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sábado, 31 de março de 2012


 LECTIO DIVINA PARA A SEMANA SANTA
«PAIXÃO DE CRISTO»

O evangelho de hoje narra-nos a paixão de Jesus, as suas últimas horas de vida. Marcos apresenta Jesus como o Filho de Deus (1,1; 15,39), que para cumprir a missão que o Pai lhe confiou tem de passar pela morte. Mas tudo sucede para que se cumpram as Escrituras (14,27.62; 15,34). Jesus aceita cumprir o projeto do Pai, mesmo quando esse projeto passa por um destino de cruz. Esta cruz, escândalo para a fidelidade dos discípulos, é o momento supremo da revelação da divindade de Jesus (15,39). Quem acreditar no crucificado, acreditará no Filho de Deus. Foi assim que o centurião, não tendo convivido com Jesus, se tornou num autêntico crente, testemunha da sua morte e anunciador da sua divindade. É isto que Marcos esperava da sua comunidade e da nossa, seus leitores.

Evangelho segundo São João (Mc 15, 1-39).
Naquele tempo, os príncipes dos sacerdotes reuniram-se em conselho, logo de manhã, com os anciãos e os escribas, isto é, todo o Sinédrio. Depois de terem manietado Jesus, foram entregá-lo a Pilatos. Pilatos perguntou-lhe: «Tu és o Rei dos judeus?». Jesus respondeu: «É como dizes». E os príncipes dos sacerdotes faziam muitas acusações contra Ele. Pilatos interrogou-o de novo: «Não respondes nada? “Vê de quantas coisas Te acusam». Mas Jesus nada respondeu, de modo que Pilatos estava admirado. Pela festa da Páscoa, Pilatos costumava soltar-lhes um preso à sua escolha. Havia um, chamado Barrabás, preso com os insurrectos, que numa revolta tinham cometido um assassínio. A multidão, subindo, começou a pedir o que era costume conceder-lhes. Pilatos respondeu: «Quereis que vos solte o Rei dos judeus?». Ele sabia que os príncipes dos sacerdotes o tinham entregado por inveja. Entretanto, os príncipes dos sacerdotes incitaram a multidão a pedir que lhes soltasse antes Barrabás. Pilatos, tomando de novo a palavra, perguntou-lhes: «Então, que hei de fazer daquele que chamais o Rei dos judeus?» Eles gritaram de novo: «Crucifica-o!». Pilatos insistiu: «Que mal fez ele?» Mas eles gritaram ainda mais: «Crucifica-o!». Então Pilatos, querendo contentar a multidão, soltou-lhes Barrabás e, depois de ter mandado açoitar Jesus, entregou- para ser crucificado. Os soldados levaram-no para dentro do palácio, que era o pretório, e convocaram toda a coorte. Revestiram-no com um manto de púrpura e puseram-Lhe na cabeça uma coroa de espinhos que haviam tecido. Depois começaram a saudá-lo: «Salve, Rei dos judeus!» Batiam-lhe na cabeça com uma cana, cuspiam-lhe e, dobrando os joelhos, prostravam-se diante dele. Depois de o terem escarnecido, tiraram-lhe o manto de púrpura e vestiram-lhe as suas roupas. Em seguida levaram-no dali para o crucificarem. Requisitaram, para lhe levar a cruz, um homem que passava, vindo do campo, Simão de Cirene, pai de Alexandre e Rufo. E levaram Jesus ao lugar do Gólgota, quer dizer, lugar do Calvário. Queriam dar-lhe vinho misturado com mirra, mas ele não o quis beber. Depois o crucificaram. E repartiram entre si as suas vestes, tirando-as à sorte, para verem o que levaria cada um. Eram nove horas da manhã quando o crucificaram. O letreiro que indicava a causa da condenação tinha escrito: «Rei dos Judeus». Crucificaram com ele dois salteadores, um à direita e outro à esquerda. Os que passavam insultavam-no e abanavam a cabeça, dizendo: «Tu que destruías o templo e o reedificavas em três dias, salva-te a ti mesmo e desce da cruz». Os príncipes dos sacerdotes e os escribas troçavam uns com os outros, dizendo: «Salvou os outros e não pode salvar-se a si mesmo! Esse Messias, o Rei de Israel, desça agora da cruz, para nós vermos e acreditarmos». Até os que estavam crucificados com ele o injuriavam. Quando chegou o meio-dia, as trevas envolveram toda a terra até às três horas da tarde. E às três horas da tarde, Jesus clamou com voz forte: «Eloí, Eloí, lamá sabachtháni?» que quer dizer: «Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonastes?» Alguns dos presentes, ouvindo isto, disseram: «Está a chamar por Elias». Alguém correu a embeber uma esponja em vinagre e, pondo-a na ponta duma cana, deu-lhe a beber e disse: «Deixa ver se Elias vem tirá-lo dali». Então Jesus, soltando um grande brado, expirou. O véu do templo rasgou-se em duas partes de alto a baixo. O centurião que estava em frente de Jesus, ao vê-lo expirar daquela maneira, exclamou: «Na verdade, este homem era Filho de Deus». 

