Santo Avertano de Luca e
Beato Romeu, religiosos de nossa Ordem
São Casimiro, leigo
ORAÇÃO PREPARATÓRIA - Com humildade e respeito aqui nos reunimos,
ó Divino Jesus, para oferecer, todos os dias deste mês, as homenagens de nossa
devoção ao glorioso Patriarca S. José. Vós nos animais a recorrer com toda a confiança
aos vossos benditos Santos, pois que as honras que lhes tributamos revertem em
vossa própria glória. Com justos motivos, portanto, esperamos vos seja
agradável o tributo quotidiano que vimos prestar ao Esposo castíssimo de Maria,
vossa Mãe santíssima, a São José, vosso amado Pai adotivo. Ó meu Deus,
concedei-nos a graça de amar e honrar a São José como o amastes na terra e o
honrais no céu. E vós, ó glorioso Patriarca, pela vossa estreita união com
Jesus e Maria; vós que, à custa de vossas abençoadas fadigas e suores,
nutristes a um e outro, desempenhando neste mundo o papel do Divino Padre
Eterno; alcançai-nos luz e graça para terminar com fruto estes devotos
exercícios que em vosso louvor alegremente começamos. Amém.
LECTIO DIVINA
1ª Leitura (2Re 5,1-15): Naqueles
dias, Naamã, general dos exércitos do rei da Síria, era tido em grande
consideração e estima pelo seu soberano, porque, por seu intermédio, o Senhor
tinha dado a vitória à Síria. Mas este homem, valente guerreiro, estava
leproso. Ora, numa incursão, os sírios tinham levado uma menina da terra de
Israel, que ficou ao serviço da mulher de Naamã. Ela disse à sua senhora: «Se,
o meu senhor, fosse ter com o profeta que vive na Samaria, ele decerto o
livraria da lepra». Naamã foi contar ao soberano o que dissera a jovem da terra
de Israel. O rei da Síria respondeu-lhe: «Vai, que eu escreverei uma carta ao
rei de Israel». Naamã pôs-se a caminho, levando consigo dez talentos de prata,
seis mil siclos de ouro e dez mudas de roupa; e entregou ao rei de Israel a
carta, que dizia: «Logo que esta carta te chegar às mãos, ficarás a saber que
te envio o meu servo Naamã, para que o livres da sua lepra». Depois de ter lido
a carta, o rei de Israel rasgou as vestes, exclamando: «Serei eu um deus que
possa dar a morte e a vida, para este me mandar dizer que livre um homem da sua
lepra? Reparai e vede como ele procura um pretexto contra mim». Quando Eliseu,
o homem de Deus, soube que o rei de Israel tinha rasgado as vestes, mandou-lhe
dizer: «Por que motivo rasgaste as tuas vestes? Esse homem venha ter comigo e
saberá que existe um profeta em Israel». Naamã seguiu com os seus cavalos e o
seu carro e parou à porta de Eliseu. Eliseu mandou-lhe dizer por um mensageiro:
«Vai banhar-te sete vezes no Jordão e o teu corpo ficará limpo». Naamã
irritou-se e decidiu ir-se embora, dizendo: «Eu pensava que ele mesmo viria ao
meu encontro, invocaria o nome do Senhor, seu Deus, colocaria a mão sobre a
parte doente e me livraria da lepra. Não valem os rios de Damasco, o Abana e o
Farfar, mais do que todas as águas de Israel? Não poderia eu banhar-me neles
para ficar limpo?» Deu meia volta e partiu indignado. Mas os servos
aproximaram-se dele e disseram: «Meu pai, se o profeta te tivesse mandado uma
coisa difícil, não a terias feito? Quanto mais, se ele te diz apenas: ‘Vai
banhar-te e ficarás limpo’?» Naamã desceu e mergulhou sete vezes no Jordão,
como lhe ordenara o homem de Deus. A sua carne tornou-se como a de uma criança
e ficou limpo. Voltou de novo, com todo o seu séquito, à casa do homem de Deus,
entrou e apresentou-se, dizendo: «Agora sei que não há Deus em toda a terra,
senão em Israel».
Salmo Responsorial: 41
R. A minha alma tem sede do Deus vivo: quando verei a
face do Senhor?
Como suspira o veado pelas correntes das águas, assim minha
alma suspira por Vós, Senhor.
Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo: quando irei
contemplar a face de Deus?
Enviai a vossa luz e verdade, sejam elas o meu guia e me
conduzam à vossa montanha santa
e ao vosso santuário.
E eu irei ao altar de Deus, a Deus que é a minha alegria. Ao
som da cítara Vos louvarei, Senhor, meu Deus.
Eu confio no Senhor, confio na sua palavra, porque no
Senhor está a misericórdia e a redenção.
Evangelho (Lc 4,24-30): E
acrescentou: «Em verdade, vos digo que nenhum profeta é bem recebido na sua
própria terra. Ora, a verdade é esta que vos digo: no tempo do profeta Elias,
quando não choveu durante três anos e seis meses e uma grande fome atingiu toda
a região, havia muitas viúvas em Israel. No entanto, a nenhuma delas foi
enviado o profeta Elias, senão a uma viúva em Sarepta, na Sidônia. E no tempo
do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel, mas nenhum deles foi
curado, senão Naamã, o sírio». Ao ouvirem estas palavras, na sinagoga, todos
ficaram furiosos. Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no para o
alto do morro sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de
empurrá-lo para o precipício. Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou
o seu caminho.
«Nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra»
Rev. P. Higinio Rafael ROSOLEN IVE (Cobourg, Ontario, Canadá)
Hoje, no Evangelho, Jesus nos diz «que nenhum profeta é bem
recebido em sua pátria» (Lc 4,24). Jesus, ao usar este provérbio, está se
apresentando como profeta.
“Profeta” é o que fala em nome de outro, o que leva a
mensagem de outro. Entre os hebreus, os profetas eram homens enviados por Deus
para anunciar, já com palavras, já com signos, a presença de Deus, a vinda do
Messias, a mensagem de salvação, de paz e de esperança.
Jesus é o Profeta por excelência, o Salvador esperado; Nele
todas as profecias têm cumprimento. Mas, igual como sucedeu nos tempos de Elias
E Eliseu, Jesus não é “bem recebido” entre os seus, pois são estes quem cheios
de ira «o joga fora da cidade» (Lc 4,29).
Cada um de nós, por motivo de seu batismo, também está
chamado a ser profeta. Por isso:
1º. Devemos anunciar a Boa Nova. Para eles, como disse o
Papa Francisco, temos que escutar a Palavra com abertura sincera, deixar que
toque nossa própria vida, que nos reclame que nos exorte que nos mobilize, pois
se não dedicamos um tempo para orar com essa Palavra, então se seremos um
“falso profeta”, um “contraventor” ou um “charlatão vazio”.
2º Viver o Evangelho. Novamente o Papa Francisco: «Não nos
pedem que sejamos imaculados, mas sim que estejamos sempre em crescimento, que
vivamos o desejo profundo de crescer no caminho do Evangelho, e não baixemos os
braços». É indispensável ter a segurança de que Deus nos ama, de que Jesus
Cristo nos salvou, de que seu amor é para sempre.
3º Como discípulos de Jesus, ser conscientes de que assim
como Jesus experimentou a rejeição, a ira, o ser jogado fora, também isto vai
estar presente no horizonte de nossa vida cotidiana.
Que Maria, Rainha dos profetas, nos guie em nosso caminho.
«Em verdade, vos digo que nenhum profeta é bem recebido
na sua própria terra»
Rev. D. Santi COLLELL i Aguirre (La Garriga, Barcelona,
Espanha)
Hoje escutamos do Senhor que «nenhum profeta é bem recebido
na sua própria terra» (Lc 4,24). Esta frase —na boca de Jesus— tem sido para
muitos e muitas —em mais de uma ocasião— justificação e desculpa para não nos
complicar a vida. Jesus Cristo só quer advertir aos seus discípulos que as
coisas não serão fáceis e que frequentemente, entre aqueles que pensamos que
nos conhecem melhor, ainda será mais complicado.
A afirmação de Jesus é o preâmbulo da lição que quer dar à
gente reunida na sinagoga e assim, abrir os seus olhos à evidência de que pelo
simples feito de serem membros do “Povo escolhido” não têm nenhuma garantia de
salvação, cura, purificação (isso o confirmará com os dados da história da
salvação).
