Senhor, todo poderoso e
infinitamente perfeito, de quem procede todo ser e para quem todas as criaturas
devem sempre se elevar, eu vos consagro este mês e os exercícios de devoção que
em cada um de seus dias praticar, oferecendo-os para vossa maior glória em
honra de Maria Santíssima. Concedei-me a graça de santificá-lo com piedade,
recolhimento e fervor. Virgem Santa e Imaculada, minha terna Mãe, volvei para
mim vossos olhares tão cheios de doçura e fazei-me sentir cada vez mais os
benéficos efeitos de vossa valiosa proteção. Anjos do céu, dirigi meus passos,
guardai-me à sombra de vossas asas, pondo-me ao abrigo das ciladas do demônio,
pedindo por mim a Jesus, Maria e José sua santa bênção. Amém.
LECTIO
DIVINA
Primeira Leitura (At 1,1-11): No meu primeiro livro, ó Teófilo, já tratei de tudo o que Jesus fez e ensinou, desde o começo até o dia em que foi levado para o céu, depois de ter dado instruções, pelo Espírito Santo, aos apóstolos que tinha escolhido. Foi a eles que Jesus se mostrou vivo depois da sua paixão, com numerosas provas. Durante quarenta dias, apareceu-lhes falando do Reino de Deus. Durante uma refeição, deu-lhes esta ordem: “Não vos afasteis de Jerusalém, mas esperai a realização da promessa do Pai, da qual vós me ouvistes falar: ‘João batizou com água; vós, porém, sereis batizados com o Espírito Santo dentro de poucos dias’”. Então os que estavam reunidos perguntaram a Jesus: “Senhor, é agora que vais restaurar o reino em Israel?” Jesus respondeu: “Não vos cabe saber os tempos e os momentos que o Pai determinou com a sua própria autoridade. Mas recebereis o poder do Espírito Santo, que descerá sobre vós para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e na Samaria, e até os confins da terra”. Depois de dizer isso, Jesus foi levado ao céu à vista deles. Uma nuvem o encobriu, de forma que seus olhos não podiam mais vê-lo. Os apóstolos continuavam olhando para o céu, enquanto Jesus subia. Apareceram então dois homens vestidos de branco, que lhes disseram: “Homens da Galileia, por que ficais aqui, parados, olhando para o céu? Esse Jesus, que vos foi levado para o céu, virá do mesmo modo como o vistes partir para o céu”.
Salmo
Responsorial 46(47)
R. Por entre aclamações, Deus se elevou, o Senhor subiu ao toque da trombeta.
Povos todos do universo, batei
palmas, / gritai a Deus aclamações de alegria! / Porque sublime é o Senhor, o
Deus altíssimo, / o soberano que domina toda a terra. – R.
Por entre aclamações, Deus se
elevou, / o Senhor subiu ao toque da trombeta. / Salmodiai ao nosso Deus ao som
da harpa, / salmodiai, ao som da harpa, ao nosso rei! – R.
Porque Deus é o grande rei de
toda a terra, / ao som da harpa acompanhai os seus louvores! / Deus reina sobre
todas as nações, / está sentado no seu trono glorioso. – R.
Segunda
Leitura (Ef 1,17–23): Irmãos: O Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai
a quem pertence a glória, vos dê um espírito de sabedoria que vo-lo revele e
faça verdadeiramente conhecer. Que ele abra o vosso coração à sua luz, para que
saibais qual a esperança que o seu chamamento vos dá, qual a riqueza da glória
que está na vossa herança com os santos e que imenso poder ele exerceu em favor
de nós, que cremos, de acordo com a sua ação e força onipotente. Ele manifestou
sua força em Cristo, quando o ressuscitou dos mortos e o fez sentar-se à sua
direita nos céus, bem acima de toda autoridade, poder, potência, soberania ou
qualquer título que se possa mencionar não somente neste mundo, mas ainda no
mundo futuro. Sim, ele pôs tudo sob os seus pés e fez dele, que está acima de
tudo, a cabeça da Igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que possui a
plenitude universal.
