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sábado, 24 de janeiro de 2015

III domingo do Tempo Comum

Evangelho (Mc 1,14-20): Depois que João foi preso, Jesus veio para a Galileia, proclamando a Boa Nova de Deus: «Completou-se o tempo, e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede na Boa Nova». Caminhando à beira do mar da Galileia, Jesus viu Simão e o irmão deste, André, lançando as redes ao mar, pois eram pescadores. Então disse-lhes: «Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens». E eles, imediatamente, deixaram as redes e o seguiram. Prosseguindo um pouco adiante, viu também Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão, João, consertando as redes no barco. Imediatamente, Jesus os chamou. E eles, deixando o pai Zebedeu no barco com os empregados, puseram-se a seguir Jesus».

Textos: Jon 3, 1-5.10; 1 Cor 7, 29-31; Mc 1, 14-20

Cristo chama uns quantos para que o ajudem, no corpo e na alma, na obra da salvação, às vinte quatro horas do dia, os sete dias da semana e os doze meses do ano.

Pe. Antonio Rivero, L.C.,

No domingo passado o Senhor fazia uma pergunta aos que o seguiam: “Quem buscais?”. Hoje lhes fala com um imperativo categórico e uma promessa: “segui-me e eu farei de vós pescadores de homens”. Deus chamou também Jonas e lhe deu uma missão: “Vai a Nínive e anuncia a mensagem que eu te indicarei” (primeira leitura). Missão que urge, pois a vida é curta (segunda leitura).

Em primeiro lugar, quem é o que os chama? Jesus, o Filho do Deus Vivo, o Messias, o Senhor, o Mestre, o bom Pastor, o Pão da vida, a Luz do mundo, o Caminho e a Verdade e a Vida. Jesus, o filho de Maria, a de Nazaré que lhe deu carne e batimento humano. Jesus, o grande Pescador de homens, lançado neste mar da vida para salvar dos dentes dos tubarões o que pronunciar o seu nome e o aceitar como único Redentor, subindo na cabotagem da sua Igreja, cujos primeiros remadores são estes discípulos de Galileia. Sim, é Jesus de Nazaré quem os escolhe; esse Jesus pobre, austero, livre, confiante na Providência divina. Não lhes promete coisas nem dinheiro, pois o dinheiro em mãos dos consagrados pode ser perigoso, criar dependência humana, rebaixar a dependência divina, corromper a austeridade de vida. E se não, que fale a história de algumas ordens religiosas: a sua corrupção ou relaxamento sempre por causa da sua riqueza. Muito melhor livres, sozinhos, distintos e distantes. E se não, que fale Jesus por nós.

Em segundo lugar, e quem chama? Não filósofos, nem sábios, nem arquitetos, nem sumos sacerdotes ou escribas. Não. Chama pobres pescadores. Não eram mendigos, mas sim trabalhadores; iam à sinagoga nos sábados, mas não pisaram a escola nos dias da sua vida; não tinham gota de sangue azul nas suas artérias nem um centavo no bolso nem outro horizonte de vida que os montes, os ventos e as ondas do seu lago natal. Eram proletários, esses que parecem agradar a Deus e temos que tomar em consideração a quantidade desses que Ele elege! Dessa pedreira Cristo tirou uns apóstolos que deram a sua vida por Ele. Arquimedes disse três séculos antes de Jesus: “dá-me um ponto de apoio e eu moverei a terra”. E a alavanca não funcionou. Jesus disse: “dá-me doze simples pescadores e mudarei o mundo”. Foi êxito seguro. Pescadores com barcos e quilhas bem chacoalhadas, as suas redes remendadas, as suas cheias de calos, o seu coração no ar e dependendo da providência. Chamou esses com amor e livremente.  

Finalmente, por que e para que os chama? O porquê está bem claro: porque os amou antes da nossa criação, não pelos seus méritos, que não tinham; e sim muitos deméritos para que não os escolhesse. E para que, bem diz a famosa canção de Cesáreo Gabarain: “Lá na praia eu larguei o meu barco, junto a Ti buscarei outro mar”. Para isso, nada mais e nada menos para isso: lançar-se ao mar no mesmo barco de Jesus para pescar muitos peixes e assim não ser devorados pelos tubarões das ideologias da moda e das falácias do mundo, e atrai-los para o mar de Jesus; pois são peixes que o sangue redentor de Cristo ganhou e limpou e formou no esplêndido cardume. Um mar amplo e espaçoso onde terá abundantes peixes de todos os tamanhos e cores: peixes miúdos e grandes; peixes esquálidos e saudáveis; peixes que estão no barco da educação, dos hospitais, dos asilos de anciãos, e em todas as periferias existenciais. Mas também um mar que terá-como tudo na vida-as suas ondas fortes, os seus momentos de calma. Um mar, onde por momentos soprarão os ventos das monções e dos mormaços que parecem que vão nos asfixiar, mas também ventos alísios que nos adormecem na mediocridade; e os glaciares, os que buscarão nos congelar. Um mar cheio de desafios e de piratas e de sereias. Porém, um mar onde Jesus guia o barco e está no timão. O que temer, quem temer? Por isso, quem é escolhido por Cristo como pescador de homens deve rezar todos os dias a oração de santo Inácio de Loiola: “Tomai, Senhor, e recebei toda a minha liberdade, a minha memória, o meu entendimento; tudo o que sou e possuo. Vós me destes tudo, a Vós, Senhor, devolvo tudo. Tudo é vosso, disponde de mim como quiserdes. Dai-me o vosso amor e a vossa graça e isto me basta...”.   

Para refletir: se fui eleito pelo Senhor para ser pescador de homens, estou feliz e agradecido com Ele? Deixei Cristo no timão do meu barco? Lanço as redes com toda a minha arte e com a confiança posta no Senhor que vai dentro do meu barco? Prefiro ir a alto mar ou fico na margem do medo e da preguiça?

