Salmo Responsorial: 66
R. Deus Se compadeça
de nós e nos dê a sua bênção.
Deus Se compadeça de nós e nos dê a sua bênção, resplandeça
sobre nós a luz do seu rosto. Na terra se conhecerão os seus caminhos e entre
os povos a sua salvação.
Alegrem-se e exultem as nações, porque julgais os povos com
justiça e governais as nações sobre a terra.
Os povos Vos louvem, ó Deus, todos os povos Vos louvem. Deus
nos dê a sua bênção e chegue o seu temor aos confins da terra.
2ª Leitura (Gal 4,4-7): Irmãos: Quando chegou a
plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher e sujeito
à Lei, para resgatar os que estavam sujeitos à Lei e nos tornar seus filhos
adoptivos. E porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu
Filho, que clama: «Abá! Pai!». Assim, já não és escravo, mas filho. E, se és
filho, também és herdeiro, por graça de Deus.
Aleluia. Muitas vezes e de muitos modos falou Deus antigamente aos
nossos pais pelos Profetas. Nestes dias, que são os últimos, Deus falou-nos por
seu Filho. Aleluia.
Evangelho (Lc 2,16-21): Foram, pois, às pressas a
Belém e encontraram Maria e José, e o recém-nascido deitado na manjedoura.
Quando o viram, contaram as palavras que lhes tinham sido ditas a respeito do menino.
Todos os que ouviram os pastores ficavam admirados com aquilo que contavam.
Maria, porém, guardava todas estas coisas, meditando-as no seu coração. Os
pastores retiraram-se, louvando e glorificando a Deus por tudo o que tinham
visto e ouvido, de acordo com o que lhes tinha sido dito. No oitavo dia, quando
o menino devia ser circuncidado, deram-lhe o nome de Jesus, como fora chamado
pelo anjo antes de ser concebido no ventre da mãe.
«Foram, pois, às pressas a Belém e encontraram Maria e José, e o
recém-nascido deitado na manjedoura»
Rev. D. Manel VALLS i Serra (Barcelona, Espanha)
“A Manjedoura”: Jesus já está na manjedoura, numa noite
alusiva à Eucaristia. Foi Maria quem o colocou lá! Lucas fala de um “encontro”,
de um encontro dos pastores com Jesus. Em efeito, sem a experiência de um
“encontro” pessoal com o Senhor, a fé não acontece. Somente este “encontro”, o
qual se entende um “ver com os próprios olhos”, e em certa maneira um “tocar”,
faz com que os pastores sejam capazes de chegar a ser testemunhas da Boa Nova,
verdadeiros evangelizadores que podem dar a conhecer o que lhes haviam dito
sobre aquela Criança. «Vendo-o, contaram o que se lhes havia dito a respeito
deste menino» (Lc 2,17).
Aqui vemos o primeiro fruto do “encontro” com Cristo: «Todos
os que os ouviam admiravam-se das coisas que lhes contavam os pastores» (Lc
2,18). Devemos pedir a graça de saber suscitar este “maravilhamento”, esta
admiração naqueles a quem anunciamos o Evangelho.
Ainda há um segundo fruto deste encontro: «Voltaram os
pastores, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto,
e que estava de acordo com o que lhes fora dito» (Lc 2,20). A adoração do
Menino lhes enche o coração de entusiasmo por comunicar o que viram e ouviram,
e a comunicação do que viram e ouviram os conduz até a pregaria de louvor e de
ação de graças, à glorificação do Senhor.
Maria, mestra de contemplação —«Maria conservava todas estas
palavras, meditando-as no seu coração» (Lc 2,19) — nos dá Jesus, cujo nome
significa “Deus salva”. Seu nome é também nossa Paz. Acolhamos coração este
sagrado e doce Nome e tenhamo-lo frequentemente nos nossos lábios!
Pensamentos para o
Evangelho de hoje
«Todo o povo da cidade de Éfeso ficou ansioso à espera da
resolução [do Sínodo sobre a Maternidade de Maria] ... Quando se soube que o
autor das blasfêmias [Nestório] tinha sido deposto, todos em uma só voz
começaram a glorificar a Deus» (São Cirilo de Alexandria)
«Jesus é o Filho de Deus e, ao mesmo tempo, é filho de uma
mulher: Maria. Vem dela. É de Deus e de Maria. É por isso que a Mãe de Jesus
pode e deve ser chamada de Mãe de Deus, “Theotókos” (Concílio de Éfeso, ano
431)» (Bento XVI)
«O Concílio de Éfeso proclamou, no ano 431, que Maria se
tornou, com toda a verdade Mãe de Deus, por ter concebido humanamente o Filho
de Deus em seu seio: “Mãe de Deus, não porque o Verbo de Deus dela tenha
recebido a natureza divina, mas porque é Dela” (…)» (Catecismo da Igreja
Católica, nº 466)
Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus e o Dia Internacional da Paz.