Mas, dizia que a afirmação de Jesus, para muitas e muitos é,
com excessiva frequência, motivo de desculpa para não “comprometer-nos
evangelicamente” no nosso ambiente cotidiano. Sim, é uma daquelas frases que
todos aprendemos de memória e, que efeito faz!
Parece como gravada na nossa consciência de maneira
particular e quando no escritório, no trabalho, com a família, no círculo de
amigos, no nosso meio social quando devemos de tomar decisões compreensíveis à
luz do Evangelho, esta “frase mágica” tira-nos para trás como dizendo-nos: —Não
vale a pena esforçar-te, nenhum profeta é bem recebido na sua terra! Temos a
desculpa prefeita, a melhor das justificações para não ter que dar testemunho,
para não apoiar a aquele companheiro que é vítima da gestão da empresa, ou
ignorar e não ajudar à reconciliação daquele casal conhecido.
São Paulo dirigiu-se em primeiro lugar aos seus: foi à
sinagoga onde «Paulo foi então à sinagoga e, durante três meses, falava com
toda liberdade, discutindo e persuadindo os ouvintes acerca do Reino de Deus»
(At 19,8). Não acredita que isso é o que Jesus queria dizer-nos?
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Uma vez que o Senhor é bom é-o ainda muito melhor para com
os que lhe são fiéis, abracemo-nos a Ele, estejamos ao seu lado com toda a
nossa alma, com todo o coração» (Santo Ambrósio)
«Um menino, um estábulo! Portanto as coisas simples, a
humildade de Deus: é este o estilo divino, nunca o espetáculo. Far-nos-á bem,
nesta Quaresma, pensar na nossa vida e ver como o Senhor nos fez seguir em
frente, verificaremos que sempre o fez com coisas simples» (Francisco)
«Jesus Cristo é Aquele que o Pai ungiu com o Espírito Santo
e constituiu «sacerdote, profeta e rei». Todo o povo de Deus participa destas
três funções de Cristo» (Catecismo da Igreja Católica, nº 783)
Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm
* O evangelho
de hoje (Lc 4,24-30) faz parte de um conjunto mais amplo (Lc 4,14-32). Jesus
tinha apresentado o seu programa na sinagoga de Nazaré por meio de um texto de
Isaías que falava dos pobres, presos, cegos e oprimidos (Is 61,1-2) e que
refletia a situação do povo da Galileia no tempo de Jesus. Em nome de Deus,
Jesus tomou posição e definiu sua missão: anunciar a Boa Nova aos pobres,
proclamar a libertação aos presos e a recuperação da vista aos cegos, restituir
a liberdade aos oprimidos. Terminada a leitura, ele atualizou o texto e disse:
“Hoje se cumpriu esta escritura nos ouvidos de vocês!” (Lc 4,21). Todos os
presentes ficaram admirados (Lc 4,16-22ª). Mas logo em seguida, houve uma
reação de descrédito. O povo na sinagoga ficou escandalizado e já não queria
saber de Jesus. Dizia: “Não é este o filho de José?” (Lc 4,22b) Por que ficaram
escandalizados? Qual o motivo daquela reação tão inesperada?
* É que Jesus
citou o texto de Isaías só até onde diz: "proclamar um ano de graça da
parte do Senhor", e cortou o final da frase que dizia: “e proclamar um dia
de vingança do nosso Deus” (Is 61,2). O povo de Nazaré ficou bravo porque Jesus
omitiu a frase sobre a vingança. Eles queriam que a Boa Nova da libertação dos
oprimidos fosse uma ação de vingança da parte de Deus contra os opressores.
Neste caso, a vinda do Reino seria apenas uma virada da mesa e não uma mudança
ou conversão do sistema. Jesus não aceita este modo de pensar. A sua
experiência de Deus como Pai ajudou-o a entender melhor o sentido das
profecias. Descartou a vingança. O povo de Nazaré não aceitou esta proposta e
começou a diminuir a autoridade de Jesus: “Não é este o filho de José?”
* Lucas 4,24:
Nenhum profeta é bem aceito em sua pátria. O povo de Nazaré ficou com ciúme
de Jesus por ele não ter feito nenhum milagre em Nazaré como tinha feito em
Cafarnaum. Jesus responde: “Nenhum profeta é bem recebido em sua pátria!” No
fundo, eles não aceitavam a nova imagem de Deus que Jesus lhes comunicava
através desta nova interpretação mais livre de Isaías. A mensagem do Deus de
Jesus ultrapassava os limites da raça dos judeus e se abria para acolher os
excluídos e toda a humanidade.