Evangelho
(Mt 28,16-20): Naquele tempo, os onze discípulos foram para a Galileia,
ao monte que Jesus lhes tinha indicado. Quando viram Jesus, prostraram-se
diante dele. Ainda assim alguns duvidaram. Então, Jesus aproximou-se e falou:
“Toda a autoridade me foi dada no céu e sobre a terra. Portanto, ide e fazei
discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do
Espírito Santo e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei! Eis que eu
estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”.
Hoje contemplamos umas mãos que
abençoam —o último gesto terreno do Senhor (cf. Lc 24,51). Ou algumas pegadas
marcadas numa colina —o último sinal visível da passagem de Deus pela nossa
terra. Em algumas ocasiões, representa-se essa colina como uma rocha, e a
pegada de suas pisadas ficam gravadas não sobre a terra, mas na rocha. Como que
aludindo àquela pedra que Ele anunciou e que rapidamente será selada pelo vento
e pelo fogo do Pentecostes. A iconografia emprega desde a antiguidade esses
símbolos tão sugestivos. E também a nuvem misteriosa —sombra e luz ao mesmo
tempo que acompanha tantas teofanias já no antigo testamento. O rosto do Senhor
nos deslumbraria.
São Leão Magno ajuda-nos a
aprofundar o acontecimento: «O que era visível no nosso Salvador passou agora
aos seus mistérios». A que mistérios? Aos que confiou à sua Igreja. O gesto da
bênção realiza-se na liturgia, as pegadas sobre a terra marcam o caminho dos
sacramentos. E é um caminho que conduz à plenitude do definitivo encontro com
Deus.
Os apóstolos terão tido tempo
para se habituar ao outro modo de ser do seu Mestre ao longo daqueles quarenta
dias, nos quais o Senhor — dizem-nos os exegetas — não “se aparece”, mas que
—numa tradução fiel literal— “se deixa ver”. Agora nesse último encontro,
renova-se o assombro. Porque agora descobrem que, daqui em diante, não só
anunciarão a Palavra, mas que infundirão vida e saúde, com o gesto visível e a
palavra audível: no batismo e nos outros sacramentos.
«Foi-me dada toda a autoridade no
céu e na terra» (Mt 28, 18). Toda a autoridade… Ir a todas as gentes… E ensinar
a guardar tudo… E Ele estará com eles —com a sua Igreja, conosco— todos os
tempos (cf Mt 28,19-20). Esse “todo” retumba através do espaço e do tempo,
afirmando-nos na esperança.
Pensamentos para o Evangelho
de hoje
«Os Apóstolos aproveitaram tanto a Ascensão do Senhor que tudo o que antes lhes causava medo, depois tornou-se alegria. A partir daquele momento elevaram toda a contemplação da sua alma à divindade sentada à direita do Pai» (São Leão Magno)
«A Ascensão de Jesus ao céu
constitui o fim da missão que o Filho recebeu do Pai e o início da continuação
desta missão por parte da Igreja, que durará até o fim da história e contará
com a ajuda do Senhor Ressuscitado» (Francisco)
«A Tradição sagrada e a Sagrada
Escritura estão intimamente unidas e compenetradas entre si. Com efeito,
derivando ambas da mesma fonte divina, fazem como que uma coisa só e tendem ao
mesmo fim. Uma e outra tornam presente e fecundo na Igreja o mistério de
Cristo, que prometeu estar com os seus, ‘sempre, até ao fim do mundo’ (Mt 28,
20)» (Catecismo da Igreja Católica, n. 80)
A festa da Ascensão de Jesus, que
celebramos, mostra que no termo da caminhada da vida cristã está a vida
definitiva em comunhão com Deus.
A Ascensão assinala não só a
glorificação de Jesus ressuscitado, mas também o início de um novo modo de
Jesus continuar presente no meio dos seus: não mais de forma visível,
circunscrita a um tempo e lugar, mas enchendo todo o universo, até que nos
vejamos face a face na plenitude final.
