sábado, 1 de junho de 2024

MÊS DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS - Segunda-feira da 9ª Semana do Tempo Comum

S. Carlos Lwanga e doze companheiros, mártires
 
ORAÇÃO PREPARATÓRIA
Senhor Jesus Cristo, unindo-me à divina intenção com que na terra pelo vosso Coração Sacratíssimo rendestes louvores a Deus e ainda agora os rendeis de contínuo e em todo o mundo no Santíssimo Sacramento da Eucaristia até a consumação dos séculos, eu vos ofereço por este dia inteiro, sem exceção de um instante, à imitação do Sagrado Coração da Bem-aventurada Maria sempre Virgem Imaculada, todas as minhas intenções e pensamentos, todos os meus afetos e desejos, todas as minhas obras e palavras. Amém.
 
LECTIO DIVINA
 
1ª Leitura (2Pe 1,1-7): Caríssimos: A graça e a paz vos sejam dadas em abundância, pelo conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor. Jesus, com o seu divino poder, concedeu-nos tudo o que é necessário à vida e à piedade, fazendo-nos conhecer Aquele que nos chamou pela sua glória e virtude. Assim, entramos na posse das maiores e mais preciosas promessas, para nos tornarmos participantes da natureza divina, livres da corrupção que a concupiscência gera no mundo. Por este motivo, esforçai-vos quanto possível por juntar à vossa fé a virtude, à virtude a ciência, à ciência a temperança, à temperança a constância, à constância a piedade, à piedade o amor fraterno, ao amor fraterno a caridade.
 
Salmo Responsorial: 90
R. Senhor, meu Deus, em Vós confio.
 
Tu que habitas sob a proteção do Altíssimo e moras à sombra do Omnipotente, diz ao Senhor: «Sois o meu refúgio e a minha cidadela; meu Deus, em Vós confio».
 
«Porque em Mim confiou, hei-de salvá-lo, hei-de protegê-lo, pois conheceu o meu nome. Quando Me invocar, hei-de atendê-lo, estarei com ele na tribulação.
 
Hei de libertá-lo e dar-lhe glória, favorecê-lo-ei com longa vida e lhe mostrarei a minha salvação».
 
Aleluia. Jesus Cristo, a Testemunha fiel, o Primogénito dos mortos, amou-nos e purificou-nos dos nossos pecados, pelo seu sangue. Aleluia.
 
Evangelho (Mc 12,1-12): Jesus começou a falar-lhes em parábolas: «Um homem plantou uma vinha, pôs uma cerca em volta, cavou um lagar para pisar as uvas e construiu uma torre de guarda. Ele a alugou a uns lavradores e viajou para longe. Depois mandou um servo para receber dos agricultores a sua parte dos frutos da vinha. Mas os agricultores o agarraram, bateram nele e o mandaram de volta sem nada. O proprietário mandou novamente outro servo. Este foi espancado na cabeça e ainda o insultaram. Mandou ainda um outro, e a esse mataram. E assim diversos outros: em uns bateram e a outros mataram. Agora restava ainda alguém: o filho amado. Por último, então, enviou o filho aos agricultores, pensando: ‘A meu filho respeitarão’. Mas aqueles agricultores disseram uns aos outros: ‘Este é o herdeiro. Vamos matá-lo, e a herança será nossa’. Agarraram o filho, mataram e o lançaram fora da vinha. Que fará o dono da vinha? Ele virá e fará perecer os agricultores, e entregará a vinha a outros. Acaso não lestes na Escritura: ‘A pedra que os construtores rejeitaram, esta é que se tornou a pedra angular. Isto foi feito pelo Senhor, e é admirável aos nossos olhos'?» Eles procuravam prender Jesus, pois entenderam que tinha contado a parábola com referência a eles. Mas ficaram com medo da multidão; por isso, deixaram Jesus e foram embora.
 