Para rezar: Senhor, obrigado por ter me escolhido. Limpai as minhas redes. Restaurai os meus remos. Tomai o timão do meu barco. Convosco, estou feliz. Se me derdes abundantes peixes, estou feliz. Se quiserdes que experimente a esterilidade, também estarei feliz. Com tal de ir contigo, o que mais me importa? Contente, Senhor, contente, como santo Alberto Hurtado.

Qualquer sugestão ou dúvida podem se comunicar com o padre Antonio neste e-mail:  arivero@legionaries.org

Primeiramente ESTAR com ele e depois EVANGELIZAR em seu nome...

25 de janeiro - Conversão de S. Paulo
No Evangelho, Jesus convida os primeiros discípulos a integrarem a sua comunidade. (Mc 1,14-20). O texto apresenta Jesus no início de sua vida pública, em povoados afastados e desconhecidos da Galileia, meia pagã.

É o resumo de toda a sua mensagem:

+ Uma Afirmação: "O tempo já se completou… o Reino de Deus está próximo…"

Reino de Deus resume a esperança de Israel num mundo novo de Paz e de abundância, preparado por Deus ao seu Povo. Era um fato esperado há muito tempo pelo Povo de Deus. Agora o tempo da espera acabou. O Reino de Deus já chegou, ele já está presente, as promessas estão se realizando.

+ Duas Condições para participar desse Reino:   Convertei-vos… e crede no evangelho…"- Converter-se não quer dizer mudar de religião. Quer dizer mudar a mente e o coração, reformular os valores da vida, para que Deus ocupe nela sempre o primeiro lugar. É rever e remover em nós tudo aquilo que nos afasta de Deus e dos irmãos…

* Quem precisa de conversão? Só os outros      

- Crer no evangelho não quer dizer apenas conhecer o que está escrito num livro. Quer dizer aceitar Cristo e todos os valores que ele propõe para a nossa vida.     É escutar a sua palavra e conformar a nossa vida aos seus mandamentos, que se resumem num só: O amor a Deus e ao próximo.

* E nós vivemos o espírito do Evangelho?

+ Um Convite: Para continuar e completar esse Reino, Cristo convida os primeiros quatro apóstolos e.... hoje a todos nós:  "Vinde comigo… farei de vós PESCADORES DE HOMENS".

- Escolhe pessoas ignorantes, pobres, desconhecidas, grosseiras…

Pareceria mais lógico, que a escolha recaísse sobre os sacerdotes   de Jerusalém, sobre os fariseus e escribas, profundos conhecedores da Bíblia.

E, no entanto, não… a escolha foi outra! Por que?

- Deus não aparece na imponência dos fatos ou das pessoas, mas na humildade, na simplicidade, onde geralmente existe mais fé…

Primeiramente ESTAR com ele e depois EVANGELIZAR em seu nome...

+ O Chamado continua hoje:

 Cada um de nós recebeu e recebe continuamente esse chamado à conversão e a seguir Jesus.

O texto é um Modelo de toda vocação cristã:

 - É sempre uma iniciativa de Jesus dirigida a pessoas "normais".  Não aconteceu enquanto estavam rezando ou fazendo algo de extraordinário, mas enquanto estavam simplesmente exercendo a sua profissão.

- É sempre é radical e incondicional:  O "Reino" deve ser um valor fundamental, a prioridade, o principal objetivo do discípulo para seguir Jesus e para se integrar à comunidade do Reino.

- É um chamamento para aderir à pessoa de Jesus, para fazer com Ele uma experiência de vida, para aprender com Ele a ser uma pessoa nova que vive no amor a Deus e aos irmãos.

- Exige uma resposta imediata, desapego e fidelidade. Esse chamamento é uma missão especial no mundo e na Igreja, confiada a todas as pessoas.

Todos os batizados são chamados a ser discípulos de Jesus, a "converter-se", a "acreditar no Evangelho", a seguir Jesus nesse caminho de amor e de dom da vida.

Cristo continua dirigindo ainda HOJE o mesmo apelo: "Vinde após mim, farei de vocês pescadores de homens…"Se tivermos medo, se nos sentirmos incapazes para tanto, olhemos esses pescadores da Galileia… pobres e ignorantes, mas com uma generosidade sem limites…

Largaram tudo e seguiram a Jesus… - A nós também, ele continua exigindo as mesmas condições, para poder segui-lo: "Convertei-vos e crede no evangelho…"Quando percebemos o chamado de Jesus para segui-lo, o que tivemos de abandonar, que laços tivemos de romper?

Veja em pps: www.buscandonovasaguas.com

NOVENA DE NOSSA SENHORA DAS CANDEIAS - 2º dia

Ó Maria, por quem nos é dado Jesus Cristo, a Luz do mundo:
- abri-nos os olhos da fé para que não caiamos na escuridão do pecado e do erro;
- aconselhai-nos nos momentos difíceis, para que não nos desviemos do caminho que nos leva à Luz eterna;
- iluminai-nos nas dúvidas e incertezas com a luz da Verdade, para que possamos ser sempre fiéis ao Evangelho;
- inflamai o nosso coração com o fogo do vosso amor, para sempre amarmos Jesus e torná-lo amado por todos.
Nós vos pedimos também por aqueles que perderam a luz da fé e pelos que ainda não foram iluminados pela luz do vosso Filho, a quem buscam sinceramente em meio às trevas da ignorância.
Mãe de Deus das Candeias livrai-nos de toda cegueira espiritual e corporal, para que nos tornemos, e de fato sejamos, luz para o mundo, conforme o desejo de vosso Filho Jesus. Amém

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