Até lá decorre o tempo da Igreja,
no qual está, animada pelo Espírito Santo e guiada pelo Senhor, continua a
missão de Cristo no mundo no meio dos homens, anunciando o Evangelho a todas as
criaturas.
Comentário do texto Mateus 28,
16-20
Mateus 28, 16: Voltando à
Galileia. Tudo começou na Galileia (Mt 4, 12). Foi ali que os discípulos
escutaram o primeiro chamamento (Mt 4, 15) e onde Jesus prometeu reuni-los de
novo, depois da sua ressurreição (Mt 26, 31). Em Lucas, Jesus proíbe aos seus
que saiam de Jerusalém (At 1, 4). Em Mateus a ordem consiste em sair de
Jerusalém e retornar à Galileia (Mt 28, 7.10). Cada evangelista tem o seu modo
próprio de apresentar a pessoa de Jesus e o seu projeto. Para Lucas, depois da
ressurreição de Jesus, o anúncio da Boa Nova deve começar em Jerusalém para,
partindo dali chegar a todos os confins da terra (At 1, 8). Para Mateus o
anúncio começa na Galileia dos pagãos (Mt 4, 15) para prefigurar deste modo a
passagem dos judeus para os pagãos.
Os discípulos deveriam ir até
à montanha que Jesus lhes indicara. A montanha evoca o Monte Sinai onde
teve lugar a primeira Aliança e onde Moisés recebeu as tábuas da Lei de Deus
(Ex 19 a 24; 34, 1-35). Evoca a montanha de Deus onde o profeta Elias se
retirou para redescobrir o sentido da sua missão (1Re 19, 1-18). Evoca também a
montanha da Transfiguração onde Moisés e Elias, isto é, a Lei e os Profetas,
apareceram junto de Jesus, confirmando que Ele era o Messias prometido (Mt 17,
1-8).
Mateus 28, 17: Alguns
duvidavam. Os primeiros cristãos tiveram muita dificuldade na hora de
acreditar na Ressurreição. Os evangelistas insistem em contar-nos que duvidaram
muito e que foram incrédulos perante a Ressurreição de Jesus (Mc 16, 11.13.14;
Lc 24, 11.21.25.36.41; Jo 20, 25). A fé na Ressurreição foi fruto de um
processo lento e difícil, mas acabou por impor-se como a maior certeza dos
cristãos.
Mateus 28, 18: Foi-me dado
todo o poder no céu e na terra. A forma passiva do verbo indica que Jesus
recebeu a sua autoridade do Pai. Mas em que consiste esta autoridade? No
Apocalipse, o Cordeiro (Jesus ressuscitado) recebe da mão de Deus o livro com
os sete selos (Ap 5, 7) e converte-se no Senhor da história, aquele que deve
assumir a execução do projeto de Deus, descrito no livro selado, e como tal
deve ser adorado por todas as criaturas (Ap 5, 11-14). Com a sua autoridade e o
seu poder vence o Dragão, que é o poder do mal (Ap 12, 1-9) e captura a Besta e
o falso profeta, símbolos do império romano (Ap 19, 20). No Credo da Missa
dizemos que Jesus subiu ao céu e está sentado à direita de Deus Pai,
convertendo-se deste modo em Juiz dos vivos e dos mortos.
Mateus 28, 19-20a: As últimas
palavras de Jesus: três ordens aos discípulos. Revestido da suprema
autoridade, Jesus transmite três ordens aos discípulos a todos nós: 1) – Ide, pois, fazei discípulos de todos os
povos; 2) - batizando-os em nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo; 3)
- ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado.
