ORAÇÃO
PREPARATÓRIA
Senhor
Jesus Cristo, unindo-me à divina intenção com que na terra pelo vosso Coração
Sacratíssimo rendestes louvores a Deus e ainda agora os rendeis de contínuo e
em todo o mundo no Santíssimo Sacramento da Eucaristia até a consumação dos
séculos, eu vos ofereço por este dia inteiro, sem exceção de um instante, à
imitação do Sagrado Coração da Bem aventurada Maria sempre Virgem Imaculada,
todas as minhas intenções e pensamentos, todos os meus afetos e desejos, todas
as minhas obras e palavras. Amém.
Textos: 1 Re 17, 17-24; Gl 1, 11-19; Lc 7,
11-17
Evangelho
(Lc 7,11-17): Naquele tempo, Jesus foi a
uma cidade chamada Naim. Os seus discípulos e uma grande multidão iam com ele.
Quando chegou à porta da cidade, coincidiu que levavam um morto para enterrar,
um filho único, cuja mãe era viúva. Uma grande multidão da cidade a
acompanhava. Ao vê-la, o Senhor encheu-se de compaixão por ela e disse: «Não
chores!». Aproximando-se, tocou no caixão, e os que o carregavam pararam. Ele
ordenou: «Jovem, eu te digo, levanta-te!». O que estava morto sentou-se e
começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe. Todos ficaram tomados de temor e
glorificavam a Deus dizendo: «Um grande profeta surgiu entre nós», e: «Deus
veio visitar o seu povo». Esta notícia se espalhou por toda a Judeia e pela
redondeza inteira.
«Não chores!»
Rev. D. Antoni CAROL i Hostench (Sant Cugat del Vallès,
Barcelona, Espanha)
Hoje
também gostaríamos enxugar todas as lágrimas deste mundo: «Não chores» (Lc
7,13). Os meios de comunicação nos mostram - hoje mais que nunca — as dores da
humanidade. São tantas! Se pudéssemos, a tantos homens e mulheres lhes diríamos
«levanta-te» (Lc 7,14). Mas…, não podemos, não podemos Senhor! Sai-nos da alma
dizer: - Olha, Jesus, que nos vemos desbordados pela dor. Ajuda-nos!
Diante
desta sensação de impotência, procuremos reagir com sentido sobrenatural e com
sentido comum. Sentido sobrenatural, em primeiro lugar, para pormos
imediatamente nas mãos de Deus: não estamos sós, «Deus visitou seu povo» (Lc
7,16). A impotência é nossa, não Dele. A pior de todas as tragédias é a moderna
pretensão de edificar um mundo sem Deus e, inclusive, às costas de Deus. Logo,
é possível edificar “algo” sem Deus, mas a historia nos tem mostrado
sobradamente que este “algo” é frequentemente inumano. Aprendamos de una vez
por todas: «Sem mim não poderás fazer nada» (Jo 15,5).
Em
segundo lugar, sentido comum: a dor não podemos eliminá-la. Todas as
“revoluções” que nos têm prometido o paraíso nesta vida, acabou semeando a
morte. E mesmo o hipotético caso (um impossível!) de que algum dia se poderá
eliminar toda a dor, não deixaríamos de sermos mortais... (por certo, uma dor
que só Cristo-Deus tem dado resposta real).
O
espírito cristão é “realista” (não esconde a dor), e ao mesmo tempo “otimista”:
podemos “gerenciar” a dor. Más, ainda: a dor é uma oportunidade para manifestar
amor e para crescer no amor. Jesus Cristo – o “Deus abrangente” percorreu este
caminho. Em palavras do Papa Francisco, “comover-se com (“mover-se com”),
compadecer (“padecer”com”) do que está caído, são atitudes de quem sabe
reconhecer no outro sua própria imagem [de fragilidade]. As feridas que cura no
irmão são unguento para as próprias. A compaixão de converte em comunhão, em
ponte estreita sobre os laços”.
Dois cortejos
deambulam pelo nosso mundo
Pe. Antonio Rivero, L.C.
Dois
cortejos deambulam pelo nosso mundo: o cortejo ou comitiva da morte,
representado por esses filhos mortos da liturgia deste domingo (1ª leitura e
evangelho), e o cortejo ou comitiva da vida, representado por Cristo, que é a
vida e que tem o poder sobre a morte. A qual caravana queremos nos juntar?
As
leituras de hoje nos colocam de frente com um tema trágico, o da morte. Na
primeira leitura, do livro dos Reis, escutamos como o profeta Elias
ressuscitou, ou melhor, fez reviver, com o poder de Deus o filho da viúva de
Sarepta. O evangelho nos apresenta outra viúva, nascida em Naim, cujo filho era
conduzido ao cemitério para ser enterrado. Cristo, cheio de compaixão e
ternura, aproxima-se dessa pobre mulher e lhe diz: “Não chores”; depois, detém
o cortejo e ordena com a força do seu amor e poder: “Jovem, levanta-te!”.
