Evangelho
(Mc 1,14-20): Depois que João foi preso,
Jesus veio para a Galileia, proclamando a Boa Nova de Deus: «Completou-se o
tempo, e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede na Boa Nova».
Caminhando à beira do mar da Galileia, Jesus viu Simão e o irmão deste, André,
lançando as redes ao mar, pois eram pescadores. Então disse-lhes: «Segui-me, e
eu farei de vós pescadores de homens». E eles, imediatamente, deixaram as redes
e o seguiram. Prosseguindo um pouco adiante, viu também Tiago, filho de
Zebedeu, e seu irmão, João, consertando as redes no barco. Imediatamente, Jesus
os chamou. E eles, deixando o pai Zebedeu no barco com os empregados,
puseram-se a seguir Jesus».
Textos: Jon 3, 1-5.10; 1 Cor 7, 29-31; Mc 1,
14-20
Cristo chama uns quantos
para que o ajudem, no corpo e na alma, na obra da salvação, às vinte quatro
horas do dia, os sete dias da semana e os doze meses do ano.
Pe. Antonio Rivero, L.C.,
No
domingo passado o Senhor fazia uma pergunta aos que o seguiam: “Quem buscais?”.
Hoje lhes fala com um imperativo categórico e uma promessa: “segui-me e eu
farei de vós pescadores de homens”. Deus chamou também Jonas e lhe deu uma
missão: “Vai a Nínive e anuncia a mensagem que eu te indicarei” (primeira
leitura). Missão que urge, pois a vida é curta (segunda leitura).
Em
primeiro lugar, quem é o que os chama? Jesus, o Filho do Deus Vivo, o Messias,
o Senhor, o Mestre, o bom Pastor, o Pão da vida, a Luz do mundo, o Caminho e a
Verdade e a Vida. Jesus, o filho de Maria, a de Nazaré que lhe deu carne e
batimento humano. Jesus, o grande Pescador de homens, lançado neste mar da vida
para salvar dos dentes dos tubarões o que pronunciar o seu nome e o aceitar
como único Redentor, subindo na cabotagem da sua Igreja, cujos primeiros
remadores são estes discípulos de Galileia. Sim, é Jesus de Nazaré quem os
escolhe; esse Jesus pobre, austero, livre, confiante na Providência divina. Não
lhes promete coisas nem dinheiro, pois o dinheiro em mãos dos consagrados pode
ser perigoso, criar dependência humana, rebaixar a dependência divina,
corromper a austeridade de vida. E se não, que fale a história de algumas
ordens religiosas: a sua corrupção ou relaxamento sempre por causa da sua
riqueza. Muito melhor livres, sozinhos, distintos e distantes. E se não, que
fale Jesus por nós.
Em
segundo lugar, e quem chama? Não filósofos, nem sábios, nem arquitetos, nem
sumos sacerdotes ou escribas. Não. Chama pobres pescadores. Não eram mendigos,
mas sim trabalhadores; iam à sinagoga nos sábados, mas não pisaram a escola nos
dias da sua vida; não tinham gota de sangue azul nas suas artérias nem um centavo
no bolso nem outro horizonte de vida que os montes, os ventos e as ondas do seu
lago natal. Eram proletários, esses que parecem agradar a Deus e temos que
tomar em consideração a quantidade desses que Ele elege! Dessa pedreira Cristo
tirou uns apóstolos que deram a sua vida por Ele. Arquimedes disse três séculos
antes de Jesus: “dá-me um ponto de apoio e eu moverei a terra”. E a alavanca
não funcionou. Jesus disse: “dá-me doze simples pescadores e mudarei o mundo”.
Foi êxito seguro. Pescadores com barcos e quilhas bem chacoalhadas, as suas
redes remendadas, as suas cheias de calos, o seu coração no ar e dependendo da
providência. Chamou esses com amor e livremente.
