ORAÇÃO
PREPARATÓRIA
Senhor
Jesus Cristo, unindo-me à divina intenção com que na terra pelo vosso Coração
Sacratíssimo rendestes louvores a Deus e ainda agora os rendeis de contínuo e
em todo o mundo no Santíssimo Sacramento da Eucaristia até a consumação dos
séculos, eu vos ofereço por este dia inteiro, sem exceção de um instante, à
imitação do Sagrado Coração da Bem aventurada Maria sempre Virgem Imaculada,
todas as minhas intenções e pensamentos, todos os meus afetos e desejos, todas
as minhas obras e palavras. Amém.
Textos:
2 Sam 12, 7-10.13; Gal 2, 16.19-21; Lc 7, 36-8,3
Evangelho
(Mt 7,36-8,3): Um fariseu convidou Jesus para jantar. Ele entrou na casa do
fariseu e sentou-se à mesa. Uma mulher, pecadora da cidade, soube que Jesus
estava à mesa na casa do fariseu e trouxe um frasco de alabastro, cheio de
perfume. Ela postou-se atrás, aos pés de Jesus e, chorando, lavou-os com suas
lágrimas. Em seguida, enxugou-os com os seus cabelos, beijou-os e os ungiu com
o perfume. Ao
ver isso, o fariseu que o tinha convidado comentou: «Se este homem fosse
profeta, saberia quem é a mulher que está tocando nele: é uma pecadora!». Então
Jesus falou: «Simão, tenho uma coisa para te dizer». Ele respondeu: «Fala,
Mestre». «Certo credor», retomou Jesus, «tinha dois devedores. Um lhe devia
quinhentas moedas de prata, e o outro cinqüenta. Como não tivessem com que
pagar, perdoou a ambos. Qual deles o amará mais?». Simão respondeu: «Aquele ao
qual perdoou mais». Jesus lhe disse: «Julgaste corretamente». Voltando-se para
a mulher, disse a Simão: «Estás vendo esta mulher? Quando entrei na tua casa,
não me ofereceste água para lavar os pés; ela, porém, lavou meus pés com
lágrimas e os enxugou com seus cabelos. Não me beijaste; ela, porém, desde que
cheguei, não parou de beijar meus pés. Não derramaste óleo na minha cabeça;
ela, porém, ungiu meus pés com perfume. Por isso te digo: os muitos pecados que
ela cometeu estão perdoados, pois ela mostrou muito amor. Aquele, porém, a quem
menos se perdoa, ama menos». Em
seguida, disse à mulher: «Teus pecados estão perdoados». Os convidados
começaram a comentar entre si: «Quem é este que até perdoa pecados?». Jesus,
por sua vez, disse à mulher: «Tua fé te salvou. Vai em paz!». Depois
disso, Jesus percorria cidades e povoados proclamando e anunciando a Boa Nova
do Reino de Deus. Os Doze iam com ele, e também algumas mulheres que tinham
sido curadas de espíritos maus e de doenças: Maria, chamada Madalena, de quem
saíram sete demônios; Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes;
Susana, e muitas outras mulheres, que os ajudavam com seus bens.
«Não me ofereceste
água para lavar os pés (...), não me beijaste (…), não derramaste óleo na minha
cabeça»
Fr. Eusebio MARTÍNEZ (Brownsville, Texas, Estados Unidos)
Bto Hilário Januszewski Presbítero e Mártir de nossa Ordem |
Hoje
constatamos, no Evangelho, que ninguém que encontrava Jesus podia fazê-lo com
indiferença. Por que um rabino o convidou para jantar e depois o tratou com
descortesia, negligenciando os costumeiros sinais de respeito e honra?
Lucas
delineia o contraste entre o fariseu arrogante e hipócrita, que observa todas
as regras e, no entanto, não tem a sensibilidade para receber um hóspede com as
atitudes e gentilezas mais básicas, e a mulher - que tendo reputação de
pecadora pública— recebe Jesus com um serviço generoso (cf. Lc 7,45-46). Sem
dúvida ela entende a importância de servir com amor tanto quanto o fariseu
carece dessa sensibilidade. Os fariseus evitavam a companhia dos “pecadores
públicos”, e assim fazendo negligenciavam dar-lhes a ajuda que precisavam para
encontrar cura e integridade.