Ide, pois, fazei discípulos de
todos os povos. Ser discípulo não significa o mesmo que ser aluno. Um
discípulo relaciona-se com um mestre. Um aluno relaciona-se com um professor. O
discípulo vive junto ao mestre 24 horas por dia; o aluno recebe as aulas do
professor durante algumas horas e volta para casa. O discipulado supõe
comunidade. Ser aluno supõe unicamente participar numa aula. Naquele tempo, o
discipulado costumava-se expressar com a frase Seguir o mestre. Na Regra do
Carmelo diz-se: Viver em obséquio de Jesus Cristo. Para os primeiros cristãos,
Seguir Jesus significava três coisas relacionadas entre si:
- Imitar o exemplo do
Mestre. Jesus era o modelo que se devia imitar e recriar na vida do
discípulo e da discípula (Jo 13, 13-15). A convivência diária permitia uma
contínua revisão. Nesta escola de Jesus ensinava-se uma única matéria: o Reino!
E este Reino reconhecia-se na vida e na prática de Jesus.
- Participar no destino do
Mestre. Quem quisesse seguir Jesus devia comprometer-se com Ele: “Estar
com ele nas tentações” (Lc 22, 28) e inclusivamente na perseguição (Jo 15, 20;
Mt 10, 24-25). Devia estar pronto a carregar a cruz e a morrer com Ele (Mc 8,
34-35; Jo 11, 16).
- Possuir em si a mesma
vida de Jesus. Depois da Páscoa é acrescentada uma terceira dimensão:
“Vivo, mas não sou eu que vivo, mas Cristo que vive em mim” (Gal 2, 20). Os
primeiros cristãos procuraram identificar-se profundamente com Jesus. Trata-se
de uma dimensão mística do seguimento de Jesus, fruto da ação do Espírito
Santo.
Batizando-os em nome do Pai,
do Filho e do Espírito Santo. A Trindade é ao mesmo tempo a fonte, o
destino e o caminho. Quem foi batizado em nome do Pai que nos foi revelado por
Jesus, compromete-se a viver como irmão na fraternidade. E se Deus é Pai, todos
nós somos irmãos e irmãs. Quem foi batizado em nome do Filho que é Jesus,
compromete-se a imitar Jesus e a segui-lo até à cruz para poder ressuscitar com
Ele. E o poder que Jesus recebeu do Pai é um poder criador que vence a morte. E
quem foi batizado em nome do Espírito Santo que Jesus nos concedeu no dia de
Pentecostes, compromete-se a interiorizar a fraternidade e o seguimento de
Jesus, deixando-se conduzir pelo Espírito que permanece vivo na comunidade.
Ensinando-os a cumprir tudo
quanto vos tenho mandado. Para o cristão, Jesus é a Nova Lei de Deus,
proclamada do alto da montanha. Jesus foi escolhido pelo Pai como o novo
Moisés, cuja palavra é Lei para nós: “Escutai-o” (Mt 17, 15). O Espírito
enviado por Ele recorda-nos tudo o que Ele nos ensinou (Jo 14, 26; 16, 13). A
observância da nova Lei do amor equilibra-se com a gratuitidade da presença de
Jesus no meio de nós até ao fim dos tempos.
Mateus 28, 20b: E sabei que Eu
estarei sempre convosco até ao fim dos tempos. Quando Moisés foi enviado
para libertar o povo do Egipto, recebeu de Deus uma certeza, a única certeza
que oferece uma total garantia: “Vai, Eu estarei contigo!” (Ex 3, 12). Esta
mesma certeza foi dada aos profetas e a outras pessoas enviadas por Deus para
desenvolverem uma missão importante relativa ao projeto de Deus (Jer 1, 8; Jz
6, 16). Maria recebeu a mesma certeza quando o anjo lhe disse: “O Senhor está
contigo” (Lc 1, 28). Jesus, em pessoa, é a expressão viva desta certeza, porque
o seu nome é Emanuel, Deus conosco (Mt 1, 23). Ele estará com os seus
discípulos, com todos nós, até ao fim dos tempos. Aqui se manifesta a
autoridade de Jesus. Ele controla o tempo e a história. Ele é o primeiro e o
último (Ap 1, 17). Antes do primeiro nada existia e depois do último nada virá.
Esta certeza é um apoio para nós, alimenta a nossa fé, sustém a esperança e
gera o amor e a doação de nós mesmos.
