terça-feira, 16 de maio de 2023

MÊS DE MARIA – Ascensão do Senhor

ORAÇÂO
Senhor, todo poderoso e infinitamente perfeito, de quem procede todo ser e para quem todas as criaturas devem sempre se elevar, eu vos consagro este mês e os exercícios de devoção que em cada um de seus dias praticar, oferecendo-os para vossa maior glória em honra de Maria Santíssima. Concedei-me a graça de santificá-lo com piedade, recolhimento e fervor. Virgem Santa e Imaculada, minha terna Mãe, volvei para mim vossos olhares tão cheios de doçura e fazei-me sentir cada vez mais os benéficos efeitos de vossa valiosa proteção. Anjos do céu, dirigi meus passos, guardai-me à sombra de vossas asas, pondo-me ao abrigo das ciladas do demônio, pedindo por mim a Jesus, Maria e José sua santa bênção. Amém.
 
LECTIO DIVINA
Primeira Leitura (At 1,1-11): No meu primeiro livro, ó Teófilo, já tratei de tudo o que Jesus fez e ensinou, desde o começo até o dia em que foi levado para o céu, depois de ter dado instruções, pelo Espírito Santo, aos apóstolos que tinha escolhido. Foi a eles que Jesus se mostrou vivo depois da sua paixão, com numerosas provas. Durante quarenta dias, apareceu-lhes falando do Reino de Deus. Durante uma refeição, deu-lhes esta ordem: “Não vos afasteis de Jerusalém, mas esperai a realização da promessa do Pai, da qual vós me ouvistes falar: ‘João batizou com água; vós, porém, sereis batizados com o Espírito Santo dentro de poucos dias’”. Então os que estavam reunidos perguntaram a Jesus: “Senhor, é agora que vais restaurar o reino em Israel?” Jesus respondeu: “Não vos cabe saber os tempos e os momentos que o Pai determinou com a sua própria autoridade. Mas recebereis o poder do Espírito Santo, que descerá sobre vós para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e na Samaria, e até os confins da terra”. Depois de dizer isso, Jesus foi levado ao céu à vista deles. Uma nuvem o encobriu, de forma que seus olhos não podiam mais vê-lo. Os apóstolos continuavam olhando para o céu, enquanto Jesus subia. Apareceram então dois homens vestidos de branco, que lhes disseram: “Homens da Galileia, por que ficais aqui, parados, olhando para o céu? Esse Jesus, que vos foi levado para o céu, virá do mesmo modo como o vistes partir para o céu”.
 
Salmo Responsorial 46(47)
R. Por entre aclamações, Deus se elevou, o Senhor subiu ao toque da trombeta.
 
Povos todos do universo, batei palmas, / gritai a Deus aclamações de alegria! / Porque sublime é o Senhor, o Deus altíssimo, / o soberano que domina toda a terra. – R.
 
Por entre aclamações, Deus se elevou, / o Senhor subiu ao toque da trombeta. / Salmodiai ao nosso Deus ao som da harpa, / salmodiai, ao som da harpa, ao nosso rei! – R.
 
Porque Deus é o grande rei de toda a terra, / ao som da harpa acompanhai os seus louvores! / Deus reina sobre todas as nações, / está sentado no seu trono glorioso. – R.
 
Segunda Leitura (Ef 1,17–23): Irmãos: O Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai a quem pertence a glória, vos dê um espírito de sabedoria que vo-lo revele e faça verdadeiramente conhecer. Que ele abra o vosso coração à sua luz, para que saibais qual a esperança que o seu chamamento vos dá, qual a riqueza da glória que está na vossa herança com os santos e que imenso poder ele exerceu em favor de nós, que cremos, de acordo com a sua ação e força onipotente. Ele manifestou sua força em Cristo, quando o ressuscitou dos mortos e o fez sentar-se à sua direita nos céus, bem acima de toda autoridade, poder, potência, soberania ou qualquer título que se possa mencionar não somente neste mundo, mas ainda no mundo futuro. Sim, ele pôs tudo sob os seus pés e fez dele, que está acima de tudo, a cabeça da Igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que possui a plenitude universal.
 
Aleluia. Ide ao mundo, ensinai aos povos todos; convosco estarei todos os dias, até o fim dos tempos, diz Jesus. Aleluia.
 
Evangelho (Mt 28,16-20): Naquele tempo, os onze discípulos foram para a Galileia, ao monte que Jesus lhes tinha indicado. Quando viram Jesus, prostraram-se diante dele. Ainda assim alguns duvidaram. Então, Jesus aproximou-se e falou: “Toda a autoridade me foi dada no céu e sobre a terra. Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei! Eis que eu estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”.
 
«Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra»
 
Dr. Josef ARQUER (Berlin, Alemanha)
 
Hoje contemplamos umas mãos que abençoam —o último gesto terreno do Senhor (cf. Lc 24,51). Ou algumas pegadas marcadas numa colina —o último sinal visível da passagem de Deus pela nossa terra. Em algumas ocasiões, representa-se essa colina como uma rocha, e a pegada de suas pisadas ficam gravadas não sobre a terra, mas na rocha. Como que aludindo àquela pedra que Ele anunciou e que rapidamente será selada pelo vento e pelo fogo do Pentecostes. A iconografia emprega desde a antiguidade esses símbolos tão sugestivos. E também a nuvem misteriosa —sombra e luz ao mesmo tempo que acompanha tantas teofanias já no antigo testamento. O rosto do Senhor nos deslumbraria.
 
São Leão Magno ajuda-nos a aprofundar o acontecimento: «O que era visível no nosso Salvador passou agora aos seus mistérios». A que mistérios? Aos que confiou à sua Igreja. O gesto da bênção realiza-se na liturgia, as pegadas sobre a terra marcam o caminho dos sacramentos. E é um caminho que conduz à plenitude do definitivo encontro com Deus.
 
Os apóstolos terão tido tempo para se habituar ao outro modo de ser do seu Mestre ao longo daqueles quarenta dias, nos quais o Senhor — dizem-nos os exegetas — não “se aparece”, mas que —numa tradução fiel literal— “se deixa ver”. Agora nesse último encontro, renova-se o assombro. Porque agora descobrem que, daqui em diante, não só anunciarão a Palavra, mas que infundirão vida e saúde, com o gesto visível e a palavra audível: no batismo e nos outros sacramentos.
 
«Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra» (Mt 28, 18). Toda a autoridade… Ir a todas as gentes… E ensinar a guardar tudo… E Ele estará com eles —com a sua Igreja, conosco— todos os tempos (cf Mt 28,19-20). Esse “todo” retumba através do espaço e do tempo, afirmando-nos na esperança.
 
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Os Apóstolos aproveitaram tanto a Ascensão do Senhor que tudo o que antes lhes causava medo, depois tornou-se alegria. A partir daquele momento elevaram toda a contemplação da sua alma à divindade sentada à direita do Pai» (São Leão Magno)
 
«A Ascensão de Jesus ao céu constitui o fim da missão que o Filho recebeu do Pai e o início da continuação desta missão por parte da Igreja, que durará até o fim da história e contará com a ajuda do Senhor Ressuscitado» (Francisco)
 
«A Tradição sagrada e a Sagrada Escritura estão intimamente unidas e compenetradas entre si. Com efeito, derivando ambas da mesma fonte divina, fazem como que uma coisa só e tendem ao mesmo fim. Uma e outra tornam presente e fecundo na Igreja o mistério de Cristo, que prometeu estar com os seus, ‘sempre, até ao fim do mundo’ (Mt 28, 20)» (Catecismo da Igreja Católica, n. 80)
 
Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos.
 
Ordem do Carmo em Portugal.
 
A festa da Ascensão de Jesus, que celebramos, mostra que no termo da caminhada da vida cristã está a vida definitiva em comunhão com Deus.
 
A Ascensão assinala não só a glorificação de Jesus ressuscitado, mas também o início de um novo modo de Jesus continuar presente no meio dos seus: não mais de forma visível, circunscrita a um tempo e lugar, mas enchendo todo o universo, até que nos vejamos face a face na plenitude final.
 
Até lá decorre o tempo da Igreja, no qual está, animada pelo Espírito Santo e guiada pelo Senhor, continua a missão de Cristo no mundo no meio dos homens, anunciando o Evangelho a todas as criaturas.
 
Comentário do texto Mateus 28, 16-20
 
Mateus 28, 16: Voltando à Galileia.
Tudo começou na Galileia (Mt 4, 12). Foi ali que os discípulos escutaram o primeiro chamamento (Mt 4, 15) e onde Jesus prometeu reuni-los de novo, depois da sua ressurreição (Mt 26, 31). Em Lucas, Jesus proíbe aos seus que saiam de Jerusalém (At 1, 4). Em Mateus a ordem consiste em sair de Jerusalém e retornar à Galileia (Mt 28, 7.10). Cada evangelista tem o seu modo próprio de apresentar a pessoa de Jesus e o seu projeto. Para Lucas, depois da ressurreição de Jesus, o anúncio da Boa Nova deve começar em Jerusalém para, partindo dali chegar a todos os confins da terra (At 1, 8). Para Mateus o anúncio começa na Galileia dos pagãos (Mt 4, 15) para prefigurar deste modo a passagem dos judeus para os pagãos.
 
