Bto Jacobino de Canepaccis,
Religioso de nossa Ordem
ORAÇÃO PREPARATÓRIA - Com humildade e respeito aqui nos reunimos,
ó Divino Jesus, para oferecer, todos os dias deste mês, as homenagens de nossa
devoção ao glorioso Patriarca S. José. Vós nos animais a recorrer com toda a confiança
aos vossos benditos Santos, pois que as honras que lhes tributamos revertem em
vossa própria glória. Com justos motivos, portanto, esperamos vos seja
agradável o tributo quotidiano que vimos prestar ao Esposo castíssimo de Maria,
vossa Mãe santíssima, a São José, vosso amado Pai adotivo. Ó meu Deus,
concedei-nos a graça de amar e honrar a São José como o amastes na terra e o
honrais no céu. E vós, ó glorioso Patriarca, pela vossa estreita união com
Jesus e Maria; vós que, à custa de vossas abençoadas fadigas e suores,
nutristes a um e outro, desempenhando neste mundo o papel do Divino Padre
Eterno; alcançai-nos luz e graça para terminar com fruto estes devotos
exercícios que em vosso louvor alegremente começamos. Amém.
LECTIO DIVINA
1ª Leitura (Ex 20,1-17):
Naqueles dias, Deus pronunciou todas estas palavras: «Eu sou o Senhor teu Deus,
que te tirei da terra do Egipto, dessa casa de escravidão. Não terás outros
deuses perante Mim. Não farás para ti qualquer imagem esculpida, nem figura do
que existe lá no alto dos céus ou cá embaixo na terra ou nas águas debaixo da
terra. Não adorarás outros deuses nem lhes prestarás culto. Eu, o Senhor teu
Deus, sou um Deus cioso: castigo a ofensa dos pais nos filhos até à terceira e
quarta geração daqueles que Me ofendem; mas uso de misericórdia até à milésima
geração para com aqueles que Me amam e guardam os meus mandamentos. Não
invocarás em vão o nome do Senhor teu Deus, porque o Senhor não deixa sem
castigo aquele que invoca o seu nome em vão. Lembrar-te-ás do dia de sábado,
para o santificares. Durante seis dias trabalharás e levarás a cabo todas as
tuas tarefas. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus. Não farás nenhum
trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo nem a tua
serva, nem os teus animais domésticos, nem o estrangeiro que vive na tua
cidade. Porque em seis dias o Senhor fez o céu, a terra, o mar e tudo o que
eles contêm; mas no sétimo dia descansou. Por isso, o Senhor abençoou e
consagrou o dia de sábado. Honra pai e mãe, a fim de prolongares os teus dias
na terra que o Senhor teu Deus te vai dar. Não matarás. Não cometerás
adultério. Não furtarás. Não levantarás falso testemunho contra o teu próximo.
Não cobiçarás a casa do teu próximo; não desejarás a mulher do teu próximo, nem
o seu servo nem a sua serva, o seu boi ou o seu jumento, nem coisa alguma que
lhe pertença».
Salmo Responsorial: 18
R. Senhor, Vós tendes palavras de vida eterna.
A lei do Senhor é perfeita, ela reconforta a alma; as ordens
do Senhor são firmes, dão sabedoria aos simples.
Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; os
mandamentos do Senhor são claros e iluminam os olhos.
O temor do Senhor é puro e permanece para sempre; os juízos
do Senhor são verdadeiros, todos eles são retos.
São mais preciosos que o ouro, o ouro mais fino; são mais
doces que o mel, o puro mel dos favos.
2ª Leitura (1Cor 1,22-25):
Irmãos: Os judeus pedem milagres e os gregos procuram a sabedoria. Quanto a
nós, pregamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os
gentios; mas para aqueles que são chamados, tanto judeus como gregos, Cristo é
poder e sabedoria de Deus. Pois o que é loucura de Deus é mais sábio do que os
homens e o que é fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.
Deus amou tanto o mundo que lhe deu o seu Filho
Unigénito; quem acredita n’Ele tem a vida eterna.
Evangelho (Jo 2,13-25): Estava
próxima a Páscoa dos judeus; Jesus, então, subiu a Jerusalém. No templo,
encontrou os que vendiam bois, ovelhas e pombas, e os cambistas nas suas
bancas. Então fez um chicote com cordas e a todos expulsou do templo,
juntamente com os bois e as ovelhas; jogou no chão o dinheiro dos cambistas e
derrubou suas bancas, e aos vendedores de pombas disse: «Tirai daqui essas
coisas. Não façais da casa de meu Pai um mercado!» Os discípulos se recordaram
do que está na Escritura: «O zelo por tua casa me há de devorar». Então os
judeus perguntaram a Jesus: «Que sinal nos mostras para agires assim?» Jesus
respondeu: «Destruí este templo, e em três dias eu o reerguerei». Os judeus,
então, disseram: «Trabalharam durante quarenta e seis anos erguer este templo,
e tu serias capaz de erguê-lo em três dias?» Ora, ele falava isso a respeito do
templo que é seu corpo. Depois que Jesus fora reerguido dos mortos, os
discípulos se recordaram de que ele tinha dito isso, e creram na Escritura e na
palavra que Jesus falou. Estando em Jerusalém, na festa da Páscoa, muitos
creram no seu nome, vendo os sinais que realizava. Jesus, no entanto, não lhes
dava crédito, porque conhecia a todos e não precisava de ser informado a
respeito do ser humano. Ele bem sabia o que havia dentro do homem.
