ORAÇÃO PREPARATÓRIA - Com humildade e respeito aqui nos reunimos,
ó Divino Jesus, para oferecer, todos os dias deste mês, as homenagens de nossa
devoção ao glorioso Patriarca S. José. Vós nos animais a recorrer com toda a confiança
aos vossos benditos Santos, pois que as honras que lhes tributamos revertem em
vossa própria glória. Com justos motivos, portanto, esperamos vos seja
agradável o tributo quotidiano que vimos prestar ao Esposo castíssimo de Maria,
vossa Mãe santíssima, a São José, vosso amado Pai adotivo. Ó meu Deus,
concedei-nos a graça de amar e honrar a São José como o amastes na terra e o
honrais no céu. E vós, ó glorioso Patriarca, pela vossa estreita união com
Jesus e Maria; vós que, à custa de vossas abençoadas fadigas e suores,
nutristes a um e outro, desempenhando neste mundo o papel do Divino Padre
Eterno; alcançai-nos luz e graça para terminar com fruto estes devotos
exercícios que em vosso louvor alegremente começamos. Amém.
LECTIO DIVINA
1ª
Leitura (Ex 32,7-14): Naqueles
dias, o Senhor falou a Moisés, dizendo: «Desce depressa, porque o teu povo, que
tiraste da terra do Egipto, corrompeu-se. Não tardaram em desviar-se do caminho
que lhes tracei. Fizeram um bezerro de metal fundido, prostraram-se diante
dele, ofereceram-lhe sacrifícios e disseram: ‘Este é o teu Deus, Israel, aquele
que te fez sair da terra do Egipto’». O Senhor disse ainda a Moisés: «Tenho
observado este povo: é um povo de dura cerviz. Agora deixa que a minha
indignação se inflame contra eles e os destrua. De ti farei uma grande nação».
Então Moisés procurou aplacar o Senhor seu Deus, dizendo: «Por que razão,
Senhor, se há de inflamar a vossa indignação contra o vosso povo, que
libertastes da terra do Egipto com tão grande força e mão tão poderosa? Porque
hão de dizer os egípcios: ‘Foi com má intenção que o Senhor os fez sair, para
lhes dar a morte nas montanhas e os exterminar da face da terra’? Abandonai o
furor da vossa ira e desisti do mal contra o vosso povo. Lembrai-Vos de Abraão,
de Isaac e de Israel, vossos servos, a quem jurastes pelo vosso nome: ‘Farei a
vossa descendência tão numerosa como as estrelas do céu e dar-lhe-ei para
sempre em herança toda a terra que vos prometi’». Então o Senhor desistiu do
mal com que tinha ameaçado o seu povo.
Salmo
Responsorial: 105
R. Para glória do vosso nome, salvai-nos, Senhor.
Fizeram um
bezerro no Horeb e adoraram um ídolo de metal fundido. Trocaram a sua glória
pela figura de um boi que come feno.
Esqueceram a
Deus que os salvara, que realizara prodígios no Egipto, maravilhas na terra de
Cam, feitos gloriosos no Mar Vermelho.
E pensava já
em exterminá-los, se Moisés, o seu eleito, não intercedesse junto d’Ele e
aplacasse a sua ira para os não destruir.
Evangelho
(Jo 5,31-47): «Se eu dou
testemunho de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro. Um outro é quem dá
testemunho de mim, e eu sei que o testemunho que ele dá de mim é verdadeiro.
