Orações do Mês de São José estão
na pasta de Orações e Informações
A Santa Sé está vacante. Rezemos
pela Igreja e pelo Conclave, para que o Espírito Santo conduza os cardeais na
eleição do novo Papa.
Ó Deus, Pastor eterno, que governais a vossa grei com constante proteção,
concedei à Igreja um pastor, na vossa imensa piedade, que vos agrade pela
santidade e nos beneficie por uma atenta solicitude. Por nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo,
Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém.
Evangelho (Jn 4,43-54): Passados
os dois dias, Jesus foi para a Galiléia. Jesus mesmo tinha declarado, de fato,
que um profeta não é reconhecido em sua própria terra. Quando então chegou à
Galiléia, os galileus o receberam bem, porque tinham visto tudo o que fizera em
Jerusalém, por ocasião da festa. Pois também eles tinham ido à festa. Jesus
voltou a Caná da Galiléia, onde tinha mudado a água em vinho. Havia um
funcionário do rei, cujo filho se encontrava doente em Cafarnaum. Quando ouviu
dizer que Jesus tinha vindo da Judéia para a Galiléia, ele foi ao encontro dele
e pediu-lhe que descesse até Cafarnaum para curar o seu filho, que estava à
morte. Jesus lhe disse: «Se não virdes sinais e prodígios, nunca acreditareis»
. O funcionário do rei disse: «Senhor, desce, antes que meu filho morra!» Ele
respondeu: «Podes ir, teu filho vive» . O homem acreditou na palavra de Jesus e
partiu. Enquanto descia para Cafarnaum, os empregados foram-lhe ao encontro
para dizer que seu filho vivia. O funcionário do rei perguntou a que horas o
menino tinha melhorado. Eles responderam: «Ontem, à uma da tarde, a febre
passou”. O pai verificou que era exatamente nessa hora que Jesus lhe tinha
dito: “Teu filho vive». Ele, então, passou a crer, juntamente com toda a sua
família. Também este segundo sinal, Jesus o fez depois de voltar da Judéia para
a Galiléia.
Comentário: Rev. D. Ramon Octavi
SÁNCHEZ i Valero (Viladecans, Barcelona, Espanha)
Jesus foi para a Galiléia
Hoje voltamos a encontrar Jesus
nos cinco pórticos da piscina de Betsaida, onde tinha realizado o conhecido
milagre da conversão da água em vinho. Agora, nesta ocasião, faz um novo
milagre: a cura do filho de um funcionário real. Mesmo que o primeiro foi
espetacular, este é —sem duvida— mais valioso, porque não é algo material o que
se soluciona com o milagre, e sim que se trata da vida de uma pessoa.
O que chama atenção deste novo
milagre é que Jesus atua à distância, não acode a Cafarnaúm para curar
diretamente ao enfermo, e sem mover-se de Canaã faz possível o
restabelecimento: «O funcionário do rei disse: ‘Senhor, desce, antes que meu
filho morra!’» Jesus disse-lhe: «Pode ir, seu filho está vivo» O homem
acreditou na palavra de Jesus e foi embora» (Jo 4,49.50).
Isto nos lembra a todos nós que
podemos fazer muito bem à distância, quer dizer, sem ter que estar presentes no
lugar onde é solicitada nossa generosidade. Assim, por exemplo, ajudamos ao
Terceiro Mundo colaborando economicamente com nossos missioneiros ou com
entidades católicas que estão ali trabalhando. Ajudamos aos pobres de bairros
marginais das grandes cidades com nossas contribuições a instituições como
Cáritas, sem que devamos pôr os pés em suas ruas. Ou, inclusive, podemos dar
uma alegria a muita gente que está muito distante de nós com uma chamada de
telefone, uma carta ou um correio eletrônico.
Muitas vezes nos escusamos de
fazer o bem porque não temos possibilidades de estar fisicamente presentes nos
lugares onde há necessidades urgentes. Jesus não se escusa porque não estava em
Cafarnaúm, senão que fez o milagre.
A distância não é nenhum problema
na hora de ser generoso, porque a generosidade sai do coração e traspassa todas
as fronteiras. Como diria Santo Agostinho: «Quem tem caridade em seu coração,
sempre encontra alguma coisa para dar».
Reflexões de Frei
Carlos Mesters, O.Carm.