(…) Jesus parte, sobe ao Céu,
isto é, volta para o Pai pelo qual tinha sido enviado ao mundo. Cumpriu o seu
trabalho, e depois voltou para o Pai. Mas não se trata de uma separação, porque
Ele permanece para sempre conosco, de uma forma nova. Com a sua Ascensão, o
Senhor ressuscitado atrai o olhar dos Apóstolos — e também o nosso — às alturas
do Céu para nos mostrar que a meta do nosso caminho é o Pai. Ele mesmo tinha
dito que se teria ido embora para nos preparar um lugar no Céu. Contudo, Jesus
permanece presente e ativo nas vicissitudes da história humana com o poder e
com os dons do seu Espírito; está ao lado de cada um de nós: mesmo se não o
vemos com os olhos, Ele está conosco! Acompanha-nos, guia-nos, pega-nos pela
mão e ergue-nos quando caímos. Jesus ressuscitado está próximo dos cristãos
perseguidos e discriminados; está próximo de cada homem e mulher que sofre.
Está próximo de todos nós, também hoje está aqui conosco na praça; o Senhor
está conosco! Vós acreditais nisto? Então digamo-lo juntos: o Senhor está conosco!
Jesus, quando volta para o Céu
leva ao Pai uma prenda. Que prenda é? As suas chagas. O seu corpo lindíssimo,
sem manchas, sem as feridas da flagelação, mas conserva as chagas. Quando volta
para o Pai mostra-lhe as chagas e diz-lhe: «Repara Pai, este é o preço do
perdão que Tu dás». Quando o Pai vê as chagas de Jesus perdoa-nos sempre, não
porque nós somos bons, mas porque Jesus pagou por nós. Olhando para as chagas
de Jesus, o Pai torna-se mais misericordioso. Este é o grande trabalho de Jesus
hoje no Céu: mostrar ao Pai o preço do perdão, as suas chagas. Esta é uma coisa
agradável que nos estimula a não ter medo de pedir perdão; o Pai perdoa sempre,
porque vê as chagas de Jesus, vê o nosso pecado e perdoa-o.
Mas Jesus está presente também
mediante a Igreja, que Ele enviou para prolongar a sua missão. A última palavra
de Jesus aos discípulos é o mandato de partir: «Ide, pois, e fazei discípulos
de todas as Nações» (Mt 28, 19). É um mandamento claro, não facultativo! A comunidade
cristã é uma comunidade «de saída», «de partida». E ainda: a Igreja nasceu «de
saída». E vós dir-me-eis: e as comunidades de clausura? Sim, também elas,
porque estão sempre «de saída» com a oração, com o coração aberto ao mundo, aos
horizontes de Deus. E os idosos, os doentes? Também eles, com a oração e a
união nas chagas de Jesus.
Aos seus discípulos missionários
Jesus diz: «Eu estarei sempre convosco, todos os dias, até ao fim do mundo» (v.
20). Sozinhos, sem Jesus, nada podemos fazer! Na obra apostólica só as nossas
forças, os nossos recursos, as nossas estruturas não são suficientes, embora
sejam necessárias. Sem a presença do Senhor e sem a força do seu
Espírito o nosso trabalho, mesmo se bem-organizado, resulta ineficaz. E assim
vamos dizer ao povo quem é Jesus. E juntamente com Jesus acompanha-nos Maria,
nossa Mãe. Ela já está na casa do Pai, é Rainha do Céu e assim a invocamos
neste tempo; como Jesus ela está conosco, caminha conosco, é a Mãe da nossa
esperança.
Com frequência, os discípulos de
Jesus são apresentados como vítimas de uma máquina de escravidão, que produz
escravos, alienados, vítimas do obscurantismo, porque insistem em testemunhar
que a vida plena está no perdão, no serviço, na entrega da vida. O confronto
com o mundo gera muitas vezes, nos discípulos, desilusão, sofrimento,
frustração Nos momentos de decepção e de desilusão convém, no entanto, recordar
as palavras de Jesus: “Eu estarei convosco até ao fim dos tempos”. Esta certeza
deve alimentar a coragem com que testemunhamos aquilo em que acreditamos.