Comitiva da morte e comitiva da vida frente a frente. Quem ganhará?
Em
primeiro lugar, aí está o cortejo e a caravana ou comitiva da morte,
representados nesses filhos mortos e nos que os acompanham. Mas também em
muitíssimos que estão em tantas esquinas, praças, bairros, favelas, vilas
miseráveis. Basta abrir os olhos e dar uns passos para ver esta comitiva da
morte e tristeza: tantos desempregados em cujos olhos se refletem a angústia e
a desesperança; tantos drogados, que buscaram paraísos psicodélicos e evasivos,
e agora se encontram numa rua sem saída devido ao lucro de alguns; tantos
analfabetos e marginalizados, que estão discriminados para tantas coisas belas
da vida; tantos sem teto que não têm lar, porque as casas e apartamentos estão
nas nuvens; tantos terroristas que semeiam a morte por onde for; tantos doentes
ou anciões jogados em casas ou hospitais, e ninguém os visita, pois já não são
úteis para a sociedade; tantas mulheres que gritam sobre o direito do seu corpo
ou que o oferecem aos que passam pelas calçadas dessas áreas vermelhas; tantos
pobres que nada têm para levar à boca e estão no chão deixando-se lamber pelos
cachorros ou comidos pelos vermes. Que imensa e longa comitiva da morte! E aí
vão, lamentando-se, chorando, maldizendo e talvez blasfemando. Terão a graça de
se encontrar com a comitiva da vida, encabeçada por Cristo e pelos seus
autênticos seguidores?
Em
segundo lugar, aí está também o cortejo e caravana ou comitiva da vida. Também
encontramos esta comitiva por todas partes, graças a Deus. Quantos “Lares de
Cristo”, fundados no Chile por São Alberto Hurtado! Quantos Lares das
Irmãzinhas dos Anciãos desamparados, fundados pela Santa Teresa de Jesus Jornet
e Ibars! E não digamos já as Servas de Maria, ministras dos enfermos, que
cuidam a domicilio de tantos enfermos e cuja congregação foi fundada por Santa
Soledad Torres Acosta. E Cotolengos, Orfanatos, Oratórios, Vicentinos.
Sacerdotes dedicados à promoção humana e cristã de tantos pobres, construindo
centros, casas, e até do que era uma estrumeira, construir uma cidade inteira,
com a ajuda dos habitantes, como acontece em Madagascar, com trabalho, teto e
pão para todos. Mas também são comitiva da vida esses monges e freiras de
clausura que passam o dia inteiro orando, trabalhando nas suas hortas e tecendo
ornamentos sagrados para a glória de Deus. Ou esses leigos que deixam a sua
pátria e vão com toda a sua família para missionar em terras estrangeiras e
necessitadas de evangelizadores a tempo completo, como fazem os Neocatecumenais
ou o movimento Regnum Christi. Comitiva da vida em tantos colégios dos
salesianos ou escolápios, onde ademais das letras injetam piedade e dignidade
humana e cristã, ensinando-lhes artes e ofícios. Esta comitiva da vida teve a
graça de se encontrar com Cristo que é a Vida, abriram o seu coração e os seus
lares, e em muitos casos houve uma autêntica ressurreição da fé, esperança,
amor, alegria, entusiasmo e sentido na vida. Bendita comitiva da vida!
Finalmente,
a qual comitiva queremos nos juntar: à da vida ou à da morte? Em qual estamos
neste momento? Se nos invadem a tristeza e os remorsos por tantos pecados não
confessados, o que estamos esperando para passar à comitiva da vida, onde
Cristo está nos esperando para nos perdoar na confissão? Se estivermos
carcomidos pelo ódio, pela inveja, pelos ressentimentos, pelas mentiras, pelos
maus desejos… estamos na comitiva da morte. Se, ao contrário, repartirmos paz,
perdão, magnanimidade, estamos na comitiva da vida. Se ajudarmos os nossos
irmãos mais pobres e necessitados, estamos ressuscitando-os na sua dignidade e
na sua esperança, repartindo por onde formos bilhetes para a comitiva da vida.
Se fecharmos o bolso para garantir a nossa velhice, sem compartilhar o pouco ou
o muito que possuímos, levamos em frente um título: “Comitiva da morte”. E
assim, quem se aproximará de nós? Sim, diante das desgraças que Deus permite na
nossa vida, gritamos aos profetas, como fez a mulher da primeira leitura a
Elias, certamente vamos seguindo a comitiva da morte. Menos mal que Elias,
confiado em Deus, devolveu a vida a esse filho morto, e a alegria a essa pobre
viúva que estava de luto. Elias, homem de Deus. E todos nessa casa se colocaram
na comitiva da vida.
Para
refletir: Em que
comitiva me encontro hoje: na comitiva da vida ou na comitiva da morte? O que
estou esperando para passar à comitiva da vida? Mudaria por alguma coisa está
comitiva da vida, onde está Cristo e os valores do evangelho? O que me atrai da
comitiva da morte?
