São Maxilimiliano Kolbe (1894-1941), franciscano, mártir
«Ao chegar a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho,
nascido de uma mulher»
Sempre que se contempla a Imaculada sente-se no coração a
necessidade de nos aproximarmos dela. [...] Aqueles que a amam e aqueles que
escrevem sobre ela param para perceber quem ela é, mesmo que a não conheçam em
profundidade. Quem é ela em relação a Deus Pai? Ele é o seu criador,
certamente; Ela diz de si própria: «Eu sou a serva do Senhor» (Lc 1,38). Mas o
que é também? É a preferida do Pai Eterno. Não podemos conceber isto; as palavras
humanas não chegam para o expressar.
O Pai Celeste quis que a segunda pessoa da Santíssima Trindade, seu
Filho, tivesse por mãe, no tempo, a Imaculada. Ela é verdadeiramente a Mãe do
Filho de Deus. Quão difícil de compreender! É necessário estarmos bem unidos à
Mãe de Deus para compreendermos mais profundamente este mistério. A Virgem
Maria é a Mãe do Filho de Deus, é verdadeiramente Mãe de Deus [...], pelo que
não pode ser comparada com os outros santos.
Ser criado, ser adotado por Deus,
isso ainda se pode entender. Mas ser realmente a Mãe de Deus, e não apenas a
mãe da humanidade de Jesus, ultrapassa a nossa inteligência. É uma verdade de
fé.
E é Esposa do Espírito Santo. Também isto não é possível conceber!
O Espírito Santo uniu-se de tal maneira à Imaculada, que formou com Ela um só
ser. [...] Em tudo isto, a nossa inteligência não é suficiente, pois a Trindade é infinita. E,
mesmo que tivéssemos um conhecimento total, há uma distância infinita entre o
que nós conhecemos da Santíssima Trindade e o que ela é realmente. Mais tarde,
no céu, entenderemos bem melhor este mistério.
Mesmo depois de milhares e milhares de anos, este conhecimento
permanecerá sempre limitado, sendo necessária a eternidade para atingirmos o
conhecimento perfeito.
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