ORAÇÃO
Ó Maria, filha predileta do Altíssimo, pudesse eu oferecer-vos e consagrar-vos os meus primeiros anos, como vós vos oferecestes e consagrastes ao Senhor no templo! Mas é já passado esse período de minha vida! Todavia, antes começar tarde a vos servir do que ser sempre rebelde. Venho, pois, hoje, oferecer-me a Deus. Sustentai minha fraqueza, e por vossa intercessão alcançai-me de Jesus a graça de lhe ser fiel e a vós até a morte, a fim de que, depois de vos haver servido de todo o coração na vida, participe da glória e da felicidade eterna dos eleitos. Amém.
Senhor, tende piedade de nós
Cristo, tende piedade de nós
Senhor, tende piedade de nós
Jesus Cristo ouvi-nos.
Jesus Cristo atendei-nos.
Deus Pai do Céu, tende piedade de
nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, ...
Deus Espírito Santo Paráclito, ...
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, ...
Santa Maria, rogai por nós.
Santa Mãe de Deus,...
Santa Virgem das virgens,...
Mãe de Jesus Cristo, ...
Mãe da Igreja, ...
Mãe da Misericórdia, ...
Mãe da Divina Graça, ...
Mãe da Esperança,...
Mãe puríssima, ...
Mãe castíssima, ...
Mãe imaculada,...
Mãe sempre virgem,...
Mãe amável,...
Mãe admirável,...
Mãe do bom conselho,...
Mãe do Criador,...
Mãe do Salvador,...
Virgem prudentíssima,...
Virgem digna de honra,...
Virgem digna de louvor,...
Virgem poderosa,...
Virgem clemente,...
Virgem fiel,...
Espelho de justiça,...
Sede da sabedoria,...
Causa da nossa alegria,...
Templo do Espírito Santo,...
Tabernáculo da eterna glória,...
Moradia consagrada a Deus,...
Rosa mística,...
Torre de Davi,...
Fortaleza inexpugnável,...
Santuário da divina presença,...
Arca da Aliança,...
Porta do Céu,...
Estrela da Manhã,...
Saúde dos enfermos,...
Refúgio dos pecadores,...
Conforto dos migrantes,...
Consoladora dos aflitos,...
Auxílio dos cristãos,...
Rainha dos anjos,...
Rainha dos patriarcas,...
Rainha dos profetas,...
Rainha dos apóstolos,...
Rainha dos mártires,...
Rainha dos confessores da fé,...
Rainha das virgens,...
Rainha de todos os santos,...
Rainha concebida sem pecado,...
Rainha assunta ao céu,...
Rainha do sacratíssimo Rosário,...
Rainha das famílias,...
Rainha da paz,...
Cordeiro de Deus, que tirais os
pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os
pecados do mundo, tende piedade de nós.
V. Rogai por nós, santa Mãe de
Deus.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
“LEMBRAI-VOS”
DE SÃO BERNARDO
Lembrai-vos, ó piedosíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a vós têm recorrido, implorado vossa assistência e invocado o vosso socorro, tenha sido por vós abandonado. Animado de uma tal confiança, eu corro e venho a vós e, gemendo debaixo do peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés, ó Virgem das virgens; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo encarnado, mas ouvi-as favoravelmente e dignai-vos atender-me. Amém.
