quinta-feira, 19 de abril de 2012


MEDITAÇÕES PASCAIS - 8ª Meditação
Cristo ressuscitado, alegria infinita
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
         O Querido Jesus, o Senhor ressuscitado, exige que estejamos sempre alegres; porque não é correto e também contraditório servir ao Senhor ressuscitado com o semblante triste.
      Jesus, alegria infinita, foi ao encontro das mulheres e lhes disse: “Alegrai-vos”. Está claro que somente n’Ele encontraremos a verdadeira alegria, porque fora d’Ele tudo é sombra e ilusão.
      O Amado Senhor nos diz também: “Alegrai-vos”, porque:
     1- Ele é a luz eterna e está sempre ao nosso lado para iluminar os nossos passos, para que não caiamos em buracos, isto é, no pecado.
     2- O mesmo saiu do túmulo e está vivo, e nos convida para que saiamos também do túmulo do pecado, daquele túmulo escuro e cheio de fedor, e assim as nossas almas voltarão a brilhar.
     3- Ele é Jesus Cristo, aquele a quem devemos adorar, e nessa adoração seremos consolados.
     Cristo ressuscitado mostra abertamente que é a verdadeira alegria e que somente n’Ele encontraremos a mais pura felicidade.
     O homem perde um tempo precioso correndo de um lado para outro: vai a uma festa, entra num bar, corre para a praia, passa a noite em prostíbulos, droga-se, bebe bebida alcoólica, etc., e continua vazio... porque nesses lugares o mesmo não encontra a alegria infinita que é Nosso Senhor Jesus Cristo; e assim, vive triste e decepcionado.


Comentário do Evangelho do dia, feito por Santo Agostinho (354-430), bispos de Hipona e doutor da Igreja  Confissões XI, 2.3


« Aquele que Deus enviou profere as palavras de Deus e dá o Espírito sem medida »

     Deus meu, luz dos cegos e força dos fracos, e também luz dos que vêem e força dos fortes; volve a tua atenção sobre a minha alma e escuta quem grita do abismo (Sl 29,1). Se não estivesem presentes também no abismo os teus ouvidos, onde nos voltaríamos? A quem gritaríamos?

     “Teu é o dia e tua é a noite” (Sl 73,16); ao teu sinal, sobrevoam os instantes. Concede-me um jeito para as minhas meditações sobre os segredos da tua lei: não fecharias a quem bate (Mt 7,7). Não sem um objetivo certo, fizeste escrever tantas páginas de denso mistério; nem faltam aquelas florestas, com seus cervos (Sl 28,9), que ali se refugiam e se revigoram, ali passeiam e pastam, ali se reclinam e ruminam. Ó Senhor, cumpre a tua obra em mim, revelando-a para mim.

     Sim, a tua voz é a minha alegria, a tua voz é uma vontade superior a todas as outras. Dai-me o que amo. Para que eu ame o que tu me deste para amar. Não abandones os teus dons, não descuides da tua erva que provoca sede. Confessar-te-ei quanto descobrirei nos teus livros. Oh, “escutar a voz do teu louvor”(Sl 25,7), dessedentar-se de ti, contemplar as maravilhas da tua lei (Sl 118,18) desde o início, quando criaste o céu e a terra, e até o reino eterno contigo, na tua santa cidade.

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