SEGUNDA-FEIRA

PALAVRA - Naquele tempo, os príncipes dos sacerdotes reuniram-se em conselho, logo de manhã, com os anciãos e os escribas, isto é, todo o Sinédrio. Depois de terem manietado Jesus, foram entregá-lo a Pilatos.

MEDITAÇÃO - Na sua missão, Jesus entrou em choque com a atmosfera de egoísmo e opressão que dominava o povo. As autoridades não estavam dispostas a renunciar aos mecanismos que lhes asseguravam poder, influência, e privilégios; não estavam dispostas a desinstalar-se e a aceitar Jesus como o Filho de Deus (Mc 1,1; 15,39). Tantas vezes de costas voltadas, os príncipes dos sacerdotes, os anciãos e os escribas estão, finalmente, de acordo: não querem perder a oportunidade para acabar com Jesus. Os inimigos juntam-se na mesma condenação. A partir daqui, Jesus torna-se um “objeto”, com as mãos atadas, mas que vai passando de mão em mão: os que o prenderam levam-no ao sinédrio, estes entregam Jesus a Pilatos, este aos soldados e, por fim, os soldados levam-no à cruz! O seu corpo, entregue por nós, passa de uns para outros, de maneira que todas as mãos dos pecadores recebam o dom.

ORAÇÃO - Preocupa-me, Senhor, que no nosso mundo não haja lugar para ti, para o teu projeto de amor, para os Teus gestos que provocam inveja, para as Tuas palavras que desinstalam e incomodam, porque são verdadeiras. Mas o que mais me preocupa é que tantas vezes, também no meu coração, não há lugar para ti! Estás consciente das consequências e do sofrimento e da tua entrega. O teu caminho de cruz já começou. E esse caminho é comprido. O caminho é sempre interminável quando o sofrimento é muito. Mas nesta humilhação, nesta fraqueza, manifesta-se a fortaleza do teu amor, sem limites, até às últimas consequências. Como é bom ter um Deus assim, capaz de se entregar por amor, mesmo sem eu merecer! Obrigado, Senhor!

AÇÃO - Em tantos lugares Jesus continua de mãos atadas, sem espaço! Vou libertar Jesus, vou desatar tudo o que o impeça de se manifestar como verdadeiro Filho de Deus e irmão nosso.

