B.
Isabel da Trindade, virgem
Mem. Fac.- Comum das Virgens
Maria Isabel
Catez nascem em Champ d’Avor (França) no dia 18 de Julho de 1880. Em 1901
ingressou no Carmelo de Dijon onde veio a falecer no dia 9 de novembro de 1906.
Verdadeira adoradora em espírito e verdade, viveu uma vida humilde. No meio de
sofrimentos físicos e morais, a sua alma amadureceu rapidamente e soube fazer
transparecer, no silêncio, às suas irmãs, a presença de um Deus-Amor. Viveu
inteiramente para louvor e glória da SS. Trindade, hóspede da alma, achando
neste mistério o céu na terra e tendo perfeita consciência de que ele
constituía o seu carisma e a sua missão na Igreja.
ORAÇÃO
- Senhor
nosso Deus, rico em misericórdia, que revelastes à bem-aventurada Isabel da
Trindade o mistério da vossa presença secreta na alma do justo e fizestes dela
uma adoradora em espírito e verdade, concedei-nos, por sua intercessão, que,
permanecendo no amor de Cristo, sejamos convertidos em templos do Espírito de
Amor para louvor da vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Quinta-feira da 31ª semana do Tempo Comum
Evangelho (Lc 15,1-10): Naquele
tempo, Todos os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar.
Os fariseus e os escribas, porém, murmuravam contra ele. «Este homem acolhe os
pecadores e come com eles. Então ele
contou-lhes esta parábola: «Quem de vós que tem cem ovelhas e perde uma, não
deixa as noventa e nove no deserto e vai atrás daquela que se perdeu, até
encontrá-la? E quando a encontra, alegre a põe nos ombros e, chegando em casa,
reúne os amigos e vizinhos, e diz: Alegrai-vos comigo! Encontrei a minha ovelha
que estava perdida! Eu vos digo: assim haverá no céu alegria por um só pecador
que se converte, mais do que por noventa e nove justos que não precisam de
conversão. E se uma mulher tem dez
moedas de prata e perde uma, não acende a lâmpada, varre a casa e procura
cuidadosamente até encontrá-la? Quando a encontra, reúne as amigas e vizinhas,
e diz: Alegrai-vos comigo! Encontrei a moeda que tinha perdido! Assim, eu vos
digo, haverá alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que se converte».
Comentário: Rev. D.
Francesc NICOLAU i Pous (Barcelona, Espanha)
Haverá no céu alegria por um só pecador que se converte
Hoje, o
evangelista da misericórdia de Deus nos expõe duas parábolas de Jesus que
iluminam a conduta divina para com os pecadores que regressam ao bom caminho.
Com a imagem tão humana da alegria, nos revela a bondade de Deus que se alegra
com o retorno de quem havia se afastado do pecado. É como um retorno à casa do
Padre (como dirá mais explicitamente em Lc 15,11-32). O Senhor não veio para condenar
o mundo, e sim para salvá-lo (cf. Jn 3,17), e fez tudo isso acolhendo aos
pecadores que com plena confiança.
«Aproximavam-se
de Jesus os publicanos e os pecadores para ouvi-lo» (Lc 15,1), já que Ele lhes
curava a alma como um médico cura o corpo dos enfermos (cf. Mt 9,12). Os
fariseus eram tidos como boas pessoas e não sentiam necessidade do médico, e
por eles -disse o evangelista- que Jesus propôs as parábolas que hoje lemos.
Se nós nos sentimos espiritualmente enfermos, Jesus nos atenderá e se alegrará de que acudamos a Ele. Contudo, se nós, como os orgulhosos fariseus pensássemos que não era necessário pedir perdão, o Médico divino não poderia obrar em nós. Sentirmos pecadores, o faremos cada vez que recitamos o Pai Nosso, pois ao rezar dizemos «perdoa nossas ofensas...». e quanto devemos agradecer que o faça! Quanto agradecimento também devemos sentir pelo sacramento da reconciliação que pôs ao nosso alcance tão compassivamente! Que a soberbia não nos faça menosprezar. Santo Agostinho nos disse que Jesus Cristo, Deus Homem, nos deu exemplo de humildade para curar-nos do tumor da soberbia, «já que grande miséria é o homem soberbo, mas maior é a misericórdia de Deus humilde».
Digamos ainda que a lição que Jesus dá aos fariseus é exemplar também para nós; não podemos nos afastar de nós os pecadores. O Senhor quer que nos amemos como Ele nos amou (cf. Jn 13,34) e devemos sentir grande gozo quando possamos levar uma ovelha errante ao redil ou recobrar uma moeda perdida.
Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm
Reflexão Luca 15,1-10
* O evangelho de hoje traz a primeira de
três parábolas ligadas entre si pela mesma palavra. Tratam de três coisas
perdidas: ovelha perdida (Lc 15,3-7), moeda perdida (Lc 15,8-10), e filho
perdido (Lc 15.11-32). As três parábola são dirigidas para os fariseus e os
doutores da lei que criticavam Jesus (Lc 15,1-3). Isto é, são dirigidas para o
fariseu ou para o doutor da lei que existe em cada um de nós.
* Lucas 15,1-3: Os destinatários das parábolas
Estes três primeiros versos descrevem o
contexto em que foram pronunciadas as três parábolas: “Todos os cobradores de
impostos e pecadores se aproximavam de Jesus para o escutar. Mas os fariseus e
os doutores da Lei criticavam a Jesus”.: De um lado, se encontram os cobradores
de impostos e os pecadores; do outro lado, os fariseus e os doutores da lei.
Lucas diz com um pouco de exagero: “Todos os publicanos e pecadores se
aproximavam de Jesus para o escutar”. Algo em Jesus os atraía. É a palavra de
Jesus que os atrai (cf Is 50,4). Eles querem ouvi-lo. Sinal de que não se
sentem condenados, mas sim acolhidos por ele. A crítica dos fariseus e escribas
é esta: "Esse homem acolhe pecadores, e come com eles!". No envio dos
setenta e dois discípulos (Lc 10,1-9), Jesus tinha mandado acolher os
excluídos, os doentes e possessos (Mt 10,8; Lc 10,9) e praticar a comunhão de
mesa (Lc 10,8).
* Lucas 15,4: Parábola da ovelha perdida
A parábola da ovelha perdida começa com uma
pergunta: "Se um de vocês tem cem ovelhas e perde uma, será que não deixa
as noventa e nove no campo para ir atrás da ovelha que se perdeu, até
encontrá-la?” Antes de ele mesmo dar a resposta, Jesus deve ter olhado os
ouvintes para ver como responderiam. A pergunta é formulada de tal maneira que
a resposta só pode ser positiva: “Sim, ele vai atrás da ovelha perdida!” E
você, como responderia? Você deixaria as noventa e nove ovelhas no campo para
ir atrás de uma única que se perdeu? Quem faria isso? Provavelmente, a maioria
terá respondido: “Jesus, aqui entre nós, ninguém faria uma coisa tão absurda. Diz
o provérbio: “Melhor um passarinho na mão do que dez voando!”
* Lucas 15,5-7: Jesus interpreta a parábola da
ovelha perdida
Ora, na parábola o dono das ovelhas faz o
que ninguém faria: larga tudo e vai atrás da ovelha perdida. Só Deus mesmo para
tomar uma tal atitude! Jesus quer que o fariseu ou o escriba que existe em nós,
em mim, tome consciência. Os fariseus e os escribas abandonavam os pecadores e
os excluíam. Eles nunca iriam atrás da ovelha perdida. Deixariam que ela se
perdesse no deserto. Eles preferem as noventa e nove que não se perderam. Mas
Jesus se coloca na pele da ovelha que se perdeu e que, naquele contexto da
religião oficial, cairia no desespero, sem esperança de ser acolhida. Jesus faz
saber a eles e a nós: “Se por acaso você se sentir perdido, pecador, lembre-se
que, para Deus, você vale mais que as noventa e nove outras ovelhas. Deus vai
atrás de você. E caso você se converter, saiba que “no céu haverá mais alegria
por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não
precisam de conversão."
* Lucas 15,8-10: Parábola da moeda perdida
A segunda parábola: "Se uma mulher tem
dez moedas de prata e perde uma, será que não acende uma lâmpada, varre a casa,
e procura cuidadosamente, até encontra a moeda? Quando a encontra, reúne amigas
e vizinhas, para dizer: 'Alegrem-se comigo! Eu encontrei a moeda que tinha
perdido'. E eu lhes declaro: os anjos de Deus sentem a mesma alegria por um só
pecador que se converte". Deus fica alegre conosco. Os anjos ficam alegres
conosco. A parábola era para comunicar esperança a quem estava ameaçado de
desespero pela religião oficial. Esta mensagem evoca o que Deus nos diz no
livro do profeta Isaías: “Eu te gravei na palma da minha mão!” (Is 49,16). “Tu
és precioso aos meus olhos, eu te amo!” (Is 43,4)
Para um confronto pessoal
1) Você andaria atrás da ovelha perdida?
2) Você acha que a igreja de hoje é fiel a
esta parábola de Jesus?
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