LECTIO DIVINA PARA A SEMANA SANTA
«PAIXÃO DE CRISTO»
O evangelho de hoje narra-nos a
paixão de Jesus, as suas últimas horas de vida. Marcos apresenta Jesus como o
Filho de Deus (1,1; 15,39), que para cumprir a missão que o Pai lhe confiou tem
de passar pela morte. Mas tudo sucede para que se cumpram as Escrituras
(14,27.62; 15,34). Jesus aceita cumprir o projeto do Pai, mesmo quando esse
projeto passa por um destino de cruz. Esta cruz, escândalo para a fidelidade
dos discípulos, é o momento supremo da revelação da divindade de Jesus (15,39).
Quem acreditar no crucificado, acreditará no Filho de Deus. Foi assim que o
centurião, não tendo convivido com Jesus, se tornou num autêntico crente,
testemunha da sua morte e anunciador da sua divindade. É isto que Marcos
esperava da sua comunidade e da nossa, seus leitores.
Evangelho segundo São João (Mc
15, 1-39).
Naquele tempo, os príncipes dos
sacerdotes reuniram-se em conselho, logo de manhã, com os anciãos e os
escribas, isto é, todo o Sinédrio. Depois de terem manietado Jesus, foram
entregá-lo a Pilatos. Pilatos perguntou-lhe: «Tu és o Rei dos judeus?». Jesus
respondeu: «É como dizes». E os príncipes dos sacerdotes faziam muitas
acusações contra Ele. Pilatos interrogou-o de novo: «Não respondes nada? “Vê de
quantas coisas Te acusam». Mas Jesus nada respondeu, de modo que Pilatos estava
admirado. Pela festa da Páscoa, Pilatos costumava soltar-lhes um preso à sua
escolha. Havia um, chamado Barrabás, preso com os insurrectos, que numa revolta
tinham cometido um assassínio. A multidão, subindo, começou a pedir o que era
costume conceder-lhes. Pilatos respondeu: «Quereis que vos solte o Rei dos
judeus?». Ele sabia que os príncipes dos sacerdotes o tinham entregado por
inveja. Entretanto, os príncipes dos sacerdotes incitaram a multidão a pedir
que lhes soltasse antes Barrabás. Pilatos, tomando de novo a palavra,
perguntou-lhes: «Então, que hei de fazer daquele que chamais o Rei dos judeus?»
Eles gritaram de novo: «Crucifica-o!». Pilatos insistiu: «Que mal fez ele?» Mas
eles gritaram ainda mais: «Crucifica-o!». Então Pilatos, querendo contentar a
multidão, soltou-lhes Barrabás e, depois de ter mandado açoitar Jesus,
entregou- para ser crucificado. Os soldados levaram-no para dentro do palácio,
que era o pretório, e convocaram toda a coorte. Revestiram-no com um manto de
púrpura e puseram-Lhe na cabeça uma coroa de espinhos que haviam tecido. Depois
começaram a saudá-lo: «Salve, Rei dos judeus!» Batiam-lhe na cabeça com uma
cana, cuspiam-lhe e, dobrando os joelhos, prostravam-se diante dele. Depois de
o terem escarnecido, tiraram-lhe o manto de púrpura e vestiram-lhe as suas
roupas. Em seguida levaram-no dali para o crucificarem. Requisitaram, para lhe
levar a cruz, um homem que passava, vindo do campo, Simão de Cirene, pai de
Alexandre e Rufo. E levaram Jesus ao lugar do Gólgota, quer dizer, lugar do
Calvário. Queriam dar-lhe vinho misturado com mirra, mas ele não o quis beber.