«Depois mandou um servo para receber dos agricultores a sua parte dos frutos da vinha»
 
Fr. Alphonse DIAZ (Nairobi, Quênia)

Hoje, o Senhor convida-nos a passear por sua vinha: «Um homem plantou uma vinha (...) e ele a alugou a uns lavradores» (Mc 12,1). Todos somos arrendatários dessa vinha. A vinha é o nosso próprio espírito, a Igreja e o mundo inteiro. Deus quer nossos frutos. Primeiro, a nossa santidade pessoal; depois um constante apostolado entre os meus amigos, a quem nosso exemplo e palavras devem animá-los a aproximarem-se cada dia mais a Cristo; finalmente, o mundo, que se converterá num lugar melhor para viver, se santificamos o nosso trabalho profissional, nossas relações sociais e nosso dever para o bem comum.
 
Que tipo de arrendatários somos? De aqueles que trabalham muito, ou daqueles quem se irritam quando o dono envia seus empregados para cobrar-nos o aluguel? Podemos nos opor aos que têm a responsabilidade de ajudar a proporcionar os frutos que Deus espera de nós. Podemos pôr objeções aos ensinos da Santa Mãe Igreja e do Papa, dos bispos, ou talvez, mais modestamente, dos nossos pais, nosso diretor espiritual, ou daquele bom amigo que está tentando ajudar-nos. Podemos, inclusive, voltar-nos agressivos, e tentar feri-los, ou até "matá-los" com nossa crítica e comentários negativos. Deveríamos perguntar-nos os verdadeiros motivos desta postura. Talvez precisemos de um conhecimento mais profundo da nossa fé; quiçá devemos aprender a conhecer-nos melhor; fazer um melhor exame de consciência, para descobrir as razões pelas que não queremos produzir frutos.
 
Peçamos a nossa Mãe Maria ajuda para que possamos trabalhar com amor, sob a guia do Papa. Todos podemos ser "bons pastores" e "pescadores" de homens. «Então, vamos e peçamos ao Senhor que nos ajude a dar fruto, um fruto que permaneça. Só assim a terra se transforma de vale de lágrimas em jardim de Deus» (Papa Bento XVI). Nós poderíamos aproximar nosso espírito a Jesus Cristo, o espírito de nossos amigos, ou o do mundo inteiro, se apenas lêssemos e meditássemos os ensinos do Papa Bento, e tentássemos pô-los em prática.
 
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Doce Jesus, em que estado Vos vejo! Manso e gentil, o único Salvador das nossas velhas feridas, quem vos levou a sofrer estas feridas, não apenas cruéis, mas também ignominiosas? Doce videira, bom Jesus!» (São Boaventura)
 
«Ele chamou-nos com amor, protege-nos. Mas depois dá-nos liberdade, dá-nos todo este amor "em aluguer". É como se nos disse-Se: Cuida e protege o meu amor como eu te protejo a ti. Este é o diálogo entre Deus e nós: cuidar o amor» (Francisco)
 
«`A criatura sem o Criador esvai-se´(Concilio Vaticano II). Por isso, os crentes sentem-se pressionados pelo amor de Cristo a levar a luz do Deus vivo aos que O ignoram ou rejeitam» (Catecismo da Igreja Católica, nº 49)
 
Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm.

* Jesus está em Jerusalém.
É a última semana da sua vida. Ele está de volta na praça do Templo (Mc 11,27), onde agora começa o confronto direto com as autoridades. Os capítulos 11 e 12 descrevem os vários aspectos deste confronto: (1) com os vendedores do Templo (Mc 12,11-26), (2) com os sacerdotes, anciãos e escribas (Mc 11,27 a 12,12), (3) com os fariseus e herodianos (Mc 12,13-17) (4) com os saduceus (Mc 12,18-27), e (5) novamente, com os escribas (Mc 12,28-40). No fim, depois da ruptura com todos eles, Jesus comenta o óbolo da viúva (Mc 12,41-44). O evangelho de hoje descreve uma parte do conflito com os sacerdotes, anciãos e escribas (Mc 12,1-12). Através de todos estes confrontos, fica mais claro para os discípulos e para todos nós qual o projeto de Jesus e qual a intenção dos homens do poder.
 