Vós mandastes perguntar a João, e ele deu testemunho da verdade. Ora, eu não
recebo testemunho da parte de um ser humano, mas digo isso para a vossa
salvação. João era a lâmpada que iluminava com sua chama ardente, e vós
gostastes, por um tempo, de alegrar-vos com a sua luz. Mas eu tenho um
testemunho maior que o de João: as obras que o Pai me concedeu realizar. As
obras que eu faço dão testemunho de mim, pois mostram que o Pai me enviou. Sim,
o Pai que me enviou dá testemunho a meu favor. Mas vós nunca ouvistes a sua
voz, nem vistes a sua face, e não tendes a sua palavra morando em vós, pois não
acreditais naquele que ele enviou. Examinais as Escrituras, pensando ter nelas
a vida eterna, e são elas que dão testemunho de mim. Vós, porém, não quereis
vir a mim para terdes a vida! Eu não recebo glória que venha dos homens. Pelo
contrário, eu vos conheço: não tendes em vós o amor de Deus. Eu vim em nome do
meu Pai, e vós não me recebeis. Mas, se um outro viesse em seu próprio nome, a
esse receberíeis. Como podereis acreditar, vós que recebeis glória uns dos
outros e não buscais a glória que vem do Deus único? Não penseis que eu vos
acusarei diante do Pai. Há alguém que vos acusa: Moisés, no qual colocais a
vossa esperança. Se acreditásseis em Moisés, também acreditaríeis em mim, pois
foi a meu respeito que ele escreveu. Mas, se não acreditais nos seus escritos,
como podereis crer nas minhas palavras?».
Hoje, o
Evangelho ensina-nos como Jesus enfrenta a seguinte objeção: segundo a lei em
Dt 19,15, para que um testemunho tivesse valor, era necessário que fosse
corroborado por duas ou três testemunhas. Jesus alega a seu favor o testemunho
de São João Batista, o testemunho do Pai —que se manifesta nos milagres
operados por Ele— e, finalmente, o testemunho das Escrituras.
Jesus Cristo
repreende os que O escutam, denunciando três impedimentos ao Seu reconhecimento
como o Messias Filho de Deus: a falta de amor a Deus; a ausência de reta
intenção —buscam só a glória humana— e a interpretação interesseira das
Escrituras.
O Santo
Padre João Paulo II escreveu-nos: «À contemplação do rosto de Cristo, só se
pode chegar escutando no Espírito a voz do Pai, ninguém conhece o Filho, senão
o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser
revelar. (cf. Mt 11,27). Assim, portanto, é necessária a revelação do
Altíssimo. Mas, para acolhê-la, é indispensável colocar-se em atitude de
escuta». Portanto há que ter em conta que, para confessar Jesus Cristo como
verdadeiro Filho de Deus, não bastam as provas externas que nos sejam
propostas; é muito importante a retidão da vontade, ou seja, as boas
disposições.
Neste tempo
de Quaresma, intensificando as obras de penitência que facilitam a renovação
interior, melhoremos as nossas disposições para contemplar o verdadeiro rosto
de Cristo. Por isso, São Josemaria diz-nos: «Esse Cristo, que tu vês, não é
Jesus. —Será, contudo, a triste imagem que os teus olhos turvos podem
formar...— Purifica-te. Torna claro o teu olhar, com a humildade e com a
penitência. Então... não te faltarão as luzes limpas do Amor. E terás uma visão
perfeita. A tua imagem será então, realmente, a Sua: Ele!»
Pensamentos
para o Evangelho de hoje
«Não se trata de conhecer alguma coisa sobre Deus, mas de ter a Deus na nossa alma» (São Gregório de Nisa)
«Deixai que
brilhe a vossa luz na nossa sociedade, na política, no mundo da economia, no
mundo da cultura e da investigação. Mesmo que seja uma pequena luzinha no meio
de tantos fogos artificiais, recebe a força e o esplendor da grande Estrela da
Manhã, Cristo ressuscitado» (Benedito XVI)
«Os sinais
realizados por Jesus testemunham que o Pai O enviou. Convidam a crer n'Ele
(...). Assim, os milagres fortificam a fé n'Aquele que faz as obras do seu Pai
(...). Mas também podem ser «ocasião de queda» (Mt 11,6). Eles não pretendem
satisfazer a curiosidade nem desejos mágicos. Apesar de os seus milagres serem
tão evidentes, Jesus é rejeitado por alguns; chega mesmo a ser acusado de agir
pelo poder dos demónios» (Catecismo da Igreja Católica, nº 548)
* João,
intérprete de Jesus. João é
um bom intérprete das palavras de Jesus. Um bom intérprete deve ter uma dupla
fidelidade. Fidelidade às palavras de quem fala, e fidelidade à linguagem de
quem escuta. No Evangelho de João, as palavras de Jesus não são transmitidas
materialmente ao pé da letra, mas são traduzidas e transpostas na linguagem do
povo das comunidades cristãs do fim do primeiro século lá na Ásia Menor. Por
este motivo, as reflexões do Evangelho de João nem sempre são fáceis de serem
entendidas. Pois nelas se misturam as palavras de Jesus e as palavras do
próprio evangelista que reflete a linguagem da fé das comunidades da Ásia
Menor. Por isso mesmo, não basta o estudo erudito ou científico das palavras
para podermos captar o sentido pleno e profundo das palavras de Jesus. É
necessário ter em nós também a vivência comunitária da fé. O evangelho deste
dia de hoje é um exemplo típico da profundidade espiritual e mística do
evangelho do discípulo amado.
