quarta-feira, 25 de junho de 2025

MÊS DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS - SOLENIDADE

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
São Cirilo de Alexandria, bispo e doutor da Igreja
 
ORAÇÃO PREPARATÓRIA
Senhor Jesus Cristo, unindo-me à divina intenção com que na terra pelo vosso Coração Sacratíssimo rendestes louvores a Deus e ainda agora os rendeis de contínuo e em todo o mundo no Santíssimo Sacramento da Eucaristia até a consumação dos séculos, eu vos ofereço por este dia inteiro, sem exceção de um instante, à imitação do Sagrado Coração da Bem-aventurada Maria sempre Virgem Imaculada, todas as minhas intenções e pensamentos, todos os meus afetos e desejos, todas as minhas obras e palavras. Amém.
 
LECTIO DIVINA
 
1ª Leitura (Ez 34,11-16): Eis o que diz o Senhor Deus: «Eu próprio irei em busca das minhas ovelhas e hei de encontrá-las. Como o pastor que vigia o rebanho, quando estiver no meio das ovelhas que andavam tresmalhadas, assim Eu cuidarei das minhas ovelhas, para as tirar de todos os sítios em que se desgarraram num dia de nevoeiro e de trevas. Arrancá-las-ei de entre os povos e as reunirei dos vários países, para as reconduzir à sua própria terra. Apascentá-las-ei nos montes de Israel, nas ribeiras e em todos os lugares habitados do país. Eu as apascentarei em boas pastagens e terão as suas devesas nos altos montes de Israel. Descansarão em férteis devesas e encontrarão pasto suculento sobre as montanhas de Israel. Eu apascentarei o meu rebanho, Eu o farei repousar, diz o Senhor Deus. Hei de procurar a ovelha que anda perdida e reconduzir a que anda tresmalhada. Tratarei a que estiver ferida, darei vigor à que andar enfraquecida e velarei pela gorda e vigorosa. Hei de apascentar com justiça».
 
Salmo Responsorial: 22
R. O Senhor é meu pastor: nada me faltará.
 
O Senhor é meu pastor: nada me falta. Leva-me a descansar em verdes prados, conduz-me às águas refrescantes e reconforta a minha alma.
 
Ele me guia por sendas direitas por amor do seu nome. Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos, não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo: o vosso cajado e o vosso báculo me enchem de confiança.
 
Para mim preparais a mesa à vista dos meus adversários; com óleo me perfumais a cabeça e meu cálice transborda.
 
A bondade e a graça hão de acompanhar-me todos os dias da minha vida e habitarei na casa do Senhor para todo o sempre.
 
2ª Leitura (Rom 5,5-11): Irmãos: O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. Quando ainda éramos fracos, Cristo morreu pelos ímpios no tempo determinado. Dificilmente alguém morrerá por um justo; por um homem bom, talvez alguém tivesse a coragem de morrer. Mas Deus prova assim o seu amor para conosco: Cristo morreu por nós, quando éramos ainda pecadores. E agora, que fomos justificados pelo seu sangue, com muito maior razão seremos por Ele salvos da ira divina. Se, na verdade, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, com muito maior razão, depois de reconciliados, seremos salvos pela sua vida. Mais ainda: também nos gloriamos em Deus, por Nosso Senhor Jesus Cristo, por quem alcançámos agora a reconciliação.
 
Aleluia. Tomai o meu jugo sobre vós, diz o Senhor, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração. Aleluia.
 
Evangelho (Lc 15,3-7): Então ele contou-lhes esta parábola: «Quem de vós que tem cem ovelhas e perde uma, não deixa as noventa e nove no deserto e vai atrás daquela que se perdeu, até encontrá-la? E quando a encontra, alegre a põe nos ombros e, chegando em casa, reúne os amigos e vizinhos, e diz: ‘Alegrai-vos comigo! Encontrei a minha ovelha que estava perdida!’ Eu vos digo: assim haverá no céu alegria por um só pecador que se converte, mais do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão».
 
