sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Leitura da Patrística

São Maxilimiliano Kolbe (1894-1941), franciscano, mártir

«Ao chegar a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher»

Sempre que se contempla a Imaculada sente-se no coração a necessidade de nos aproximarmos dela. [...] Aqueles que a amam e aqueles que escrevem sobre ela param para perceber quem ela é, mesmo que a não conheçam em profundidade. Quem é ela em relação a Deus Pai? Ele é o seu criador, certamente; Ela diz de si própria: «Eu sou a serva do Senhor» (Lc 1,38). Mas o que é também? É a preferida do Pai Eterno. Não podemos conceber isto; as palavras humanas não chegam para o expressar.

O Pai Celeste quis que a segunda pessoa da Santíssima Trindade, seu Filho, tivesse por mãe, no tempo, a Imaculada. Ela é verdadeiramente a Mãe do Filho de Deus. Quão difícil de compreender! É necessário estarmos bem unidos à Mãe de Deus para compreendermos mais profundamente este mistério. A Virgem Maria é a Mãe do Filho de Deus, é verdadeiramente Mãe de Deus [...], pelo que não pode ser comparada com os outros santos. 

Ser criado, ser adotado por Deus, isso ainda se pode entender. Mas ser realmente a Mãe de Deus, e não apenas a mãe da humanidade de Jesus, ultrapassa a nossa inteligência. É uma verdade de fé.

E é Esposa do Espírito Santo. Também isto não é possível conceber! O Espírito Santo uniu-se de tal maneira à Imaculada, que formou com Ela um só ser. [...] Em tudo isto, a nossa inteligência não é suficiente, pois a Trindade é infinita. E, mesmo que tivéssemos um conhecimento total, há uma distância infinita entre o que nós conhecemos da Santíssima Trindade e o que ela é realmente. Mais tarde, no céu, entenderemos bem melhor este mistério.

Mesmo depois de milhares e milhares de anos, este conhecimento permanecerá sempre limitado, sendo necessária a eternidade para atingirmos o conhecimento perfeito.

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