Primeira
dor - PROFECIA DE SIMEÃO
Evangelho
de Lucas (2, 22.25a.34-35) - Quando se
completaram os dias da purificação, segundo a lei de Moisés, levaram o menino a
Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor... Ora, em Jerusalém vivia um homem
piedoso e justo, chamado Simeão, que esperava a consolação de Israel... Simeão
os abençoou e disse a Maria, a Mãe: «Este menino será causa de queda e de reerguimento
para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. E a ti, uma espada
traspassará tua alma, e assim serão revelados os pensamentos de muitos
corações».
Reflexão
Jesus,
segundo Simeão, haveria de ser um sinal de contradição. De fato, para alguns,
isto é, para os que o rejeitaram e o levaram à cruz, foi motivo de queda e de condenação;
para outros, isto é, para os que o aceitaram e acreditaram nele, foi motivo de
reerguimento e de salvação. Maria guardava todas estas coisas e as meditava no
seu coração (Lc 2,19), mas seu olhar deixava, sem dúvida, transparecer a dor. O
poeta contempla o olhar de Maria e canta:
Num
sonho todo feito de incerteza,
de
noturna e indizível ansiedade,
é
que eu vi teu olhar de piedade e,
mais
que piedade, de tristeza...
Maria
conviveu com Jesus na casa de Nazaré e o acompanhou depois na vida pública.
Participou de suas alegrias e tristezas, mas principalmente do seu sofrimento, quando
o viu rejeitado pelos seus, condenado, flagelado e levado à cruz e à morte.
Tudo isso foi como uma espada a lhe traspassar a alma. O célebre hino Stabat
Mater, que descreve a presença de Maria ao pé da cruz, assim recorda as
palavras do justo Simeão:
Na
sua alma agoniada
enterrou-se
a dura espada
de
uma antiga profecia.
Pensemos
nas mães dos dias de hoje que veem seus filhos levados à morte, vítimas das
guerras, da fome e de todo tipo de violência. A “espada” continua a traspassar
o coração de muitas mães. O homem e a mulher foram feitos para ter vida e vida
em abundância e não para morrer, vítimas das “espadas” fabricadas pela maldade
humana.
Oração
Deus
nosso Pai, pelas palavras de Simeão, predissestes uma vida de sofrimento para a
mãe do vosso Filho. Concedei, vos pedimos, que seguindo o exemplo da mesma
Virgem Maria, cujo coração foi traspassado pela espada da dor, saibamos
enfrentar os sofrimentos da vida presente e ser solidários com o sofrimento dos
irmãos. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Invocações
D.
Ave, Maria, cheia de graça...
T. Santa Maria, mãe de
Deus...
D.
Nossa Senhora das Dores.
T. Rogai por nós!
Canto
De
Simeão as vozes no templo escutais,
cruéis
profecias. Bendita sejais!
Bendita
sejais, Senhora das Dores!
Ouvi
nossos rogos, mãe dos pecadores! 115
Segunda
dor - FUGA PARA O EGITO
Evangelho
de São Mateus (2,13-15) - Depois que os
magos se retiraram, o anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse:
«Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te
avise, porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo». José levantou-se, de
noite, com o menino e a mãe, e partiu para o Egito e lá ficou até a morte de
Herodes. Assim se cumpriu o que o Senhor tinha dito pelo profeta: “Do Egito
chamei o meu filho”.
Reflexão
Herodes
dissera aos magos: “Quando encontrardes o menino, avisai-me para que também eu
vá adorá-lo” (Mt 2,8). Mas, conhecendo as más intenções dele, os magos voltaram
para suas terras por outro caminho. Herodes então encheu-se de furor, porque
não podia admitir que houvesse outro rei em Israel. Diante das ameaças de Herodes,
José, avisado pelo anjo de Deus, teve que fugir com a esposa e a criança.
Abandonar
a própria terra e casa, a oficina de carpinteiro, parentes e amigos, e rumar
para uma terra longínqua e desconhecida, percorrendo de Belém ao delta do Nilo
um caminho de mais de 250 quilômetros, foi um ato de coragem e de fé de Maria e
de José. Mas a ordem de Deus a José era clara: “Toma o menino e sua mãe e foge
para o Egito! Fica lá até que eu te avise”. Era preciso salvar o filho a
qualquer custo.
