EVANGELHO (Lc 2, 33-35): Naquele tempo, o pai
e mãe do Menino Jesus estavam admirados com o que se dizia dele. Simeão
abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: «Este menino está aqui para queda e
ressurgimento de muitos em Israel e para ser sinal de contradição; uma espada
trespassará a tua alma. Assim hão-de revelar-se os pensamentos de muitos
corações.
Este breve texto está no centro do relato da
«apresentação de Jesus ao templo», onde é levado pelos pais, conforme
prescrevia a Lei para os primogênitos. A «espada», que trespassa a alma e
atinge o coração, preanuncia os sofrimentos e as dores que Maria havia de
passar. Mas, à luz de Hebreus 4, 12, a palavra espada também representa a
Palavra de Deus, que, tanto Cristo como a sua Mãe, escutaram, e à qual
prestaram total obediência, mesmo quando foi preciso enfrentar o sofrimento e a
morte.
Meditação
Vivemos num mundo onde a compaixão faz imensa
falta. A memória que hoje celebramos ensina-nos a compaixão verdadeira e
consistente. Maria sofre por Jesus, mas também sofre com Ele. Por sua vez, a
paixão de Cristo é participação no sofrimento humano, é com-paixão solidário
connosco.
A carta aos hebreus faz-nos entrever os sentimentos
de Jesus na sua paixão: “Nos dias da sua vida terrena, apresentou orações e
súplicas àquele que o podia salvar da morte” (Hb 5,7). A paixão de Jesus foi
impressa no coração da Mãe. O clamor e as lágrimas do Filho fizeram-na sofrer
de forma atroz. Como Jesus, e talvez até mais do que Ele, desejava que a morte
se afastasse, e o Filho fosse salvo. Mas, ao mesmo tempo, Maria uniu-se à
piedade de Jesus, submeteu-se, como Ele, à vontade do Pai.
Por tudo isto, a compaixão de Maria é verdadeira:
carregou realmente sobre si o sofrimento do Filho e aceitou, com Ele, a vontade
do Pai, numa atitude de obediência que vence o sofrimento.
A nossa compaixão, muitas vezes, é superficial. Não
temos a fé de Maria. Nem sempre vemos no sofrimento dos outros a vontade de
Deus, o que está certo. Mas também não sofremos com os que sofrem.
O sofrimento continua a ser uma realidade na
história individual e coletiva da humanidade, mas que, de certo modo, também
existe no mundo divino. Foi, de fato, assumido por Deus na Encarnação do Filho,
e partilhado pela sua Mãe, uma mulher ao mesmo tempo comum e especial. A sua
experiência de sofrimento humano, pode subtrair esse mesmo sofrimento à
maldição e torná-lo mediação de vida salva e serviço de amor.
Dos sermões de São Bernardo, abade.
Diante da Virgem Maria ao pés da Cruz, tanta dor e
tanto sofrimento, mas tanta fortaleza e fé, que neste momento Jesus Crucificado
não poderia dar maior presente aos seus discípulos e a toda humanidade
representada ali por João o discípulo amado. Maria conhece as dores do nosso
coração, por isso, depositemos em seu coração transpassado os nossos pedidos e
suplicas confiantes que tudo que pedirmos a Mãe o Filho atende.
Oração à Nossa Senhora das Dores
Ó Mãe de Jesus e nossa mãe, Senhora das Dores, nós
vos contemplamos pela fé, aos pés da cruz, tendo nos braços o corpo sem vida do
vosso Filho. Uma espada de dor transpassou vossa alma como predissera o
velho Simeão. Vós sois a Mãe das dores. E continuais a sofrer as
dores do nosso povo, porque sois Mãe companheira, peregrina e solidária.
Recolhei em vossas mãos os anseios e as angústias
do povo sofrido, sem paz, sem pão, sem teto, sem direito a viver
dignamente. E com vossas graças, fortalecei aqueles que lutam por
transformações em nossa sociedade.
Permanecei conosco e dai-nos o vosso auxílio, para
que possamos converter as lutas em vitórias e as dores em alegrias.
Rogai por nós, ó Mãe, porque não sois apenas a Mãe
das dores, mas também a Senhora de todas as graças. Amém!
As Promessas aos devotos de Nossa Senhora das Dores
Santa Brígida diz-nos, nas suas revelações
aprovadas pela Igreja Católica, que Nossa Senhora lhe prometeu conceder sete
graças a quem rezar cada dia, sete Ave-Marias em honra de suas principais
"Sete dores" e Lágrimas, meditando sobre as mesmas.
Eis as promessas:
1ª - Porei a paz em suas famílias.
2ª - Serão iluminados sobre os Divinos Mistérios.
3ª - Consolá-los-ei em suas penas e
acompanhá-los-ei nos seus trabalhos.
4ª - Conceder-lhes-ei tudo o que me pedirem, contanto
que não se oponha à vontade de meu adorável Divino Filho e à santificação de
suas almas.
5ª - Defendê-los-ei nos combates espirituais contra
o inimigo infernal e protegê-los-ei em todos os instantes da vida.
6ª - Assistir-lhes-ei visivelmente no momento da
morte e verão o rosto de Sua Mãe Santíssima.
7ª - Obtive de Meu Filho que, os que propagarem
esta devoção (às minhas Lágrimas e Dores) sejam transladados desta vida terrena
à felicidade eterna, diretamente, pois ser-lhe-ão apagados todos os seus
pecados e o Meu filho e Eu seremos a sua eterna consolação e alegria.
Leia, abaixo, a Lectio Divina da sexta-feira da 5ª semana da Quaresma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
DEIXE AQUI SEU SUA SUGESTÃO