*  Marcos 12,1-9: A parábola da vinha: resposta indireta de Jesus aos homens do poder. A parábola da vinha é um resumo da história de Israel. Resumo bonito, tirado do profeta Isaías (Is 5,1-7). Por meio dela Jesus dá uma resposta indireta aos sacerdotes, escribas e anciãos que tinham perguntado a ele: "Com que autoridade fazes tais coisas? Quem te deu autoridade para fazer isso?" (Mc 11,28). Nesta parábola, Jesus (1) revela qual a origem da sua autoridade: ele é o filho, o herdeiro (Mc 12,6) (2) Denuncia o abuso da autoridade dos vinhateiros, isto é, dos sacerdotes e anciãos que não cuidavam do povo de Deus (Mc 12,3-8). (3) Defende a autoridade dos profetas, enviados por Deus, mas massacrados pelos vinhateiros (Mc 12,2-5). (4) Desmascara as autoridades que manipulam a religião e matam o filho, porque não querem perder a fonte de renda que conseguiram acumular para si, ao longo dos séculos (Mc 12,7).
 
*  Marcos 12,10-12. A decisão dos homens do poder confirma a denúncia feita por Jesus. Os sacerdotes, escribas e anciãos entenderam muito bem o significado da parábola, mas não se converteram. Pelo contrário! Mantiveram o seu projeto de prender Jesus (Mc 12,12). Rejeitaram “a pedra fundamental” (Mc 12,10), mas não tiveram a coragem de fazê-lo abertamente porque tinham medo do povo. Assim, os discípulos e as discípulas devem saber o que os espera no seguimento de Jesus!
 
*  Os homens do poder no tempo de Jesus. Nos capítulos 11 e 12 de Marcos aparecem alguns dos homens do poder no tempo de Jesus. No evangelho de hoje: os sacerdotes, os anciãos e os escribas (Mc 11,27); no de amanhã: os fariseus e os herodianos (Mc 12,13); no de depois de amanhã: os saduceus (Mc 12,18).
Sacerdotes:  Eram os encarregados do culto no Templo, onde se recolhiam os dízimos. O sumo sacerdote ocupava um lugar central no vida do povo, sobretudo depois do exílio. Era escolhido entre as famílias, que detinham mais poder e riqueza.
Anciãos ou Chefes do povo:  Eram os líderes locais nas aldeias e cidades. Sua origem vinha das chefias das tribos de antigamente.
Escribas ou doutores da lei:  Eram os encarregados do ensino. Dedicavam sua vida ao estudo da Lei de Deus e ensinavam ao povo como observar em tudo a Lei de Deus. Nem todos os escribas eram da mesma linha. Uns estavam ligados aos fariseus, outros, aos saduceus.
Fariseus:  Fariseu significa: separado. Eles lutavam para que, através da observância perfeita da lei da pureza, o povo chegasse a ser puro, separado e santo como o exigiam a Lei e a Tradição! Por causa do testemunho exemplar da sua vida dentro das normas da época, eles tinham muita liderança nas aldeias da Galileia.
Herodianos: Era um grupo ligado ao rei Herodes Antipas da Galileia que governou de 4 aC até 39 dC. Os herodianos formavam uma elite que não esperava o Reino de Deus para o futuro, mas o consideravam já presente no reino de Herodes.
Saduceus: Eram a elite leiga aristocrata de ricos comerciantes ou latifundiários. Eram conservadores. Não aceitavam as mudanças defendidas pelos fariseus, como por exemplo, a fé na ressurreição e a existência dos anjos.
Sinédrio: Era o Supremo Tribunal dos judeus com 71 membros entre sumo sacerdote, sacerdotes, anciãos, saduceus, fariseus e escribas. Tinha grande liderança junto ao povo e representava a nação junto às autoridades romanas.
 
Para um confronto pessoal
1. Alguma vez, como Jesus, você já se sentiu controlado/a indevidamente pelas autoridades do seu país, em casa na sua família, no seu trabalho ou na igreja? Qual foi a sua reação?
2. O que esta parábola nos ensina sobre a maneira de exercer a autoridade? E você, como exerce sua autoridade na família, na comunidade e no trabalho?
 