Quantos
são hoje os que vivem em constante exílio e migração, sempre fugindo dos
Herodes atuais, que se chamam perseguição política, racismo, conflitos étnicos,
fome, desemprego, falta de moradia, de assistência medica e de educação, sempre
buscando, no desconhecido, melhores condições de vida. Milhões são os prófugos,
os exilados e os migrantes que vagueiam pelo mundo, longe de sua terra, dos
seus parentes e amigos, erradicados de sua cultura. A história se repete.
É
o desterro forçado da Família de Nazaré que se prolonga na história da
humanidade.
Oração
Deus
nosso Pai, fizestes da Virgem Maria, mãe do vosso Filho, a mulher forte que
conheceu a pobreza e o sofrimento, a fuga e o exílio. Suplicantes, vos pedimos que,
seguindo o exemplo da Virgem das Dores, saibamos lutar para defender a vida e
os direitos fundamentais da pessoa humana contra as injustiças e a perseguição
dos prepotentes. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Invocações
D.
Ave, Maria, cheia de graça...
T. Santa Maria, mãe de
Deus...
D.
Nossa Senhora das Dores
T. Rogai por nós!
Canto
Manda
o céu um anjo dizer que fujais
do
sevo tirano, Bendita sejais!
Bendita
sejais, Senhora das Dores,
ouvi
nossos rogos, mãe dos pecadores!
Terceira
dor - PERDA DE JESUS NO TEMPLO
Evangelho
de Lucas (2, 41-49) - Todos os anos, os
pais de Jesus iam a Jerusalém para a festa da Páscoa. Quando o menino completou
doze anos, eles foram para a festa, como de costume. Terminados os dias da
festa, enquanto eles voltavam, Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais percebessem.
Pensando que se encontrasse na caravana, caminharam um dia inteiro. Começaram
então a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. Mas como não o encontrassem,
voltaram a Jerusalém, procurando-o. Depois de três dias, o encontraram no
templo, sentado entre os mestres, ouvindo-os e fazendo-lhes perguntas.
Reflexão
Aos
doze anos, todo menino judeu era levado ao templo e confiado aos mestres da lei
ou rabis para ser iniciado no conhecimento da Lei do Senhor, ou seja, da Tora
ou Pentateuco, que contém os primeiros cinco livros da Bíblia. No caminho de
volta para Nazaré, seus pais se dão conta que o Menino não está na caravana.
Podemos
imaginar a aflição de Maria e José que o procuram por toda parte, não o
encontram e têm de voltar até Jerusalém. E já tinham feito o caminho de um dia.
È bom saber que Nazaré dista de Jerusalém mais de cem quilômetros. À angústia
une-se o cansaço da viagem.
Além
do mais, Maria e José tinham ainda gravadas na memória as ameaças e a
perseguição de Herodes e a fuga para o Egito.
Em
nossos dias, é viva e dramática a situação de tantas crianças perdidas, que
vagueiam pelas ruas e praças das nossas cidades e metrópoles, fugidas de casa
ou roubadas às suas famílias, matriculadas pelo destino na escola das drogas,
da prostituição e da violência, alvo elas próprias de todo tipo de violência.
São as “crianças de rua” que vemos todos os dias nos noticiários de TV: maltrapilhas,
sujas, dormindo na calçada, pedindo esmola, assaltando os passantes.
Vivendo
em tal situação, o que podem aprender para a vida essas crianças? Como poderão
crescer sadias? Que futuro terão? Quando aparecerá alguém que vá procurá-las e
resgatá-las dessa situação? 120
Oração
Deus
nosso Pai, por três dias, Maria e José procuraram, aflitos, seu filho Jesus. Suplicantes,
vos pedimos que, amparados pela Virgem das Dores, busquemos sempre na
penitência e na conversão o reencontro com o vosso Filho, e sejamos solidários
com tantas crianças, que vagueiam pelas ruas e praças de nossas cidades, vítimas
da injustiça social, da desagregação familiar e da violência. Por Cristo nosso
Senhor. Amém!
Invocações
D.
Ave, Maria, cheia de graça...