Pe. Antonio Rivero,
L.C.
Em primeiro lugar, neste primeiro dia do ano colocamos a
Santa Maria como intercessora, para que nos consiga a paz que necessitamos. É o
primeiro dia do ano e dedicamos a Ela, à Mãe de Deus, à Rainha da Paz, para que
abençoe também todos os nossos esforços e desejos de paz. A cena do Evangelho
também nos traz sentimentos de paz. Voltamos para Belém, para o presépio, para
contemplar “Maria, José, e o Menino deitado no presépio”. Unimo-nos aos
pastores neste momento de adoração, contemplando esta cena, sentindo-nos parte
dela, como aquele povo simples que soube ver naquele menino todo um Deus que
vinha para nascer por nós. Também damos glória a Deus, como os pastores, por
ter se descoberto nas nossas vidas, por ter deixado Deus nascer, um ano mais,
nos nossos corações. Esse menino enche os nossos corações e as nossas vidas de
paz, com a sua paz. “A paz vos deixo, a minha paz vos dou”. Uma paz verdadeira
e para sempre.
Em segundo lugar, pedimos neste dia que o Senhor coloque o
seu olhar sobre nós e nos conceda a paz. É esta a oração que fazia todo bom
israelita, e é uma oração e um desejo que devemos fazer hoje nosso todas as
pessoas de boa vontade. Queremos que o Senhor conceda a paz, a sua paz, a todos
os nossos parentes e amigos, e a todas as pessoas que quiserem recebê-la, para
o mundo inteiro. Hoje é a jornada mundial da paz. A paz de Deus! O salmo 84 nos
diz que a justiça e a paz se abraçam, se beijam. Queremos uma paz que seja
fruto da justiça, não uma paz imposta violentamente pela força das armas ou pela
força do dinheiro. Não queremos a paz de pessoas que vivem esmagadas pelo poder
político, ou social, ou econômico. Não queremos a paz dos cemitérios. Queremos
a paz dos corpos e das almas, a paz material e a paz espiritual. Sabemos que
esta paz não podemos consegui-la plenamente enquanto vivermos nesta terra, mas
devemos sempre aspirar cada dia a aproximar-nos um pouco mais dela. Não vamos
conseguir só com as nossas forças humanas, necessitamos a ajuda de Deus. Por
isso, vamos pedir hoje a Deus que, por intercessão da sua Mãe, Santa Maria,
pouse o seu olhar sobre nós e nos conceda a paz.
Finalmente, este é um dia para dar graças a Deus. Graças por tudo o que vivemos neste ano que terminamos, graças pelo que viveremos no ano que começa, graças por tudo de novo que aparece na nossa vida. Pedimos a Deus que todos os nossos bons desejos que temos e que nós dizemos no Novo Ano saibamos realizá-los. Fazemos nosso o propósito de favorecer tudo o que possa ajudar para que exista mais felicidade para todos, amigos e desconhecidos. Este é o nosso desejo: “Paz e bem para todos”.
Para refletir: Como
início o novo ano: com esperança e fé? Com alegria e otimismo? Disposto a gerar
a paz na minha família e por onde eu for?
Para rezar: Porque Jesus, nasceu de uma
mulher, amamos e veneramos o nome dessa mulher: Maria. Porque, Maria, é espelho
da humanidade redimida, bendizemos e suspiramos, neste Ano Novo, à nova Eva,
Àquela que nos dá tanto: a Jesus. Para ser Mãe de Deus e Mãe nossa, não deixou
atrás a sua pobreza nem a sua simplicidade, a sua obediência e o seu ser
maternal. Bendizemos a vossa docilidade, Maria! Porque, Maria, meditava todas
as coisas sagradas no mais profundo do seu coração, bendizemos a sua memória, o
seu espírito e a sua fé. Bendita, Vós, Maria! Porque, Maria, como o sol que
amanhece, ilumina os cantinhos mais escuros da nossa casa.
Qualquer sugestão ou dúvida podem se comunicar com o
padre Antonio neste e-mail:
arivero@legionaries.org
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