Depois o crucificaram. E repartiram entre si as suas vestes, tirando-as à
sorte, para verem o que levaria cada um. Eram nove horas da manhã quando o
crucificaram. O letreiro que indicava a causa da condenação tinha escrito: «Rei
dos Judeus». Crucificaram com ele dois salteadores, um à direita e outro à
esquerda. Os que passavam insultavam-no e abanavam a cabeça, dizendo: «Tu que
destruías o templo e o reedificavas em três dias, salva-te a ti mesmo e desce
da cruz». Os príncipes dos sacerdotes e os escribas troçavam uns com os outros,
dizendo: «Salvou os outros e não pode salvar-se a si mesmo! Esse Messias, o Rei
de Israel, desça agora da cruz, para nós vermos e acreditarmos». Até os que
estavam crucificados com ele o injuriavam. Quando chegou o meio-dia, as trevas
envolveram toda a terra até às três horas da tarde. E às três horas da tarde,
Jesus clamou com voz forte: «Eloí, Eloí, lamá sabachtháni?» que quer dizer:
«Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonastes?» Alguns dos presentes, ouvindo
isto, disseram: «Está a chamar por Elias». Alguém correu a embeber uma esponja
em vinagre e, pondo-a na ponta duma cana, deu-lhe a beber e disse: «Deixa ver
se Elias vem tirá-lo dali». Então Jesus, soltando um grande brado, expirou. O
véu do templo rasgou-se em duas partes de alto a baixo. O centurião que estava
em frente de Jesus, ao vê-lo expirar daquela maneira, exclamou: «Na verdade,
este homem era Filho de Deus».
SEGUNDA-FEIRA
PALAVRA - Naquele tempo, os
príncipes dos sacerdotes reuniram-se em conselho, logo de manhã, com os anciãos
e os escribas, isto é, todo o Sinédrio. Depois de terem manietado Jesus, foram
entregá-lo a Pilatos.
MEDITAÇÃO - Na sua missão, Jesus entrou em choque com a atmosfera
de egoísmo e opressão que dominava o povo. As autoridades não estavam dispostas
a renunciar aos mecanismos que lhes asseguravam poder, influência, e
privilégios; não estavam dispostas a desinstalar-se e a aceitar Jesus como o
Filho de Deus (Mc 1,1; 15,39). Tantas vezes de costas voltadas, os príncipes
dos sacerdotes, os anciãos e os escribas estão, finalmente, de acordo: não
querem perder a oportunidade para acabar com Jesus. Os inimigos juntam-se na
mesma condenação. A partir daqui, Jesus torna-se um “objeto”, com as mãos
atadas, mas que vai passando de mão em mão: os que o prenderam levam-no ao
sinédrio, estes entregam Jesus a Pilatos, este aos soldados e, por fim, os
soldados levam-no à cruz! O seu corpo, entregue por nós, passa de uns para
outros, de maneira que todas as mãos dos pecadores recebam o dom.
ORAÇÃO - Preocupa-me, Senhor, que no nosso mundo não haja lugar
para ti, para o teu projeto de amor, para os Teus gestos que provocam inveja,
para as Tuas palavras que desinstalam e incomodam, porque são verdadeiras. Mas
o que mais me preocupa é que tantas vezes, também no meu coração, não há lugar
para ti! Estás consciente das consequências e do sofrimento e da tua entrega. O
teu caminho de cruz já começou. E esse caminho é comprido. O caminho é sempre
interminável quando o sofrimento é muito. Mas nesta humilhação, nesta fraqueza,
manifesta-se a fortaleza do teu amor, sem limites, até às últimas
consequências. Como é bom ter um Deus assim, capaz de se entregar por amor,
mesmo sem eu merecer! Obrigado, Senhor!
AÇÃO - Em tantos lugares Jesus continua de mãos atadas, sem espaço!
Vou libertar Jesus, vou desatar tudo o que o impeça de se manifestar como
verdadeiro Filho de Deus e irmão nosso.