* Iluminação
mútua entre vida e fé. Aqui
vale repetir o que João Cassiano disse a respeito da descoberta do sentido
pleno e profundo dos salmos: “Instruídos por aquilo que nós mesmos sentimos, já
não percebemos o texto como algo que só ouvimos, mas sim como algo que
experimentamos e tocamos com nossas mãos; não como uma história estranha e
inaudita, mas como algo que damos à luz desde o mais profundo do nosso coração,
como se fossem sentimentos que formam parte do nosso ser. repitamo-lo: não é a
leitura (estudo) que nos faz penetrar no sentido das palavras, mas sim a
própria experiência nossa adquirida anteriormente na vida de cada dia”
(Collationes X,11). A vida ilumina o texto, o texto ilumina a vida. Se, por
vezes, o texto não nos diz nada, não é por falta de estudo nem por falta de oração,
mas simplesmente por falta de aprofundar a própria vida.
* João
5,31-32: O valor do testemunho de Jesus. O testemunho de Jesus é verdadeiro, porque ele não
faz autopromoção, nem exaltação de si mesmo. “Um outro dá testemunho de mim”,
isto é, o Pai. E o testemunho dele é verdadeiro e merece fé.
* João
5,33-36: O valor do testemunho de João Batista e das obras de
Jesus. João Batista
também deu testemunho a respeito de Jesus e o apresentou ao povo como o enviado
de Deus que devia vir a este mundo (cf. Jo 1,29.33-34; 3,28-34). Porém, por
mais importante que seja o testemunho de João, Jesus não depende dele. Ele tem
um testemunho a seu favor que é maior do que o testemunho de João, a saber, as
obras que o Pai realiza por meio dele (cf. Jo 14,10-11).
* João
5,37-38: O Pai dá testemunho em favor de Jesus. Anteriormente, Jesus tinha dito: “Quem é de
Deus ouve as palavras de Deus” (Jo 8,47). Os judeus que acusam Jesus não têm a
mente aberta para Deus. Por isso, eles não conseguem perceber o testemunho do
Pai que chega até eles através de Jesus.
* João
5,39-41: A própria escritura dá testemunho em favor de Jesus. Os judeus dizem ter fé nas escrituras, mas,
mas realidade, eles não entendem a Escritura, pois a própria Escritura fala de
Jesus (cf. Jo 5,46; 12,16.41; 20,9).
* João
5,42-47: O Pai não julga, mas confiou o julgamento ao Filho. Os judeus se dizem fiéis à Escritura e a
Moisés e, por isso, condenam Jesus. Na realidade, Moisés e a escritura falam a
respeito de Jesus e pedem para crer nele.
Para um
confronto pessoal
1) A vida ilumina o texto, o texto ilumina a vida. Já experimentou isto alguma vez?