Finalmente,
por que e para que os chama? O porquê está bem claro: porque os amou antes da
nossa criação, não pelos seus méritos, que não tinham; e sim muitos deméritos
para que não os escolhesse. E para que, bem diz a famosa canção de Cesáreo
Gabarain: “Lá na praia eu larguei o meu barco, junto a Ti buscarei outro mar”.
Para isso, nada mais e nada menos para isso: lançar-se ao mar no mesmo barco de
Jesus para pescar muitos peixes e assim não ser devorados pelos tubarões das
ideologias da moda e das falácias do mundo, e atrai-los para o mar de Jesus;
pois são peixes que o sangue redentor de Cristo ganhou e limpou e formou no
esplêndido cardume. Um mar amplo e espaçoso onde terá abundantes peixes de
todos os tamanhos e cores: peixes miúdos e grandes; peixes esquálidos e
saudáveis; peixes que estão no barco da educação, dos hospitais, dos asilos de
anciãos, e em todas as periferias existenciais. Mas também um mar que terá-como
tudo na vida-as suas ondas fortes, os seus momentos de calma. Um mar, onde por
momentos soprarão os ventos das monções e dos mormaços que parecem que vão nos
asfixiar, mas também ventos alísios que nos adormecem na mediocridade; e os
glaciares, os que buscarão nos congelar. Um mar cheio de desafios e de piratas
e de sereias. Porém, um mar onde Jesus guia o barco e está no timão. O que
temer, quem temer? Por isso, quem é escolhido por Cristo como pescador de
homens deve rezar todos os dias a oração de santo Inácio de Loiola: “Tomai,
Senhor, e recebei toda a minha liberdade, a minha memória, o meu entendimento; tudo
o que sou e possuo. Vós me destes tudo, a Vós, Senhor, devolvo tudo. Tudo é
vosso, disponde de mim como quiserdes. Dai-me o vosso amor e a vossa graça e
isto me basta...”.
Para
refletir: se fui
eleito pelo Senhor para ser pescador de homens, estou feliz e agradecido com
Ele? Deixei Cristo no timão do meu barco? Lanço as redes com toda a minha arte
e com a confiança posta no Senhor que vai dentro do meu barco? Prefiro ir a
alto mar ou fico na margem do medo e da preguiça?
Para
rezar: Senhor,
obrigado por ter me escolhido. Limpai as minhas redes. Restaurai os meus remos.
Tomai o timão do meu barco. Convosco, estou feliz. Se me derdes abundantes
peixes, estou feliz. Se quiserdes que experimente a esterilidade, também
estarei feliz. Com tal de ir contigo, o que mais me importa? Contente, Senhor,
contente, como santo Alberto Hurtado.
Qualquer sugestão ou dúvida podem se comunicar com o padre
Antonio neste e-mail: arivero@legionaries.org
Primeiramente ESTAR com
ele e depois EVANGELIZAR em seu nome...
25 de janeiro - Conversão de S. Paulo |
No
Evangelho, Jesus convida os primeiros discípulos a integrarem a sua comunidade.
(Mc 1,14-20). O texto apresenta Jesus no início de sua vida pública, em
povoados afastados e desconhecidos da Galileia, meia pagã.
É
o resumo de toda a sua mensagem:
+ Uma
Afirmação:
"O tempo já se
completou… o Reino de Deus está próximo…"
Reino
de Deus resume a esperança de Israel num mundo novo de Paz e de abundância,
preparado por Deus ao seu Povo. Era um fato esperado há muito tempo pelo Povo
de Deus. Agora o tempo da espera acabou. O Reino de Deus já chegou, ele já está
presente, as promessas estão se realizando.
+ Duas
Condições para participar desse Reino: Convertei-vos… e crede no
evangelho…"- Converter-se não quer dizer mudar de religião. Quer dizer
mudar a mente e o coração, reformular os valores da vida, para que Deus ocupe
nela sempre o primeiro lugar. É rever e remover em nós tudo aquilo que nos
afasta de Deus e dos irmãos…
* Quem precisa de
conversão? Só os outros
-
Crer no evangelho não quer dizer apenas conhecer o que está escrito num livro.
