Páginas

sexta-feira, 10 de junho de 2016

MÊS DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS – Domingo XI do Tempo Comum

ORAÇÃO PREPARATÓRIA
Senhor Jesus Cristo, unindo-me à divina intenção com que na terra pelo vosso Coração Sacratíssimo rendestes louvores a Deus e ainda agora os rendeis de contínuo e em todo o mundo no Santíssimo Sacramento da Eucaristia até a consumação dos séculos, eu vos ofereço por este dia inteiro, sem exceção de um instante, à imitação do Sagrado Coração da Bem aventurada Maria sempre Virgem Imaculada, todas as minhas intenções e pensamentos, todos os meus afetos e desejos, todas as minhas obras e palavras. Amém.

Textos: 2 Sam 12, 7-10.13; Gal 2, 16.19-21; Lc 7, 36-8,3

Evangelho (Mt 7,36-8,3): Um fariseu convidou Jesus para jantar. Ele entrou na casa do fariseu e sentou-se à mesa. Uma mulher, pecadora da cidade, soube que Jesus estava à mesa na casa do fariseu e trouxe um frasco de alabastro, cheio de perfume. Ela postou-se atrás, aos pés de Jesus e, chorando, lavou-os com suas lágrimas. Em seguida, enxugou-os com os seus cabelos, beijou-os e os ungiu com o perfume. Ao ver isso, o fariseu que o tinha convidado comentou: «Se este homem fosse profeta, saberia quem é a mulher que está tocando nele: é uma pecadora!». Então Jesus falou: «Simão, tenho uma coisa para te dizer». Ele respondeu: «Fala, Mestre». «Certo credor», retomou Jesus, «tinha dois devedores. Um lhe devia quinhentas moedas de prata, e o outro cinqüenta. Como não tivessem com que pagar, perdoou a ambos. Qual deles o amará mais?». Simão respondeu: «Aquele ao qual perdoou mais». Jesus lhe disse: «Julgaste corretamente». Voltando-se para a mulher, disse a Simão: «Estás vendo esta mulher? Quando entrei na tua casa, não me ofereceste água para lavar os pés; ela, porém, lavou meus pés com lágrimas e os enxugou com seus cabelos. Não me beijaste; ela, porém, desde que cheguei, não parou de beijar meus pés. Não derramaste óleo na minha cabeça; ela, porém, ungiu meus pés com perfume. Por isso te digo: os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados, pois ela mostrou muito amor. Aquele, porém, a quem menos se perdoa, ama menos». Em seguida, disse à mulher: «Teus pecados estão perdoados». Os convidados começaram a comentar entre si: «Quem é este que até perdoa pecados?». Jesus, por sua vez, disse à mulher: «Tua fé te salvou. Vai em paz!». Depois disso, Jesus percorria cidades e povoados proclamando e anunciando a Boa Nova do Reino de Deus. Os Doze iam com ele, e também algumas mulheres que tinham sido curadas de espíritos maus e de doenças: Maria, chamada Madalena, de quem saíram sete demônios; Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes; Susana, e muitas outras mulheres, que os ajudavam com seus bens.

«Não me ofereceste água para lavar os pés (...), não me beijaste (…), não derramaste óleo na minha cabeça»

Fr. Eusebio MARTÍNEZ  (Brownsville, Texas, Estados Unidos)

Bto Hilário Januszewski
Presbítero e Mártir de nossa Ordem
Hoje constatamos, no Evangelho, que ninguém que encontrava Jesus podia fazê-lo com indiferença. Por que um rabino o convidou para jantar e depois o tratou com descortesia, negligenciando os costumeiros sinais de respeito e honra?

Lucas delineia o contraste entre o fariseu arrogante e hipócrita, que observa todas as regras e, no entanto, não tem a sensibilidade para receber um hóspede com as atitudes e gentilezas mais básicas, e a mulher - que tendo reputação de pecadora pública— recebe Jesus com um serviço generoso (cf. Lc 7,45-46). Sem dúvida ela entende a importância de servir com amor tanto quanto o fariseu carece dessa sensibilidade. Os fariseus evitavam a companhia dos “pecadores públicos”, e assim fazendo negligenciavam dar-lhes a ajuda que precisavam para encontrar cura e integridade.