T. Santa Maria, mãe de
Deus...
D.
Nossa Senhora das Dores
T. Rogai por nós!
Canto
Voltando
do templo, Jesus não achais.
Que
susto sofrestes! Bendita sejais!
Bendita
sejais, Senhora das Dores,
ouvi
nossos rogos, mãe dos pecadores!
Quarta
dor - ENCONTRO COM JESUS NO CAMINHO DO CALVÁRIO
Evangelho
de Lucas (23,26-28) - Enquanto levavam
Jesus, tomaram um certo Simão de Cirene, que voltava do campo, e mandaram-no
carregar a cruz atrás de Jesus. Seguia-o uma grande multidão do povo, bem como
de mulheres que batiam no peito e choravam por ele. Jesus, porém, voltou-se
para elas e disse: “Mulheres de Jerusalém, não choreis por mim! Chorai por vós mesmas
e por vossos filhos!”
Reflexão
Não
se diz explicitamente se no meio da “grande multidão que o seguia” ou das
“mulheres que batiam no peito” estava também a mãe de Jesus, mas certamente ela
devia estar aí e o acompanhou até a cruz.
É
o encontro doloroso da mãe aflita com o filho condenado à morte. Ao sofrimento
físico de Jesus junta-se o sofrimento daquela que vê o filho, que passara a
vinda pregando e fazendo o bem, ser incompreendido, injustiçado, caluniado,
vilipendiado e condenado à morte de cruz. Jesus e Maria unem-se na dor para
realizar a obra de redenção da humanidade.
Quem
nunca viu, nos dias de hoje, mães perderem seus filhos, vítimas da violência e
da maldade humana?
Referindo-se
a Maria, assim canta o poeta:
«Tu
és, ó mãe, toda mãe que hoje ama;
tu
és, ó mãe, toda a mãe que hoje chora
seu
filho morto, seu filho traído,
mães
aos milhares, mães amortalhadas!
Filhos
que sempre se estão a matar,
filhos
vendidos, traídos, sem número,
filhos
feridos e em cruzes pregados:
ímpia
bandeira de um ímpio poder».
Trata-se
de frei David M. Turoldo, escritor e poeta da Ordem dos Servos de Maria, que
compôs os hinos dos Ofícios Próprios OSM. Estes versos são do hino do Ofício
das Leituras da festa da “Bem-aventurada Virgem Maria ao pé da Cruz”.
Oração
Deus
nosso Pai, no caminho do Calvário, vosso filho Jesus e Maria sua mãe se
encontram. Suplicantes, vos pedimos que, seguindo o exemplo da Virgem das
Dores, saibamos ir ao encontro dos que sofrem, compreendendo, compartilhando e
aliviando suas dores. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Invocações
D.
Ave, Maria, cheia de graça...
T. Santa Maria, mãe de
Deus...
D.
Nossa Senhora das Dores
T. Rogai por nós!
Canto
Que
dor indizível quando o encontrais
com
a cruz às costas. Bendita sejais!
Bendita
sejais, Senhora das Dores,
ouvi
nossos rogos, mãe dos pecadores!
Quinta
dor - MARIA AO PÉ DA CRUZ
Evangelho
de João (19,25-27) - Junto à cruz de
Jesus estavam de pé sua mãe e a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria
Madalena. Jesus, ao ver sua mãe, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse
à mãe: “Mulher, eis o teu filho!” Depois disse ao discípulo: “Eis a tua mãe!” A
partir daquela hora, o discípulo a acolheu junto de si.
Reflexão
É
a cena clássica do Calvário, descrita por João e tão comentada pelos santos
Padres da Igreja, que a iconografia ilustrou com as mais variadas formas e
estilos e que o poeta canta dizendo: «Sim, no Calvário, ó Mãe, tu choraste, ao
pé da cruz, traspassada de dor: como pudeste sofrer tanto assim, sem sucumbir,
nem fugir, nem gritar?».
Eram
poucos ao pé da Cruz. Dos doze discípulos, apenas um. De todos os que haviam
sido beneficiados pelos milagres e curas de Jesus, ninguém. Mas lá estava Maria,
a mãe, de pé, e outras mulheres.
