ORAÇÃO PREPARATÓRIA - Com humildade
e respeito aqui nos reunimos, ó Divino Jesus, para oferecer, todos os dias
deste mês, as homenagens de nossa devoção ao glorioso Patriarca S. José. Vós
nos animais a recorrer com toda a confiança aos vossos benditos Santos, pois
que as honras que lhes tributamos revertem em vossa própria glória. Com justos
motivos, portanto, esperamos vos seja agradável o tributo quotidiano que vimos
prestar ao Esposo castíssimo de Maria, vossa Mãe santíssima, a São José, vosso
amado Pai adotivo. Ó meu Deus, concedei-nos a graça de amar e honrar a São José
como o amastes na terra e o honrais no céu. E vós, ó glorioso Patriarca, pela
vossa estreita união com Jesus e Maria; vós que, à custa de vossas abençoadas
fadigas e suores, nutristes a um e outro, desempenhando neste mundo o papel do
Divino Padre Eterno; alcançai-nos luz e graça para terminar com fruto estes
devotos exercícios que em vosso louvor alegremente começamos. Amém.
LECTIO DIVINA
Evangelho (Jo 7,1-2.10.14.25-30): Depois disso, Jesus percorria a Galileia;
não queria andar pela Judeia, porque os judeus procuravam matá-lo. Estava
próxima a festa dos judeus, chamada das Tendas. Depois que seus irmãos subiram
para a festa, Jesus subiu também, não publicamente, mas em segredo. Lá pelo
meio da festa, Jesus subiu ao templo e começou a ensinar. Alguns de Jerusalém
diziam: «Não é este a quem procuram matar? Olha, ele fala publicamente e
ninguém lhe diz nada. Será que os chefes reconheceram que realmente ele é o
Cristo? Mas este, nós sabemos de onde é. O Cristo, quando vier, ninguém saberá
de onde é». Enquanto, pois, ensinava no templo, Jesus exclamou: «Sim, vós me
conheceis, e sabeis de onde eu sou. Ora, eu não vim por conta própria; aquele
que me enviou é verdadeiro, mas vós não o conheceis. Eu o conheço, porque venho
dele e foi ele quem me enviou!». Eles procuravam, então, prendê-lo, mas ninguém
lhe pôs as mãos, porque ainda não tinha chegado a sua hora.
«Ninguém lhe
deitou as mãos, porque ainda não era chegada a sua hora».
Fr. Matthew J. ALBRIGHT (Andover, Ohio,
Estados Unidos)
Hoje, o Evangelho permite-nos contemplar a
confusão que surgiu quanto à identidade e missão de Jesus Cristo. Quando nos
pomos cara a cara com Jesus, há mal-entendidos e conjecturas acerca de quem Ele
é, como se cumprem n’Ele, ou não, as profecias do Antigo Testamento e sobre o
que Ele fará. As suposições e os preconceitos conduzem à frustração e à ira.
Isto sempre foi assim: a confusão à volta de Cristo e dos ensinamentos da
Igreja desperta sempre controvérsia e divisões religiosas. O rebanho se
dispersa se as ovelhas não reconhecem o seu pastor!
As pessoas dizem: «Este nós sabemos de onde
vem. Do Cristo, porém, quando vier, ninguém saberá de onde seja» (Jo 7,27), e
concluem que Jesus não pode ser o Messias porque Ele não corresponde à imagem
de “Messias” em que tinham sido instruídos. Por outro lado, sabem que os
Príncipes dos Sacerdotes O querem matar, mas ao mesmo tempo veem que Ele se
movimenta livremente sem ser preso. De modo que se perguntam se talvez as
autoridades «terão reconhecido verdadeiramente que este é o Cristo» (Jo 7,26).
Jesus atalha a confusão identificando-se a si
próprio como o enviado por Ele que é “verdadeiro” (cf. Jo 7,28). Cristo tem
consciência da situação, tal como João a retrata, e ninguém lhe deita a mão
porque ainda não tinha chegado a hora de revelar plenamente a sua identidade e
missão. Jesus desafia as expectativas ao mostrar-se, não como um líder
conquistador para derrotar a opressão romana, mas como o “Servo Sofredor” de
Isaías.
O Papa Francisco escreveu: «A alegria do
Evangelho enche o coração e a vida inteira dos que se encontram com Jesus». É
urgente que ajudemos os outros a irem mais além das suposições e dos
preconceitos sobre quem é Jesus e o que é a Igreja, e ao mesmo tempo
facilitar-lhes o encontro com Jesus. Quando uma pessoa consegue saber quem é
realmente Jesus, então abundam a alegria e a paz.
