São Roque,
leigo
Bta. Mª Sacrário de São Luís de Gonzaga, Virgem e Mártir de nossa Ordem
Santo
Estêvão, rei da Hungria
1ª
Leitura (Jos 24,14-29): Naqueles dias, Josué falou ao povo, dizendo:
«Temei o Senhor, servi-O com retidão e fidelidade. Afastai os deuses que os
vossos pais serviram para lá do rio Eufrates e no Egipto e servi o Senhor. Se
não vos agrada servir o Senhor, escolhei hoje a quem quereis servir: se os
deuses que os vossos pais serviram para lá do rio Eufrates, se os deuses dos
amorreus em cuja terra agora habitais. Eu e a minha família serviremos o
Senhor». Mas o povo respondeu: «Longe de nós abandonar o Senhor para servir
outros deuses. Porque o Senhor é o nosso Deus, que nos fez sair, a nós e aos
nossos pais, da terra do Egipto, da casa da escravidão. Foi Ele que, diante dos
nossos olhos, realizou tão grandes prodígios e nos protegeu durante o caminho
que percorremos entre os povos por onde passámos. Foi o Senhor que expulsou da
nossa frente todas as nações e os amorreus que habitavam nesta terra. Também
nós queremos servir o Senhor, porque Ele é o nosso Deus». Então Josué disse ao
povo: «Vós não podereis servir o Senhor, porque Ele é um Deus santo, um Deus
zeloso, que não suportará as vossas transgressões e os vossos pecados. Se
abandonardes o Senhor para servir deuses estranhos, Ele se voltará contra vós
e, depois de ter sido o vosso benfeitor, vos fará mal e vos exterminará». O
povo respondeu a Josué: «Não. Nós queremos servir o Senhor». E Josué disse ao
povo: «Sois testemunhas contra vós mesmos de que escolhestes servir o Senhor».
Eles responderam: «Somos testemunhas». Josué acrescentou: «Então afastai do
meio de vós os deuses estranhos e voltai os vossos corações para o Senhor, Deus
de Israel». O povo respondeu a Josué: «Serviremos o Senhor, nosso Deus, e
obedeceremos à sua voz». Naquele dia, Josué fez uma aliança com o povo e
deu-lhe em Siquém leis e preceitos. Depois escreveu essas palavras no livro da
lei de Deus. Tomou uma grande pedra e levantou-a ali como monumento debaixo do
carvalho que estava no santuário do Senhor. Josué disse a todo o povo: «Esta
pedra nos servirá de testemunha, porque ouviu todas as palavras que o Senhor
nos disse. Será uma testemunha contra vós, se renegardes o vosso Deus». Por fim
Josué despediu o povo e cada um voltou para a sua herança. Algum tempo depois,
Josué, filho de Nun e servo do Senhor, morreu com cento e dez anos de idade.
Salmo
Responsorial: 15
R. O Senhor é a minha herança.
Defendei-me, Senhor: Vós sois o
meu refúgio. Digo ao Senhor: «Vós sois o meu Deus». Senhor, porção da minha
herança e do meu cálice, está nas vossas mãos o meu destino.
Bendigo o Senhor por me ter
aconselhado, até de noite me inspira interiormente. O Senhor está sempre na
minha presença, com Ele a meu lado não vacilarei.
Por isso o meu coração se alegra
e a minha alma exulta e até o meu corpo descansa tranquilo. Vós não
abandonareis a minha alma na mansão dos mortos, nem deixareis o vosso fiel
sofrer a corrupção.
Dar-me-eis a conhecer os caminhos
da vida, alegria plena na vossa presença, delícias eternas à vossa direita.
Aleluia. Bendito sejais, ó
Pai, Senhor do céu e da terra, porque revelastes aos pequeninos os mistérios do
reino. Aleluia.
Evangelho
(Mt 19,13-15): Naquele momento, levaram crianças a Jesus, para que
impusesse as mãos sobre elas e fizesse uma oração. Os discípulos, porém, as
repreenderam. Jesus disse: «Deixai as crianças, e não as impeçais de virem a
mim; porque a pessoas assim é que pertence o Reino dos Céus». E depois de impor
as mãos sobre elas, ele partiu dali.