«Alegrai-vos comigo! Encontrei a minha ovelha que estava perdida!»
 
Rev. D. Pedro IGLESIAS Martínez (Ripollet, Barcelona, Espanha)

Hoje celebramos a solenidade do Sagrado Coração de Jesus. Desde tempos remotos, o homem situa “fisicamente” no coração o melhor ou o pior do ser humano. Cristo nos mostra o seu, com as cicatrizes do nosso pecado, como símbolo de seu amor aos homens e, é desde este coração que vivifica e renova a história passada, presente e futura, desde donde contemplamos e podemos compreender a alegria Daquele que encontra o que havia perdido.
 
«Regozijai-vos comigo, achei a minha ovelha que se havia perdido.» (Lc 15,6). Quando escutamos estas palavras, tendemos sempre a situar-nos no grupo dos noventa e nove justos e observamos “distantes” como Jesus oferece a salvação a quantidade de conhecidos nossos que são muito piores que nós... Pois não! a alegria de Jesus tem um nome e um rosto. O meu, o teu, o daquele..., todos somos “a ovelha perdida” por nossos pecados; assim que..., não ponhamos mais lenha no fogo de nossa soberbia, que estamos totalmente convertidos!
 
No tempo em que vivemos, onde o conceito de pecado se relativiza ou se nega, no que o sacramento da penitência é considerado por alguns como uma coisa dura, triste e obsoleta, o Senhor em sua parábola nos fala de alegria, e não o faz somente aqui, pois é uma corrente que atravessa todo o Evangelho. Zaqueu convida Jesus a comer para celebrá-lo, depois de ser perdoado (cf. Lc 19,1-9); o pai do filho pródigo perdoa e dá uma festa por seu retorno (cf. Lc 15,11-32), e o Bom Pastor se regozija por encontrar a quem se havia separado do seu caminho.
 
Dizia São Josemaria que um homem «vale o que vale seu coração». Meditemos desde o Evangelho de Lucas se o preço — que vai marcado na etiqueta do nosso coração— concorda com o valor do resgate que o Sagrado Coração de Jesus pagou por cada um de nós.
 
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«E tu, remido, consideras quem, qual e quão grande é este que está pendurado na cruz por ti» (São Boaventura)
 
«No Coração de Jesus exprime-se o núcleo essencial do cristianismo: o Amor que nos salva e nos faz viver já na eternidade de Deus» (Bento XVI)
 
«O Evangelho é a revelação, em Jesus Cristo, da misericórdia de Deus para com os pecadores (86). O anjo assim o disse a José: ‘Pôr-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados’ (Mt 1,21). o mesmo se diga da Eucaristia, sacramento da Redenção: ‘Isto é o meu sangue, o sangue da Aliança, que vai ser derramado por todos para a remissão dos pecados’ (Mt 26,28)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.846)
 
O coração de Deus enche-se de alegria quando encontra a sua “ovelha” perdida e a reintegra no seu “rebanho”.
 
Província Portuguesa dos Dehonianos
 
* Dentro da grande secção em que Lucas descreve a viagem de Jesus com os discípulos da Galileia para Jerusalém (cf. Lc 9,51-19,28), o cap. 15 ocupa um lugar especial.
Alguns consideram este capítulo o centro do Evangelho de Lucas. As três parábolas que o integram (a “parábola da ovelha tresmalhada” – Lc 15,3-7; a “parábola da moeda perdida” – cf. Lc 15,8-10; e a “parábola do pai misericordioso” – cf. Lc 15,11-32) são conhecidas como “as parábolas sobre a misericórdia de Deus”. O tema da bondade de Deus para com todos os seus filhos, nomeadamente para com os pecadores e os marginais, é um tema muito caro ao evangelista Lucas.
 
