Coração de Jesus, nossa
vida e ressurreição, ...
Coração de Jesus,
nossa paz e reconciliação, ...
Coração de Jesus, vítima
dos pecadores, ...
Coração de Jesus,
salvação dos que em vós esperam, ...
Coração de Jesus,
esperança dos que em vós expiram, ...
Coração de Jesus,
delícia de todos os Santos,...
Cordeiro de Deus, que
tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que
tirais o pecado do mundo, ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que
tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
V. — Jesus, manso e
humilde de coração,
R. — Fazei o nosso
coração semelhante ao vosso.
ORAÇÃO
Onipotente e eterno
Deus, olhai para o Coração de vosso diletíssimo Filho e para os louvores e
satisfações que ele vos tributa em nome dos pecadores, e àqueles que invocam
vossa misericórdia, concedei benigno o perdão, em nome do mesmo Jesus Cristo,
vosso Filho, que convosco vive e reina juntamente com o Espírito Santo por
todos os séculos dos séculos. Amém.
CONSAGRAÇÃO AO CORAÇÃO DE JESUS (composta por Sta. Margarida Maria)
Eu...(Nome), dou e
consagro ao Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo a minha pessoa e minha
vida, minhas ações, penas e dores, não querendo servir-me de parte alguma de
meu ser, senão para o honrar, amar e glorificar É esta a minha vontade irrevogável
- pertencer-lhe e fazer tudo por seu amor, renunciando completamente ao que não
for do seu agrado.
Eu vos tomo, pois, ó
Sagrado Coração, por único objeto de meu amor, protetor de minha vida,
segurança da minha salvação, remédio da minha fragilidade e inconstância,
reparador de todos os meus defeitos e asilo seguro na hora da morte.
Sede, ó Coração de
bondade, minha justificação para com Deus, vosso Pai, e afastai de mim os
castigos de sua cólera. Ó Coração de amor, ponho em vós toda a minha confiança,
pois tudo receio de minha fraqueza e malícia, mas tudo espero da vossa bondade.
Destruí em mim tudo o que vos possa desagradar ou resistir. Que o vosso puro
amor se grave tão profundamente no meu coração, que eu não possa jamais me
esquecer nem me separar de Vós.
Suplico-vos, também, por
vossa suma bondade, que o meu nome seja escrito em vós, pois quero fazer
consistir toda a minha felicidade e minha glória em viver e morrer convosco, na
qualidade de vossa (o) escrava (o). Assim seja.
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