SSmo Nome de Jesus
São Ciríaco Elias Chavara, presbítero de nossa Ordem
Salmo Responsorial: 71
R. Virão adorar-Vos, Senhor, todos
os povos da terra.
Ó Deus,
concedei ao rei o poder de julgar e a vossa justiça ao filho do rei. Ele
governará o vosso povo com justiça e os vossos pobres com equidade.
Florescerá
a justiça nos seus dias e uma grande paz até ao fim dos tempos. Ele dominará de
um ao outro mar, do grande rio até aos confins da terra.
Os reis de
Társis e das ilhas virão com presentes, os reis da Arábia e de Sabá trarão suas
ofertas. Prostrar-se-ão diante dele todos os reis, todos os povos o hão de
servir.
Socorrerá o
pobre que pede auxílio e o miserável que não tem amparo. Terá compaixão dos
fracos e dos pobres e defenderá a vida dos oprimidos.
2ª Leitura (Ef
3,2-3a.5-6): Irmãos: Certamente já ouvistes falar
da graça que Deus me confiou a vosso favor: por uma revelação, foi-me dado a
conhecer o mistério de Cristo. Nas gerações passadas, ele não foi dado a
conhecer aos filhos dos homens como agora foi revelado pelo Espírito Santo aos
seus santos apóstolos e profetas: os gentios recebem a mesma herança que os
judeus, pertencem ao mesmo corpo e participam da mesma promessa, em Cristo
Jesus, por meio do Evangelho.
Aleluia. Vimos a sua
estrela no Oriente e viemos adorar o Senhor. Aleluia.
Evangelho (Mt 2,1-12):
Depois que Jesus nasceu na cidade de Belém da Judéia,
na época do rei Herodes, alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém,
perguntando: «Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela
no Oriente e viemos adorá-lo». Ao saber disso, o rei Herodes ficou alarmado,
assim como toda a cidade de Jerusalém. Ele reuniu todos os sumos sacerdotes e
os escribas do povo, para perguntar-lhes onde o Cristo deveria nascer.
Responderam: «Em Belém da Judéia, pois assim escreveu o profeta: «E tu, Belém,
terra de Judá, de modo algum és a menor entre as principais cidades de Judá,
porque de ti sairá um príncipe que será o pastor do meu povo, Israel». Então
Herodes chamou, em segredo, os magos e procurou saber deles a data exata em que
a estrela tinha aparecido. Depois, enviou-os a Belém, dizendo: «Ide e procurai
obter informações exatas sobre o menino. E, quando o encontrardes, avisai-me, para
que também eu vá adorá-lo». Depois que ouviram o rei, partiram. E a estrela que
tinham visto no Oriente ia à frente deles, até parar sobre o lugar onde estava
o menino. Ao observarem a estrela, os magos sentiram uma alegria muito grande.
Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante
dele e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro,
incenso e mirra. Avisados em sonho para não voltarem a Herodes, retornaram para
a sua terra, passando por outro caminho.
«Quando entraram na
casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele e o
adoraram»
Rev. D. Joaquim VILLANUEVA i Poll (Barcelona, Espanha)
Chegam a
Jerusalém, a capital dos judeus. Acham que ai saberão lhe dizer o lugar exato
onde nasceu seu Rei. Efetivamente, lhe responderam: «Em Belém da Judéia, porque
assim está escrito por meio do profeta» (Mt 2,5). A notícia da chegada dos
Magos e sua pergunta propaga-se por toda Jerusalém em pouco tempo: Jerusalém
era na época uma pequena cidade e, a presença dos Magos com seu séquito foi
vista por todos os habitantes, pois «Ao saber disso, o rei Herodes
sobressaltou-se e, com ele toda a cidade de Jerusalém» (Mt 2,3), diz o
Evangelho.
Jesus
Cristo cruza-se na vida de muitas pessoas, a quem não interessa. Um pequeno
esforço teria mudado suas vidas, teriam encontrado o Rei do Alegria e da Paz. Isso
requer a boa vontade de procurar, de nos movimentar, de perguntar sem nos desanimar,
como os Magos, de sair de nossa poltronaria, de nossa rotina, de apreciar o
imenso valor de encontrar a Cristo. Se não o encontramos, não encontramos nada
na vida, pois só Ele é o Salvador: encontrar Jesus é encontrar o Caminho que
nos leva a conhecer a Verdade que nos dá a Vida. E, sem Ele, nada de nada vale
a pena.
O processo interno que
seguiram os Magos para se encontrar com Cristo.
Pe. Antonio Rivero, L.C.
Em primeiro
lugar, vejamos quem são os Reis Magos. Os magos eram reis, provavelmente, ricos
e poderosos, chefes de aldeia, da cidade. E eles eram magos, não conforme o
significado que damos hoje a palavra mago, mas no sentido de homens sábios, com
conhecimento sobre as leis da natureza, o cultivo da medicina e astrologia.
Religiosamente inquietos? Talvez abertos à transcendência, e buscavam com a
razão e com a natural tendência religiosa – que todo homem carrega dentro de si
– o significado e a razão no mundo.