* Neste ano, o Evangelho da Solenidade do Sagrado Coração de Jesus traz-nos a primeira dessas parábolas: a “parábola da ovelha tresmalhada”. Não é uma parábola exclusiva de Lucas, pois também aparece no Evangelho de Mateus (cf. Mt 18,12-14); mas, enquanto em Mateus ela é aplicada à responsabilidade dos chefes da Igreja para com os mais “pequenos” e débeis, em Lucas a parábola serve para ilustrar a misericórdia de Deus para com os pecadores. Os biblistas consideram que o enquadramento de Lucas estará mais próximo da intenção original de Jesus quando contou esta parábola.
 
* No cenário proposto por Lucas, as “parábolas sobre a misericórdia de Deus” são a resposta de Jesus àqueles que O criticavam por acolher os publicanos e os pecadores que vinham escutá-lo: “Este homem acolhe os pecadores e come com eles” (vers. 2). Os cobradores de impostos (“publicanos”) eram considerados exploradores do povo, ao serviço dos romanos, e tinham fama de explorar os seus concidadãos, exigindo-lhes mais do que o imposto estipulado pelas autoridades. Na época, um cobrador de impostos não podia fazer parte da comunidade farisaica; não podia ser juiz, nem prestar testemunho em tribunal sendo, para efeitos judiciais, equiparado ao escravo; estava também privado de diversos direitos cívicos, políticos e religiosos. Os “pecadores” eram todos aqueles que não cumpriam a Lei, não frequentavam a sinagoga ao sábado, não jejuavam, não rezavam três vezes ao dia, não pagavam o tributo ao tempo nem os dízimos, não observavam as leis da pureza.
 
* Ora, Jesus não evitava esta gente. Chegava a sentar-se com eles à mesa, o que significava que os aceitava como amigos e iguais e que tolerava o seu estilo de vida. Isso era absolutamente inaceitável para os fariseus e os doutores da Lei.
 
* Chamamos-lhe a “parábola da ovelha tresmalhada”; contudo, não é uma ovelha, mas sim um pastor o protagonista da história. A atenção dos que escutam esta história deve dirigir-se para o pastor.
 
* Na Palestina do tempo de Jesus, os pastores não estavam muito bem-vistos. Antes de mais, porque levavam sempre consigo, no corpo e nas vestes, o cheiro das ovelhas. Mas, além disso, eram considerados gente violenta, dura e má, que vivia afastada da comunidade, não frequentava a sinagoga, não cumpria a Lei, deixava que os rebanhos destruíssem as colheitas, entrava facilmente em conflito com qualquer um que se lhe atravessasse no caminho. Contudo, nada disso entra nesta parábola. O pastor da história de Jesus é, simplesmente, um pastor que gosta de cada uma das suas ovelhas e que, portanto, não se conforma com a perda de qualquer uma delas. Quando percebe que uma das ovelhas do seu rebanho se perdeu, “perde a cabeça”: deixa as outras noventa e nove para ir à procura da ovelha perdida. A decisão de deixar as outras noventa e nove ovelhas no deserto (não se diz que ele as deixou no curral, ou que confiou a outro pastor o cuidado do seu rebanho) para ir procurar apenas uma, parece ilógica, irrefletida, quase irracional; mas expressa bem a importância que o pastor dá àquela ovelha.
 
* Depois de caminhar pelo deserto sob o sol inclemente, enfrentando perigos e canseiras, o pastor encontrou a ovelha perdida. Não a censurou, não lhe bateu, não a trouxe arrastada por uma corda para que ela não fugisse outra vez. Cheio de alegria, pô-la aos ombros e trouxe-a assim, como se ela não lhe pesasse. Pôr a ovelha aos ombros é um gesto de solicitude, de ternura. Aquela pobre ovelha, depois do tempo que passou sozinha, num ambiente hostil, está cansada e assustada; precisa de carinho, precisa de recuperar as forças. O gesto de pô-la aos ombros é, portanto, um gesto de amor.
 
* Finalmente, o pastor chega à casa com a sua ovelha aos ombros. Está muitíssimo feliz. “Chama os amigos e vizinhos e diz-lhes: ‘alegrai-vos comigo, porque encontrei a minha ovelha perdida’” (vers. 6). Não é excessivo? O facto de perder e de reencontrar uma ovelha é bem banal; merecerá tanto espalhafato? Para o pastor, aquela é “a sua” ovelha. Não a pode perder. Por isso, o reencontro com “a sua” ovelha encheu-o de alegria; e, na perspectiva do pastor, essa alegria tem de ser partilhada.
 