Como
humanos, é tão difícil ser pessoas que verdadeiramente amam e perdoam, e somos
tentados a cuidar das aparências e adquirir uma reputação de vida virtuosa ao
mesmo tempo em que continuamos a alimentar nossa tendência a julgar e não
perdoar. Em muitas das estórias do Evangelho ouvimos sobre a atitude do fariseu
e do publicano. Se imaginarmos como seriam os fariseus de hoje se eles vivessem
presentemente em nossa sociedade, descobriríamos, por exemplo, que eles
certamente assistiriam Missa e seguiriam todas as rubricas, mas, no caminho de
casa, não hesitariam em fazer avaliações críticas e negativas sobre os outros.
De fato, é louvável frequentar a Missa e observar todas as regras de uma
conduta cristã, mas essa observância cautelosa não terá nenhum valor se não for
acompanhada de um espírito genuíno de amor e perdão.
Segundo
Bento XVI, «O novo culto cristão engloba todos os aspectos da existência,
transfigurando-a (…). Uma vez que abraça a realidade humana do crente em seu
concretismo quotidiano, a Eucaristia torna possível dia após dia a progressiva
transfiguração do homem, por graça chamado a ser conforme à imagem do Filho de
Deus».
Três formas de olhar o
pecador: condena, indiferença e perdão.
Pe.
Antonio Rivero, L.C
Bto Afonso Maria Mazurek Presbítero e Mártir de nossa Ordem |
Continuamos
no ano da misericórdia. Toda a liturgia de hoje está impregnada dessa infinita
misericórdia de Deus. Deus perdoa os pecados do rei Davi, porque se arrependeu
quando o profeta Natã colocou diante dos seus olhos os pecados horrendos do rei
(1ª leitura). São Paulo também experimentou essa misericórdia gratuita de Deus,
em Cristo, que o amou e se entregou por ele, a quem Paulo aceitou pela fé (2ª
leitura). A mulher adúltera do evangelho, já arrependida, oferece uma liturgia
penitencial cheia de amor a Cristo na casa do fariseu com esses gestos: com as
suas lágrimas banhou os pés de Jesus, enxugou-os com os seus cabelos, beijou-os
e os ungiu com um perfume precioso. Grande é a misericórdia de Deus ao perdoar
os nossos pecados, e não nos condenar nem ser indiferente diante de nós.
Em
primeiro lugar, contemplemos a primeira forma de ver o pecador: condena. Eis
esse fariseu que convidou Jesus para comer. Nenhum detalhe com Jesus: nem lhe
ofereceu água para se lavar; nem lhe deu o ósculo da paz. Só tinha olhos e
coração para condenar, não só essa mulher pecadora que tocava Jesus, mas o
mesmo Jesus que permitia esse escândalo de deixar-se tocar por uma pecadora.
Cego de olhos e de coração, este fariseu não vê nada do que tem de belo nessa
atitude da mulher! Aliás, julga e critica. Julga a mulher, sem se interessar da
mudança de atitude que manifesta o seu comportamento. Crucificou a mulher na
categoria dos pecadores e não admite que possa sair dela. Julga também Cristo,
quem convidou por curiosidade e não por amor e desejo de escutá-lo, ao ver o
entusiasmo que provocava em tantas pessoas. Que dó desse fariseu! Esteve tão
perto de Jesus e não permitiu ser tocado pela sua misericórdia. Nem sequer
Jesus o condena: simplesmente fá-lo refletir na sua postura para se corrigir e
se converter. E o faz com essa parábola que desencadeia umas consequências: a
generosidade desta mulher pecadora arrependida se contrapõe à mesquinhez e à
frieza do fariseu que faltou à mais elementar cortesia com esse hóspede.
Em
segundo lugar, contemplemos a segunda forma de ver o pecador: indiferença. Eis
os outros comensais convidados pelo fariseu para comer. Nada dizem. Nada lhes
interessa. Estão aí, comendo e aproveitando a tertúlia. Cada um seguramente
diria: o que eu tenho que ver com isso? O Papa Francisco está falando
frequentemente da cultura e da globalização da indiferença. Em Lampedusa, na
pequena ilha do sul da Sicília e celebre pelo desembarque contínuo de
imigrantes, o Papa exclamou assim: “Quem de nós chorou a morte destes irmãos e
irmãs, de todos aqueles que viajavam sobre as barcas, pelas jovens mães que
levavam os seus filhos, por estes homens que buscavam qualquer coisa para
manter as suas famílias? Somos uma sociedade que esqueceu a experiência do
pranto… O almejo pelo insignificante, pelo provisório, leva-nos à indiferença
com relação aos demais, leva-nos à globalização da indiferença”. Foi a sua
primeira viagem oficial. Continuava o Papa: “Quem é o responsável pelo sangue
destes irmãos? Ninguém. Todos respondemos: não fui eu, eu não tenho nada que
ver, serão outros, mas eu não. Hoje ninguém se sente responsável, perdemos o
sentido da responsabilidade fraterna, caímos no comportamento hipócrita (…).