«Mas ninguém lhe
pôs as mãos, porque ainda não tinha chegado a sua hora»
+ Rev. D. Josep VALL i Mundó (Barcelona,
Espanha)
Hoje, o evangelista João diz-nos que a Jesus
«não tinha chegado a sua hora» (Jo 7,30). Refere-se à hora da Cruz, no preciso
e precioso momento de dar-se pelos pecados de toda a Humanidade. Ainda não
tinha chegado a sua hora, mas estava muito próxima. Será na Sexta-feira Santa
quando o Senhor levará até ao fim a vontade do pai Celestial e sentirá — como
escrevia o Cardeal Wojtyla — todo «o peso daquela hora na qual o servo de Yahvé
deverá cumprir a profecia de Isaías, pronunciando o seu “sim”».
Cristo — no seu constante desejo sacerdotal —
fala muitíssimas vezes desta hora definitiva e determinante (Mt 26,45; Mc
14,35; Lc 22,53; Jo 7,30; 12,27; 17,1). Toda a vida do Senhor será dominada por
uma hora suprema e irá desejá-la com todo o seu coração: «Um batismo eu devo
receber, e como estou ansioso até que isto se cumpra!» (Lc 12,50). E «na
véspera da festa da Páscoa, sabendo Jesus que tinha chegado a sua hora, a hora
de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo,
amou-os até o fim» (Jo 13,1). Naquela sexta-feira, o nosso Redentor entregará o
seu espírito nas mãos do Pai, e desde esse momento a sua missão, já cumprida,
passará a ser a missão da Igreja e de todos os seus membros, animados pelo
Espírito Santo.
A partir da hora de Getsêmani, da morte do
Senhor na Cruz e da Ressurreição, a vida começada por Jesus «guia toda a
História» (Catecismo da Igreja n.1165). A vida, o trabalho, a oração, a entrega
de Cristo torna-se presente agora na sua Igreja: é também a hora do Corpo do
Senhor; da sua hora advém a nossa hora, a de acompanhá-lo na oração de
Getsemani, «sempre despertos — como afirma Pascal — apoiando-o na sua agonia,
até ao final dos tempos». É a hora de agir como membros vivos de Cristo. Por
isso, «tal como a Páscoa de Jesus, acontecida “uma vez por todas” permanece
sempre atual, da mesma forma a oração da Hora de Jesus continua sempre presente
na Liturgia da sua Igreja» (Catecismo da Igreja n. 2746).
Reflexões de Frei
Carlos Mesters, O.Carm.
1º dia do Setenário das Dores 1ª dor de Nossa Senhora |
* Ao longo dos
capítulos 1 a 12 do Evangelho de João, vai acontecendo a progressiva revelação
que Jesus faz de si mesmo aos discípulos e ao povo. Ao mesmo tempo e na mesma
proporção, vai crescendo o fechamento e a oposição das autoridades contra Jesus
a ponto de elas decidirem a condenação e a morte de Jesus (Jo 11,45-54). O
capítulo 7, que meditamos no evangelho de hoje, é uma espécie de balanço no
meio do caminho. Já faz prever como será o desfecho final.
* João 7,1-2.10:
Jesus decide ira à festa dos Tabernáculos em Jerusalém. A geografia da
vida de Jesus no evangelho de João é diferente da geografia nos outros três
evangelhos. É mais completa. Conforme os outros evangelhos, Jesus foi apenas
uma única vez a Jerusalém, aquela em que ele foi preso e morto. Conforme o
evangelho de João, Jesus foi no mínimo duas ou três vezes a Jerusalém para a
festa de Páscoa. Por isso sabemos que a vida pública de Jesus durou em torno de
três anos. O evangelho de hoje informa que Jesus se dirigiu mais uma vez para
Jerusalém, mas não publicamente. Foi às ocultas, pois na Judéia os judeus queriam
matá-lo.
* Tanto aqui no
capítulo 7 como nos outros capítulos, João fala de “judeus”, e de “vocês
judeus”, como se ele e Jesus não fossem judeus. Esta maneira de falar reflete a
situação da trágica ruptura que ocorreu no fim do primeiro século entre os
judeus (Sinagoga) e os cristãos (Ecclesia). Ao longo dos séculos, esta maneira
de falar do evangelho de João contribuiu para fazer crescer o antissemitismo.
