Senhor Jesus Cristo,
unindo-me à divina intenção com que na terra pelo vosso Coração Sacratíssimo
rendestes louvores a Deus e ainda agora os rendeis de contínuo e em todo o
mundo no Santíssimo Sacramento da Eucaristia até a consumação dos séculos, eu
vos ofereço por este dia inteiro, sem exceção de um instante, à imitação do
Sagrado Coração da Bem-aventurada Maria sempre Virgem Imaculada, todas as
minhas intenções e pensamentos, todos os meus afetos e desejos, todas as minhas
obras e palavras. Amém.
LECTIO
DIVINA
1ª Leitura (At 12,1-11): Naqueles dias, o rei Herodes começou a perseguir alguns membros da Igreja. Mandou matar à espada Tiago, irmão de João, e, vendo que tal procedimento agradava aos judeus, mandou prender também Pedro. Era nos dias dos Ázimos. Mandou-o prender e meter na cadeia, entregando-o à guarda de quatro piquetes de quatro soldados cada um, com a intenção de o fazer comparecer perante o povo, depois das festas da Páscoa. Enquanto Pedro era guardado na prisão, a Igreja orava instantemente a Deus por ele. Na noite anterior ao dia em que Herodes pensava fazê-lo comparecer, Pedro dormia entre dois soldados, preso a duas correntes, enquanto as sentinelas, à porta, guardavam a prisão. De repente, apareceu o Anjo do Senhor e uma luz iluminou a cela da cadeia. O Anjo acordou Pedro, tocando-lhe no ombro, e disse-lhe: «Levanta-te depressa». E as correntes caíram-lhe das mãos. Então o Anjo disse-lhe: «Põe o cinto e calça as sandálias». Ele assim fez. Depois acrescentou: «Envolve-te no teu manto e segue-me». Pedro saiu e foi-o seguindo, sem perceber a realidade do que estava a acontecer por meio do Anjo; julgava que era uma visão. Depois de atravessarem o primeiro e o segundo posto da guarda, chegaram à porta de ferro, que dá para a cidade, e a porta abriu-se por si mesma diante deles. Saíram, avançando por uma rua, e subitamente o Anjo desapareceu. Então Pedro, voltando a si, exclamou: «Agora sei realmente que o Senhor enviou o seu Anjo e me libertou das mãos de Herodes e de toda a expectativa do povo judeu».
Salmo
Responsorial: 33
R. O Senhor libertou-me de toda a ansiedade.
A toda a hora bendirei o
Senhor, o seu louvor estará sempre na minha boca. A minha alma gloria-se no
Senhor: escutem e alegrem-se os humildes.
Enaltecei comigo ao
Senhor e exaltemos juntos o seu nome. Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade.
Voltai-vos para Ele e
ficareis radiantes, o vosso rosto não se cobrirá de vergonha. Este pobre clamou
e o Senhor o ouviu, salvou-o de todas as angústias.
O Anjo do Senhor protege
os que O temem e defende-os dos perigos. Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.
2ª
Leitura (2Tm 4,6-8.17-18):
Caríssimo: Eu já estou oferecido em libação e o tempo da minha partida está
iminente. Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. E
agora já me está preparada a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me
há-de dar naquele dia; e não só a mim, mas a todos aqueles que tiverem esperado
com amor a sua vinda. O Senhor esteve a meu lado e deu-me força, para que, por
meu intermédio, a mensagem do Evangelho fosse plenamente proclamada e todos os
pagãos a ouvissem; e eu fui libertado da boca do leão. O Senhor me livrará de
todo o mal e me dará a salvação no seu reino celeste. Glória a Ele pelos
séculos dos séculos. Amém.
Aleluia. Tu és Pedro
e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não
prevalecerão contra ela. Aleluia.