* Chegados aqui, o cenário da parábola muda totalmente. Somos transportados da aldeia onde o pastor está a celebrar com os amigos e vizinhos, para o céu, para o espaço de Deus. Segundo Jesus, “haverá mais alegria no Céu por um só pecador que se converta, do que por noventa e nove justos, que não precisam de conversão” (vers. 7). O coração de Deus enche-se de alegria quando reencontra, quando recupera e traz para casa, um dos seus filhos “perdidos”.
 
* Era aqui que Jesus queria chegar. Ele tinha sido acusado de se dar com gente reprovável, apontada a dedo pela sociedade, como os cobradores de impostos e as mulheres de má vida. Era verdade. Ele convivia com gente duvidosa, com pessoas a quem os “justos” preferiam evitar, com pessoas que eram anatematizadas e marginalizadas por causa dos seus comportamentos escandalosos. Certamente não foram os discípulos a inventar para Jesus o injurioso apelativo de “comilão e bêbedo, amigo de publicanos e de pecadores (Mt 11,19; cf. 15,1-2). Por que é que Jesus se dava com essas pessoas?
 
* Porque Ele conhecia o coração do Seu Pai. Sabia que o coração de Deus é um coração de Pai e de Mãe, um coração cheio de amor pelos seus filhos. E Jesus veio, enviado pelo Pai, para dizer isso aos homens. A solicitude de Jesus para com os pecadores mostra-lhes que Deus não os rejeita, que Deus os convida a fazer parte da sua família. O projeto de salvação de Deus não é um condomínio fechado, com seguranças armados ao portão, que têm por missão evitar a entrada de indesejáveis; mas é uma proposta universal, onde todos os homens e mulheres têm lugar, porque todos, todos, todos – maus e bons – são filhos queridos e amados do Pai/Deus.
 
* A “parábola da ovelha perdida” pretende, dar conta desta realidade. A atitude desproporcionada de “deixar as noventa e nove ovelhas no deserto para ir ao encontro da que estava perdida” sublinha a imensa preocupação de Deus por cada homem que se afasta da comunidade da salvação e o singular amor de Deus por todos os homens que necessitam de libertação. O “pôr a ovelha aos ombros” significa o cuidado e a solicitude de Deus, que trata com amor e com cuidados de Pai os filhos feridos e magoados; a alegria desmesurada do “pastor” significa a felicidade imensa de Deus sempre que o homem reentra no caminho da felicidade e da vida plena.
 
* Jesus anuncia, aqui, a salvação de Deus oferecida aos pecadores, não porque estes se tornaram dignos dela mediante as suas boas obras, mas porque o próprio Deus Se solidariza com os excluídos e lhes oferece a salvação. Cumpre-se assim a profecia de Ezequiel que nos foi apresentada na primeira leitura: Deus vai assumir-Se (através de Jesus) como o “Bom Pastor”, que cuidará com amor de todas as ovelhas e, de forma especial, das desencaminhadas e perdidas.
 
* A parábola do pastor que deixa tudo o que tem em mãos para procurar a sua ovelha perdida, que manifesta o seu carinho à ovelha reencontrada trazendo-a aos ombros no regresso a casa, que faz festa com os amigos e vizinhos porque no seu coração há uma alegria incomensurável, fala-nos de um Deus que tem coração, de um Deus que ama sem medida, de um Deus que nunca deixará para trás os seus queridos filhos, façam eles o que fizerem. Podemos, em determinados momentos da nossa vida, sentirmo-nos abandonados, desanimados, esquecidos, perdidos; mas Deus anda sempre à nossa procura e, mais tarde ou mais cedo, encontra-nos. A certeza do amor de Deus fortalece cada um dos nossos passos, alimenta a nossa esperança, enche de significado os nossos esforços, aponta ao futuro de felicidade e de vida plena que nos espera quando o nosso caminho na terra chegar ao fim. Jesus quis que conhecêssemos o amor de Deus. Mostrou-o nas suas palavras, nos seus gestos, na sua entrega até ao extremo na cruz. Celebrar a Solenidade do Coração de Jesus é contemplar o amor de Deus e deixar-se tocar por esse amor. Sentimos verdadeiramente que, a cada passo, caminhamos envolvidos pelo amor de Deus?
 