Como humanos, é tão difícil ser pessoas que verdadeiramente amam e perdoam, e somos tentados a cuidar das aparências e adquirir uma reputação de vida virtuosa ao mesmo tempo em que continuamos a alimentar nossa tendência a julgar e não perdoar. Em muitas das estórias do Evangelho ouvimos sobre a atitude do fariseu e do publicano. Se imaginarmos como seriam os fariseus de hoje se eles vivessem presentemente em nossa sociedade, descobriríamos, por exemplo, que eles certamente assistiriam Missa e seguiriam todas as rubricas, mas, no caminho de casa, não hesitariam em fazer avaliações críticas e negativas sobre os outros. De fato, é louvável frequentar a Missa e observar todas as regras de uma conduta cristã, mas essa observância cautelosa não terá nenhum valor se não for acompanhada de um espírito genuíno de amor e perdão.

Segundo Bento XVI, «O novo culto cristão engloba todos os aspectos da existência, transfigurando-a (…). Uma vez que abraça a realidade humana do crente em seu concretismo quotidiano, a Eucaristia torna possível dia após dia a progressiva transfiguração do homem, por graça chamado a ser conforme à imagem do Filho de Deus».

Três formas de olhar o pecador: condena, indiferença e perdão.

Pe. Antonio Rivero, L.C

Bto Afonso Maria Mazurek
Presbítero e Mártir de nossa Ordem
Continuamos no ano da misericórdia. Toda a liturgia de hoje está impregnada dessa infinita misericórdia de Deus. Deus perdoa os pecados do rei Davi, porque se arrependeu quando o profeta Natã colocou diante dos seus olhos os pecados horrendos do rei (1ª leitura). São Paulo também experimentou essa misericórdia gratuita de Deus, em Cristo, que o amou e se entregou por ele, a quem Paulo aceitou pela fé (2ª leitura). A mulher adúltera do evangelho, já arrependida, oferece uma liturgia penitencial cheia de amor a Cristo na casa do fariseu com esses gestos: com as suas lágrimas banhou os pés de Jesus, enxugou-os com os seus cabelos, beijou-os e os ungiu com um perfume precioso. Grande é a misericórdia de Deus ao perdoar os nossos pecados, e não nos condenar nem ser indiferente diante de nós.

Em primeiro lugar, contemplemos a primeira forma de ver o pecador: condena. Eis esse fariseu que convidou Jesus para comer. Nenhum detalhe com Jesus: nem lhe ofereceu água para se lavar; nem lhe deu o ósculo da paz. Só tinha olhos e coração para condenar, não só essa mulher pecadora que tocava Jesus, mas o mesmo Jesus que permitia esse escândalo de deixar-se tocar por uma pecadora. Cego de olhos e de coração, este fariseu não vê nada do que tem de belo nessa atitude da mulher! Aliás, julga e critica. Julga a mulher, sem se interessar da mudança de atitude que manifesta o seu comportamento. Crucificou a mulher na categoria dos pecadores e não admite que possa sair dela. Julga também Cristo, quem convidou por curiosidade e não por amor e desejo de escutá-lo, ao ver o entusiasmo que provocava em tantas pessoas. Que dó desse fariseu! Esteve tão perto de Jesus e não permitiu ser tocado pela sua misericórdia. Nem sequer Jesus o condena: simplesmente fá-lo refletir na sua postura para se corrigir e se converter. E o faz com essa parábola que desencadeia umas consequências: a generosidade desta mulher pecadora arrependida se contrapõe à mesquinhez e à frieza do fariseu que faltou à mais elementar cortesia com esse hóspede.