* Lucas 4,25-27:
Duas histórias do Antigo Testamento.
Para ajudar a comunidade a superar o escândalo e entender o
universalismo de Deus, Jesus usou duas histórias bem conhecidas do AT: uma de
Elias e outra de Eliseu. Por meio destas histórias ele criticava o fechamento
do povo de Nazaré. Elias foi enviado para a viúva estrangeira de Sarepta (1 Rs
17,7-16). Eliseu foi enviado para atender ao estrangeiro da Síria (2 Rs 5,14).
* Lucas 4,28-30:
Queriam matá-lo, mas ele prosseguia o seu caminho. A apelo de Jesus não
adiantou. Ao contrário! O uso destas duas passagens da Bíblia provocou mais
raiva ainda. A comunidade de Nazaré chegou ao ponto de querer matar Jesus. E
assim, quando apresentou o seu projeto de acolher os excluídos, Jesus mesmo foi
excluído! Mas ele manteve a calma. A raiva dos outros não conseguiu desviá-lo
do seu caminho. Lucas mostra assim como é difícil superar a mentalidade do
privilégio e do fechamento. Mostrava ainda que a polêmica abertura para os
pagãos já vinha desde Jesus. Jesus teve as mesmas dificuldades que as
comunidades estavam tendo no tempo de Lucas.
Para um confronto pessoal
1. Será que o programa de Jesus está sendo o meu
programa, o nosso programa? Minha atitude é a de Jesus ou do povo de Nazaré?
2. Quais os excluídos que deveríamos acolher melhor
na nossa comunidade?
ORAÇÃO - Ó
glorioso S. José, a bondade de vosso coração é sem limites e indizível, e neste
mês que a piedade dos fiéis vos consagrou mais generosas do que nunca se abrem
as vossas mãos benfazejas. Distribui entre nós, ó nosso amado Pai, os dons
preciosíssimos da graça celestial da qual sois ecônomo e o tesoureiro; Deus vos
criou para seu primeiro esmoler. Ah! que nem um só de vossos servos possa dizer
que vos invocou em vão nestes dias. Que todos venham, que todos se apresentem
ante vosso trono e invoquem vossa intercessão, a fim de viverem e morrerem
santamente, a vosso exemplo nos braços de Jesus e no ósculo beatíssimo de
Maria. Amém.
LADAINHA DE SÃO JOSÉ (atualizada)
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo tende piedade de nós.
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, escutai-nos.
Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, ...
Deus Espírito Santo Paráclito, ...
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, ...
Santa Maria, rogai por nós.
São José,
Ilustre filho de Davi,
Luz dos Patriarcas,
Esposo da Mãe de Deus,
Guardião do Redentor,
Guarda da puríssima Virgem,
Provedor do Filho de Deus,
Zeloso defensor de Cristo,
Servo de Cristo,
Ministro da salvação,
Chefe da Sagrada Família,
José justíssimo,
José castíssimo,
José prudentíssimo,
José fortíssimo,
José obedientíssimo,
José fidelíssimo,
Espelho de paciência,
Amante da pobreza,
Modelo dos trabalhadores,
Honra da vida em família,
Guardião das virgens,
Sustentáculo das famílias,
Amparo nas dificuldades,
Socorro dos miseráveis,
Esperança dos enfermos,
Patrono dos exilados,
Consolo dos aflitos,
Defensor dos pobres,
Patrono dos moribundos,
Terror dos demônios,
Protetor da Santa Igreja,
Patrono da Ordem Carmelita,
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos,
Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos,
Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende
piedade nós.
V. - O Senhor o constituiu dono de sua casa.
R. - E fê-lo príncipe de todas as suas possessões.
ORAÇÃO: Deus,
que por vossa inefável Providência vos dignastes eleger o bem-aventurado São
José para Esposo de vossa Mãe Santíssima concedei-nos, nós vos pedimos, que
mereçamos ter como intercessor no céu aquele a quem veneramos na terra como
nosso Protetor. Vós que viveis e reinais com Deus Padre na unidade do Espírito
Santo. Amém.
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