Evangelho
(Mt 16,13-19):
Naquele tempo, Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos
discípulos: «Quem é que as pessoas dizem ser o Filho do Homem?». Eles
responderam: «Alguns dizem que és João Batista; outros, Elias; outros ainda,
Jeremias ou algum dos profetas». «E vós», retomou Jesus, «quem dizeis que eu
sou?». Simão Pedro respondeu: «Simão Pedro respondeu: Tu és o Cristo, o Filho
de Deus vivo! Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo». Jesus então declarou:
«Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne e sangue quem te
revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso, eu te digo: tu és Pedro,
e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e as forças do Inferno não
poderão vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares
na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado
nos céus».
Hoje, celebramos a
solenidade de São Pedro e São Paulo, que foram fundamentos da Igreja primitiva
e, portanto, da nossa fé cristã. Apóstolos do Senhor, testemunhas da primeira
hora, viveram aqueles momentos iniciais de expansão da Igreja e selaram com o seu
sangue a fidelidade a Jesus. Oxalá nós, cristãos do séc. XXI, saibamos ser
testemunhas credíveis do amor de Deus no meio dos homens, tal como o foram
estes dois Apóstolos e como têm sido tantos e tantos dos nossos conterrâneos.
Numa das suas primeiras
intervenções, o Papa Francisco, dirigindo-se aos cardeais, disse-lhes que temos
de «caminhar, edificar e confessar». Ou seja, temos de avançar no nosso caminho
da vida, edificando a Igreja e confessando o Senhor. O Papa advertiu: «Podemos
caminhar tanto quanto quisermos, podemos edificar muitas coisas, mas se não
confessamos Jesus Cristo, alguma coisa não funciona. Acabaremos por ser uma ONG
assistencial, mas não a Igreja, esposa do Senhor».
Escutámos no Evangelho
da missa de hoje um facto central para a vida de Pedro e da Igreja. Jesus pede
àquele pescador da Galileia um ato de fé na sua condição divina e Pedro não
duvida em afirmar: «Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo» (Mt 16,16).
Imediatamente a seguir, Jesus institui o Primado, dizendo a Pedro que será a
rocha firme sobre a qual será edificada a Igreja ao longo dos tempos (cf. Mt
16,18) e dando-lhe o poder das chaves, a suprema potestade.
Embora Pedro e os seus
sucessores sejam assistidos pela força do Espírito Santo, necessitam igualmente
da nossa oração, porque a missão que têm é de grande transcendência para a vida
da Igreja: têm de ser fundamento seguro para todos os cristãos ao longo dos
tempos; portanto, todos os dias temos de rezar também pelo Santo Padre, pela
sua pessoa e pelas suas intenções.
Hoje é um dia consagrado
pelo martírio dos apóstolos São Pedro e São Paulo. «Pedro, primeiro predicador
da fé; Paulo, mestre esclarecido da verdade» (Prefácio). Hoje é um dia para
agradecer à fé apostólica, que é também a nossa, proclamada por estas duas
colunas com sua prédica. É a fé que vence ao mundo, porque crê e anuncia que
Jesus é o Filho de Deus: «Simão Pedro respondeu: Tu és o Cristo, o Filho de
Deus vivo!» (Mt 16,16). As outras festas dos apóstolos São Pedro e São Paulo veem
outros aspectos, mas hoje contemplamos aquele que permite nomeá-los como
«primeiros predicadores do Evangelho» (Coleta): com seu martírio confirmaram
seu testemunho.
Sua fé, e a força para o
martírio, não lhes veio de sua capacidade humana. Jesus então lhe disse: Feliz
é Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou
isto, mas meu Pai que está nos céus (cf. Mt 16,17). Igualmente, o reconhecimento
“daquele que ele perseguia” como Jesus o Senhor foi claramente, para Saulo,
obra da graça de Deus. Em ambos os casos, a liberdade humana que pede o ato de
fé se apoia na ação do Espírito.
A fé dos apóstolos é a
fé da Igreja, uma, santa, católica e apostólica. Desde a confissão de Pedro em Cesareia
de Felipe, «cada dia, na Igreja, Pedro continua dizendo: ‘Vós sois o Cristo, o
Filho do Deus vivo!’» (São Leão Magno). Desde então até nossos dias, uma
multidão de cristãos de todas as épocas, idades, culturas e, de qualquer outra
coisa que possa estabelecer diferenças entre os homens, proclamou unanimemente
a mesma fé vitoriosa.