Em segundo lugar, contemplemos a segunda forma de ver o pecador: indiferença. Eis os outros comensais convidados pelo fariseu para comer. Nada dizem. Nada lhes interessa. Estão aí, comendo e aproveitando a tertúlia. Cada um seguramente diria: o que eu tenho que ver com isso? O Papa Francisco está falando frequentemente da cultura e da globalização da indiferença. Em Lampedusa, na pequena ilha do sul da Sicília e celebre pelo desembarque contínuo de imigrantes, o Papa exclamou assim: “Quem de nós chorou a morte destes irmãos e irmãs, de todos aqueles que viajavam sobre as barcas, pelas jovens mães que levavam os seus filhos, por estes homens que buscavam qualquer coisa para manter as suas famílias? Somos uma sociedade que esqueceu a experiência do pranto… O almejo pelo insignificante, pelo provisório, leva-nos à indiferença com relação aos demais, leva-nos à globalização da indiferença”. Foi a sua primeira viagem oficial. Continuava o Papa: “Quem é o responsável pelo sangue destes irmãos? Ninguém. Todos respondemos: não fui eu, eu não tenho nada que ver, serão outros, mas eu não. Hoje ninguém se sente responsável, perdemos o sentido da responsabilidade fraterna, caímos no comportamento hipócrita (…). Olhamos para o irmão meio morto à margem do caminho e talvez pensamos: coitadinho, e continuamos o nosso caminho, que é assunto nosso, e assim nos sentimos tranquilos. A cultura do bem-estar, que nos leva a pensar só em nós mesmos, converte-nos em insensíveis ao grito dos outros, faz-nos viver em bolhas de sabão, que são bonitas, mas são inúteis, não são nada…”. Diante do pecador, esta globalização da indiferença se faz mais culpável e nos converte em cúmplice dos pecados dos nossos irmãos: “Por acaso sou guardião do meu irmão?” – exclamou Caim a Deus quando lhe pediu contas do sangue do seu irmão Abel. Sim, somos guardiões e temos que ajudar os nossos irmãos a sair do pecado e aproximá-los do Salvador.       

Finalmente, contemplemos a última forma de ver o pecador: o perdão. Eis Jesus. Enquanto Jesus vir arrependimento, as suas entranhas se comovem. De entrada digamos que a misericórdia de Deus, encarnada em Cristo, escandalizou os juristas e fariseus do seu tempo. Dizia o pregador dos exercícios espirituais deste ano 2016 ao Papa e à cúria romana que os fariseus de todas as épocas colocam o pecado “no centro da relação com Deus”, porém “a Bíblia não é um ídolo ou um totem”; exige “inteligência e coração”. Os poderes que não duvidam em usar uma vida humana e a religião “colocam Deus contra o homem”. E esta é “a tragédia do integrismo religioso”. “O Senhor não suporta os hipócritas, os que levam máscaras, os que têm coração duplo, os comediantes da fé e não suporta os acusadores e os juízes”. O gênio do cristianismo esta, pelo contrário, no abraço entre Deus o homem. “Já não se opõem”, “matéria e espírito se abraçam”. A doença que Jesus mais teme e combate é “o coração de pedra” dos hipócritas: “violar um corpo, culpável ou inocente, com as pedras ou com o poder, é a negação de Deus que vive nessa pessoa”. Que liturgia penitencial tão linda realizou essa mulher pecadora com Jesus na casa do “justo” fariseu: lavou os pés de Jesus com as suas lágrimas de arrependimento, enxugou-os com os seus cabelos de bondade, beijou-os com os seus lábios de ternura e os ungiu com o perfume do seu amor! O que outrora lhe serviu para pecar, agora, arrependida, deixa aos pés de Jesus. Mulher nova, redimida, perdoada, levantada, purificada. Sentiu-se não só perdoada, mas honrada com os elogios de Jesus devido aos seus gestos.       

Para refletir: Qual destas três posturas eu tenho diante do pecador: condena, indiferença ou perdão? Rezo pelos pecadores? Reconheço-me pecador e me abro à misericórdia de Deus na confissão? Pensemos nesta resposta que o Papa Francisco deu numa entrevista que lhe fizeram na casa Santa Marta em dezembro de 2014:

A renovação da Igreja a qual o senhor chama desde que foi eleito aponta também a buscar estas ovelhas perdidas e a frear essa sangria de fiéis?

Não gosto de usar essa imagem da “sangria” porque é uma imagem muito ligada ao proselitismo. Não gosto de usar termos ligados ao proselitismo porque não é a verdade. Gosto de usar a imagem de hospital de campo: tem gente muito ferida que está esperando irmos para curar as feridas, feridas por mil motivos. E temos que sair para curar as feridas. Tem gente ferida por desatenção, por abandono da Igreja mesma, gente que está sofrendo horrores…

Para rezar: Salmo 50 (51)

Tende piedade de mim, ó Deus, pela vossa bondade,
Por vosso grande coração, apaga a minha culpa.
Que a minha alma fique limpa de malícia,
Purificai-me do meu pecado.