«Levaram crianças a Jesus,
para que impusesse as mãos sobre elas e fizesse uma oração. Os discípulos,
porém, as repreenderam»
Rev. D. Antoni CAROL i Hostench (Sant
Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje podemos contemplar uma cena
que, infelizmente, é demasiado atual: «Levaram crianças a Jesus, para que
impusesse as mãos sobre elas e fizesse uma oração. Os discípulos, porém, as
repreenderam» (Mt 19,13). Jesus ama especialmente as crianças; nós, com os
pobres raciocínios típicos de “gente crescida”, impedimo-los de se aproximarem
de Jesus e do Pai: —Quando forem crescidos, se o desejarem, logo escolherão…!
Isto é um grande erro.
Os pobres, quer dizer, os mais
carentes, os mais necessitados, são objeto de particular predileção por parte
do Senhor. E as crianças, os pequenos são muito “pobres”. São pobres em idade,
são pobres em formação… São indefesos. Por isso a Igreja — Nossa “Mãe” — dispõe
que os pais levem cedo os seus filhos a batizar, para que o Espírito Santo
ponha moradia nas suas almas e entrem no calor da comunidade dos crentes. Assim
o indica tanto o Catecismo da Igreja bem como o Código do Direito Canônico,
ordenamentos da mais alta esfera da Igreja (que, com toda a comunidade, deve
ter ordenamentos).
Mas não!: Quando forem crescidos!
É absurda esta maneira de proceder. E, se não, perguntemo-nos: —Que comerá esta
criança? O que a sua mãe lhe der, sem esperar que a criança especifique o que
prefere. —Que língua falará esta criança? A que lhe falarem os seus pais (ou
seja, a criança nunca poderá escolher nenhuma língua). —Para que escola irá
esta criança? Para a que os seus pais o levarem, sem esperarem que o menino
defina os estudos que prefere..
O que comeu Jesus? Aquilo que lhe
deu sua Mãe, Maria. —Que língua falou Jesus? A dos seus pais. —Que religião
aprendeu e praticou o Menino Jesus? A dos seus pais, a religião judia. Depois,
quando já era mais crescido, mas graças à instrução que recebera de seus pais,
fundou uma nova religião… Mas, primeiro, a dos seus pais, como é natural.
Pensamentos para o Evangelho
de hoje
«Os grandes santos trabalham para
a glória de Deus, mas eu, que sou apenas uma alma pequenita, trabalho
unicamente para O contentar» (Santa Teresinha de Lisieux)
«Devemos aprender a ver com um
coração de criança, com um coração jovem, ao qual os prejuízos não obstaculizam
e os interesses não deslumbram» (Bento XVI)
«Vivendo segundo Cristo, os
cristãos apressam a vinda do Reino de Deus, do «Reino da justiça, da verdade e
da paz». Mas nem por isso descuram as suas tarefas terrestres. Fiéis ao seu
Mestre, cumprem-nas com retidão, paciência e amor» (Catecismo da Igreja
Católica, nº 2.046)
Reflexões de Frei Carlos
Mesters, O.Carm.
* O evangelho é bem curto.
Apenas três versículos. Descreve como Jesus acolhia as crianças
* Mateus 19,13: A atitude dos
discípulos frente às crianças. Levaram as crianças até Jesus, para que
impusesse as mãos nelas e rezasse por elas. Os discípulos repreendiam as mães.
Por que? Provavelmente, de acordo com as normas severas das leis da impureza,
crianças pequenas nas condições em que viviam eram consideradas impuras. Se
elas tocassem em Jesus, Jesus ficaria impuro. Por isso, era importante evitar
que elas chegassem perto e tocassem nele. Pois já havia acontecido uma vez,
quando um leproso tocou em Jesus. Jesus ficou impuro e já não podia entrar na
cidade. Tinha de ficar em lugares desertos (Mc 1,4-45).
