Sta.
Rosa de Lima, Virgem (Padroeira das Américas e Filipinas)
S. Felipe Benício, presbítero da OSM.
R. Dai graças ao Senhor, porque é eterna a sua misericórdia.
Aleluia. Mostrai-me, Senhor,
os vossos caminhos, guiai-me na vossa verdade. Aleluia.
«Amarás o Senhor, teu Deus
(...)Amarás teu próximo»
Rev. D. Pere CALMELL i Turet (Barcelona,
Espanha)
Hoje, o Mestre da Lei pergunta a
Jesus: «Qual é o mandamento mais importante da Lei?» (Mt 22,36), o mais
importante, o primeiro. A resposta, porém, fala do primeiro mandamento e do
segundo, que lhe «é semelhante» (Mt 22,39). Dois elos inseparáveis, que são uma
coisa só. Inseparáveis, mas uma primeira e outra segunda, uma de ouro, outra de
prata. O Senhor nos leva ao âmago da catequese cristã, porque «toda a Lei e os
Profetas dependem desses dois mandamentos» (Mt 22,40).
Eis aqui a razão de ser do
comentário clássico sobre as duas madeiras da Cruz do Senhor: a que está
fincada na terra é a verticalidade, que olha na direção do Céu, a Deus. O
transverso representa a horizontalidade, a relação com nossos iguais. Também
nesta imagem há um primeiro e um segundo. A horizontalidade estaria em nível da
terra, se antes não possuíssemos uma haste na vertical e, quando mais queremos
elevar o nível dos nossos serviços aos nossos semelhantes —a horizontalidade—
mais elevado deve ser nosso amor a Deus. Do contrário, virá facilmente o
desânimo, a inconstância, a exigência de compensações quaisquer que elas sejam.
Disse S. João da Cruz: «Quanto mais ama uma alma, mais perfeita é naquilo que
ama; daqui que essa alma, que já é perfeita, toda ela é amor e, todas suas
ações são amor».
De fato, nos santos que
conhecemos vemos como o amor a Deus, que sabem manifestar-lhe de muitas
maneiras, lhes outorga uma grande iniciativa no momento de ajudar o próximo.
Peçamos hoje à Virgem Santíssima que nos encha de desejo de surpreender ao
Nosso Senhor com obras e palavras de afeto. Assim nosso coração será capaz de
descobrir como surpreender com algum detalhe simpático aos que vivem e
trabalham ao nosso lado e, não somente fazer isso nos dias assinalados, que
isso todos sabem como agir. Surpreender!: Forma prática de pensar menos em nós
mesmos.
Pensamentos para o Evangelho
de hoje
«Perguntas-me por que razão e com que método ou medida deve ser Deus amado. Eu respondo: a razão para amar a Deus é Deus; o método e a medida é amá-Lo sem método nem medida» (São Bernardo)
«Nada se deve antepor ao serviço
de Deus. Tal “submissão” a Deus não é destrutiva da criatura. A criação está
configurada de tal forma que convida a esta adoração. O ritmo da nossa vida só
vibra corretamente se estiver imbuído por essa força» (Bento XVI)
«(...) A adoração do Deus único
liberta o homem de se fechar sobre si próprio, da escravidão do pecado e da
idolatria do mundo» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.097)
a. O texto se ilumina. Jesus está em Jerusalém e, especificamente no Templo, onde há um confronto entre ele e seus adversários, sumos sacerdotes e escribas (20,18; 21,15), entre os sumos sacerdotes e os anciãos do povo (21,23) e entre os sumos sacerdotes e os fariseus (21,45). O ponto de controvérsia do debate é: a identidade de Jesus ou do filho de David, a origem de sua identidade, e, portanto, a questão sobre a natureza do reino de Deus. O evangelista apresenta este entrelaçamento de debates com uma sequência de controvérsias que apresentam um ritmo crescente: o tributo que se deve pagar a César (22,15-22), a ressurreição dos mortos (22,23-33), o maior mandamento (22,34-40), o Messias, o filho e Senhor de Davi (22,41-46). Os protagonistas das três primeiras discussões são expoentes do judaísmo oficial que tentam colocar Jesus em dificuldades sobre questões cruciais. Estas disputas são dirigidas a Jesus como "Mestre" (rabi), este título diz ao leitor sobre o entendimento que os interlocutores têm de Jesus. Mas Jesus aproveita a oportunidade para levá-los a perguntar-se uma questão mais crucial: a última tomada de posição sobre sua identidade (22,41-46).
