S. Boaventura, OFM - Bispo e Doutor |
A dignidade única de
cada pessoa
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos do
Papa Francisco)
Hoje, na
Idade Moderna, procurou-se construir a fraternidade universal entre os homens,
baseando-se na sua igualdade; mas, pouco a pouco, fomos compreendendo que esta
fraternidade, privada do referimento a um Pai comum como seu fundamento último,
não consegue subsistir; por isso, é necessário voltar à verdadeira raiz da
fraternidade.
À medida que
a história da salvação avança, o homem descobre que Deus quer fazer a todos participar
como irmãos da única bênção. A fé ensina-nos a ver que, em cada homem, há uma
bênção para mim, que a luz do rosto de Deus me ilumina através do rosto do
irmão. Graças à fé, compreendemos a dignidade única de cada pessoa, que não era
tão evidente no mundo antigo.
—No centro da
fé bíblica, há o amor de Deus, o seu cuidado concreto por cada pessoa, o seu
desejo de salvação que abraça toda a humanidade e a criação inteira e que
atinge o clímax na encarnação, morte e ressurreição de Jesus Cristo.
A única esperança
“confiável”
REDAÇÃO
evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
Hoje, Jesus
exorta-nos a manter uma esperança “fiável”, uma meta tão grande que nos permita
enfrentar o cansativo presente. A verdadeira, a grande esperança que persiste
apesar de todas as desilusões só pode ser Deus, que nos ama até ao extremo.
Quem não conhece Deus, embora tenha múltiplas esperanças, no fundo não tem
esperança.
A história
assim o demonstrou: não é a ciência, nem a ação político-econômica, que
reconstrói o homem, mas o amor. Se existe um amor absoluto, com a sua certeza
absoluta, então —só então— o homem é redimido. Graças a Jesus Cristo estamos
seguros de Deus (que não é uma longínqua “causa primeira”), porque o seu Filho
unigénito se fez homem e se entregou totalmente por nós.
—Jesus, o teu
amor dá-me a possibilidade de perseverar —dia a dia— no meio da imperfeição
natural deste mundo. O teu reino não é um mais além imaginário, mas está
presente onde tu és amado.
Reflexões de Frei Carlos
Mesters, O.Carm.
* O evangelho de hoje traz várias instruções de Jesus a
respeito do comportamento que os discípulos devem adotar durante o exercício da
sua missão. O que mais chama a atenção nestas instruções são duas advertências:
(1) a frequência com que Jesus alude às perseguições e aos sofrimentos que eles
vão ter; (2) a insistência três vezes repetida para o discípulo não ter medo.
* Mateus 10,24-25: Perseguições e
sofrimentos marcam a vida dos discípulos
Estes dois
versículos são a parte final de uma advertência de Jesus aos discípulos a
respeito das perseguições. Os discípulos devem saber que, pelo fato de serem
discípulos de Jesus, vão ser perseguidos (Mt 10,17-23). Eles não poderão
reclamar nem ficar preocupados com isso, pois um discípulo deve imitar a vida
do mestre e participar com ele nas provações. Isto faz parte do discipulado. “O
discípulo não está acima do mestre, nem o servo acima do seu senhor. Para o
discípulo basta ser como o seu mestre, e para o servo ser como o seu senhor”.
Se chamaram a Jesus de Belzebu, quanto mais vão insultar os discípulos dele.
Com outras palavras, o discípulo de Jesus só deverá ficar preocupado seriamente
no caso em que não aparecer nenhuma perseguição em sua vida.
* Mateus 10,26-27: Não ter medo de
dizer a verdade
Os discípulos
não devem ter medo dos perseguidores. Estes conseguem perverter o sentido dos
fatos e espalham calúnias a ponto de a verdade aparecer como mentira, e a
mentira como a verdade. Mas por maior que seja a mentira, a verdade acabará
vencendo e derrubará a mentira. Por isso, não devem ter medo de proclamar a
verdade, as coisas que Jesus ensinou. Hoje em dia, os meios de comunicação
conseguem perverter o sentido dos fatos e fazem aparecer como criminosos as
pessoas que proclamam a verdade; fazem aparecer como justo o sistema neoliberal
que perverte o sentido da vida humana.
* Mateus 10,28: Não ter medo dos que
podem matar o corpo
Os discípulos
não devem ter medo daqueles que matam o corpo, que torturam, machucam e fazem
sofrer. Os torturadores podem até matar o corpo, mas não conseguem matar neles
a liberdade e o espírito. Devem ter medo, isto sim, de que o medo do sofrimento
os leve a esconder ou a negar a verdade e, assim, os faça ofender a Deus. Pois
quem se afasta de Deus se perde para sempre.
* Mateus 10,29-31: Não ter medo, mas
ter confiança na Providência Divina
Os discípulos
não devem ter medo de nada, pois eles estão na mão de Deus. Jesus manda olhar
os passarinhos. Dois pardais se vendem por poucos centavos e no entanto nenhum
pardal cai no chão sem o consentimento do Pai. Até os cabelos na cabeça estão
contados. Lucas diz que nenhum cabelo cai sem a licença do Pai (Lc 21,18). E
caem tantos cabelos! Por isso, “não tenham medo. Vocês valem muito mais que
muitos pardais”. É a lição que Jesus tirou da contemplação da natureza.
* Mateus 10,32-33: Não ter vergonha de
dar testemunho de Jesus
No fim, Jesus
resume tudo nesta frase: “Portanto, todo aquele que der testemunho de mim
diante dos homens, também eu darei testemunho dele diante do meu Pai que está
no céu. Aquele, porém, que me renegar diante dos homens, eu também o renegarei
diante do meu Pai que está no céu”. Sabendo que estamos na mão de Deus e que
Deus está conosco a cada momento, teremos a coragem e a paz necessárias para
dar testemunho de sermos discípulos e discípulas de Jesus.
Para um confronto pessoal
1) Você tem medo? Medo de que? Por que?
2) Você já sofreu ou já foi perseguido ou perseguida por
causa do seu compromisso com o anúncio da Boa Nova de Deus que Jesus nos
trouxe?
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