LADAINHA DO SAGRADO CORAÇÃO

 
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
 
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
 
Deus Pai dos Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.
 
Coração de Jesus, Filho do Pai Eterno, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe, ...
Coração de Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus, ...
Coração de Jesus, de majestade infinita, ...
Coração de Jesus, templo santo de Deus, ...
Coração de Jesus, tabernáculo do Altíssimo,...
Coração de Jesus, casa de Deus e porta do céu, ...
Coração de Jesus, fornalha ardente de caridade, ...
Coração de Jesus, receptáculo de justiça e amor, ...
Coração de Jesus, abismo de todas as virtudes, ...
Coração de Jesus, digníssimo de todo o louvor, ...
Coração de Jesus, rei e centro de todos os corações, ...
Coração de Jesus, no qual estão todos os tesouros da sabedoria e ciência, ...
Coração de Jesus, no qual habita toda a plenitude da divindade, ...
Coração de Jesus, no qual o Pai celeste põe as suas complacências, ...
Coração de Jesus, de cuja plenitude nós todos participamos, ...
Coração de Jesus, desejo das colinas eternas,...
Coração de Jesus, paciente e misericordioso, ...
Coração de Jesus, rico para todos os que vos invocam,...
Coração de Jesus, fonte de vida e santidade, ...
Coração de Jesus, propiciação para os nossos pecados, ...
Coração de Jesus, saturado de sofrimentos, ...
Coração de Jesus, atribulado por causa de nossos crimes,...
Coração de Jesus, feito obediente até a morte, ...
Coração de Jesus, atravessado pela lança,...
Coração de Jesus, fonte de toda a consolação,...
Coração de Jesus, nossa vida e ressurreição, ...
Coração de Jesus, nossa paz e reconciliação, ...
Coração de Jesus, vítima dos pecadores, ...
Coração de Jesus, salvação dos que em vós esperam, ...
Coração de Jesus, esperança dos que em vós expiram, ...
Coração de Jesus, delícia de todos os Santos,...
 
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.
 
V. — Jesus, manso e humilde de coração,
R. — Fazei o nosso coração semelhante ao vosso.
 
ORAÇÃO
Onipotente e eterno Deus, olhai para o Coração de vosso diletíssimo Filho e para os louvores e satisfações que ele vos tributa em nome dos pecadores, e àqueles que invocam vossa misericórdia, concedei benigno o perdão, em nome do mesmo Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina juntamente com o Espírito Santo por todos os séculos dos séculos. Amém.
 
CONSAGRAÇÃO AO CORAÇÃO DE JESUS (composta por Sta. Margarida Maria)
Eu...(Nome), dou e consagro ao Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo a minha pessoa e minha vida, minhas ações, penas e dores, não querendo servir-me de parte alguma de meu ser, senão para o honrar, amar e glorificar É esta a minha vontade irrevogável - pertencer-lhe e fazer tudo por seu amor, renunciando completamente ao que não for do seu agrado.
Eu vos tomo, pois, ó Sagrado Coração, por único objeto de meu amor, protetor de minha vida, segurança da minha salvação, remédio da minha fragilidade e inconstância, reparador de todos os meus defeitos e asilo seguro na hora da morte.
Sede, ó Coração de bondade, minha justificação para com Deus, vosso Pai, e afastai de mim os castigos de sua cólera. Ó Coração de amor, ponho em vós toda a minha confiança, pois tudo receio de minha fraqueza e malícia, mas tudo espero da vossa bondade. Destruí em mim tudo o que vos possa desagradar ou resistir. Que o vosso puro amor se grave tão profundamente no meu coração, que eu não possa jamais me esquecer nem me separar de Vós.
Suplico-vos, também, por vossa suma bondade, que o meu nome seja escrito em vós, pois quero fazer consistir toda a minha felicidade e minha glória em viver e morrer convosco, na qualidade de vossa (o) escrava (o). Assim seja.

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