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quinta-feira, 21 de março de 2013

Sexta-feira das Dores de Maria



EVANGELHO (Lc 2, 33-35): Naquele tempo, o pai e mãe do Menino Jesus estavam admirados com o que se dizia dele. Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: «Este menino está aqui para queda e ressurgimento de muitos em Israel e para ser sinal de contradição; uma espada trespassará a tua alma. Assim hão-de revelar-se os pensamentos de muitos corações.

Este breve texto está no centro do relato da «apresentação de Jesus ao templo», onde é levado pelos pais, conforme prescrevia a Lei para os primogênitos. A «espada», que trespassa a alma e atinge o coração, preanuncia os sofrimentos e as dores que Maria havia de passar. Mas, à luz de Hebreus 4, 12, a palavra espada também representa a Palavra de Deus, que, tanto Cristo como a sua Mãe, escutaram, e à qual prestaram total obediência, mesmo quando foi preciso enfrentar o sofrimento e a morte.

Meditação
Vivemos num mundo onde a compaixão faz imensa falta. A memória que hoje celebramos ensina-nos a compaixão verdadeira e consistente. Maria sofre por Jesus, mas também sofre com Ele. Por sua vez, a paixão de Cristo é participação no sofrimento humano, é com-paixão solidário connosco.
A carta aos hebreus faz-nos entrever os sentimentos de Jesus na sua paixão: “Nos dias da sua vida terrena, apresentou orações e súplicas àquele que o podia salvar da morte” (Hb 5,7). A paixão de Jesus foi impressa no coração da Mãe. O clamor e as lágrimas do Filho fizeram-na sofrer de forma atroz. Como Jesus, e talvez até mais do que Ele, desejava que a morte se afastasse, e o Filho fosse salvo. Mas, ao mesmo tempo, Maria uniu-se à piedade de Jesus, submeteu-se, como Ele, à vontade do Pai.
Por tudo isto, a compaixão de Maria é verdadeira: carregou realmente sobre si o sofrimento do Filho e aceitou, com Ele, a vontade do Pai, numa atitude de obediência que vence o sofrimento.
A nossa compaixão, muitas vezes, é superficial. Não temos a fé de Maria. Nem sempre vemos no sofrimento dos outros a vontade de Deus, o que está certo. Mas também não sofremos com os que sofrem.
O sofrimento continua a ser uma realidade na história individual e coletiva da humanidade, mas que, de certo modo, também existe no mundo divino. Foi, de fato, assumido por Deus na Encarnação do Filho, e partilhado pela sua Mãe, uma mulher ao mesmo tempo comum e especial. A sua experiência de sofrimento humano, pode subtrair esse mesmo sofrimento à maldição e torná-lo mediação de vida salva e serviço de amor.

Dos sermões de São Bernardo, abade.
Diante da Virgem Maria ao pés da Cruz, tanta dor e tanto sofrimento, mas tanta fortaleza e fé, que neste momento Jesus Crucificado não poderia dar maior presente aos seus discípulos e a toda humanidade representada ali por João o discípulo amado. Maria conhece as dores do nosso coração, por isso, depositemos em seu coração transpassado os nossos pedidos e suplicas confiantes que tudo que pedirmos a Mãe o Filho atende.

Oração à Nossa Senhora das Dores
Ó Mãe de Jesus e nossa mãe, Senhora das Dores, nós vos contemplamos pela fé, aos pés da cruz, tendo nos braços o corpo sem vida do vosso Filho.  Uma espada de dor transpassou vossa alma como predissera o velho Simeão.  Vós sois a Mãe das dores.  E continuais a sofrer as dores do nosso povo, porque sois Mãe companheira, peregrina e solidária.
Recolhei em vossas mãos os anseios e as angústias do povo sofrido, sem paz, sem pão, sem teto, sem direito a viver dignamente.  E com vossas graças, fortalecei aqueles que lutam por transformações em nossa sociedade.
Permanecei conosco e dai-nos o vosso auxílio, para que possamos converter as lutas em vitórias e as dores em alegrias.
Rogai por nós, ó Mãe, porque não sois apenas a Mãe das dores, mas também a Senhora de todas as graças.  Amém!

As Promessas aos devotos de Nossa Senhora das Dores
Santa Brígida diz-nos, nas suas revelações aprovadas pela Igreja Católica, que Nossa Senhora lhe prometeu conceder sete graças a quem rezar cada dia, sete Ave-Marias em honra de suas principais "Sete dores" e Lágrimas, meditando sobre as mesmas.
Eis as promessas:
- Porei a paz em suas famílias.
- Serão iluminados sobre os Divinos Mistérios.
- Consolá-los-ei em suas penas e acompanhá-los-ei nos seus trabalhos.
- Conceder-lhes-ei tudo o que me pedirem, contanto que não se oponha à vontade de meu adorável Divino Filho e à santificação de suas almas.
- Defendê-los-ei nos combates espirituais contra o inimigo infernal e protegê-los-ei em todos os instantes da vida.
- Assistir-lhes-ei visivelmente no momento da morte e verão o rosto de Sua Mãe Santíssima.
- Obtive de Meu Filho que, os que propagarem esta devoção (às minhas Lágrimas e Dores) sejam transladados desta vida terrena à felicidade eterna, diretamente, pois ser-lhe-ão apagados todos os seus pecados e o Meu filho e Eu seremos a sua eterna consolação e alegria.

Leia, abaixo, a Lectio Divina da sexta-feira da 5ª semana da Quaresma.

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