Quer dizer aceitar Cristo e todos os valores que ele propõe para a nossa
vida. É escutar a sua palavra e
conformar a nossa vida aos seus mandamentos, que se resumem num só: O amor a
Deus e ao próximo.
* E nós vivemos o
espírito do Evangelho?
+
Um Convite:
Para continuar e completar esse Reino, Cristo convida os primeiros quatro
apóstolos e.... hoje a todos nós:
"Vinde comigo… farei de vós PESCADORES DE HOMENS".
-
Escolhe pessoas ignorantes, pobres, desconhecidas, grosseiras…
Pareceria
mais lógico, que a escolha recaísse sobre os sacerdotes de Jerusalém, sobre os fariseus e escribas,
profundos conhecedores da Bíblia.
E,
no entanto, não… a escolha foi outra! Por que?
-
Deus não aparece na imponência dos fatos ou das pessoas, mas na humildade, na
simplicidade, onde geralmente existe mais fé…
Primeiramente
ESTAR com ele e depois EVANGELIZAR em seu nome...
+ O Chamado continua
hoje:
Cada um de nós recebeu e recebe continuamente esse
chamado à conversão e a seguir Jesus.
O texto é
um Modelo de toda vocação cristã:
- É sempre uma iniciativa de Jesus dirigida a pessoas
"normais". Não aconteceu enquanto estavam rezando
ou fazendo algo de extraordinário, mas enquanto estavam simplesmente exercendo
a sua profissão.
-
É sempre é
radical e incondicional: O "Reino" deve ser um valor
fundamental, a prioridade, o principal objetivo do discípulo para seguir Jesus
e para se integrar à comunidade do Reino.
-
É um
chamamento para aderir à pessoa de Jesus,
para fazer com Ele uma experiência de vida, para aprender com Ele a ser
uma pessoa nova que vive no amor a Deus e aos irmãos.
-
Exige uma
resposta imediata, desapego e fidelidade.
Esse chamamento é uma missão especial no mundo e na Igreja, confiada a
todas as pessoas.
Todos os
batizados são chamados a ser
discípulos de Jesus, a "converter-se", a "acreditar no
Evangelho", a seguir Jesus nesse caminho de amor e de dom da vida.
Cristo
continua dirigindo ainda HOJE o mesmo apelo: "Vinde após mim, farei de vocês pescadores de
homens…"Se tivermos medo, se nos sentirmos incapazes para tanto, olhemos
esses pescadores da Galileia… pobres e ignorantes, mas com uma generosidade sem
limites…
Largaram
tudo e seguiram a Jesus…
- A nós também, ele continua exigindo as mesmas condições, para poder segui-lo:
"Convertei-vos e crede no evangelho…"Quando percebemos o chamado de
Jesus para segui-lo, o que tivemos de abandonar, que laços tivemos de romper?
Veja
em pps: www.buscandonovasaguas.com
NOVENA DE NOSSA SENHORA
DAS CANDEIAS - 2º dia
Ó
Maria, por quem nos é dado Jesus Cristo, a Luz do mundo:
-
abri-nos os olhos da fé para que não caiamos na escuridão do pecado e do erro;
-
aconselhai-nos nos momentos difíceis, para que não nos desviemos do caminho que
nos leva à Luz eterna;
-
iluminai-nos nas dúvidas e incertezas com a luz da Verdade, para que possamos
ser sempre fiéis ao Evangelho;
-
inflamai o nosso coração com o fogo do vosso amor, para sempre amarmos Jesus e
torná-lo amado por todos.
Nós
vos pedimos também por aqueles que perderam a luz da fé e pelos que ainda não
foram iluminados pela luz do vosso Filho, a quem buscam sinceramente em meio às
trevas da ignorância.
Mãe
de Deus das Candeias livrai-nos de toda cegueira espiritual e corporal, para
que nos tornemos, e de fato sejamos, luz para o mundo, conforme o desejo de
vosso Filho Jesus. Amém
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