quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Semana Santa do Natal: A Igreja espera Jesus com Maria e como Maria

Pe. Humberto, Paróquia de São Gonçalo, Diocese de Petrolina

Oração ao Espírito Santo
Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande, aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora, fechado a todas as ambições mesquinhas, alheio a qualquer desprezível competição humana, compenetrado do sentido da santa Igreja! Um coração grande, desejoso de se tornar semelhante ao coração do senhor Jesus! Um coração grande e forte para amar a todos, para servir a todos, para sofrer por todos! Um coração grande e forte para superar todas as provações, todo tédio, todo cansaço, toda desilusão, toda ofensa! Um coração grande e forte, constante até o sacrifício, quando for necessário! Um coração cuja felicidade é palpitar com o coração de Cristo e cumprir humilde, fiel e virilmente, a vontade do Pai. Amém. (Paulo VI).

Terceira Antífona: Ó Raiz de Jessé! ...
Ó Raiz de Jessé, erguida como estandarte dos povos, em cuja presença os reis se calarão e a quem as nações invocarão; vinde libertar-nos, não tardeis mais!

Hoje, Aquele que vem é saudado e invocado como Raiz de Jessé, aquela mesma de que fala Is 11,1, o Descendente prometido a Davi, filho de Jessé, o Rei eterno de Israel de que tanto falaram os salmos e os profetas:

“Naquele dia, a raiz de Jessé, que se ergue como um sinal para os povos, será procurada pelas nações, e a sua morada se cobrirá de glória. Ele erguerá um sinal para as nações” (Is 11,10.12a).

Mas, misteriosamente, de modo profundo e cheio de sentido das coisas de Deus, a antífona mistura esse Messias Rei glorioso com o Servo Sofredor, humilhado e morto por nós pela salvação do mundo:

“Eis que o meu Servo há de prosperar, ele se elevará, será exaltado, será posto nas alturas. Exatamente como multidões ficaram pasmadas à vista dele – tão desfigurado estava o seu aspecto – e a sua forma não parecei a de um homem – assim agora nações numerosas ficarão estupefatas a seu respeito, reis permanecerão silenciosos, ao verem coisas que não lhes haviam sido contadas e ao tomarem consciência de coisas que não tinham ouvido” (Is 52,13-15).

Eis o misterioso plano de Deus, a misteriosa lógica do Evangelho: o esperado Descendente de Davi não viria coberto de glória, mas pobre e humilde Servo sofredor, que reinaria pela cruz e, por um ato de amor total e puro, até o fim, libertaria toda a humanidade que o acolhesse e triunfaria na glória por toda a eternidade. O estandarte levantado em sinal para todas as nações é, precisamente, a cruz do Senhor Jesus, como ele mesmo declarou: “Quando eu for levantado da terra atrairei todos a mim” (Jo 12,32). Este misterioso e admirável paradoxo já se anuncia na Noite Santa, quando o Anjo dá aos pastores um sinal desconcertante: “Um recém-nascido, envolto em faixas, reclinado numa manjedoura” (Lc 2,11). Mas, quem pode aceitar um sinal assim? Os pobres, simples de coração, que aceitam as surpresas de Deus! Por isso o mundo não acolhe Jesus e desvirtua o seu santíssimo Natal!

Este era o sonho de Deus, isto foi o que o nosso Salvador, Rei - Messias realizou, esta é a realidade da nossa fé e a causa da nossa esperança. Bendita seja a Raiz de Jessé, o Cristo nosso Deus!

Medite: profeta Isaias 11,1-9
Deus se fez pobre. Eu aceito o sinal de Deus de coração e de mente, o recém-nascido envolto em uma manjedoura? Sobre o menino repousará o espírito do Senhor que o guiará no itinerário de sua vida. Na missão, na entrega da cruz, na oração. Recebi o Espírito Santo no dia do batismo. Deixo-me guiar por ele? Outro sinal mais tarde será erguido o “sinal da cruz’. O senhor disse: Quem quiser me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”. O que devo renunciar para bem celebrar o natal e seguir Jesus no itinerário da vida crista?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

DEIXE AQUI SEU SUA SUGESTÃO