Colocar-se
com Maria aos pés das infinitas cruzes que afligem os homens e as mulheres do
nosso tempo é missão prioritária do cristão. “Tive fome e me destes de comer; tive
sede e me destes de beber; fui peregrino e me acolhestes; estive nu e me
vestistes, enfermo e me visitastes, preso e viestes ver-me...” (Mt 25,35-36)
Basta
olhar ao nosso redor, abrir um jornal ou ver um noticiário de TV para
constatarmos quantas são as cruzes que afligem a humanidade de hoje. “Toda
criação espera ser libertada da escravidão”, exclama São Paulo (Rm 8,21). Que
fazer? É nosso dever de cristãos e de Servos de Maria colocar-nos aos pés
dessas infinitas cruzes, onde o Filho do Homem continua sendo crucificado nos
irmãos e irmãs, para levar-lhes conforto e esperança de libertação.
Maria,
a mãe da misericórdia e da compaixão, nos dá o exemplo. Seja ela a nossa
imagem-guia.
Oração
Deus
nosso Pai, ao pé da cruz unistes a Virgem Maria aos sofrimentos do vosso Filho,
fazendo-a co-redentora da humanidade. Suplicantes, vos pedimos que, seguindo o
exemplo da Virgem das Dores, saibamos colocar-nos aos pés das infinitas cruzes
dos nossos irmãos e irmãs, para levar-lhes conforto e esperança de libertação. Por
Cristo nosso Senhor. Amém!
Invocações
D.
Ave Maria, cheia de graça...
T. Santa Maria, Mãe de
Deus...
D.
Nossa Senhora das Dores,
T. Rogai por nós!
Canto
A
dor ainda cresce quando contemplais
Jesus
expirando. Bendita sejais!
Bendita
sejais, Senhora das Dores,
ouvi
nossos rogos, mãe dos pecadores!
Sexta
dor - MARIA RECEBE NOS BRAÇOS O CORPO DE JESUS
Evangelho
de Marcos (15,43-46a) - José de
Arimatéia, membro respeitável do Sinédrio, que também esperava o reino de Deus,
cheio de coragem foi a Pilatos pedir o corpo de Jesus. Pilatos ficou admirado quando
soube que Jesus estava morto. Chamou o centurião e perguntou se tinha morrido
havia muito tempo. Informado pelo centurião, Pilatos entregou o corpo a José. Ele
comprou um lençol de linho, desceu Jesus da cruz e envolveu-o no lençol.
Reflexão
Aí
está a “Pietà” (a Piedade), obra-prima de Michelangelo, venerada na basílica de
São Pedro, no Vaticano, e reproduzida em milhares de cópias espalhadas pelo
mundo inteiro. Maria, sentada, aconchega ao colo seu filho morto. A perfeição
dos traços das imagens marmóreas de Jesus e de Maria e a dor reproduzida com
solenidade e perfeição no rosto da mãe, suscitam piedade e compaixão.
Diante
desse quadro, canta o poeta: «Pouco mais tarde da cruz o tiraram e o depuseram,
ó Mãe, em teu colo; não parecias gerá-lo de novo e, qual criança de peito,
aleitá-lo?
Eras
o colo de todas as mães: vendo-te assim, quem não há de chorar?
Era
uma cena jamais antes vista: és a Piedade que abraça os que sofrem!»
Abraçar
a dor do irmão, abraçar a causa dos pobres, dos excluídos, dos doentes, dos
angustiados e deprimidos, não é para os fracos. É para os fortes. Para aqueles
que, como Maria, sabem permanecer de pé junto à cruz e não se abalam diante do
sofrimento, nem desanimam. Para aqueles que alicerçam sua vida em Deus e na sua
Palavra. Para aqueles que, diante da morte, acreditam na ressurreição, e por
isso lutam para renovar o mundo e se empenham com obras de caridade e de
misericórdia, a exemplo do bom samaritano.
Sim,
porque não existe fé sem obras. “Mostra-me tua fé sem as obras que eu por
minhas obras te mostrarei a fé“, diz São Tiago.