Para
rezar: Senhor,
quero vos pedir que cruzeis todos os dias pela minha vida e que me digais a
mesma coisa que a esse jovem: “Jovem, levanta-te”. Quero escutar dos vossos
lábios as mesmas palavras que dissestes a essa pobre viúva: “Não chores”. Que
os que estão do meu lado, vejam-me feliz e radiante porque me encontro na
comitiva da vida e possa convidá-los com o meu testemunho e a minha palavra a
juntarem-se a Vós, que sois a Vida.
Qualquer sugestão ou dúvida podem se comunicar com o padre
Antonio neste e-mail: arivero@legionaries.org
LADAINHA
DO SAGRADO CORAÇÃO
Senhor,
tende piedade de nós.
Jesus
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor,
tende piedade de nós.
Jesus
Cristo, ouvi-nos.
Jesus
Cristo, atendei-nos.
Deus
Pai dos Céu, tende piedade de nós.
Deus
Filho, Redentor do mundo, tende piedade
de nós.
Deus
Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima
Trindade, que sois um só Deus, tende
piedade de nós.
Coração
de Jesus, Filho do Pai Eterno, tende piedade de nós.
Coração
de Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe,
Coração
de Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus,
Coração
de Jesus, de majestade infinita,
Coração
de Jesus, templo santo de Deus,
Coração
de Jesus, tabernáculo do Altíssimo,
Coração
de Jesus, casa de Deus e porta do céu,
Coração
de Jesus, fornalha ardente de caridade,
Coração
de Jesus, receptáculo de justiça e amor,
Coração
de Jesus, abismo de todas as virtudes,
Coração
de Jesus, digníssimo de todo o louvor,
Coração
de Jesus, rei e centro de todos os corações,
Coração
de Jesus, no qual estão todos os tesouros da sabedoria e ciência,
Coração
de Jesus, no qual habita toda a plenitude da divindade,
Coração
de Jesus, no qual o Pai celeste põe as suas complacências,
Coração
de Jesus, de cuja plenitude nós todos participamos,
Coração
de Jesus, desejo das colinas eternas,
Coração
de Jesus, paciente e misericordioso,
Coração
de Jesus, rico para todos os que vos invocam,
Coração
de Jesus, fonte de vida e santidade,
Coração
de Jesus, propiciação para os nossos pecados,
Coração
de Jesus, saturado de sofrimentos,
Coração
de Jesus, atribulado por causa de nossos crimes,
Coração
de Jesus, feito obediente até a morte,
Coração
de Jesus, atravessado pela lança,
Coração
de Jesus, fonte de toda a consolação,
Coração
de Jesus, nossa vida e ressurreição,
Coração
de Jesus, nossa paz e reconciliação,
Coração
de Jesus, vítima dos pecadores,
Coração
de Jesus, salvação dos que em vós esperam,
Coração
de Jesus, esperança dos que em vós expiram,
Coração
de Jesus, delícia de todos os Santos,
Cordeiro
de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos,
Senhor.
Cordeiro
de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos
Senhor.
Cordeiro
de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende
piedade de nós.
V.
— Jesus, manso e humilde de coração,
R. — Fazei o nosso
coração semelhante ao vosso.
ORAÇÃO
Onipotente
e eterno Deus, olhai para o Coração de vosso diletíssimo Filho e para os
louvores e satisfações que ele vos tributa em nome dos pecadores, e àqueles que
invocam vossa misericórdia, concedei benigno o perdão, em nome do mesmo Jesus
Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina juntamente com o Espírito Santo
por todos os séculos dos séculos. Amém.
CONSAGRAÇÃO
AO CORAÇÃO DE JESUS (composta por Sta Margarida Maria)
Eu...(nome),
dou e consagro ao Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo a minha pessoa e
minha vida, minhas ações, penas e dores, não querendo servir-me de parte alguma
de meu ser, senão para honrá-lo, amar e glorificar É esta a minha vontade
irrevogável - pertencer-lhe e fazer tudo por seu amor, renunciando
completamente ao que não for do seu agrado. Eu vos tomo, pois, ó Sagrado
Coração, por único objeto de meu amor, protetor de minha vida, segurança da
minha salvação, remédio da minha fragilidade e inconstância, reparador de todos
os meus defeitos e asilo seguro na hora da morte. Sede, ó Coração de bondade,
minha justificação para com Deus, vosso Pai, e afastai de mim os castigos de
sua cólera. Ó Coração de amor, ponho em vós toda a minha confiança, pois tudo
receio de minha fraqueza e malícia, mas tudo espero da vossa bondade. Destruí
em mim tudo o que vos possa desagradar ou resistir. Que o vosso puro amor se
grave tão profundamente no meu coração, que eu não possa jamais me esquecer,
nem me separar de Vós. Suplico-vos, também, por vossa suma bondade, que o meu
nome seja escrito em vós, pois quero fazer consistir toda a minha felicidade e
minha glória em viver e morrer convosco, na qualidade de vossa (o) escrava (o).
Assim seja.
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