TERÇA-FEIRA
PALAVRA - Pilatos perguntou-Lhe:
«Tu és o Rei dos judeus?». Jesus respondeu: «É como dizes». E os príncipes dos
sacerdotes faziam muitas acusações contra Ele. Pilatos interrogou-o de novo:
«Não respondes nada? Vê de quantas coisas te acusam». Mas Jesus nada respondeu,
de modo que Pilatos estava admirado. Pela festa da Páscoa, Pilatos costumava
soltar-lhes um preso à sua escolha. Havia um, chamado Barrabás, preso com os
insurrectos, que numa revolta tinham cometido um assassínio. A multidão,
subindo, começou a pedir o que era costume conceder-lhes. Pilatos respondeu: «Quereis
que vos solte o Rei dos Judeus?». Ele sabia que os príncipes dos sacerdotes o
tinham entregado por inveja. Entretanto, os príncipes dos sacerdotes incitaram
a multidão a pedir que lhes soltasse antes Barrabás. Pilatos, tomando de novo a
palavra, perguntou-lhes: «Então, que hei de fazer daquele que chamais o Rei dos
judeus?» Eles gritaram de novo: «Crucifica-o!». Pilatos insistiu: «Que mal fez
ele?» Mas eles gritaram ainda mais: «Crucifica-o!». Então Pilatos, querendo
contentar a multidão, soltou-lhes Barrabás e, depois de ter mandado açoitar
Jesus, entregou-o para ser crucificado.
MEDITAÇÃO - Na praça como no Sinédrio, todos condenam Jesus.
Pilatos admira-se do seu silêncio: como cordeiro mudo levado ao matadouro (Is
53,7). Defender-se de quê? Da verdade que disse ou da nossa violência? Se Ele
respondesse, todos seriamos condenados como injustos. O seu silêncio é a
Palavra de misericórdia que nos salva: em vez de acusar-nos justamente, sofre a
injusta acusação. E assim, a morte injusta do Justo, liberta o injusto da sua
morte justa. Barrabás, significa “filho do Pai” (bar abbá). É o nome que se dá
a quem tem uma paternidade desconhecida. Barrabás, filho de ninguém e irmão de
ninguém. A sua situação é metáfora da condição humana: todos ignoramos o Pai,
não somos nem filhos nem irmãos, mas gastamos a vida em luta uns com os outros…
ORAÇÃO - Como um criminoso ante o tribunal, és condenado à morte,
Jesus. És acusado de falar mal de Deus, tu que és a Palavra de Deus! Quantas
vezes também eu te julguei, Senhor! Quantas vezes desconfiei do teu amor e Te
entreguei nas mãos dos teus inimigos! Quantas vezes escolhi “Barrabás” para
poder continuar a viver sem compromissos de filiação e fraternidade! Quantas
vezes lavei as minhas mãos quando tu me pedias um testemunho! Perdoa a minha
cobardia. Perdoa o meu egoísmo.
AÇÃO - Jesus continua a ser julgado e condenado na praça pública e
são poucos os discípulos que, nos momentos difíceis, estão por perto! Escolher
Barrabás é lavar as mãos pelos irmãos; escolher Jesus é abraçar
incondicionalmente o irmão. Que fazer? Os gestos concretos o dirão…
QUARTA-FEIRA
PALAVRA - Os soldados levaram-no
para dentro do palácio, que era o pretório, e convocaram toda a coorte.
Revestiram-n’O com um manto de púrpura e puseram-lhe na cabeça uma coroa de
espinhos que haviam tecido. Depois começaram a saudá-lo: «Salve, Rei dos
judeus!» Batiam-lhe na cabeça com uma cana, cuspiam-lhe e, dobrando os joelhos,
prostravam-se diante dele. Depois de o terem escarnecido, tiraram-Lhe o manto
de púrpura e vestiram-Lhe as suas roupas. Em seguida levaram-no dali para o
crucificarem.
MEDITAÇÃO No pretório, lugar da guarnição militar é convocada toda
a corte: no centro da violência que se segue está o inocente. A narração revela
a gratuidade e brutalidade do mal! Já haviam tirado a dignidade a Jesus; - agora
tiram-lhe as vestes. É despido e coberto com um manto de púrpura, veste de rei,
hábito de sangue. Ah, faltava ainda uma coisa para ser rei: cravam-lhe, por
isso, uma coroa de espinhos… prostram-se em atitude de súbditos, e batem-lhe
com a cana, cetro, na cabeça ferida! Esta comédia diante de Jesus desvela a
tragédia do poder… que despreza o sentimento do outro. Transfigurado pela nossa
desfiguração, a sua beleza é a nossa brutalidade, o seu esplendor as nossas
trevas.