* Jesus experimentava a cada instante o amor de Deus, vivia mergulhado no amor de Deus.
“Tocado” por esse amor, testemunhava-o nas suas palavras e nos seus gestos. Quando alguém se sente tão profundamente amado como Jesus se sentia, percebe que tem de dar testemunho do amor. Por isso, Jesus curava os doentes, abraçava as crianças, defendia as mulheres privadas dos seus direitos e da sua dignidade, sentava-se à mesa com os publicanos e pecadores… Jesus era autenticamente um “profeta do amor”. Ora, nós frequentamos a “escola” de Jesus. Através d’Ele conhecemos e experimentamos o amor de Deus. Vimos como Jesus, na cruz, amou até ao extremo, até ao dom total de si mesmo. Comprometemo-nos a segui-lo, a viver ao seu estilo. Aceitamos ser “profetas do amor”, obreiros da paz, servidores da reconciliação junto dos irmãos que “viajam” ao nosso lado pelos caminhos da vida? Somos, pelos gestos que fazemos, pela misericórdia que manifestamos para com todos, pela maneira bondosa como acolhemos cada pessoa, sinais vivos do amor que Deus tem por todos os seus filhos?
 
* A proximidade de Jesus com os mais frágeis, os menores, os doentes, as crianças, as mulheres, os marginalizados, os que eram considerados “malditos” pela religião do Templo, sugere o especial carinho de Deus pelos seus filhos e filhas mais necessitados de salvação. Sim, Deus ama todos os seus filhos, sem exceção; mas olha com uma ternura especial para aqueles e aquelas que ninguém quer, que ninguém ama, que não têm espaço na mesa onde a sociedade todos os dias se alimenta. Como olhamos para as pessoas mais simples e mais humildes, as mais abandonadas, as mais esquecidas, as que a sociedade rejeita, as que nunca contam para nada, as que são invisíveis mesmo quando estão presentes, as que todos desprezam, as que nunca ninguém escuta, as que nunca se impõem nem defendem os seus direitos, as que nos inspiram repulsa? Conseguimos olhar para elas com o mesmo olhar de Jesus e amá-las como Jesus amava?
 
* Tornar o amor de Deus uma realidade viva no mundo significa também lutar objetivamente contra tudo o que gera ódio, injustiça, opressão, mentira, sofrimento. Foi exatamente isso que Jesus fez. Ele nunca se conformou com uma sociedade construída sobre o egoísmo, a violência, a maldade, a exploração dos mais fracos. Para Jesus, uma sociedade que não se construísse sobre o amor e a misericórdia era uma sociedade iníqua, que subvertia o projeto de Deus para os homens. Combatemos tudo aquilo que desfeia o nosso mundo e destrói o amor, a justiça e a paz? O nosso silêncio, a nossa indiferença, a nossa cobardia diante da injustiça e da maldade não nos tornará cúmplices daqueles que desumanizam o mundo e matam o amor?
 
* O grande projeto de Jesus era construir o Reino de Deus, isto é, um mundo onde o amor fosse o valor supremo. Foi para construir a civilização do amor, que Ele deu a sua vida até ao extremo, até à última gota de sangue. Estamos realmente a construir um mundo humanizado pelo amor? As nossas comunidades cristãs e religiosas, os nossos cartórios paroquiais e as resseções das nossas igrejas, as nossas obras sociais, os nossos serviços de acolhimento e de hospitalidade, os nossas creches, os nossos colégios para a educação da juventude, os nossos centros de dia, os nossos lares de idosos, os nossos hospitais, são espaços onde se constrói a civilização do amor?
 