* Mateus 19,14-15: A atitude
da Jesus: acolhe e defende a vida das crianças. Jesus repreende os
discípulos e diz: Deixem as crianças, e não lhes proíbam de vir a mim, porque o
Reino do Céu pertence a elas." Jesus não se importa de transgredir as
normas que impediam a fraternidade e o acolhimento a ser dado aos pequenos. A
nova experiência de Deus como Pai marcou a vida de Jesus e lhe deu olhos novos
para perceber e avaliar o relacionamento entre as pessoas. Jesus se coloca do
lado dos pequenos, dos excluídos, e assume a sua defesa. Impressiona quando se
junta tudo que a Bíblia informa sobre as atitudes de Jesus em defesa da vida
das crianças, dos pequenos:
1.
Agradecer pelo Reino presente nos pequenos. A alegria de Jesus é grande, quando percebe que
as crianças, os pequenos, entendem as coisas do Reino que ele anunciava ao
povo. “Pai, eu te agradeço!” (Mt 11,25-26) Jesus reconhece que os pequenos
entendem mais do Reino que os doutores!
2.
Defender o direito de gritar. Quando
Jesus, entrando no Templo, derrubou as mesas dos cambistas, eram as crianças as
que mais gritavam. “Hosana ao filho de Davi!” (Mt 21,15). Criticadas pelos
chefes dos sacerdotes e pelos escribas, Jesus as defende e em sua defesa invoca
as Escrituras (Mt 21,16).
3.
Identificar-se com os pequenos. Jesus
abraça as crianças e identifica-se com elas. Quem recebe uma criança, é a Jesus
que recebe (Mc 9, 37). “E tudo que vocês fizerem a um destes mais pequenos foi
a mim que o fizeram” (Mt 25,40).
4.
Acolher e não escandalizar. Uma
das palavras mais duras de Jesus é contra os que causam escândalo nos pequenos,
isto é, são o motivo pelo qual os pequenos deixam de acreditar em Deus. Para
estes, melhor seria ter uma pedra de moinho amarrada no pescoço e ser jogado no
fundo do mar (Lc 17,1-2; Mt 18,5-7). Jesus condena o sistema, tanto político
como religioso, que é motivo de criança, gente humilde, perder sua fé em Deus.
5.
Tornar-se como criança. Jesus
pede que os discípulos se tornem como criança e aceitem o Reino como criança.
Sem isso não é possível entrar no Reino (Lc 9,46-48). Ele coloca a criança como
professor de adulto! O que não era normal. Costumamos fazer o contrário.
6.
Acolher e tocar.(O evangelho de hoje) Mães com crianças chegam
perto de Jesus para pedir a bênção. Os apóstolos reagem e as afastam. Jesus
corrige os adultos e acolhe as mães com as crianças. Toca nelas e lhes dá um
abraço. “Deixem vir as crianças, não as impeçam!” (Mc 10,13-16; Mt 19,13-15).
Dentro das normas da época, tanto as mães como as crianças pequenas, todas elas
viviam, praticamente, num estado permanente de impureza legal. Tocar nelas
significava contrair impureza! Jesus não se incomoda
7.
Acolher e curar. São muitas as crianças e jovens que ele acolhe,
cura ou ressuscita: a filha do Jairo de
12 anos (Mc 5,41-42), a filha da mulher Cananéia (Mc 7,29-30), o filho da viúva
de Naim (Lc 7,14-15), o menino epilético (Mc 9,25-26), o filho do Centurião (Lc
7,9-10), o filho do funcionário público(Jo 4,50), o menino dos cinco pães e
dois peixes (Jo 6,9).
Para um confronto pessoal
1) Crianças: o que você já
aprendeu das crianças ao longo dos anos da sua vida? E o que as crianças
aprenderam de você sobre Deus, sobre Jesus e sobre a vida?
2) Qual a imagem de Deus
que irradio para as crianças? Deus severo, bondoso, distante ou ausente?
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