Os discípulos deveriam ir até à montanha que Jesus lhes indicara. A montanha evoca o Monte Sinai onde teve lugar a primeira Aliança e onde Moisés recebeu as tábuas da Lei de Deus (Ex 19 a 24; 34, 1-35). Evoca a montanha de Deus onde o profeta Elias se retirou para redescobrir o sentido da sua missão (1Re 19, 1-18). Evoca também a montanha da Transfiguração onde Moisés e Elias, isto é, a Lei e os Profetas, apareceram junto de Jesus, confirmando que Ele era o Messias prometido (Mt 17, 1-8).
 
Mateus 28, 17: Alguns duvidavam. Os primeiros cristãos tiveram muita dificuldade na hora de acreditar na Ressurreição. Os evangelistas insistem em contar-nos que duvidaram muito e que foram incrédulos perante a Ressurreição de Jesus (Mc 16, 11.13.14; Lc 24, 11.21.25.36.41; Jo 20, 25). A fé na Ressurreição foi fruto de um processo lento e difícil, mas acabou por impor-se como a maior certeza dos cristãos.
 
Mateus 28, 18: Foi-me dado todo o poder no céu e na terra. A forma passiva do verbo indica que Jesus recebeu a sua autoridade do Pai. Mas em que consiste esta autoridade? No Apocalipse, o Cordeiro (Jesus ressuscitado) recebe da mão de Deus o livro com os sete selos (Ap 5, 7) e converte-se no Senhor da história, aquele que deve assumir a execução do projeto de Deus, descrito no livro selado, e como tal deve ser adorado por todas as criaturas (Ap 5, 11-14). Com a sua autoridade e o seu poder vence o Dragão, que é o poder do mal (Ap 12, 1-9) e captura a Besta e o falso profeta, símbolos do império romano (Ap 19, 20). No Credo da Missa dizemos que Jesus subiu ao céu e está sentado à direita de Deus Pai, convertendo-se deste modo em Juiz dos vivos e dos mortos.
 
Mateus 28, 19-20a: As últimas palavras de Jesus: três ordens aos discípulos. Revestido da suprema autoridade, Jesus transmite três ordens aos discípulos a todos nós: 1) – Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos; 2) - batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; 3) - ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado.
 
Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos. Ser discípulo não significa o mesmo que ser aluno. Um discípulo relaciona-se com um mestre. Um aluno relaciona-se com um professor. O discípulo vive junto ao mestre 24 horas por dia; o aluno recebe as aulas do professor durante algumas horas e volta para casa. O discipulado supõe comunidade. Ser aluno supõe unicamente participar numa aula. Naquele tempo, o discipulado costumava-se expressar com a frase Seguir o mestre. Na Regra do Carmelo diz-se: Viver em obséquio de Jesus Cristo. Para os primeiros cristãos, Seguir Jesus significava três coisas relacionadas entre si:
 
- Imitar o exemplo do Mestre. Jesus era o modelo que se devia imitar e recriar na vida do discípulo e da discípula (Jo 13, 13-15). A convivência diária permitia uma contínua revisão. Nesta escola de Jesus ensinava-se uma única matéria: o Reino! E este Reino reconhecia-se na vida e na prática de Jesus.
 
- Participar no destino do Mestre. Quem quisesse seguir Jesus devia comprometer-se com Ele: “Estar com ele nas tentações” (Lc 22, 28) e inclusivamente na perseguição (Jo 15, 20; Mt 10, 24-25). Devia estar pronto a carregar a cruz e a morrer com Ele (Mc 8, 34-35; Jo 11, 16).
 
- Possuir em si a mesma vida de Jesus. Depois da Páscoa é acrescentada uma terceira dimensão: “Vivo, mas não sou eu que vivo, mas Cristo que vive em mim” (Gal 2, 20). Os primeiros cristãos procuraram identificar-se profundamente com Jesus. Trata-se de uma dimensão mística do seguimento de Jesus, fruto da ação do Espírito Santo.
 
Batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A Trindade é ao mesmo tempo a fonte, o destino e o caminho. Quem foi batizado em nome do Pai que nos foi revelado por Jesus, compromete-se a viver como irmão na fraternidade. E se Deus é Pai, todos nós somos irmãos e irmãs. Quem foi batizado em nome do Filho que é Jesus, compromete-se a imitar Jesus e a segui-lo até à cruz para poder ressuscitar com Ele. E o poder que Jesus recebeu do Pai é um poder criador que vence a morte. E quem foi batizado em nome do Espírito Santo que Jesus nos concedeu no dia de Pentecostes, compromete-se a interiorizar a fraternidade e o seguimento de Jesus, deixando-se conduzir pelo Espírito que permanece vivo na comunidade.
 
Ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado. Para o cristão, Jesus é a Nova Lei de Deus, proclamada do alto da montanha. Jesus foi escolhido pelo Pai como o novo Moisés, cuja palavra é Lei para nós: “Escutai-o” (Mt 17, 15). O Espírito enviado por Ele recorda-nos tudo o que Ele nos ensinou (Jo 14, 26; 16, 13). A observância da nova Lei do amor equilibra-se com a gratuitidade da presença de Jesus no meio de nós até ao fim dos tempos.
 
Mateus 28, 20b: E sabei que Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos. Quando Moisés foi enviado para libertar o povo do Egipto, recebeu de Deus uma certeza, a única certeza que oferece uma total garantia: “Vai, Eu estarei contigo!” (Ex 3, 12). Esta mesma certeza foi dada aos profetas e a outras pessoas enviadas por Deus para desenvolverem uma missão importante relativa ao projeto de Deus (Jer 1, 8; Jz 6, 16). Maria recebeu a mesma certeza quando o anjo lhe disse: “O Senhor está contigo” (Lc 1, 28). Jesus, em pessoa, é a expressão viva desta certeza, porque o seu nome é Emanuel, Deus conosco (Mt 1, 23). Ele estará com os seus discípulos, com todos nós, até ao fim dos tempos. Aqui se manifesta a autoridade de Jesus. Ele controla o tempo e a história. Ele é o primeiro e o último (Ap 1, 17). Antes do primeiro nada existia e depois do último nada virá. Esta certeza é um apoio para nós, alimenta a nossa fé, sustém a esperança e gera o amor e a doação de nós mesmos.
 
Papa Francisco, Regina Coeli (1º de Junho de 2014)
 
(…) Jesus parte, sobe ao Céu, isto é, volta para o Pai pelo qual tinha sido enviado ao mundo. Cumpriu o seu trabalho, e depois voltou para o Pai. Mas não se trata de uma separação, porque Ele permanece para sempre conosco, de uma forma nova. Com a sua Ascensão, o Senhor ressuscitado atrai o olhar dos Apóstolos — e também o nosso — às alturas do Céu para nos mostrar que a meta do nosso caminho é o Pai. Ele mesmo tinha dito que se teria ido embora para nos preparar um lugar no Céu. Contudo, Jesus permanece presente e ativo nas vicissitudes da história humana com o poder e com os dons do seu Espírito; está ao lado de cada um de nós: mesmo se não o vemos com os olhos, Ele está conosco! Acompanha-nos, guia-nos, pega-nos pela mão e ergue-nos quando caímos. Jesus ressuscitado está próximo dos cristãos perseguidos e discriminados; está próximo de cada homem e mulher que sofre. Está próximo de todos nós, também hoje está aqui conosco na praça; o Senhor está conosco! Vós acreditais nisto? Então digamo-lo juntos: o Senhor está conosco!
 
Jesus, quando volta para o Céu leva ao Pai uma prenda. Que prenda é? As suas chagas. O seu corpo lindíssimo, sem manchas, sem as feridas da flagelação, mas conserva as chagas. Quando volta para o Pai mostra-lhe as chagas e diz-lhe: «Repara Pai, este é o preço do perdão que Tu dás». Quando o Pai vê as chagas de Jesus perdoa-nos sempre, não porque nós somos bons, mas porque Jesus pagou por nós. Olhando para as chagas de Jesus, o Pai torna-se mais misericordioso. Este é o grande trabalho de Jesus hoje no Céu: mostrar ao Pai o preço do perdão, as suas chagas. Esta é uma coisa agradável que nos estimula a não ter medo de pedir perdão; o Pai perdoa sempre, porque vê as chagas de Jesus, vê o nosso pecado e perdoa-o.
 
Mas Jesus está presente também mediante a Igreja, que Ele enviou para prolongar a sua missão. A última palavra de Jesus aos discípulos é o mandato de partir: «Ide, pois, e fazei discípulos de todas as Nações» (Mt 28, 19). É um mandamento claro, não facultativo! A comunidade cristã é uma comunidade «de saída», «de partida». E ainda: a Igreja nasceu «de saída». E vós dir-me-eis: e as comunidades de clausura? Sim, também elas, porque estão sempre «de saída» com a oração, com o coração aberto ao mundo, aos horizontes de Deus. E os idosos, os doentes? Também eles, com a oração e a união nas chagas de Jesus.
 
