ORAÇÃO PREPARATÓRIA - Com humildade
e respeito aqui nos reunimos, ó Divino Jesus, para oferecer, todos os dias
deste mês, as homenagens de nossa devoção ao glorioso Patriarca S. José. Vós
nos animais a recorrer com toda a confiança aos vossos benditos Santos, pois
que as honras que lhes tributamos revertem em vossa própria glória. Com justos
motivos, portanto, esperamos vos seja agradável o tributo quotidiano que vimos
prestar ao Esposo castíssimo de Maria, vossa Mãe santíssima, a São José, vosso
amado Pai adotivo. Ó meu Deus, concedei-nos a graça de amar e honrar a São José
como o amastes na terra e o honrais no céu. E vós, ó glorioso Patriarca, pela
vossa estreita união com Jesus e Maria; vós que, à custa de vossas abençoadas
fadigas e suores, nutristes a um e outro, desempenhando neste mundo o papel do
Divino Padre Eterno; alcançai-nos luz e graça para terminar com fruto estes
devotos exercícios que em vosso louvor alegremente começamos. Amém.
LECTIO DIVINA
Textos: Gênesis 12, 1-4;
Timóteo 1, 8-10; Mateus 17, 1-9
Evangelho (Mt 17,1-9): Seis dias depois, Jesus levou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e
os fez subir a um lugar retirado, numa alta montanha. E foi transfigurado
diante deles (...). Uma nuvem luminosa os cobriu com sua sombra. E, da nuvem,
uma voz dizia: «Este é o meu filho amado, nele está meu pleno agrado:
escutai-o!» (...). Jesus recomendou-lhes: «Não faleis a ninguém desta visão,
até que o Filho do Homem tenha sido ressuscitado dos mortos».
A Transfiguração
não é uma transformação de Jesus, mas sim a revelação da sua divindade
A narrativa da transfiguração de Jesus está
permeada de elementos simbólicos teologicamente muito significativos. Vemos
Jesus subindo à montanha com Pedro, Tiago e João. Todos participam de uma
experiência mística inédita. Moisés e Elias também se fazem presentes e
dialogam com Jesus.
Lembremos, especialmente, que a comunidade de
Mateus é formada de judeus que vivem a fé cristã. Portanto, é importante que a
tradição judaica seja respeitada e aprofundada agora em novo contexto. Assim, a
montanha tem um significado especial de manifestação de Deus. Basta lembrar o
dom da Lei de Deus a Moisés no monte Sinai. Assim também a expressão “seis dias
depois”, bem como a presença da nuvem. Lemos em Ex 24,16: “Quando Moisés subiu
ao monte, a nuvem cobriu o monte. A glória do Senhor pousou sobre o monte
Sinai, e a nuvem o cobriu durante seis dias”. Como vemos, há íntima relação
entre a transfiguração de Jesus e a experiência religiosa de Moisés. É um
momento extraordinário de manifestação divina. Moisés e Elias representam a Lei
e os Profetas, caminho que aponta para o Messias. Jesus é o cumprimento da promessa
do Pai revelada na Sagrada Escritura.
Podemos considerar como centro dessa narrativa
a declaração de Deus: “Este é meu Filho amado, nele está meu pleno agrado:
escutai-o!”. Essa voz que vem do céu declarando a filiação divina de Jesus
também se fez ouvir no seu batismo (Mt 3,17). É, sem dúvida, a confissão de fé
da comunidade cristã, representada nesse momento por Pedro, Tiago e João. De
fato, os discípulos, no barco, reconhecem Jesus caminhando sobre as águas e
salvando Pedro de sua fraqueza de fé: “Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus”
(14,33). Na ocasião em que Jesus pergunta o que dizem dele, Pedro responde: “Tu
és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (16,16). É no momento da morte de Jesus que
o centurião e os guardas declaram: “De fato, esse era Filho de Deus” (27,54). O
anúncio da verdade sobre Jesus não foi feito aos que detinham o poder político
ou religioso. Também não foi feito em algum centro ou instituição importante.
Dirigiu-se, sim, a um grupo de gente simples, num lugar social periférico.
O imperativo “escutai-o” enfatiza a perfeita
relação entre a profissão de fé em Jesus como “Filho de Deus” e a atenção
cuidadosa ao seu ensinamento. O elemento fundamental do ensino de Jesus é que
ele terá de passar pelo sofrimento e pela morte, na perspectiva do “Servo
sofredor” anunciado pelo profeta Isaías (cf. 42,1-9). Não é por acaso que
Mateus insere o relato da transfiguração logo após o primeiro anúncio de sua
paixão e morte e o convite ao discipulado: “Se alguém quer me seguir, renuncie
a si mesmo, tome a sua cruz e me siga” (16,24). Portanto, os discípulos deverão
compreender que o caminho para o seguimento de Jesus, Servo de Deus, implica
“descer da montanha” e assumir as consequências, conforme o testemunho do
Mestre. Porém esse não é um caminho derrotista. A vida triunfa sobre a morte. A
glória de Deus se manifestará plenamente na ressurreição. A transfiguração é um
sinal antecipado da realidade da Páscoa.
A pedagogia da
fé, isto é, o modo pelo qual Deus nos comunica seus mistérios durante a nossa
peregrinação terrenal.
Pe Antonio Rivero, LC
Nesta Quaresma, Cristo nos convida a subir com
Ele o monte Tabor, onde nos revelará sua glória e sua beleza, e nos dará
coragem antes de subir ao Calvário (evangelho). Somente através da fé podemos
descobrir, sem escandalizar-nos, a divindade de Jesus através de sua humanidade
sofredora (segunda leitura). Como somente por meio da fé, Moisés confiou em
Deus e saiu de sua terra cômoda e fértil para que o Senhor lhe comunicasse seus
mistérios e seus planos (segunda leitura).