Pelo batismo e a crisma
estamos no caminho do testemunho, isto é, do martírio. É necessário que
estejamos atentos ao “laboratório da fé” que o Espírito realiza em nós (João
Paulo II), e que peçamos com humildade poder experimentar a alegria da fé da
Igreja.
Pensamentos para o
Evangelho de hoje
«Como não há que se opor a vontade do Senhor quem decide, tem respondido com obediência para o que tem querido fazer de mim a mão misericordiosa do Mestre» (São Gregório Magno)
« E você, tem sentido
alguma vez essa mirada de amor infinito que, mais além de todos seus pecados,
limitações e fracassos, continua se fiando em você e mirando sua existência com
esperança?» (Francisco)
« “(...) E logo começou
a proclamar nas sinagogas que Jesus era o Filho de Deus” (At 9,20). Será este,
desde o princípio, o núcleo da fé apostólica, primeiramente professada por
Pedro como fundamento da Igreja» (Catecismo da Igreja Católica, n° 442)
* O texto litúrgico
da Solenidade de São Pedro e São Paulo é tomado do Evangelho de Mateus (Mt 16,13-19). No comentário que faremos incluímos
também os versículos 20-23, porque no conjunto do texto, do versículo 13 ao 23,
Jesus voltando-se para Pedro por duas vezes chama-o de “pedra”. Uma vez pedra
de fundamento (Mt 16,18) e outra vez pedra de escândalo (Mt 16,23). As duas
afirmações completam-se mutuamente.
* Mateus 16,13-16: As
opiniões do povo e dos discípulos acerca de Jesus. Jesus quer saber a opinião do povo
acerca da sua pessoa. As respostas são muito variadas: João Baptista, Elias,
Jeremias, um dos profetas. Quando Jesus pede a opinião dos próprios discípulos,
Pedro em nome de todos diz: “Tu és o Cristo o Filho de Deus vivo!”. Esta
resposta de Pedro não é nova. Anteriormente, depois de caminhar sobre as águas,
já os próprios discípulos tinham feito uma profissão de fé semelhante:
“Verdadeiramente tu és o Filho de Deus! (Mt 14, 33). É o reconhecimento de que
em Jesus se realizam as profecias do Antigo Testamento. No Evangelho de João a
mesma profissão de fé é feita por Marta: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus que
havia de vir a este mundo!” (Jo 11, 27).
* Mateus 16,17: A
resposta de Jesus a Pedro: “És feliz, Simão”. Jesus diz que Pedro é “feliz”,
porque recebeu uma revelação do Pai.
Tampouco aqui a resposta de Jesus é nova. Já antes Jesus tinha feito uma
declaração de felicidade aos discípulos porque viam e ouviam coisas que ninguém
antes tinha conhecido (Mt 13,16), e louvou o Pai por ter revelado o Filho aos
pequeninos e não aos sábios (Mt 11,25). Pedro é um dos pequeninos a quem o Pai
se revela. A percepção da presença de Deus em Jesus não provém “nem da carne
nem do sangue”, ou seja, não é o resultado do estudo, nem é mérito de nenhum
esforço humano, mas é dom de Deus que o concede a quem quer.