Em segundo
lugar, meditemos no processo interno – de fé inicialmente? – que tiveram que
fazer para alcançar à luz de Belém, seguindo o brilho da estrela. Deixam o seu
conforto, movidos pela inspiração divina e o desejo de ver o Messias, do qual
já se falava em várias culturas. Olham, com seus olhos honestos e curiosos, a
luz de uma estrela misteriosa que lhes brilha, como disse São Tomás de Aquino,
foi uma estrela exclusivamente criada por Deus para guiar estes homens. Vem as
dificuldades do caminho, e esta estrela se esconde, justamente em Jerusalém,
onde vivia Herodes, indigno de testemunhar aquele prodígio do céu. Consultam os
sábios e entendidos. Confiam neles e se põem novamente em caminho, e a estrela
brilha novamente. Eles se alegram. Chegam. Entram e encontram o menino com
Maria, sua mãe. Acreditando, caem de joelhos e oferecem lealdade ao verdadeiro
Rei do céu e da terra. Regressam ao seu país por outro caminho – o da fé cristã
– e de acordo com São João Crisóstomo, trabalharam pela conversão dos povos pagãos
e, finalmente, morreram mártires.
Finalmente,
quais são os presentes que ofereceram a Jesus? Ouro, incenso e mirra. São
Gregório Magno diz que o ouro simbolizava a sabedoria, o incenso, o doce zelo
pela Palavra Sagrada, e mirra, a mortificação da carne.
Para refletir: Neste Natal, saí do meu conforto
para encontrar Jesus? Se o encontrei, o que eu tenho que lhe dar? Não posso ir
a Belém com as mãos vazias. Esse Menino é o meu Senhor, meu Deus e merece um
presente, ou melhor, merece a minha vida e vassalagem. Assim fizeram os Magos.
Herodes e os Magos…
que distinto protagonismo o dia da Epifania!
Pe. Antonio Rivero, L.C.
Em primeiro
lugar, vejamos Herodes que deu a ordem de busca, captura e degolação de Jesus.
Herodes o grande pela suntuosidade das suas construções: palácios, fortalezas,
jardins, hipódromos, estádios, o mesmo templo de Jerusalém. Grande por
sanguinário: afogou como traição o seu cunhado Aristóbulo na piscina de Jericó
no ano 30; matou a sua sogra Alessandra, o seu cunhado Hostobar, o seu filho
Alexandre e o seu filho Antípatros, com só cinco dias da sua morte. Terminou
com um câncer demolidor, cujo cheiro fétido invadia as moradas do palácio.
Grande pelos seus adultérios, pois amou 10 mulheres e se casou com todas elas,
mas não que Marianne, tanto que a decapitou por ciúmes. E mandou os criados dar
vozes ao seu nome pelos corredores e salões, de dia e de noite, para
sugestioná-lo que ainda vivia. Esse é Herodes o grande que quis matar Jesus. E
por Jesus veio neste mundo. Herodes, acolhe Cristo no teu coração!
Em segundo
lugar, vejamos agora os Magos, que se colocaram em caminho para adorar Jesus.
Viram uma estrela, linguagem comum para eles. Puseram-se em caminho motivados
pela fé e pela fome de Deus e de repostas transcendentes. Sortearam as
dificuldades com a vontade. E chegaram à cova de Belém. E ali entraram, e
encontraram Jesus, Maria e José. Prostraram-se diante do Menino Deus e lhe
ofereceram os seus presentes: ouro por ser Rei, incenso por ser Deus e mirra
por ser Homem. Portanto, rei dos judeus, rei de todos. Messias para os judeus,
messias para todos. Salvador dos judeus, salvador do mundo. Deus dos judeus,
Deus de todos e para todos. Epifania: Fim do exclusivismo judeu. Deus,
portanto, igualmente de amancebados, santos ou canalhas, ignorantes,
exploradores e explorados, trapaceiros e prostitutas, ciganos e paios,
terroristas e guardas, ditadores e democratas, russos e americanos… Deus é
exclusiva de ninguém, nem sequer da Igreja. Isto é e significa Epifania.
Obrigado, Senhor, porque de pagão me fizestes cristão!
Finalmente,
o que aprender desta festa? Com perigos, sem perigos e apesar dos perigos, o
homem -igual que os Magos- tem que ir ao encontro de Deus e que, que o busca,
com estrela ou sem estrela, o encontra-entre outras coisas porque Deus é mais
íntimo ao homem que o homem mesmo. E essa é a mensagem soberana da Epifania ou
apresentação de Jesus na sociedade pagã ou natal dos pagãos. Assim como o do 24
foi o Natal dos judeus. Que pena que Herodes, pagão, não quis entrar na festa
do Natal, e preferiu viver e morrer pagão. Mas que conste que Cristo veio
também para ele. Pagãos todos, vinde correndo a Belém, pois hoje é o dia da
vossa festa e vos espera o vosso Salvador e Senhor para vos abrir o seu coração
cheio de ternura e misericórdia!
Para refletir: Sei descobrir as “estrelas” que Deus
me mando para colocar-me em caminho a Cristo e me encontrar com Ele? Diante das
dificuldades do caminho, o que faço: dou meio volta ou continuo, renovando a
minha fé e a minha esperança? E ao chegar diante de Cristo, sou generoso para
dar o melhor que tenho e sou, ou só dou as sobras? Ajudo os “pagãos” e os levo
até Jesus?
Para rezar: Jesus, trago-vos o meu ouro, pois
sois o meu rei. Trago-vos o meu incenso para oferecê-lo em sacrifício cheiroso
da minha vida. Trago-vos a minha mirra para embalsamar o meu corpo junto com o
vosso na espera da ressurreição.
Para
qualquer sugestão ou dúvida, podem se comunicar com o padre Antônio neste
e-mail: arivero@legionaries.org
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