Reflexão Jo 4, 43-54
*
Jesus tinha saído da Galiléia, andou pela Judéia, foi até Jerusalém por ocasião
da festa (Jo 4,45) e, passando pela Samaria, ia voltar para a Galiléia (Jo
4,3-4). Para os judeus observantes era proibido passar pela Samaria, nem era
costume conversar com os samaritanos (Jo 4,9). Jesus não se importa com estas
normas que impedem a amizade e o diálogo. Ele ficou vários dias na Samaria e
muita gente se converteu (Jo 4,40). Depois disso ele resolveu voltar para a
Galiléia.
*
João 4,43-46ª: O retorno para a
Galiléia. Mesmo sabendo que o povo da Galiléia olhava para ele com uma certa
reserva, Jesus quis voltar para a sua terra. Provavelmente, João se refere à má
acolhida que Jesus recebera em Nazaré da Galiléia. Jesus mesmo tinha dito: “Um
profeta não é honrado em sua pátria” (Lc 4,24). Mas agora, diante da evidência
dos sinais de Jesus em Jerusalém, os galileus mudaram de opinião e lhe fizeram
uma boa acolhida. Jesus voltou para Caná, onde tinha feito o primeiro “sinal”
(Jo 2,11).
*
João 4,46b-47: O pedido de um
funcionário do rei. Trata-se de um pagão. Pouco antes, na Samaria, Jesus tinha
conversado com uma samaritana, pessoa herética para os judeus, à qual Jesus
revelara sua condição de messias (Jo 4,26). E agora, na Galiléia, ele recebe um
pagão, funcionário do Rei, que buscava ajuda para o filho doente. Jesus não se
fecha na sua raça nem na sua religião. Ele é ecumênico e acolhe a todos.
*
João 4,48: A resposta de Jesus ao
funcionário. O funcionário queria que Jesus fosse com ele até à casa dele para
curar o filho. Jesus responde: “Se vocês não vêem sinais e prodígios vocês não
acreditam!”. Resposta dura e estranha. Por que será que Jesus respondeu assim?
Qual era o defeito do pedido do funcionário? O que Jesus queria alcançar com
esta resposta? Jesus quer ensinar como deve ser a fé. O funcionário do rei só
acreditaria se Jesus fosse com ele até à casa dele. Ele queria ver Jesus
fazendo a cura. No fundo, esta é e continua sendo a atitude normal de todos
nós. Não nos damos conta da deficiência da nossa fé.
*
João 4,49-50: O funcionário repete o
pedido e Jesus repete a resposta. Apesar da resposta dura de Jesus, o homem não
se abalou e repetiu o mesmo pedido: “Desça comigo antes que meu filho morra!”
Jesus continuou firme. Ele não atendeu ao pedido e não foi com o homem até à
casa dele e repetiu a mesma resposta, mas formulada de outra maneira: “Vai! Teu
filho vive!” Tanta na primeira resposta como agora na segunda resposta, Jesus
pede fé, muita fé. Pede que o funcionário acredite que o filho já esteja curado.
E o verdadeiro milagre aconteceu! Sem ver nenhum sinal nem prodígio, o homem
acreditou na palavra de Jesus e voltou para casa. Não deve ter sido fácil. Este
é o verdadeiro milagre da fé: acreditar sem nenhuma outra garantia a não ser a
Palavra de Jesus. O ideal é crer na palavra de Jesus, mesmo sem ver (cf. Jo
20,29).
*
João 4,51-53: O resultado da fé na
palavra de Jesus. Enquanto o homem vai indo para casa, os empregados lhe vem ao
encontro para dizer que o filho estava curado. Ele investigou a hora e
descobriu que era exatamente a hora em que Jesus tinha dito: “Teu filho vive!”
Ele teve a confirmação da sua fé.
*
João 4,54: Um resumo da parte de
João, o evangelista. João termina dizendo: “Este foi o segundo sinal que Jesus
fez”. João prefere falar sinal e não milagre. A palavra sinal evoca algo que eu
vejo com os olhos, mas cujo sentido profundo só a fé me faz descobrir. A fé é
como Raio-X: faz descobrir o que a olho nu não se vê.
Para
um confronto pessoal
1)
Como você vive a sua fé? Confia na palavra de Jesus ou só crê na base de
milagres e experiências sensíveis?
2)
Jesus acolhe pessoas heréticas e estrangeiras. E eu, como me relaciono com as
pessoas?
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