* Mateus 16,18-20: As qualificações de Pedro: ser pedra de fundamento e receber em posse as chaves do Reino. Ser pedra: Pedro deve ser a pedra, a saber, deve ser o fundamento firme para a Igreja, de modo que possa resistir contra os assaltos das portas do inferno. Com estas palavras de Jesus dirigidas a Pedro, Mateus animava as comunidades da Síria e da Palestina que sofriam e eram perseguidas e que viam em Pedro o chefe que as selara desde o princípio. Apesar de serem débeis e perseguidas, elas tinham um fundamento sólido, garantido pela palavra de Jesus. Naquele tempo as comunidades cultivavam uma estreita e muito forte relação afetiva com os chefes que estiveram na sua origem. Assim as comunidades da Síria e da Palestina cultivavam a sua relação com a pessoa de Pedro. As da Grécia com a pessoa de Paulo. Algumas comunidades da Ásia com a pessoa do Discípulo Amado e outras com a pessoa de João do Apocalipse. Uma identificação com estes chefes que as originaram ajudavam-nas a cultivar melhor a própria identidade e espiritualidade. Mas também podia ser motivo de conflito, como no caso da comunidade de Corinto (1Cor 1,11-12). Ser pedra como fundamento da fé evoca a Palavra de Deus dirigida ao povo no desterro da Babilónia: “Escutai-me, vós, os que seguis a justiça, os que procurais Yahvé. Considerai a rocha de que fostes talhados e a pedreira de onde fostes tirados. Olhai para Abraão, vosso pai, e para Sara, que vos deu à luz. Ele era um só, quando o chamei, mas abençoei-o e multipliquei-o” (Is 51,1-2). Aplicada a Pedro esta qualidade de pedra-fundamento, indica um novo começo do povo de Deus.
* As chaves do Reino:
Pedro recebe as chaves do Reino para atar e desatar, ou seja, para
reconciliar as pessoas com Deus. O mesmo poder de atar e desatar foi
dado às comunidades (Mt 18, 8) e aos discípulos (Jo 20, 23). Um dos pontos em
que o Evangelho de Mateus mais insiste é o da reconciliação e do perdão (Mt 5,
7.23-24.38-42.44-48; 18, 15-35). Nos anos 80 e 90 na Síria existiam muitas
tensões nas comunidades e divisões nas famílias por causa da fé em Jesus.
Alguns aceitavam-no como Messias e outros não. Isto era fonte de muitos
conflitos e desavenças. Mateus insiste sobre a reconciliação. A reconciliação
era e continua a ser um dos mais importantes deveres dos coordenadores das
comunidades. Imitando Pedro, devem atar e desatar, isto é, trabalhar para que
haja reconciliação, aceitação mútua, construção da verdadeira fraternidade.
* A Igreja: A palavra Igreja, em grego ekklesia,
aparece 105 vezes no Novo Testamento, quase exclusivamente nos Atos dos
Apóstolos e nas Cartas. Somente três vezes nos Evangelhos, e só em Mateus. A
palavra significa “assembleia convocada” ou “assembleia escolhida”. Esta indica
o povo que se reúne convocado pela Palavra de Deus e procura viver a mensagem
do Reino que Jesus trouxe. A Igreja ou a comunidade não é esse Reino mas um
instrumento e um sinal do Reino. O Reino é maior. Na Igreja, na comunidade,
deve ou deveria aparecer aos olhos de todos o que acontece quando um grupo
humano deixa Deus reinar e tomar posse da sua vida.
* Mateus 16,21-22:
Jesus completa o que falta na resposta de Pedro e este reage e não aceita. Pedro confessara: “Tu és o Cristo, o
Filho de Deus vivo!”. Conforme a ideologia dominante do tempo, Pedro imaginava
um Messias glorioso. Jesus corrige-o: ”É necessário que o Messias sofra e seja
morto em Jerusalém”. Dizendo “é necessário”, Jesus indica que o sofrimento já
estava previsto nas profecias (Is 53, 2-8). Se os discípulos aceitam Jesus como
Messias e Filho de Deus, devem aceitá-lo também como Messias servo que vai
morrer. Não só o triunfo da glória, mas também o caminho da cruz! Mas Pedro não
aceita a correção de Jesus e procura dissuadi-lo.