2) Procure aprofundar o valor do testemunho de
Jesus
ORAÇÃO - Ó
glorioso S. José, a bondade de vosso coração é sem limites e indizível, e neste
mês que a piedade dos fiéis vos consagrou mais generosas do que nunca se abrem
as vossas mãos benfazejas. Distribui entre nós, ó nosso amado Pai, os dons
preciosíssimos da graça celestial da qual sois ecônomo e o tesoureiro; Deus vos
criou para seu primeiro esmoler. Ah! que nem um só de vossos servos possa dizer
que vos invocou em vão nestes dias. Que todos venham, que todos se apresentem
ante vosso trono e invoquem vossa intercessão, a fim de viverem e morrerem
santamente, a vosso exemplo nos braços de Jesus e no ósculo beatíssimo de
Maria. Amém.
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo tende piedade de nós.
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, escutai-nos.
Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, ...
Deus Espírito Santo Paráclito, ...
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, ...
Santa Maria, rogai por nós.
São José,
Ilustre filho de Davi,
Luz dos Patriarcas,
Esposo da Mãe de Deus,
Guardião do Redentor,
Guarda da puríssima Virgem,
Provedor do Filho de Deus,
Zeloso defensor de Cristo,
Servo de Cristo,
Ministro da salvação,
Chefe da Sagrada Família,
José justíssimo,
José castíssimo,
José prudentíssimo,
José fortíssimo,
José obedientíssimo,
José fidelíssimo,
Espelho de paciência,
Amante da pobreza,
Modelo dos trabalhadores,
Honra da vida em família,
Guardião das virgens,
Sustentáculo das famílias,
Amparo nas dificuldades,
Socorro dos miseráveis,
Esperança dos enfermos,
Patrono dos exilados,
Consolo dos aflitos,
Defensor dos pobres,
Patrono dos moribundos,
Terror dos demônios,
Protetor da Santa Igreja,
Patrono da Ordem Carmelita,
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos,
Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade nós.
V. - O Senhor o constituiu dono de sua casa.
R. - E fê-lo príncipe de todas as suas possessões.
ORAÇÃO: Deus,
que por vossa inefável Providência vos dignastes eleger o bem-aventurado São
José para Esposo de vossa Mãe Santíssima concedei-nos, nós vos pedimos, que
mereçamos ter como intercessor no céu aquele a quem veneramos na terra como
nosso Protetor. Vós que viveis e reinais com Deus Padre na unidade do Espírito
Santo. Amém.
R. Para glória do vosso nome, salvai-nos, Senhor.
Deus amou
tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigênito; quem acredita n’Ele tem a
vida eterna.
«Se eu dou
testemunho de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro»
Rev. D.
Miquel MASATS i Roca (Girona, Espanha)
«Não se trata de conhecer alguma coisa sobre Deus, mas de ter a Deus na nossa alma» (São Gregório de Nisa)
Reflexões de
Frei Carlos Mesters, O.Carm.
1) A vida ilumina o texto, o texto ilumina a vida. Já experimentou isto alguma vez?
LADAINHA DE SÃO JOSÉ (atualizada)
Jesus Cristo tende piedade de nós.
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo, escutai-nos.
Deus Espírito Santo Paráclito, ...
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, ...
Ilustre filho de Davi,
Luz dos Patriarcas,
Esposo da Mãe de Deus,
Guardião do Redentor,
Guarda da puríssima Virgem,
Provedor do Filho de Deus,
Zeloso defensor de Cristo,
Servo de Cristo,
Ministro da salvação,
Chefe da Sagrada Família,
José justíssimo,
José castíssimo,
José prudentíssimo,
José fortíssimo,
José obedientíssimo,
José fidelíssimo,
Espelho de paciência,
Amante da pobreza,
Modelo dos trabalhadores,
Honra da vida em família,
Guardião das virgens,
Sustentáculo das famílias,
Amparo nas dificuldades,
Socorro dos miseráveis,
Esperança dos enfermos,
Patrono dos exilados,
Consolo dos aflitos,
Defensor dos pobres,
Patrono dos moribundos,
Terror dos demônios,
Protetor da Santa Igreja,
Patrono da Ordem Carmelita,
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade nós.
R. - E fê-lo príncipe de todas as suas possessões.
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