Hoje, é muito importante tomar distância desta polêmica para não alimentar um
antissemitismo. Nunca podemos esquecer Jesus é judeu. Nasceu judeu, viveu como
judeu e morreu como judeu. Toda a sua formação é da religião e da cultura dos
judeus.
* João 7,25-27:
Dúvidas dos habitantes de Jerusalém a respeito de Jesus. Jesus está em Jerusalém e fala publicamente
às pessoas que querem ouvi-lo. O povo fica confuso. Sabe que querem matar Jesus
e ele anda solto aos olhos de todos. Será que as autoridades reconheceram que
ele é o Messias? Mas como é que Jesus pode ser o messias? Todos sabem que ele
vem lá de Nazaré, mas do messias, assim se ensinava, ninguém sabe a origem.
* João 7,28-29:
Esclarecimento da parte de Jesus.
Jesus fala da sua origem. “Vocês sabem de onde eu sou”. Mas o que o povo
não sabe é a vocação e a missão que Jesus recebeu de Deus. Ele não veio por
própria vontade, mas como todo profeta veio obedecendo a uma vocação, que é o
segredo da vida dele. “Eu não vim por mim mesmo. Quem me enviou é verdadeiro, e
vocês não o conhecem. Mas eu o conheço, porque venho de junto dele, e foi ele
quem me enviou."
* João 7,30:
Ainda não chegara a hora.
Quiseram prender Jesus, mas ninguém pôs a mão nele, “porque ainda não
chegara a sua hora”. No evangelho de
João quem determina a hora e o rumo dos acontecimentos não são os que detêm o
poder, mas é o próprio Jesus. Ele é que determina a hora (cf. Jo 2,4; 4,23;
8,20; 12.23.27; 13,1; 17,1). Mesmo pendurado na cruz, é Jesus quem determina
até a hora de morrer (Jo 19,29-30).
Para um confronto
pessoal
1) Como eu vivo o
meu relacionamento com os judeus? Descobri alguma vez um pouco de
antissemitismo dentro de mim? Consegui elimina-lo?
2) Como no tempo de
Jesus, hoje em dia, há muitas ideias e opiniões novas sobre as coisas da fé.
Como faço? Eu me agarro às ideias antigas e me fecho nelas, ou procuro entender
o porquê das novidades?
ORAÇÃO - Ó glorioso S.
José, a bondade de vosso coração é sem limites e indizível, e neste mês que a
piedade dos fiéis vos consagrou mais generosas do que nunca se abrem as vossas
mãos benfazejas. Distribui entre nós, ó nosso amado Pai, os dons preciosíssimos
da graça celestial da qual sois ecônomo e o tesoureiro; Deus vos criou para seu
primeiro esmoler. Ah! que nem um só de vossos servos possa dizer que vos
invocou em vão nestes dias. Que todos venham, que todos se apresentem ante
vosso trono e invoquem vossa intercessão, a fim de viverem e morrerem
santamente, a vosso exemplo nos braços de Jesus e no ósculo beatíssimo de
Maria. Amém.
LADAINHA DE SÃO
JOSÉ
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo tende piedade de nós.
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, escutai-nos.
Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende piedade
de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus,
tende piedade de nós.
Santa Maria, rogai por nós.
São José,
Ilustre Filho de Davi,
Luz dos Patriarcas,
Esposo da mãe de Deus,
Guarda da puríssima Virgem,
Sustentador do Filho de Deus,
Zeloso defensor de Jesus Cristo,
Chefe da Sagrada Família,
José justíssimo,
José castíssimo,
José prudentíssimo,
José fortíssimo,
José obedientíssimo,
José fidelíssimo,
Espelho de paciência,
Amante da pobreza,
Modelo dos operários,
Honra da vida de família,
Guarda das virgens,
Amparo das famílias,
Alívio dos sofredores,
Esperança dos doentes,
Consolador dos aflitos,
Patrono dos moribundos,
Terror dos demônios,
Protetor da Santa Igreja,
Patrono da Ordem Carmelita,
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do
mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do
mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do
mundo, tende piedade nós.
V. - O Senhor o constituiu dono de sua casa.
R. - E fê-lo príncipe de todas as suas
possessões.
ORAÇÃO: Deus, que por
vossa inefável Providência vos dignastes eleger o bem-aventurado São José para
Esposo de vossa Mãe Santíssima concedei-nos, nós vos pedimos, que mereçamos ter
como intercessor no céu aquele a quem veneramos na terra como nosso Protetor.
Vós que viveis e reinais com Deus Padre na unidade do Espírito Santo. Amém.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
DEIXE AQUI SEU SUA SUGESTÃO