ORAÇÃO - Os golpes, os espinhos e o desprezo, sem defesa, tiram-te
as forças Jesus. Estás só. Está-se sempre assim quando se é rejeitado, ou se
sofre por causa dos outros. És, também, despojado das tuas vestes. Já te haviam
tirado a tua dignidade. Agora tiram-te também as tuas roupas. Estás despido de
tudo, menos do teu propósito de amor. Podem tirar-te as vestes, mas o teu amor
por nós, ninguém to pode arrancar. Obrigado, Senhor!
AÇÃO - Apesar de tanto sofrimento, Jesus resiste porque tem sempre
presente a sua missão de amor sem limites. Ser cristão, ser de Cristo, é amar
sem limites. Que a nossa vida exprima esta realidade em gestos concretos.
QUINTA-FEIRA
PALAVRA - Requisitaram, para Lhe
levar a cruz, um homem que passava, vindo do campo, Simão de Cirene, pai de
Alexandre e Rufo. E levaram Jesus ao lugar do Gólgota, quer dizer, lugar do
Calvário. Queriam dar-lhe vinho misturado com mirra, mas ele não o quis beber.
Depois crucificaram-no. E repartiram entre si as suas vestes, tirando-as à
sorte, para verem o que levaria cada um. Eram nove horas da manhã quando o
crucificaram. O letreiro que indicava a causa da condenação tinha escrito: «Rei
dos Judeus». Crucificaram com ele dois salteadores, um à direita e outro à
esquerda.
MEDITAÇÃO - No momento mais alto da história de Deus e do homem,
Simão de Cirene ajuda Jesus a levar a cruz. O verdadeiro discípulo é aquele que
toma a sua cruz e segue Jesus (Mc 8,34). O que Jesus faz conosco, fez o Cireneu
com ele: torna-se discípulo perfeito, uma vez que se identificou com o seu
mestre. Só mais tarde compreenderá o grande dom que lhe foi oferecido. As
vestes do Filho são repartidas e cobrirão os crucificadores. São eles os
primeiros que, revestidos dele, darão glória a Deus. Na cruz, condenação dos
escravos rebeldes, Jesus, o Filho de Deus, para cumprir a missão que o Pai lhe
confiou tem de passar pela cruz, pela morte (Mc 8,31).
ORAÇÃO - No caminho para o Calvário, não há senão gente que faz
troça e mãos que te empurram, Jesus. Ninguém levanta a voz para te apoiar,
ninguém levanta uma mão para te amparar. Por fim aparece Simão de Cirene. Como
é reconfortante, quando a cruz se torna mais pesada, encontrar alguém disposto
a ajudar. Tantas vezes desejei fazer evaporar a cruz… Mas hoje compreendo que,
abraçando-a plenamente, me sentirei mais salvo que nunca. Toma os meus braços,
Senhor, também eu quero ajudar-te e ser Cireneu na vida dos que colocaste a meu
lado.
AÇÃO - Os rostos de tantos à nossa volta, trazem bem estampados o
grito de socorro: “Cireneus precisam-se”. Jesus está à espera no rosto dessas
pessoas.
SEXTA-FEIRA
PALAVRA - Os que passavam
insultavam-no e abanavam a cabeça, dizendo: «Tu que destruías o templo e o
reedificavas em três dias, salva-te a ti mesmo e desce da cruz». Os príncipes
dos sacerdotes e os escribas troçavam uns com os outros, dizendo: «Salvou os
outros e não pode salvar-se a si mesmo! Esse Messias, o Rei de Israel, desça
agora da cruz, para nós vermos e acreditarmos». Até os que estavam crucificados
com ele o injuriavam.
MEDITAÇÃO - Antes os soldados e o povo, agora os que passavam, até
os príncipes dos sacerdotes e escribas troçam dele e o insultam. Mas o maior
insulto é, sem dúvida, não reconhecer Cristo. Jesus não se quer salvar a si
mesmo. Salvar-se a si mesmo é a origem do egoísmo que comanda as nossas ações.