Em primeiro lugar, a quaresma é um convite de
Deus para deixar, assim como Abraão, o nosso modus vivendi tranquilo, cômodo e
sossegado, para colocar-nos a caminho guiados pela luz da fé e subir o monte
santo da Páscoa, mas não sem ter passado antes pelo sendeiro da cruz de Cristo.
Essa luz da fé e suficientemente clara para guiar-nos pelo reto caminho que
Jesus nos indicou para chegar à vida eterna. E é, ao mesmo tempo,
suficientemente escura para que tenhamos méritos ao crer, para que possamos
confiar totalmente em sua palavra, mesmo quando que aquilo que Deus nos peça
nos resulte humanamente incompreensível.
Em segundo lugar, somente a partir da fé
terei, neste domingo, um encontro místico com Cristo no monte Tabor, onde Ele
se manifestará em todo seu esplendor e beleza, assim como fez com seus
apóstolos mais íntimos, Pedro, Tiago e João. Façamos um quadro da cena: uma
montanha e uma noite, luz e som, três espectadores, dois atores e um
protagonista, Jesus. Tema da obra: a divindade de Deus. Titulo da obra: Jesus é
Deus. Caiu a cortina… Esta experiência também teve Inácio de Loiola: “Muitas
vezes e por muito tempo, estando em oração, via com os olhos interiores a
humanidade de Cristo e a figura, que parecia ser como um corpo branco”
(Autobiografia III, 29), “como sol” (idem, XI, 99). “Si não houvesse Escrituras
que nos ensinassem estas coisas da fé, ele – Inácio – se determinaria de morrer
por elas, somente pelas coisas que viu” (idem).
Finalmente, necessitamos este encontro místico
com Cristo, como Pedro, Tiago, João, Inácio de Loiola, Teresa de Jesus, Teresa
de Calcutá. A partir da fé, obviamente. Necessitou-o Moisés para guiar o povo
de Israel do Egito à Palestina por quarenta anos de desastres, guerras, crise
religiosa, castigos de Deus, fidelidades de Deus… Necessitou-o Inácio de Loiola
para fundar a Companhia de Jesus contra o vento e as ondas dos príncipes,
teólogos e Papas. Necessitavam-no esses três apóstolos que em alguns meses
estariam com Jesus no Getsemani e se escandalizariam com Ele e o abandonariam.
E somente depois da Ressurreição renovaram essa fé em Cristo Deus que brilhou
no monte Tabor. E eu necessito desse encontro místico para no perder a alegria
e o brilho da minha fé.
Para
refletir: Como está minha fé em Cristo? Minha fé segue
firme também quando vê Jesus crucificado e injuriado? Atemorizam-me os
silêncios de Deus? Sobe até a mística da oração, no permaneças na planície. E
depois baixa até a planície, cheio do esplendor místico de Cristo, feito
caridade e ternura, como ama dizer o Papa Francisco.
Qualquer dúvida ou
sugestão podem comunicar-se com o padre Antônio pelo seguinte e-mail: arivero@legionaries.org
ORAÇÃO - Ó glorioso S.
José, a bondade de vosso coração é sem limites e indizível, e neste mês que a
piedade dos fiéis vos consagrou mais generosas do que nunca se abrem as vossas
mãos benfazejas. Distribui entre nós, ó nosso amado Pai, os dons preciosíssimos
da graça celestial da qual sois ecônomo e o tesoureiro; Deus vos criou para seu
primeiro esmoler. Ah! que nem um só de vossos servos possa dizer que vos
invocou em vão nestes dias. Que todos venham, que todos se apresentem ante
vosso trono e invoquem vossa intercessão, a fim de viverem e morrerem
santamente, a vosso exemplo nos braços de Jesus e no ósculo beatíssimo de
Maria. Amém.
LADAINHA DE SÃO
JOSÉ
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo tende piedade de nós.
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, escutai-nos.
Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende piedade
de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus,
tende piedade de nós.
Santa Maria, rogai por nós.
São José,
Ilustre Filho de Davi,
Luz dos Patriarcas,
Esposo da mãe de Deus,
Guarda da puríssima Virgem,
Sustentador do Filho de Deus,
Zeloso defensor de Jesus Cristo,
Chefe da Sagrada Família,
José justíssimo,
José castíssimo,
José prudentíssimo,
José fortíssimo,
José obedientíssimo,
José fidelíssimo,
Espelho de paciência,
Amante da pobreza,
Modelo dos operários,
Honra da vida de família,
Guarda das virgens,
Amparo das famílias,
Alívio dos sofredores,
Esperança dos doentes,
Consolador dos aflitos,
Patrono dos moribundos,
Terror dos demônios,
Protetor da Santa Igreja,
Patrono da Ordem Carmelita,
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do
mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do
mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do
mundo, tende piedade nós.
V. - O Senhor o constituiu dono de sua casa.
R. - E fê-lo príncipe de todas as suas
possessões.
ORAÇÃO: Deus, que por
vossa inefável Providência vos dignastes eleger o bem-aventurado São José para
Esposo de vossa Mãe Santíssima concedei-nos, nós vos pedimos, que mereçamos ter
como intercessor no céu aquele a quem veneramos na terra como nosso Protetor.
Vós que viveis e reinais com Deus Padre na unidade do Espírito Santo. Amém.
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