Olhamos para o irmão meio morto à margem do caminho e talvez pensamos:
coitadinho, e continuamos o nosso caminho, que é assunto nosso, e assim nos
sentimos tranquilos. A cultura do bem-estar, que nos leva a pensar só em nós
mesmos, converte-nos em insensíveis ao grito dos outros, faz-nos viver em
bolhas de sabão, que são bonitas, mas são inúteis, não são nada…”. Diante do
pecador, esta globalização da indiferença se faz mais culpável e nos converte
em cúmplice dos pecados dos nossos irmãos: “Por acaso sou guardião do meu
irmão?” – exclamou Caim a Deus quando lhe pediu contas do sangue do seu irmão
Abel. Sim, somos guardiões e temos que ajudar os nossos irmãos a sair do pecado
e aproximá-los do Salvador.
Finalmente,
contemplemos a última forma de ver o pecador: o perdão. Eis Jesus. Enquanto
Jesus vir arrependimento, as suas entranhas se comovem. De entrada digamos que
a misericórdia de Deus, encarnada em Cristo, escandalizou os juristas e
fariseus do seu tempo. Dizia o pregador dos exercícios espirituais deste ano
2016 ao Papa e à cúria romana que os fariseus de todas as épocas colocam o
pecado “no centro da relação com Deus”, porém “a Bíblia não é um ídolo ou um
totem”; exige “inteligência e coração”. Os poderes que não duvidam em usar uma
vida humana e a religião “colocam Deus contra o homem”. E esta é “a tragédia do
integrismo religioso”. “O Senhor não suporta os hipócritas, os que levam
máscaras, os que têm coração duplo, os comediantes da fé e não suporta os acusadores
e os juízes”. O gênio do cristianismo esta, pelo contrário, no abraço entre
Deus o homem. “Já não se opõem”, “matéria e espírito se abraçam”. A doença que
Jesus mais teme e combate é “o coração de pedra” dos hipócritas: “violar um
corpo, culpável ou inocente, com as pedras ou com o poder, é a negação de Deus
que vive nessa pessoa”. Que liturgia penitencial tão linda realizou essa mulher
pecadora com Jesus na casa do “justo” fariseu: lavou os pés de Jesus com as
suas lágrimas de arrependimento, enxugou-os com os seus cabelos de bondade,
beijou-os com os seus lábios de ternura e os ungiu com o perfume do seu amor! O
que outrora lhe serviu para pecar, agora, arrependida, deixa aos pés de Jesus.
Mulher nova, redimida, perdoada, levantada, purificada. Sentiu-se não só
perdoada, mas honrada com os elogios de Jesus devido aos seus gestos.
Para
refletir: Qual
destas três posturas eu tenho diante do pecador: condena, indiferença ou
perdão? Rezo pelos pecadores? Reconheço-me pecador e me abro à misericórdia de
Deus na confissão? Pensemos nesta resposta que o Papa Francisco deu numa
entrevista que lhe fizeram na casa Santa Marta em dezembro de 2014:
A
renovação da Igreja a qual o senhor chama desde que foi eleito aponta também a
buscar estas ovelhas perdidas e a frear essa sangria de fiéis?
Não
gosto de usar essa imagem da “sangria” porque é uma imagem muito ligada ao
proselitismo. Não gosto de usar termos ligados ao proselitismo porque não é a
verdade. Gosto de usar a imagem de hospital de campo: tem gente muito ferida
que está esperando irmos para curar as feridas, feridas por mil motivos. E
temos que sair para curar as feridas. Tem gente ferida por desatenção, por
abandono da Igreja mesma, gente que está sofrendo horrores…
Para
rezar: Salmo 50
(51)
Tende
piedade de mim, ó Deus, pela vossa bondade,
Por
vosso grande coração, apaga a minha culpa.
Que
a minha alma fique limpa de malícia,
Purificai-me
do meu pecado.
Pois
a minha falta eu a conheço bem
E
meu pecado está sempre diante de Vós;
Contra
Vós, só contra Vós que eu pequei,
Pratiquei
o que é mal aos vossos olhos.