* Mateus 16,23: A
resposta de Jesus a Pedro: pedra de escândalo. A resposta de Jesus é surpreendente:
“Afasta-te, Satanás! Tu és para mim um estorvo, porque os teus pensamentos não
são os de Deus, mas os dos homens!”. Satanás é o que nos afasta do caminho que
Deus nos traçou. Literalmente Jesus diz: “Coloca-te atrás de mim!”. Pedro
queria tomar o comando e indicar a direção do caminho. Jesus diz: “Atrás de
mim!”. Quem assinala a direção e o ritmo não é Pedro mas é Jesus. O discípulo
deve seguir o mestre. Deve viver em conversão permanente. A palavra de Jesus
era também uma mensagem para todos os que conduziam as comunidades. Eles devem
“seguir” Jesus e não podem colocar-se à frente como Pedro queria fazer. Não são
eles que podem indicar a direção ou o estilo. Pelo contrário, como Pedro, em
vez de pedra de apoio, podem converter-se em pedra de escândalo. Assim eram
alguns chefes das comunidades nos tempos de Mateus. Havia ambiguidade. O mesmo
pode acontecer hoje conosco!
* Um retrato de São
Pedro. Pedro de
pescador de peixes transformou-se em pescador de homens (Mc 1,7). Era casado
(Mc 1,30). Homem bom, muito humano. Estava naturalmente chamado a ser o chefe
entre os Doze primeiros discípulos de Jesus. Jesus respeitou essa tendência
natural e fez de Pedro o animador da sua primeira comunidade (Jo 21,17). Antes
de entrar na comunidade de Jesus, Pedro chamava-se Simão bar Jonas (Mt 16,17),
Simão filho de Jonas. Jesus deu-lhe o sobrenome de Cefas ou Pedra, que logo se
converteu em Pedro (Lc 6,14).
* Por natureza Pedro
podia ser tudo menos uma pedra.
Era valente no falar mas na hora do perigo deixava-se levar pelo medo e fugia.
Por exemplo, naquela vez em que Jesus caminhou sobre as águas, Pedro pediu-lhe:
“Jesus, posso também eu caminhar sobre as águas?”. Jesus respondeu: “Vem,
Pedro!”. Pedro desce da barca e põe-se a caminhar sobre as águas. Mas quando
chega uma onda maior do que o costume, assusta-se, começa a afundar-se e
exclama: “Salva-me, Senhor!”. Jesus tomou-o pela mão e salvou-o (Mt 14, 28-31).
Na última ceia Pedro diz a Jesus: “Jamais te negarei, Senhor” (Mc 14, 31), mas
poucas horas depois, no palácio do sumo sacerdote, diante de uma criada, quando
Jesus já tinha sido preso, Pedro negou com juramento ter algo a ver com Jesus
(Mc 16, 66-72). No Jardim das Oliveiras, quando Jesus foi preso, Pedro
desembainha a espada (Jo 18, 10), mas de imediato foge, deixando Jesus sozinho
(Mc 14, 50). Por natureza Pedro não era uma pedra!
* Contudo, este Pedro
tão débil e tão humano, tão igual a nós, converteu-se em Pedra, porque Jesus
rezou por ele dizendo: “Pedro, eu rezei por ti, para que não desfaleça a tua
fé. E tu, uma vez
convertido, confirma os teus irmãos!” (Lc 22,31-32). Por isso Jesus podia
dizer: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja!” (Mt 16, 8).
Jesus ajudou-o a ser pedra. Depois da ressurreição, na Galileia, Jesus apareceu
a Pedro e perguntou-lhe duas vezes: “Pedro, tu amas-me?”. Pedro respondeu:
“Senhor, tu sabes que te amo” (Jo 21,15-16). Quando Jesus lhe fez a mesma
pergunta pela terceira vez, Pedro entristeceu-se. Devia ter recordado que
negara Jesus três vezes. Pedro respondeu: “Senhor, tu sabes tudo. Tu sabes que
te amo”. E foi naquele momento que Jesus lhe confiou o cuidado das ovelhas,
dizendo: “Pedro, apascenta as minhas ovelhas!”. Com a ajuda de Jesus a firmeza
da pedra crescia em Pedro e revelou-se no dia de Pentecostes.
* No dia de
Pentecostes, depois da vinda do Espírito Santo, Pedro abriu a porta da sala
onde estavam todos reunidos, com as portas fechadas por medo dos judeus (Jo 20,
19) e cheio de coragem começou a anunciar ao povo a Boa Nova de Jesus (At 2,14-40).