LADAINHA DO SAGRADO CORAÇÃO
 

Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
 
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
 
Deus Pai dos Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.
 
Coração de Jesus, Filho do Pai Eterno, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe, ...
Coração de Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus, ...
Coração de Jesus, de majestade infinita, ...
Coração de Jesus, templo santo de Deus, ...
Coração de Jesus, tabernáculo do Altíssimo,...
Coração de Jesus, casa de Deus e porta do céu, ...
Coração de Jesus, fornalha ardente de caridade, ...
Coração de Jesus, receptáculo de justiça e amor, ...
Coração de Jesus, abismo de todas as virtudes, ...
Coração de Jesus, digníssimo de todo o louvor, ...
Coração de Jesus, rei e centro de todos os corações, ...
Coração de Jesus, no qual estão todos os tesouros da sabedoria e ciência, ...
Coração de Jesus, no qual habita toda a plenitude da divindade, ...
Coração de Jesus, no qual o Pai celeste põe as suas complacências, ...
Coração de Jesus, de cuja plenitude nós todos participamos, ...
Coração de Jesus, desejo das colinas eternas,...
Coração de Jesus, paciente e misericordioso, ...
Coração de Jesus, rico para todos os que vos invocam,...
Coração de Jesus, fonte de vida e santidade, ...
Coração de Jesus, propiciação para os nossos pecados, ...
Coração de Jesus, saturado de opróbios, ...
Coração de Jesus, atribulado por causa de nossos crimes,...
Coração de Jesus, feito obediente até a morte, ...
Coração de Jesus, atravessado pela lança,...
Coração de Jesus, fonte de toda a consolação,...
Coração de Jesus, nossa vida e ressurreição, ...
Coração de Jesus, nossa paz e reconciliação, ...
Coração de Jesus, vítima dos pecadores, ...
Coração de Jesus, salvação dos que em vós esperam, ...
Coração de Jesus, esperança dos que em vós expiram, ...
Coração de Jesus, delícia de todos os Santos,...
 
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
 
V. — Jesus, manso e humilde de coração,
R. — Fazei o nosso coração semelhante ao vosso.
 
ORAÇÃO
Onipotente e eterno Deus, olhai para o Coração de vosso diletíssimo Filho e para os louvores e satisfações que ele vos tributa em nome dos pecadores, e àqueles que invocam vossa misericórdia, concedei benigno o perdão, em nome do mesmo Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina juntamente com o Espírito Santo por todos os séculos dos séculos. Amém.
 
CONSAGRAÇÃO AO CORAÇÃO DE JESUS (composta por Sta. Margarida Maria)
Eu...(Nome), dou e consagro ao Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo a minha pessoa e minha vida, minhas ações, penas e dores, não querendo servir-me de parte alguma de meu ser, senão para o honrar, amar e glorificar É esta a minha vontade irrevogável - pertencer-lhe e fazer tudo por seu amor, renunciando completamente ao que não for do seu agrado.
Eu vos tomo, pois, ó Sagrado Coração, por único objeto de meu amor, protetor de minha vida, segurança da minha salvação, remédio da minha fragilidade e inconstância, reparador de todos os meus defeitos e asilo seguro na hora da morte.
Sede, ó Coração de bondade, minha justificação para com Deus, vosso Pai, e afastai de mim os castigos de sua cólera. Ó Coração de amor, ponho em vós toda a minha confiança, pois tudo receio de minha fraqueza e malícia, mas tudo espero da vossa bondade. Destruí em mim tudo o que vos possa desagradar ou resistir. Que o vosso puro amor se grave tão profundamente no meu coração, que eu não possa jamais me esquecer nem me separar de Vós.
Suplico-vos, também, por vossa suma bondade, que o meu nome seja escrito em vós, pois quero fazer consistir toda a minha felicidade e minha glória em viver e morrer convosco, na qualidade de vossa (o) escrava (o). Assim seja.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

DEIXE AQUI SEU SUA SUGESTÃO