MÊS DE MARIA
MEDITAÇÃO – 24º dia
Eu deveria ter conservado a pureza e a
inocência batismal. Que felicidade seria então a minha! Mas só Deus conhece o
número de pecados com que tão indignamente manchei minha alma. Quantas lágrimas
não deveria eu derramar por ter perdido a inocência! Entretanto em minhas mãos
está recuperar a minha primitiva pureza.
“Ó Espírito Santo, fonte de água puríssima,
vem lavar as manchas do pecado! Misturada às minhas lágrimas, esta água divina
será para mim um banho salutar."
Queixo-me sempre de não sentir atrativo
pela Santa Comunhão nem pela leitura dos livros de piedade; de não ter lágrimas
para chorar meus pecados, como eu desejo; em cima, de ser duro como um rochedo
seco como a areia do deserto, e como a terra desolada pelos ardores do Sol. Se
assim é, por que não me exponho ao Espírito Santo essas necessidades de minha
alma?
Não é Ele a chuva benfazeja que refresca e
orvalha os corações? Digamos-lhe sem cessar: "Vinde, Espírito Santo, minha
alma está como uma terra sem água". Por que não lhe pedimos mais inclinação
pelas coisas de Deus? Todavia não devemos fazer-lhe este pedido só por amor às
consolações, mas sim para podermos com seu socorro produzir abundantes frutos
de salvação.
O Espírito Santo é também um bálsamo que
cura as feridas. Ah! se eu pudesse ver o lastimoso estado de minha alma,
quantas chagas descobriria nela, muitas feitas pelo pecado mortal e outras
muitíssimas pelo pecado venial, estas menores e menos profundas, porém muito
mais numerosas Não estou eu todo coberto de feridas, como o pobre viajante do
Evangelho assaltado pelos ladrões? Que hei de fazer, senão prostrar-me
humildemente ante o Espírito Santo, como fazem à porta dos templos esses
infelizes roídos de úlceras, implorando a assistência das almas compassivas; e
mostrar com profundo sentimento de dor e confusão as chagas de minha alma a
este caridoso médico. Ele compadecer-se-á de meu estado lastimável, e sua
virtude poderosa derramará sobre mim um bálsamo salutar.
Sétimo Exame: Obstáculo aos Dons
do Espírito Santo - A tibieza
1-
Nunca deixo minhas orações da manhã e da noite e faço sempre esses exercícios
com diligência e atenção?
2-
Assisto ao Santo Sacrifício da Missa quando mo permitem meus deveres de estado?
Achando-me na Igreja, não falto à modéstia e ao respeito? Não tenho
escandalizado ao próximo com meu ar dissipado?
Preenchendo
meus exercícios de piedade, sou verdadeiramente recolhido em meu interior?
3-
Não me acostumei a aproximar-me dos Sacramentos com tibieza, aborrecimento ou
respeito humano? Antes da confissão, sou diligente em excitar-me à dor de meus
pecados pela consideração dos motivos sobrenaturais da bondade de Deus, da
minha ingratidão para com Ele?...
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