E nunca mais parou.
Por causa deste anúncio corajoso da ressurreição foi preso (At 4,3). No
interrogatório foi proibido de anunciar a Boa Nova (At 4,18), mas Pedro não
obedeceu. Disse: “Nós pensamos que devemos obedecer antes a Deus do que aos
homens!” (At 4,19; 5,29).
* Conta a tradição
que no fim da vida, quando Pedro estava em Roma, teve um momento de medo. Mas, em seguida, voltou, foi preso e
condenado à morte de cruz. Pediu que o crucificassem de cabeça para baixo. Não
se julgava digno de morrer do mesmo modo que o seu Mestre Jesus. Pedro foi fiel
a si mesmo até ao fim!
Senhor, tende piedade de
nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo,
ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Deus Pai dos Céu, tende
piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, Filho
do Pai Eterno, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe, ...
Coração de Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus, ...
Coração de Jesus, de majestade infinita, ...
Coração de Jesus, templo santo de Deus, ...
Coração de Jesus, tabernáculo do Altíssimo,...
Coração de Jesus, casa de Deus e porta do céu, ...
Coração de Jesus, fornalha ardente de caridade, ...
Coração de Jesus, receptáculo de justiça e amor, ...
Coração de Jesus, abismo de todas as virtudes, ...
Coração de Jesus, digníssimo de todo o louvor, ...
Coração de Jesus, rei e centro de todos os corações, ...
Coração de Jesus, no qual estão todos os tesouros da sabedoria e ciência, ...
Coração de Jesus, no qual habita toda a plenitude da divindade, ...
Coração de Jesus, no qual o Pai celeste põe as suas complacências, ...
Coração de Jesus, de cuja plenitude nós todos participamos, ...
Coração de Jesus, desejo das colinas eternas,...
Coração de Jesus, paciente e misericordioso, ...
Coração de Jesus, rico para todos os que vos invocam,...
Coração de Jesus, fonte de vida e santidade, ...
Coração de Jesus, propiciação para os nossos pecados, ...
Coração de Jesus, saturado de opróbios, ...
Coração de Jesus, atribulado por causa de nossos crimes,...
Coração de Jesus, feito obediente até a morte, ...
Coração de Jesus, atravessado pela lança,...
Coração de Jesus, fonte de toda a consolação,...
Coração de Jesus, nossa vida e ressurreição, ...
Coração de Jesus, nossa paz e reconciliação, ...
Coração de Jesus, vítima dos pecadores, ...
Coração de Jesus, salvação dos que em vós esperam, ...
Coração de Jesus, esperança dos que em vós expiram, ...
Coração de Jesus, delícia de todos os Santos,...
Cordeiro de Deus, que
tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que
tirais o pecado do mundo, ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que
tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
V. — Jesus, manso e
humilde de coração,
R. — Fazei o nosso coração semelhante ao vosso.
ORAÇÃO
Onipotente e eterno Deus, olhai para o Coração de vosso diletíssimo Filho e para os louvores e satisfações que ele vos tributa em nome dos pecadores, e àqueles que invocam vossa misericórdia, concedei benigno o perdão, em nome do mesmo Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina juntamente com o Espírito Santo por todos os séculos dos séculos. Amém.
CONSAGRAÇÃO AO CORAÇÃO DE JESUS (composta por Sta. Margarida Maria)
Eu...(Nome), dou e
consagro ao Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo a minha pessoa e minha
vida, minhas ações, penas e dores, não querendo servir-me de parte alguma de
meu ser, senão para o honrar, amar e glorificar É esta a minha vontade irrevogável
- pertencer-lhe e fazer tudo por seu amor, renunciando completamente ao que não
for do seu agrado.
Eu vos tomo, pois, ó Sagrado Coração, por único objeto de meu amor, protetor de minha vida, segurança da minha salvação, remédio da minha fragilidade e inconstância, reparador de todos os meus defeitos e asilo seguro na hora da morte.