TERÇA-FEIRA

PALAVRA - Pilatos perguntou-Lhe: «Tu és o Rei dos judeus?». Jesus respondeu: «É como dizes». E os príncipes dos sacerdotes faziam muitas acusações contra Ele. Pilatos interrogou-o de novo: «Não respondes nada? Vê de quantas coisas te acusam». Mas Jesus nada respondeu, de modo que Pilatos estava admirado. Pela festa da Páscoa, Pilatos costumava soltar-lhes um preso à sua escolha. Havia um, chamado Barrabás, preso com os insurrectos, que numa revolta tinham cometido um assassínio. A multidão, subindo, começou a pedir o que era costume conceder-lhes. Pilatos respondeu: «Quereis que vos solte o Rei dos Judeus?». Ele sabia que os príncipes dos sacerdotes o tinham entregado por inveja. Entretanto, os príncipes dos sacerdotes incitaram a multidão a pedir que lhes soltasse antes Barrabás. Pilatos, tomando de novo a palavra, perguntou-lhes: «Então, que hei de fazer daquele que chamais o Rei dos judeus?» Eles gritaram de novo: «Crucifica-o!». Pilatos insistiu: «Que mal fez ele?» Mas eles gritaram ainda mais: «Crucifica-o!». Então Pilatos, querendo contentar a multidão, soltou-lhes Barrabás e, depois de ter mandado açoitar Jesus, entregou-o para ser crucificado.

MEDITAÇÃO - Na praça como no Sinédrio, todos condenam Jesus. Pilatos admira-se do seu silêncio: como cordeiro mudo levado ao matadouro (Is 53,7). Defender-se de quê? Da verdade que disse ou da nossa violência? Se Ele respondesse, todos seriamos condenados como injustos. O seu silêncio é a Palavra de misericórdia que nos salva: em vez de acusar-nos justamente, sofre a injusta acusação. E assim, a morte injusta do Justo, liberta o injusto da sua morte justa. Barrabás, significa “filho do Pai” (bar abbá). É o nome que se dá a quem tem uma paternidade desconhecida. Barrabás, filho de ninguém e irmão de ninguém. A sua situação é metáfora da condição humana: todos ignoramos o Pai, não somos nem filhos nem irmãos, mas gastamos a vida em luta uns com os outros…

ORAÇÃO - Como um criminoso ante o tribunal, és condenado à morte, Jesus. És acusado de falar mal de Deus, tu que és a Palavra de Deus! Quantas vezes também eu te julguei, Senhor! Quantas vezes desconfiei do teu amor e Te entreguei nas mãos dos teus inimigos! Quantas vezes escolhi “Barrabás” para poder continuar a viver sem compromissos de filiação e fraternidade! Quantas vezes lavei as minhas mãos quando tu me pedias um testemunho! Perdoa a minha cobardia. Perdoa o meu egoísmo.

AÇÃO - Jesus continua a ser julgado e condenado na praça pública e são poucos os discípulos que, nos momentos difíceis, estão por perto! Escolher Barrabás é lavar as mãos pelos irmãos; escolher Jesus é abraçar incondicionalmente o irmão. Que fazer? Os gestos concretos o dirão…

QUARTA-FEIRA

PALAVRA - Os soldados levaram-no para dentro do palácio, que era o pretório, e convocaram toda a coorte. Revestiram-n’O com um manto de púrpura e puseram-lhe na cabeça uma coroa de espinhos que haviam tecido. Depois começaram a saudá-lo: «Salve, Rei dos judeus!» Batiam-lhe na cabeça com uma cana, cuspiam-lhe e, dobrando os joelhos, prostravam-se diante dele. Depois de o terem escarnecido, tiraram-Lhe o manto de púrpura e vestiram-Lhe as suas roupas. Em seguida levaram-no dali para o crucificarem.

MEDITAÇÃO No pretório, lugar da guarnição militar é convocada toda a corte: no centro da violência que se segue está o inocente. A narração revela a gratuidade e brutalidade do mal! Já haviam tirado a dignidade a Jesus; - agora tiram-lhe as vestes. É despido e coberto com um manto de púrpura, veste de rei, hábito de sangue. Ah, faltava ainda uma coisa para ser rei: cravam-lhe, por isso, uma coroa de espinhos… prostram-se em atitude de súbditos, e batem-lhe com a cana, cetro, na cabeça ferida! Esta comédia diante de Jesus desvela a tragédia do poder… que despreza o sentimento do outro. Transfigurado pela nossa desfiguração, a sua beleza é a nossa brutalidade, o seu esplendor as nossas trevas.