Mas só quem perde a sua vida, a poderá salvar (Mt 16,25). Querer tirar Jesus da
cruz é tirar-nos a salvação. Se Jesus descesse da cruz, estaríamos nós no seu
lugar, pagando a nossa condenação justa. Mas Jesus entrega-se, perde-se a si
próprio, para nos ganhar, porque o seu amor não tem limites, vai até às últimas
consequências, a cruz. Não deixa de ser curioso que até os que estavam
crucificados com ele o insultavam. A cruz é escândalo até para aqueles a quem o
Senhor se tornou próximo. Mas esta é a melhor oportunidade de nos sentirmos
salvos por Deus. Não a deitemos a perder.
ORAÇÃO - Tanto desprezo à tua volta, Senhor. E onde estou eu para te
defender? Que espero ter para te defender? Uma “arma atômica”… ou a força da
Tua mansidão? Tantos insultos, tantos olhares sem misericórdia… para ti que
usaste de tanta bondade e que revelaste o coração misericordioso de Deus. E
estás crucificado, Jesus! As tuas mãos não se podem mover. As tuas mãos que se
estendiam para os humilhados e para os doentes e para todos os sem esperança.
Aqui tens as minhas mãos, aqui tens os meus braços para continuares a abençoar
e a acolher, não têm a tua bondade, mas são todas para ti.
AÇÃO - Jesus está crucificado, com as mãos cravadas. Ele que as
usou sempre para o bem. Mas Jesus tem agora as minhas mãos. Que estou disposto
a fazer com elas? A semear sofrimento e morte nos outros ou a estendê-las para
que outros se levantem? Que sejam os gestos concretos a dar a resposta!
SÁBADO
PALAVRA - Quando chegou o
meio-dia, as trevas envolveram toda a terra até às três horas da tarde. E às
três horas da tarde, Jesus clamou com voz forte: «Eloí, Eloí, lamá
sabachtháni?» que quer dizer: «Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonastes?»
Alguns dos presentes, ouvindo isto, disseram: «Está a chamar por Elias». Alguém
correu a embeber uma esponja em vinagre e, pondo-a na ponta duma cana, deu-Lhe
a beber e disse: «Deixa ver se Elias vem tirá-lo dali». Então Jesus, soltando
um grande brado, expirou. O véu do templo rasgou-se em duas partes de alto a
baixo. O centurião que estava em frente de Jesus, ao vê-lo expirar daquela
maneira, exclamou: «Na verdade, este homem era Filho de Deus».
MEDITAÇÃO - As trevas envolveram a terra ao meio dia; o mal atingiu
o seu ápice: a luz, princípio da criação, está “prisioneira” das trevas (Am
8,9). E toda a terra faz luto pelo Filho. As trevas, que ofuscam o sol, são o
regresso do caos primordial e, a partir da cruz de Seu Filho, Deus realiza uma
nova criação. Jesus está só (Sal 22). Todos o abandonaram. Diante da cruz,
apenas o centurião, um desconhecido, responsável pela execução de Jesus, se fez
crente. Deveria impressionar-nos que todos os discípulos fracassaram onde um
pagão resistiu. Diante da cruz tornou-se crente. Bom exemplo para esta Páscoa.
Não tenhamos dúvidas: a nossa fé não será madura enquanto não aceitarmos a cruz
de Cristo.
ORAÇÃO - Quiseste, Jesus, anunciar a bondade de Deus. Quiseste
distribuir a ternura de Deus, quiseste oferecer o perdão de Deus a todos, dignos
ou indignos. Cumpriste a tua missão. Agora gritas e morres na cruz. Que o teu
grito de entrega, Senhor, solte a minha voz para te anunciar como verdadeiro
Filho de Deus; que a tua morte, Jesus, revigore as minhas forças, para que
vivas em mim e eu viva para tantos que confiaste a meu cuidado.
AÇÃO - Como o centurião, vou confessar-te com a minha vida que tu,
Senhor, és o Filho de Deus! A partir de agora, a partir desta Páscoa, “já não
sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim” (Gal 2,20). O meu agir será o meu
garante.
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