Aos seus discípulos missionários Jesus diz: «Eu estarei sempre convosco, todos os dias, até ao fim do mundo» (v. 20). Sozinhos, sem Jesus, nada podemos fazer! Na obra apostólica só as nossas forças, os nossos recursos, as nossas estruturas não são suficientes, embora sejam necessárias. Sem a presença do Senhor e sem a força do seu Espírito o nosso trabalho, mesmo se bem-organizado, resulta ineficaz. E assim vamos dizer ao povo quem é Jesus. E juntamente com Jesus acompanha-nos Maria, nossa Mãe. Ela já está na casa do Pai, é Rainha do Céu e assim a invocamos neste tempo; como Jesus ela está conosco, caminha conosco, é a Mãe da nossa esperança.
 
Com frequência, os discípulos de Jesus são apresentados como vítimas de uma máquina de escravidão, que produz escravos, alienados, vítimas do obscurantismo, porque insistem em testemunhar que a vida plena está no perdão, no serviço, na entrega da vida. O confronto com o mundo gera muitas vezes, nos discípulos, desilusão, sofrimento, frustração Nos momentos de decepção e de desilusão convém, no entanto, recordar as palavras de Jesus: “Eu estarei convosco até ao fim dos tempos”. Esta certeza deve alimentar a coragem com que testemunhamos aquilo em que acreditamos.
 
ORAÇÃO
Ó Maria, filha predileta do Altíssimo, pudesse eu oferecer-vos e consagrar-vos os meus primeiros anos, como vós vos oferecestes e consagrastes ao Senhor no templo! Mas é já passado esse período de minha vida! Todavia, antes começar tarde a vos servir do que ser sempre rebelde. Venho, pois, hoje, oferecer-me a Deus. Sustentai minha fraqueza, e por vossa intercessão alcançai-me de Jesus a graça de lhe ser fiel e a vós até a morte, a fim de que, depois de vos haver servido de todo o coração na vida, participe da glória e da felicidade eterna dos eleitos. Amém.
 
LADAINHA DE NOSSA SENHORA
 
Senhor, tende piedade de nós
Cristo, tende piedade de nós
Senhor, tende piedade de nós
 
Jesus Cristo ouvi-nos.
Jesus Cristo atendei-nos.
 
Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, ...
Deus Espírito Santo Paráclito, ...
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, ...
 
Santa Maria,  rogai por nós.
Santa Mãe de Deus,...
Santa Virgem das virgens,...
Mãe de Jesus Cristo, ...
Mãe da Igreja, ...
Mãe da Misericórdia, ...
Mãe da Divina Graça, ...
Mãe da Esperança,...
Mãe puríssima, ...
Mãe castíssima, ...
Mãe imaculada,...
Mãe sempre virgem,...
Mãe amável,...
Mãe admirável,...
Mãe do bom conselho,...
Mãe do Criador,...
Mãe do Salvador,...
Virgem prudentíssima,...
Virgem digna de honra,...
Virgem digna de louvor,...
Virgem poderosa,...
Virgem clemente,...
Virgem fiel,...
Espelho de justiça,...
Sede da sabedoria,...
Causa da nossa alegria,...
Templo do Espírito Santo,...
Tabernáculo da eterna glória,...
Moradia consagrada a Deus,...
Rosa mística,...
Torre de Davi,...
Fortaleza inexpugnável,...
Santuário da divina presença,...
Arca da Aliança,...
Porta do Céu,...
Estrela da Manhã,...
Saúde dos enfermos,...
Refúgio dos pecadores,...
Conforto dos migrantes,...
Consoladora dos aflitos,...
Auxílio dos cristãos,...
Rainha dos anjos,...
Rainha dos patriarcas,...
Rainha dos profetas,...
Rainha dos apóstolos,...
Rainha dos mártires,...
Rainha dos confessores da fé,...
Rainha das virgens,...
Rainha de todos os santos,...
Rainha concebida sem pecado,...
Rainha assunta ao céu,...
Rainha do sacratíssimo Rosário,...
Rainha das famílias,...
Rainha da paz,...
 
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.
 
V. Rogai por nós, santa Mãe de Deus.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
 
“LEMBRAI-VOS” DE SÃO BERNARDO
Lembrai-vos, ó piedosíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a vós têm recorrido, implorado vossa assistência e invocado o vosso socorro, tenha sido por vós abandonado. Animado de uma tal confiança, eu corro e venho a vós e, gemendo debaixo do peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés, ó Virgem das virgens; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo encarnado, mas ouvi-as favoravelmente e dignai-vos atender-me. Amém.

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