ORAÇÃO - Os golpes, os espinhos e o desprezo, sem defesa, tiram-te as forças Jesus. Estás só. Está-se sempre assim quando se é rejeitado, ou se sofre por causa dos outros. És, também, despojado das tuas vestes. Já te haviam tirado a tua dignidade. Agora tiram-te também as tuas roupas. Estás despido de tudo, menos do teu propósito de amor. Podem tirar-te as vestes, mas o teu amor por nós, ninguém to pode arrancar. Obrigado, Senhor!

AÇÃO - Apesar de tanto sofrimento, Jesus resiste porque tem sempre presente a sua missão de amor sem limites. Ser cristão, ser de Cristo, é amar sem limites. Que a nossa vida exprima esta realidade em gestos concretos.

QUINTA-FEIRA

PALAVRA - Requisitaram, para Lhe levar a cruz, um homem que passava, vindo do campo, Simão de Cirene, pai de Alexandre e Rufo. E levaram Jesus ao lugar do Gólgota, quer dizer, lugar do Calvário. Queriam dar-lhe vinho misturado com mirra, mas ele não o quis beber. Depois crucificaram-no. E repartiram entre si as suas vestes, tirando-as à sorte, para verem o que levaria cada um. Eram nove horas da manhã quando o crucificaram. O letreiro que indicava a causa da condenação tinha escrito: «Rei dos Judeus». Crucificaram com ele dois salteadores, um à direita e outro à esquerda.

MEDITAÇÃO - No momento mais alto da história de Deus e do homem, Simão de Cirene ajuda Jesus a levar a cruz. O verdadeiro discípulo é aquele que toma a sua cruz e segue Jesus (Mc 8,34). O que Jesus faz conosco, fez o Cireneu com ele: torna-se discípulo perfeito, uma vez que se identificou com o seu mestre. Só mais tarde compreenderá o grande dom que lhe foi oferecido. As vestes do Filho são repartidas e cobrirão os crucificadores. São eles os primeiros que, revestidos dele, darão glória a Deus. Na cruz, condenação dos escravos rebeldes, Jesus, o Filho de Deus, para cumprir a missão que o Pai lhe confiou tem de passar pela cruz, pela morte (Mc 8,31).

ORAÇÃO - No caminho para o Calvário, não há senão gente que faz troça e mãos que te empurram, Jesus. Ninguém levanta a voz para te apoiar, ninguém levanta uma mão para te amparar. Por fim aparece Simão de Cirene. Como é reconfortante, quando a cruz se torna mais pesada, encontrar alguém disposto a ajudar. Tantas vezes desejei fazer evaporar a cruz… Mas hoje compreendo que, abraçando-a plenamente, me sentirei mais salvo que nunca. Toma os meus braços, Senhor, também eu quero ajudar-te e ser Cireneu na vida dos que colocaste a meu lado.

AÇÃO - Os rostos de tantos à nossa volta, trazem bem estampados o grito de socorro: “Cireneus precisam-se”. Jesus está à espera no rosto dessas pessoas.

SEXTA-FEIRA

PALAVRA - Os que passavam insultavam-no e abanavam a cabeça, dizendo: «Tu que destruías o templo e o reedificavas em três dias, salva-te a ti mesmo e desce da cruz». Os príncipes dos sacerdotes e os escribas troçavam uns com os outros, dizendo: «Salvou os outros e não pode salvar-se a si mesmo! Esse Messias, o Rei de Israel, desça agora da cruz, para nós vermos e acreditarmos». Até os que estavam crucificados com ele o injuriavam.

