M E D I T A Ç Õ E S
Q U A R E S M A I S
O SERVO SOFREDOR - A história da paixão de Cristo IV
Simão, Simão, eis que
Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo! Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé
não desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos (Lucas
22.31-32).
Jesus advertiu os discípulos, dizendo lhes
que nesta noite todos eles se escandalizariam nele. Pedro retrucou que nunca
faria isto. Com amor e firmeza, Jesus passou a mostrar-lhes o poder da
tentação. Satanás vos reclamou.
Quem é Satanás? Ele é um inimigo poderoso.
A antiga serpente, a quem pertencemos por nascimento. Seu reino é vasto. No
carnaval que passou, vimos seu tremendo poder. Milhares de pessoas lhe
pertencem. São seus escravos. Retorcem-se quais vermes no fogo, mas não têm
poder para se libertarem dele. O apóstolo afirma: Éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais (Efésios 2.3).
Cristo, o Senhor mais forte, veio para destruir as obras do diabo (1 Jo 3.8)
e libertar a humanidade do poder e da escravidão de Satanás. E todo daquele que
arrependido de seus pecados confia na graça de Cristo é perdoado, liberto da
escravidão de Satanás e volta à comunhão com Deus. Mas o fato de ser, agora,
filho de Deus pela fé, não significa que não será mais agredido e tentado por
Satanás. Pelo contrário, Satanás dobra sua astúcia em relação aos filhos de Deus,
para reconquistá-los. Assim ele tentou a Jesus, que teve que lhe dizer: Arreda Satanás (Mateus 16.23). Conseguiu
dominar Judas, agora quer especialmente a Pedro e aos demais apóstolos. Jesus
adverte a Pedro, mas este, cegado por sua nefasta autoconfiança, mesmo
advertido por Jesus, não reconhece o perigo. Eis as características do orgulho:
Confiamos em nossas próprias forças, rejeitamos a admoestação de Jesus, menos
prezamos o próximo, e então segue a queda. Cada dia este quadro se repete com
muitos cristãos.
Como Jesus deve ter ficado triste ao ver
como Pedro e os demais discípulos rejeitavam sua admoestação, quando deveriam
ter suplicado: Senhor! Ampara-nos, não nos deixes cair. Fortalece-nos. Não
permitas que Satanás nos prostre ao chão. Mesmo sem ser pedido, Jesus orou por
eles. Especialmente por Pedro: Roguei por
ti, para que tua fé não desfalecesse. Jesus, o bom pastor, ora também por
nós. E quando nós nos desviamos, ele nos procura também como procurou a ovelha
perdida. Jesus disse ainda a Pedro: Quando
te converteres, fortalece os irmãos. Basta ler as cartas pastorais de
Pedro, e ver como Pedro consola os irmãos. Ele escreve em sua carta: Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade,
porque ele tem cuidado de vós. Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso
adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar
(1 Pedro 5.7-8).
DO OFÍCIO DE LEITURAS:
Do Tratado contra as heresias, de Santo Irineu, bispo
Do Tratado contra as heresias, de Santo Irineu, bispo
(Séc. II)
A amizade de Deus
Nosso Senhor, o Verbo de Deus, que primeiro atraiu os homens para serem servos de Deus, libertou em seguida os que lhe estavam submissos, como ele próprio disse a seus discípulos: Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu senhor. Eu vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai (Jo 15,15). A amizade de Deus concede a imortalidade aos que a obtém.
No princípio, Deus formou Adão, não porque tivesse necessidade do homem, mas para ter alguém que pudesse receber os seus benefícios. De fato, não só antes de Adão, mas antes da criação, o Verbo glorificava seu Pai, permanecendo nele, e era também glorificado pelo Pai, como ele mesmo declara: Pai, glorifica-me com a glória que eu tinha junto de ti antes que o mundo existisse (Jo 17,5).
Não foi também por necessitar do nosso serviço que Deus nos mandou segui-lo, mas para dar-nos a salvação. Pois seguir o Salvador é participar da salvação, e seguir a luz é receber a luz.
Quando os homens estão na luz, não sã o eles que a iluminam, mas são iluminados e tornam-se resplandecentes por ela. Nada lhe proporcionam, mas dela recebem o benefício e a iluminação.
Do mesmo modo, o serviço que prestamos a Deus nada acrescenta a Deus, porque ele não precisa do serviço dos homens. Mas aos que o seguem e servem, Deus concede a vida, a incorruptibilidade e a glória eterna. Ele dá seus benefícios aos que o servem precisamente porque o servem e aos que o seguem precisamente porque o seguem; mas não recebe deles nenhum benefício, porque é rico, perfeito e de nada precisa.
Se Deus requer o serviço dos homens é porque, sendo bom e misericordioso, deseja conceder os seus dons aos que perseveram no seu serviço. Com efeito, Deus de nada precisa, pias o homem é que precisa da comunhão com Deus.
É esta, pois, a glória do homem: perseverar e permanecer no serviço de Deus. Por esse motivo dizia o Senhor a seus discípulos: Não fostes vós que me escolhestes, mas fui e u que vos escolhi (Jo 15,16), dando assim a entender que não eram eles que o glorificavam seguindo-o, mas, por terem seguido o Filho de Deus, eram por ele glorificados. E disse ainda: Quero que estejam comigo onde eu estiver, para que eles contemplem a minha glória (Jo 17,24).
Nosso Senhor, o Verbo de Deus, que primeiro atraiu os homens para serem servos de Deus, libertou em seguida os que lhe estavam submissos, como ele próprio disse a seus discípulos: Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu senhor. Eu vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai (Jo 15,15). A amizade de Deus concede a imortalidade aos que a obtém.
No princípio, Deus formou Adão, não porque tivesse necessidade do homem, mas para ter alguém que pudesse receber os seus benefícios. De fato, não só antes de Adão, mas antes da criação, o Verbo glorificava seu Pai, permanecendo nele, e era também glorificado pelo Pai, como ele mesmo declara: Pai, glorifica-me com a glória que eu tinha junto de ti antes que o mundo existisse (Jo 17,5).
Não foi também por necessitar do nosso serviço que Deus nos mandou segui-lo, mas para dar-nos a salvação. Pois seguir o Salvador é participar da salvação, e seguir a luz é receber a luz.
Quando os homens estão na luz, não sã o eles que a iluminam, mas são iluminados e tornam-se resplandecentes por ela. Nada lhe proporcionam, mas dela recebem o benefício e a iluminação.
Do mesmo modo, o serviço que prestamos a Deus nada acrescenta a Deus, porque ele não precisa do serviço dos homens. Mas aos que o seguem e servem, Deus concede a vida, a incorruptibilidade e a glória eterna. Ele dá seus benefícios aos que o servem precisamente porque o servem e aos que o seguem precisamente porque o seguem; mas não recebe deles nenhum benefício, porque é rico, perfeito e de nada precisa.
Se Deus requer o serviço dos homens é porque, sendo bom e misericordioso, deseja conceder os seus dons aos que perseveram no seu serviço. Com efeito, Deus de nada precisa, pias o homem é que precisa da comunhão com Deus.
É esta, pois, a glória do homem: perseverar e permanecer no serviço de Deus. Por esse motivo dizia o Senhor a seus discípulos: Não fostes vós que me escolhestes, mas fui e u que vos escolhi (Jo 15,16), dando assim a entender que não eram eles que o glorificavam seguindo-o, mas, por terem seguido o Filho de Deus, eram por ele glorificados. E disse ainda: Quero que estejam comigo onde eu estiver, para que eles contemplem a minha glória (Jo 17,24).
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