Pois a minha falta eu a conheço bem
E meu pecado está sempre diante de Vós;
Contra Vós, só contra Vós que eu pequei,
Pratiquei o que é mal aos vossos olhos.

Qualquer sugestão ou dúvida podem se comunicar com o padre Antonio neste e-mail:  arivero@legionaries.org

LADAINHA DO SAGRADO CORAÇÃO
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.

Deus Pai dos Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, Filho do Pai Eterno, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe,
Coração de Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus,
Coração de Jesus, de majestade infinita,
Coração de Jesus, templo santo de Deus,
Coração de Jesus, tabernáculo do Altíssimo,
Coração de Jesus, casa de Deus e porta do céu,
Coração de Jesus, fornalha ardente de caridade,
Coração de Jesus, receptáculo de justiça e amor,
Coração de Jesus, abismo de todas as virtudes,
Coração de Jesus, digníssimo de todo o louvor,
Coração de Jesus, rei e centro de todos os corações,
Coração de Jesus, no qual estão todos os tesouros da sabedoria e ciência,
Coração de Jesus, no qual habita toda a plenitude da divindade,
Coração de Jesus, no qual o Pai celeste põe as suas complacências,
Coração de Jesus, de cuja plenitude nós todos participamos,
Coração de Jesus, desejo das colinas eternas,
Coração de Jesus, paciente e misericordioso,
Coração de Jesus, rico para todos os que vos invocam,
Coração de Jesus, fonte de vida e santidade,
Coração de Jesus, propiciação para os nossos pecados,
Coração de Jesus, saturado de sofrimentos,
Coração de Jesus, atribulado por causa de nossos crimes,
Coração de Jesus, feito obediente até a morte,
Coração de Jesus, atravessado pela lança,
Coração de Jesus, fonte de toda a consolação,
Coração de Jesus, nossa vida e ressurreição,
Coração de Jesus, nossa paz e reconciliação,
Coração de Jesus, vítima dos pecadores,
Coração de Jesus, salvação dos que em vós esperam,
Coração de Jesus, esperança dos que em vós expiram,
Coração de Jesus, delícia de todos os Santos,

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.

V. — Jesus, manso e humilde de coração,
R. — Fazei o nosso coração semelhante ao vosso.

ORAÇÃO
Onipotente e eterno Deus, olhai para o Coração de vosso diletíssimo Filho e para os louvores e satisfações que ele vos tributa em nome dos pecadores, e àqueles que invocam vossa misericórdia, concedei benigno o perdão, em nome do mesmo Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina juntamente com o Espírito Santo por todos os séculos dos séculos. Amém.

CONSAGRAÇÃO AO CORAÇÃO DE JESUS (composta por Sta Margarida Maria)
Eu...(nome), dou e consagro ao Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo a minha pessoa e minha vida, minhas ações, penas e dores, não querendo servir-me de parte alguma de meu ser, senão para honrá-lo, amar e glorificar É esta a minha vontade irrevogável - pertencer-lhe e fazer tudo por seu amor, renunciando completamente ao que não for do seu agrado. Eu vos tomo, pois, ó Sagrado Coração, por único objeto de meu amor, protetor de minha vida, segurança da minha salvação, remédio da minha fragilidade e inconstância, reparador de todos os meus defeitos e asilo seguro na hora da morte. Sede, ó Coração de bondade, minha justificação para com Deus, vosso Pai, e afastai de mim os castigos de sua cólera. Ó Coração de amor, ponho em vós toda a minha confiança, pois tudo receio de minha fraqueza e malícia, mas tudo espero da vossa bondade. Destruí em mim tudo o que vos possa desagradar ou resistir. Que o vosso puro amor se grave tão profundamente no meu coração, que eu não possa jamais me esquecer, nem me separar de Vós. Suplico-vos, também, por vossa suma bondade, que o meu nome seja escrito em vós, pois quero fazer consistir toda a minha felicidade e minha glória em viver e morrer convosco, na qualidade de vossa (o) escrava (o). Assim seja.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

DEIXE AQUI SEU SUA SUGESTÃO