MEDITAÇÃO - Antes os soldados e o povo, agora os que passavam, até os príncipes dos sacerdotes e escribas troçam dele e o insultam. Mas o maior insulto é, sem dúvida, não reconhecer Cristo. Jesus não se quer salvar a si mesmo. Salvar-se a si mesmo é a origem do egoísmo que comanda as nossas ações. Mas só quem perde a sua vida, a poderá salvar (Mt 16,25). Querer tirar Jesus da cruz é tirar-nos a salvação. Se Jesus descesse da cruz, estaríamos nós no seu lugar, pagando a nossa condenação justa. Mas Jesus entrega-se, perde-se a si próprio, para nos ganhar, porque o seu amor não tem limites, vai até às últimas consequências, a cruz. Não deixa de ser curioso que até os que estavam crucificados com ele o insultavam. A cruz é escândalo até para aqueles a quem o Senhor se tornou próximo. Mas esta é a melhor oportunidade de nos sentirmos salvos por Deus. Não a deitemos a perder.

ORAÇÃO - Tanto desprezo à tua volta, Senhor. E onde estou eu para te defender? Que espero ter para te defender? Uma “arma atômica”… ou a força da Tua mansidão? Tantos insultos, tantos olhares sem misericórdia… para ti que usaste de tanta bondade e que revelaste o coração misericordioso de Deus. E estás crucificado, Jesus! As tuas mãos não se podem mover. As tuas mãos que se estendiam para os humilhados e para os doentes e para todos os sem esperança. Aqui tens as minhas mãos, aqui tens os meus braços para continuares a abençoar e a acolher, não têm a tua bondade, mas são todas para ti.

AÇÃO - Jesus está crucificado, com as mãos cravadas. Ele que as usou sempre para o bem. Mas Jesus tem agora as minhas mãos. Que estou disposto a fazer com elas? A semear sofrimento e morte nos outros ou a estendê-las para que outros se levantem? Que sejam os gestos concretos a dar a resposta!

SÁBADO

PALAVRA - Quando chegou o meio-dia, as trevas envolveram toda a terra até às três horas da tarde. E às três horas da tarde, Jesus clamou com voz forte: «Eloí, Eloí, lamá sabachtháni?» que quer dizer: «Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonastes?» Alguns dos presentes, ouvindo isto, disseram: «Está a chamar por Elias». Alguém correu a embeber uma esponja em vinagre e, pondo-a na ponta duma cana, deu-Lhe a beber e disse: «Deixa ver se Elias vem tirá-lo dali». Então Jesus, soltando um grande brado, expirou. O véu do templo rasgou-se em duas partes de alto a baixo. O centurião que estava em frente de Jesus, ao vê-lo expirar daquela maneira, exclamou: «Na verdade, este homem era Filho de Deus».

MEDITAÇÃO - As trevas envolveram a terra ao meio dia; o mal atingiu o seu ápice: a luz, princípio da criação, está “prisioneira” das trevas (Am 8,9). E toda a terra faz luto pelo Filho. As trevas, que ofuscam o sol, são o regresso do caos primordial e, a partir da cruz de Seu Filho, Deus realiza uma nova criação. Jesus está só (Sal 22). Todos o abandonaram. Diante da cruz, apenas o centurião, um desconhecido, responsável pela execução de Jesus, se fez crente. Deveria impressionar-nos que todos os discípulos fracassaram onde um pagão resistiu. Diante da cruz tornou-se crente. Bom exemplo para esta Páscoa. Não tenhamos dúvidas: a nossa fé não será madura enquanto não aceitarmos a cruz de Cristo.

ORAÇÃO - Quiseste, Jesus, anunciar a bondade de Deus. Quiseste distribuir a ternura de Deus, quiseste oferecer o perdão de Deus a todos, dignos ou indignos. Cumpriste a tua missão. Agora gritas e morres na cruz. Que o teu grito de entrega, Senhor, solte a minha voz para te anunciar como verdadeiro Filho de Deus; que a tua morte, Jesus, revigore as minhas forças, para que vivas em mim e eu viva para tantos que confiaste a meu cuidado.

AÇÃO - Como o centurião, vou confessar-te com a minha vida que tu, Senhor, és o Filho de Deus! A partir de agora, a partir desta Páscoa, “já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim” (Gal 2,20). O meu agir será o meu garante.

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