Oração
Deus,
nosso Pai, estando “tudo consumado”, o corpo do vosso filho foi descido da cruz
e entregue nos braços de Maria, sua mãe. Suplicantes, vos pedimos que, seguindo
o exemplo da Virgem das Dores, tenhamos os braços sempre abertos para acolher
os excluídos da sociedade, escutar seus clamores e solidarizar-nos com eles na
luta pela vida. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Invocações
D.
Ave, Maria, cheia de graça...
T. Santa Maria, Mãe de
Deus...
D.
Nossa Senhora das Dores
T. Rogai por nós!
Canto
No
vosso regaço seu corpo abrigais,
com
ele abraçada, bendita sejais!
Bendita
sejais, Senhora das Dores,
ouvi
nossos rogos, mãe dos pecadores.
Sétima
dor - SEPULTAMENTO DE JESUS
Evangelho
de João (19,40-42) - Eles pegaram então
o corpo de Jesus e o envolveram, com perfumes, em faixas de linho, do modo como
os judeus costumam sepultar. No lugar onde Jesus foi crucificado, havia um
jardim e, no jardim, um túmulo novo, onde ninguém tinha sido ainda sepultado.
Por ser dia de preparação para os judeus, e como o túmulo estava perto, foi lá
que eles colocaram Jesus.
Reflexão
Foi
um enterro de pobre, feito às pressas no final da tarde, porque era, para os
Judeus, o dia de preparação do sábado, e acompanhado por poucos, como canta o
poeta: «Para o sepulcro o carregam amigos, não mais que sete, segundo João: este
é o enterro mais pobre do mundo, ouve-se apenas a pedra a rolar...».
Tudo
parece ter chegado ao fim. A Mãe, João e os poucos amigos e amigas, depois que
o túmulo foi fechado com uma pedra, voltam para casa. A desolação é total. A dor
da mãe atingira seu nível mais profundo. Sem marido e sem filho. Estava só! Era
a Senhora da Soledade.
Mas
Ela não perde a esperança: seu Filho ressuscitará, como ele mesmo disse. Ela o
deposita no sepulcro, sim, mas espera sua ressurreição. Ademais, Ela toma
consciência do alcance das palavras de Jesus: «Eis aí o teu filho!» E assume a
sua função de mãe de todos os homens e mulheres. No Natal, tornara-se mãe de
Jesus.
Agora,
no Calvário, Mãe de todos os seres humanos. E, mais tarde, em Pentecostes, mãe
da Igreja. Maria alcança a plenitude da maternidade.
Esta a fé que deve acompanhar-nos quando
sepultamos uma pessoa querida: o corpo é posto debaixo da terra, mas sua “vida”
continua. Uma vez gerados no ventre materno, nossa “vida” dura para sempre:
alguns anos, envolvida no corpo humano, depois, revestida de um “corpo
incorruptível”. Como será isso? Deus sabe e isso nos basta.
Oração
Deus,
nosso Pai, a Virgem Maria com alguns irmãos e irmãs acompanhou o seu filho à
sepultura. Suplicantes, vos pedimos que, seguindo o exemplo da Virgem das
Dores, caminhemos ao lado a lado dos que sofrem, para criarmos com eles uma
aliança de amor, que os faça passar da morte para a ressurreição. Por Cristo
nosso Senhor.
Amém!
Invocações
D.
Ave, Maria, cheia de graça...
T. Santa Maria, mãe de
Deus...
D.
Nossa Senhora das Dores
T. Rogai por nós!
Canto
Sem
filho, e tal filho! Então suportais
cruel
soledade. Bendita sejais!
Bendita
sejais, Senhora das Dores,
ouvi
nossos rogos, mãe dos pecadores.
CONCLUSÂO
Oração
Ó
Deus, quisestes que a vida da Virgem Maria fosse marcada pelo mistério da dor.
Humildemente vos pedimos: concedei-nos
trilhar a seu lado o caminho da fé e unir nossos sofrimentos à paixão de
Cristo, para que se tornem momentos de graça e instrumentos de salvação. Por
Cristo nosso Senhor.
T. Amém!
Bênção
D.
O Senhor esteja convosco
T. Ele está no meio de
nós!
D.
Por intercessão da Virgem das Dores, abençoe-vos o Deus todo-poderoso, Pai,
Filho e Espírito Santo.
T. Amém
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