b. O maior mandamento. Na
esteira dos saduceus que os precederam, novamente, os fariseus propõem a Jesus
uma questão entre as mais evidentes: o maior mandamento. Dado que os rabinos
sempre evidenciavam a multiplicidade das prescrições (248 mandamentos), foi
feita a pergunta a Jesus sobre qual é o preceito fundamental. No entanto, os
próprios rabinos tinham criado uma verdadeira casuística para reduzi-los tanto
quanto possível: David elenca onze (Sl 15,2-5), Isaías, seis (Is 33,15),
Miquéias, três (Mi 6,8), Amós, dois (Am 5,4) e Habacuc, apenas um (Hab 2,4).
Mas na intenção dos fariseus a questão vai além da pura casuística, trata-se da
própria essência das prescrições. Jesus respondendo une o amor a Deus e o amor
ao próximo, ao ponto de fundi-los em um só, mesmo sem renunciar a dar
prioridade ao primeiro, ao qual subordina de modo estreito o segundo. Na
verdade todas as prescrições da lei chegavam a 613, são postos em relação com
este único mandamento: a lei inteira encontra significado e fundamento naquele
amor. Jesus faz um processo de simplificação de todos os preceitos da lei:
aquele que põe em prática o mandamento do amor não só está de acordo com a lei,
mas também com os profetas (v. 40). No entanto, a novidade da resposta não está
tanto no conteúdo material como na sua realização: em Jesus, o amor a Deus e ao
próximo encontram o seu contexto próprio, sua última solidez. Isso quer dizer
que o amor a Deus e ao próximo, mostrado e realizado de alguma forma em sua
pessoa, direciona o homem a colocar-se diante de Deus e dos outros mediante o
amor. O único mandamento em dois, o amor a Deus e ao próximo, se tornam os
pilares principais, não só das Escrituras, mas também da vida do cristão.
Para um confronto pessoal
1. O amor a Deus e ao próximo é para você apenas um vago sentimento, uma emoção, um estímulo passageiro ou uma realidade que envolve toda a sua pessoa: coração, vontade, inteligência e traço humano?
2. Você foi criado para amar. Você está ciente de que a sua realização acontece no amar a Deus com todo o coração, com toda a alma, com toda a mente? Tal amor exige uma constatação de caridade para com os irmãos e as suas situações de vida. Você vive isto na prática diária?
«Perguntas-me por que razão e com que método ou medida deve ser Deus amado. Eu respondo: a razão para amar a Deus é Deus; o método e a medida é amá-Lo sem método nem medida» (São Bernardo)
Reflexão
a. O texto se ilumina. Jesus está em Jerusalém e, especificamente no Templo, onde há um confronto entre ele e seus adversários, sumos sacerdotes e escribas (20,18; 21,15), entre os sumos sacerdotes e os anciãos do povo (21,23) e entre os sumos sacerdotes e os fariseus (21,45). O ponto de controvérsia do debate é: a identidade de Jesus ou do filho de David, a origem de sua identidade, e, portanto, a questão sobre a natureza do reino de Deus. O evangelista apresenta este entrelaçamento de debates com uma sequência de controvérsias que apresentam um ritmo crescente: o tributo que se deve pagar a César (22,15-22), a ressurreição dos mortos (22,23-33), o maior mandamento (22,34-40), o Messias, o filho e Senhor de Davi (22,41-46). Os protagonistas das três primeiras discussões são expoentes do judaísmo oficial que tentam colocar Jesus em dificuldades sobre questões cruciais. Estas disputas são dirigidas a Jesus como "Mestre" (rabi), este título diz ao leitor sobre o entendimento que os interlocutores têm de Jesus. Mas Jesus aproveita a oportunidade para levá-los a perguntar-se uma questão mais crucial: a última tomada de posição sobre sua identidade (22,41-46).
1. O amor a Deus e ao próximo é para você apenas um vago sentimento, uma emoção, um estímulo passageiro ou uma realidade que envolve toda a sua pessoa: coração, vontade, inteligência e traço humano?
2. Você foi criado para amar. Você está ciente de que a sua realização acontece no amar a Deus com todo o coração, com toda a alma, com toda a mente? Tal amor exige uma constatação de caridade para com os irmãos e as suas situações de vida. Você vive isto na prática diária?
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