Qualquer sugestão ou dúvida podem se comunicar com o padre
Antonio neste e-mail:
arivero@legionaries.org
LADAINHA
DO SAGRADO CORAÇÃO
Senhor,
tende piedade de nós.
Jesus
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor,
tende piedade de nós.
Jesus
Cristo, ouvi-nos.
Jesus
Cristo, atendei-nos.
Deus
Pai dos Céu, tende piedade de nós.
Deus
Filho, Redentor do mundo, tende piedade
de nós.
Deus
Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima
Trindade, que sois um só Deus, tende
piedade de nós.
Coração
de Jesus, Filho do Pai Eterno, tende piedade de nós.
Coração
de Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe,
Coração
de Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus,
Coração
de Jesus, de majestade infinita,
Coração
de Jesus, templo santo de Deus,
Coração
de Jesus, tabernáculo do Altíssimo,
Coração
de Jesus, casa de Deus e porta do céu,
Coração
de Jesus, fornalha ardente de caridade,
Coração
de Jesus, receptáculo de justiça e amor,
Coração
de Jesus, abismo de todas as virtudes,
Coração
de Jesus, digníssimo de todo o louvor,
Coração
de Jesus, rei e centro de todos os corações,
Coração
de Jesus, no qual estão todos os tesouros da sabedoria e ciência,
Coração
de Jesus, no qual habita toda a plenitude da divindade,
Coração
de Jesus, no qual o Pai celeste põe as suas complacências,
Coração
de Jesus, de cuja plenitude nós todos participamos,
Coração
de Jesus, desejo das colinas eternas,
Coração
de Jesus, paciente e misericordioso,
Coração
de Jesus, rico para todos os que vos invocam,
Coração
de Jesus, fonte de vida e santidade,
Coração
de Jesus, propiciação para os nossos pecados,
Coração
de Jesus, saturado de sofrimentos,
Coração
de Jesus, atribulado por causa de nossos crimes,
Coração
de Jesus, feito obediente até a morte,
Coração
de Jesus, atravessado pela lança,
Coração
de Jesus, fonte de toda a consolação,
Coração
de Jesus, nossa vida e ressurreição,
Coração
de Jesus, nossa paz e reconciliação,
Coração
de Jesus, vítima dos pecadores,
Coração
de Jesus, salvação dos que em vós esperam,
Coração
de Jesus, esperança dos que em vós expiram,
Coração
de Jesus, delícia de todos os Santos,
Cordeiro
de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos,
Senhor.
Cordeiro
de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos
Senhor.
Cordeiro
de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende
piedade de nós.
V.
— Jesus, manso e humilde de coração,
R. — Fazei o nosso
coração semelhante ao vosso.
ORAÇÃO
Onipotente
e eterno Deus, olhai para o Coração de vosso diletíssimo Filho e para os
louvores e satisfações que ele vos tributa em nome dos pecadores, e àqueles que
invocam vossa misericórdia, concedei benigno o perdão, em nome do mesmo Jesus
Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina juntamente com o Espírito Santo
por todos os séculos dos séculos. Amém.
CONSAGRAÇÃO
AO CORAÇÃO DE JESUS (composta por Sta Margarida Maria)
Eu...(nome),
dou e consagro ao Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo a minha pessoa e
minha vida, minhas ações, penas e dores, não querendo servir-me de parte alguma
de meu ser, senão para honrá-lo, amar e glorificar É esta a minha vontade
irrevogável - pertencer-lhe e fazer tudo por seu amor, renunciando
completamente ao que não for do seu agrado. Eu vos tomo, pois, ó Sagrado
Coração, por único objeto de meu amor, protetor de minha vida, segurança da
minha salvação, remédio da minha fragilidade e inconstância, reparador de todos
os meus defeitos e asilo seguro na hora da morte. Sede, ó Coração de bondade,
minha justificação para com Deus, vosso Pai, e afastai de mim os castigos de
sua cólera. Ó Coração de amor, ponho em vós toda a minha confiança, pois tudo
receio de minha fraqueza e malícia, mas tudo espero da vossa bondade. Destruí
em mim tudo o que vos possa desagradar ou resistir. Que o vosso puro amor se
grave tão profundamente no meu coração, que eu não possa jamais me esquecer,
nem me separar de Vós. Suplico-vos, também, por vossa suma bondade, que o meu
nome seja escrito em vós, pois quero fazer consistir toda a minha felicidade e
minha glória em viver e morrer convosco, na qualidade de vossa (o) escrava (o).
Assim seja.
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