Primeira Leitura (At 1,1-11): No meu primeiro livro, ó Teófilo, já tratei de tudo o que Jesus fez e ensinou, desde o começo até o dia em que foi levado para o céu, depois de ter dado instruções, pelo Espírito Santo, aos apóstolos que tinha escolhido. Foi a eles que Jesus se mostrou vivo depois da sua paixão, com numerosas provas. Durante quarenta dias, apareceu-lhes falando do Reino de Deus. Durante uma refeição, deu-lhes esta ordem: “Não vos afasteis de Jerusalém, mas esperai a realização da promessa do Pai, da qual vós me ouvistes falar: ‘João batizou com água; vós, porém, sereis batizados com o Espírito Santo dentro de poucos dias’”. Então os que estavam reunidos perguntaram a Jesus: “Senhor, é agora que vais restaurar o reino em Israel?” Jesus respondeu: “Não vos cabe saber os tempos e os momentos que o Pai determinou com a sua própria autoridade. Mas recebereis o poder do Espírito Santo, que descerá sobre vós para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e na Samaria, e até os confins da terra”. Depois de dizer isso, Jesus foi levado ao céu à vista deles. Uma nuvem o encobriu, de forma que seus olhos não podiam mais vê-lo. Os apóstolos continuavam olhando para o céu, enquanto Jesus subia. Apareceram então dois homens vestidos de branco, que lhes disseram: “Homens da Galileia, por que ficais aqui, parados, olhando para o céu? Esse Jesus, que vos foi levado para o céu, virá do mesmo modo como o vistes partir para o céu”.
R. Por entre aclamações, Deus se elevou, o Senhor subiu ao toque da trombeta.
Aleluia. Ide ao mundo, ensinai
aos povos todos; convosco estarei todos os dias, até o fim dos tempos, diz
Jesus. Aleluia.
«Foi-me dada toda a autoridade
no céu e na terra»
Dr. Josef ARQUER (Berlin,
Alemanha)
«Os Apóstolos aproveitaram tanto a Ascensão do Senhor que tudo o que antes lhes causava medo, depois tornou-se alegria. A partir daquele momento elevaram toda a contemplação da sua alma à divindade sentada à direita do Pai» (São Leão Magno)
Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos.
Ordem do Carmo em Portugal.
Papa Francisco, Regina Coeli
(1º de Junho de 2014)
Ó Maria, filha predileta do Altíssimo, pudesse eu oferecer-vos e consagrar-vos os meus primeiros anos, como vós vos oferecestes e consagrastes ao Senhor no templo! Mas é já passado esse período de minha vida! Todavia, antes começar tarde a vos servir do que ser sempre rebelde. Venho, pois, hoje, oferecer-me a Deus. Sustentai minha fraqueza, e por vossa intercessão alcançai-me de Jesus a graça de lhe ser fiel e a vós até a morte, a fim de que, depois de vos haver servido de todo o coração na vida, participe da glória e da felicidade eterna dos eleitos. Amém.
LADAINHA
DE NOSSA SENHORA
Cristo, tende piedade de nós
Senhor, tende piedade de nós
Jesus Cristo atendei-nos.
Deus Filho, Redentor do mundo, ...
Deus Espírito Santo Paráclito, ...
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, ...
Santa Mãe de Deus,...
Santa Virgem das virgens,...
Mãe de Jesus Cristo, ...
Mãe da Igreja, ...
Mãe da Misericórdia, ...
Mãe da Divina Graça, ...
Mãe da Esperança,...
Mãe puríssima, ...
Mãe castíssima, ...
Mãe imaculada,...
Mãe sempre virgem,...
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Saúde dos enfermos,...
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Conforto dos migrantes,...
Consoladora dos aflitos,...
Auxílio dos cristãos,...
Rainha dos anjos,...
Rainha dos patriarcas,...
Rainha dos profetas,...
Rainha dos apóstolos,...
Rainha dos mártires,...
Rainha dos confessores da fé,...
Rainha das virgens,...
Rainha de todos os santos,...
Rainha concebida sem pecado,...
Rainha assunta ao céu,...
Rainha do sacratíssimo Rosário,...
Rainha das famílias,...
Rainha da paz,...
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Lembrai-vos, ó piedosíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a vós têm recorrido, implorado vossa assistência e invocado o vosso socorro, tenha sido por vós abandonado. Animado de uma tal confiança, eu corro e venho a vós e, gemendo debaixo do peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés, ó Virgem das virgens; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo encarnado, mas ouvi-as favoravelmente e dignai-vos atender-me. Amém.
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