Sede, ó Coração de bondade, minha justificação para com Deus, vosso Pai, e afastai de mim os castigos de sua cólera. Ó Coração de amor, ponho em vós toda a minha confiança, pois tudo receio de minha fraqueza e malícia, mas tudo espero da vossa bondade. Destruí em mim tudo o que vos possa desagradar ou resistir. Que o vosso puro amor se grave tão profundamente no meu coração, que eu não possa jamais me esquecer nem me separar de Vós.
Suplico-vos, também, por vossa suma bondade, que o meu nome seja escrito em vós, pois quero fazer consistir toda a minha felicidade e minha glória em viver e morrer convosco, na qualidade de vossa (o) escrava (o). Assim seja.
1ª Leitura (At 12,1-11): Naqueles dias, o rei Herodes começou a perseguir alguns membros da Igreja. Mandou matar à espada Tiago, irmão de João, e, vendo que tal procedimento agradava aos judeus, mandou prender também Pedro. Era nos dias dos Ázimos. Mandou-o prender e meter na cadeia, entregando-o à guarda de quatro piquetes de quatro soldados cada um, com a intenção de o fazer comparecer perante o povo, depois das festas da Páscoa. Enquanto Pedro era guardado na prisão, a Igreja orava instantemente a Deus por ele. Na noite anterior ao dia em que Herodes pensava fazê-lo comparecer, Pedro dormia entre dois soldados, preso a duas correntes, enquanto as sentinelas, à porta, guardavam a prisão. De repente, apareceu o Anjo do Senhor e uma luz iluminou a cela da cadeia. O Anjo acordou Pedro, tocando-lhe no ombro, e disse-lhe: «Levanta-te depressa». E as correntes caíram-lhe das mãos. Então o Anjo disse-lhe: «Põe o cinto e calça as sandálias». Ele assim fez. Depois acrescentou: «Envolve-te no teu manto e segue-me». Pedro saiu e foi-o seguindo, sem perceber a realidade do que estava a acontecer por meio do Anjo; julgava que era uma visão. Depois de atravessarem o primeiro e o segundo posto da guarda, chegaram à porta de ferro, que dá para a cidade, e a porta abriu-se por si mesma diante deles. Saíram, avançando por uma rua, e subitamente o Anjo desapareceu. Então Pedro, voltando a si, exclamou: «Agora sei realmente que o Senhor enviou o seu Anjo e me libertou das mãos de Herodes e de toda a expectativa do povo judeu».
R. O Senhor libertou-me de toda a ansiedade.
«Tu és o Cristo, o
Filho de Deus vivo»
Mons. Jaume PUJOL i
Balcells, Arcebispo Emérito de Tarragona (Tarragona, Espanha)
«Tu és o Cristo, o
Filho do Deus vivo»
Mons. Pe. TENA i Garriga
Bispo Auxiliar Emérito de Barcelona (Barcelona, Espanha)
«Como não há que se opor a vontade do Senhor quem decide, tem respondido com obediência para o que tem querido fazer de mim a mão misericordiosa do Mestre» (São Gregório Magno)
Tu és Pedro, e sobre
esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Abismo nada poderão contra
ela.
Do site da Ordem do
Carmo em Portugal.
* Mateus 16,18-20: As qualificações de Pedro: ser pedra de fundamento e receber em posse as chaves do Reino. Ser pedra: Pedro deve ser a pedra, a saber, deve ser o fundamento firme para a Igreja, de modo que possa resistir contra os assaltos das portas do inferno. Com estas palavras de Jesus dirigidas a Pedro, Mateus animava as comunidades da Síria e da Palestina que sofriam e eram perseguidas e que viam em Pedro o chefe que as selara desde o princípio. Apesar de serem débeis e perseguidas, elas tinham um fundamento sólido, garantido pela palavra de Jesus. Naquele tempo as comunidades cultivavam uma estreita e muito forte relação afetiva com os chefes que estiveram na sua origem. Assim as comunidades da Síria e da Palestina cultivavam a sua relação com a pessoa de Pedro. As da Grécia com a pessoa de Paulo. Algumas comunidades da Ásia com a pessoa do Discípulo Amado e outras com a pessoa de João do Apocalipse. Uma identificação com estes chefes que as originaram ajudavam-nas a cultivar melhor a própria identidade e espiritualidade. Mas também podia ser motivo de conflito, como no caso da comunidade de Corinto (1Cor 1,11-12). Ser pedra como fundamento da fé evoca a Palavra de Deus dirigida ao povo no desterro da Babilónia: “Escutai-me, vós, os que seguis a justiça, os que procurais Yahvé. Considerai a rocha de que fostes talhados e a pedreira de onde fostes tirados. Olhai para Abraão, vosso pai, e para Sara, que vos deu à luz. Ele era um só, quando o chamei, mas abençoei-o e multipliquei-o” (Is 51,1-2). Aplicada a Pedro esta qualidade de pedra-fundamento, indica um novo começo do povo de Deus.
