Mártires do Rio Grande do Norte |
«Ele exultou no
Espírito Santo e disse: Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra»
+ Rev. D. Josep VALL i Mundó (Barcelona, Espanha)
S. Francisco de Borja sj, presbítero |
Escreve
Santo Agostinho: «Podemos levar algo melhor no coração, pronunciá-lo com a
boca, escrevê-lo com uma pena, que estas palavras: Graças a Deus. Não há nada
que se possa dizer com maior brevidade, nem escutar com maior alegria, nem
sentir-se com maior elevação, nem fazer com maior utilidade». Assim devemos
agir sempre com Deus e com o próximo, inclusive pelos dons que desconhecemos,
como escreveu São Josemaria Escrivá. Gratidão para com os pais, os amigos, os
professores, os companheiros. Para com todos os que nos ajudem, nos estimulem,
nos sirvam. Gratidão também, como é lógico, com nossa Mãe, a Igreja.
A
gratidão não é uma virtude muito usada ou frequente, no entanto, é uma das que
se experimentam com maior beneplácito. Devemos reconhecer que, às vezes, não é
fácil vive-la. Santa Teresa afirmava: «Tenho uma condição tão agradecida que me
subornariam com uma sardinha». Os santos têm agido sempre assim. E o têm feito
de três maneiras diferentes, como indicava Santo Tomás de Aquino: primeiro, com
o reconhecimento interior dos benefícios recebidos; segundo, louvando
externamente a Deus com a palavra; e, terceiro, procurando recompensar ao bem
feitor com obras, segundo as próprias possibilidades.
Reflexão de Frei
Carlos Mesters, Ocarm.
S Francisco de Bórgia e S Teresa de Jesus |
Essa
convicção não pode basear a alegria e o entusiasmo do seu testemunho
missionário; a alegria tem a sua raiz última em ser conhecidos e amados por
Deus. Isto não significa dizer que o ser protegidos por Deus e o relacionamento
com Ele sempre nos coloca em uma posição de vantagem diante das forças
demoníacas. Aqui entra a mediação de Jesus entre Deus e nós: "Eis que eu
vos dei o poder" (v. 19). O poder de Jesus é um poder que nos permite
experimentar o sucesso contra o poder demoníaco e nos protege. Um poder que só
pode ser transmitido quando Satanás é derrotado. Jesus assistiu a queda de
Satanás, mesmo se ainda não está definitivamente derrotado; para frustrar esse
poder de Satanás na terra são chamados os cristãos. Esses estão confiantes da
vitória, apesar do fato de que eles vivem em uma situação crítica: participam
da vitória na comunhão de amor com Cristo mesmo sendo provados pelo sofrimento
e morte. No entanto, o motivo da alegria, não está na certeza de escapar
ilesos, mas ser amados por Deus. A expressão de Jesus "seus nomes estão
escritos nos céus" testemunha que o estar presente no coração de Deus (a
memória) garante a continuidade de nossas vidas na dimensão da eternidade. O
sucesso da missão dos discípulos é uma consequência da derrota de Satanás,
agora, mostra a benevolência do Pai (vv. 21-22): o sucesso da Palavra de Graça
na missão dos setenta e dois, vivida como plano do Pai e na comunhão da
ressurreição do Filho, a partir de agora, é a demonstração da benevolência do
Pai; a missão torna-se um espaço para a revelação da vontade de Deus no tempo
humano. Esta experiência é transmitida por Lucas num contexto de oração: mostra
de uma parte a reação no céu ("Eu vou dar graças", v. 21) e de outra
aquela sobre a terra (vv. 23-24).
•
A oração de alegria. Na oração que
Jesus dirigiu ao Pai, sob a ação do Espírito, diz-se, que "exulta,"
exprime a abertura da alegria messiânica e proclama a benevolência do Pai.
Torna-se evidente nos pequenos, nos pobres e naqueles que não contam para nada,
porque acolheram a palavra transmitida pelos enviados e por isso entram na
relação entre as pessoas divinas da Trindade. Em vez disso, os sábios e os
doutos, por causa da sua segurança se alegram devido à sua competência
intelectual e teológica. Mas esta atitude impede-os de entrar na dinâmica da
salvação dada por Jesus. O ensinando que Lucas pretende transmitir aos crentes
individualmente, mas também às comunidades eclesiais, podem ser da seguinte
forma sintetizado: a humildade abre para a fé; a suficiência das próprias
seguranças fecha ao perdão, à luz, à benevolência de Deus. A oração de Jesus
tem seus efeitos sobre todos aqueles que se deixam ser envolvidos pela
benevolência do Pai.
Para um confronto
pessoal
1. A missão de levar a vida de Deus
para o outro envolve um estilo de vida pobre e humilde. A sua vida é perpassada
pela vida de Deus, pela Palavra da graça que vem de Jesus?
2. Tenho confiança no chamado de Deus
e no seu poder, que precisa ser expressa através da simplicidade, da pobreza e
da humildade?
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