LADAINHA DO SAGRADO CORAÇÃO
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe, ...
Coração de Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus, ...
Coração de Jesus, de majestade infinita, ...
Coração de Jesus, templo santo de Deus, ...
Coração de Jesus, tabernáculo do Altíssimo,...
Coração de Jesus, casa de Deus e porta do céu, ...
Coração de Jesus, fornalha ardente de caridade, ...
Coração de Jesus, receptáculo de justiça e amor, ...
Coração de Jesus, abismo de todas as virtudes, ...
Coração de Jesus, digníssimo de todo o louvor, ...
Coração de Jesus, rei e centro de todos os corações, ...
Coração de Jesus, no qual estão todos os tesouros da sabedoria e ciência, ...
Coração de Jesus, no qual habita toda a plenitude da divindade, ...
Coração de Jesus, no qual o Pai celeste põe as suas complacências, ...
Coração de Jesus, de cuja plenitude nós todos participamos, ...
Coração de Jesus, desejo das colinas eternas,...
Coração de Jesus, paciente e misericordioso, ...
Coração de Jesus, rico para todos os que vos invocam,...
Coração de Jesus, fonte de vida e santidade, ...
Coração de Jesus, propiciação para os nossos pecados, ...
Coração de Jesus, saturado de opróbios, ...
Coração de Jesus, atribulado por causa de nossos crimes,...
Coração de Jesus, feito obediente até a morte, ...
Coração de Jesus, atravessado pela lança,...
Coração de Jesus, fonte de toda a consolação,...
Coração de Jesus, nossa vida e ressurreição, ...
Coração de Jesus, nossa paz e reconciliação, ...
Coração de Jesus, vítima dos pecadores, ...
Coração de Jesus, salvação dos que em vós esperam, ...
Coração de Jesus, esperança dos que em vós expiram, ...
Coração de Jesus, delícia de todos os Santos,...
R. — Fazei o nosso coração semelhante ao vosso.
Onipotente e eterno Deus, olhai para o Coração de vosso diletíssimo Filho e para os louvores e satisfações que ele vos tributa em nome dos pecadores, e àqueles que invocam vossa misericórdia, concedei benigno o perdão, em nome do mesmo Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina juntamente com o Espírito Santo por todos os séculos dos séculos. Amém.
Eu vos tomo, pois, ó Sagrado Coração, por único objeto de meu amor, protetor de minha vida, segurança da minha salvação, remédio da minha fragilidade e inconstância, reparador de todos os meus defeitos e asilo seguro na hora da morte.
Sede, ó Coração de bondade, minha justificação para com Deus, vosso Pai, e afastai de mim os castigos de sua cólera. Ó Coração de amor, ponho em vós toda a minha confiança, pois tudo receio de minha fraqueza e malícia, mas tudo espero da vossa bondade. Destruí em mim tudo o que vos possa desagradar ou resistir. Que o vosso puro amor se grave tão profundamente no meu coração, que eu não possa jamais me esquecer nem me separar de Vós.
Suplico-vos, também, por vossa suma bondade, que o meu nome seja escrito em vós, pois quero fazer consistir toda a minha felicidade e minha glória em viver e morrer convosco, na qualidade de vossa (o) escrava (o). Assim seja.
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