«Não façais da casa de meu Pai um mercado!»
Rev. D. Lluís RAVENTÓS i Artés (Tarragona, Espanha)
Hoje, perto da Páscoa, sucedeu um fato insólito no
templo. Jesus retirou do templo o rebanho dos vendedores, derrubou as
bancas dos cambistas e disse aos vendedores de pombas: «Tirai daqui essas
coisas. Não façais da casa de meu Pai um mercado!» (Jo 2,16). E enquanto as
ovelhas e os carneiros corriam pela explanada, os discípulos descobriram uma
nova face da alma de Jesus: O zelo pela casa de seu Pai, o zelo pelo templo de
Deus.
O templo de Deus convertido num mercado! Que
barbaridade! Deve ter começado com pouca coisa. Algum pastor que subia para
vender um cordeiro, uma anciã que queria ganhar algum trocado vendendo
pombas..., e a bola foi crescendo. Tanto é assim que o autor do Cântico dos
Cânticos clamava: «pegai as raposas, as pequenas raposas que devastam as
vinhas» (Cant 2,15). Mas, quem ligava pra aquilo? A esplanada do templo era
como um mercado em dia de feira.
—Eu também sou templo de Deus. Se não cuido as
pequenas raposas, o orgulho, a preguiça, a gula, a inveja, a avareza, tantos
trajes do egoísmo, se infiltram dentro nós e estragam tudo. Por isso, o Senhor
nos coloca em alerta: «O que vos digo, digo a todos, vigiai!» (Mc 13,37).
Vigiemos! Para que a preguiça não invada a
consciência: «negar-se a ver a culpa é uma doença da alma mais perigosa que a
culpa, pois está muito mais distante da verdade e da conversão» (Bento XVI).
Vigiar? — Tento fazê-lo cada noite. Ofendi alguém?
São retas as minhas intenções? Estou disposto a cumprir sempre e em tudo a
vontade de Deus? Mas, nessas horas estou cansado e me vence o sono.
—Jesus, você me conhece a fundo, você que conhece muito bem
o que existe no interior de cada homem, faz-me conhecer as faltas, dá-me
fortaleza e um pouco deste zelo seu, para que jogue fora do templo, aquilo que
me separa de ti.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Cristo derramou o seu sangue à vista do mundo: um templo
certamente construído pela única mão de Deus. E este templo tem duas partes:
uma é a terra, que agora habitamos; a outra ainda é desconhecida para nós
mortais» (São João Fisher)
«Jesus, Você confia em mim? Eu quero que Você confie em mim.
Então eu vos abro a porta e Você limpa a minha alma. E pedir ao Senhor que
assim como ele limpou o Templo, venha limpar a alma» (Francisco)
«Jesus subiu ao templo como quem sobe ao lugar privilegiado
de encontro com Deus. O templo é para Ele a casa do seu Pai, uma casa de
oração, e indigna-Se com o facto de o átrio exterior se ter tornado lugar de
negócio (Mt 21,13). Se expulsa os vendilhões do Templo é pelo amor zeloso a seu
Pai: ‘Não façais da Casa do meu Pai casa de comércio. Os discípulos
recordaram-se de que estava escrito: `O zelo pela tua Casa devorar-me-á’.
Depois da Ressurreição, os Apóstolos guardaram para com o Templo um respeito
religioso» (Catecismo da Igreja Católica, nº 584)
«Tirai isso daqui. Não façais da Casa de meu Pai uma
feira.»
Do site da Ordem Carmelita em Portugal
* A passagem do Evangelho deste Domingo está logo
imediatamente a seguir ao sinal de Jesus em Caná da Galileia (Jo 2, 1-12).
Há algumas expressões e frases que se repetem nas duas cenas e fazem pensar que
o autor tenha querido criar um contraste entre os dois episódios. Em Caná, uma
aldeia da Galileia, durante uma festa de
bodas de casamento, uma mulher hebreia, a mãe de Jesus, demonstra uma confiança
ilimitada em Jesus e convida a acolher a sua palavra (Jo 2, 3-5). Por outro
lado, “os judeus” durante a celebração da Páscoa em Jerusalém recusam acreditar
em Jesus e não acolhem a sua palavra. Em Caná Jesus fez o primeiro sinal (Jo 2,
11), aqui os judeus pedem um sinal (v. 18), mas não aceitam o sinal que Jesus
lhes dá (Jo 2, 20). O desenvolvimento do nosso pequeno episódio é muito
simples. O versículo 13 enquadra-o num contexto espacial e temporal bem preciso
e significativo: Jesus sobe a Jerusalém por ocasião da Páscoa. O versículo 14
introduz a cena que faz desencadear uma forte reação por parte de Jesus. A ação
e a palavra de Jesus suscitam duas reações. A primeira, a dos discípulos, é de
admiração (v. 17); a segunda, a dos “judeus”, é de desacordo e de confrontação
(v. 18). Eles pedem uma explicação a Jesus (v. 19) mas não estão abertos a
acolhê-la (v 20). Neste momento intervém o narrador para interpretar
autenticamente a palavra de Jesus (v. 21). “Os judeus” não podem entender o
verdadeiro significado da palavra de Jesus. Nem mesmo os discípulos, que o
admiram como um profeta cheio de zelo pela causa de Deus, a podem entender
agora: somente depois do seu cumprimento acreditarão na palavra de Jesus (v.
22) Finalmente o narrador dá-nos um resumo acerca do acolhimento entusiasta de
Jesus por parte das pessoas de Jerusalém (vv. 23-25). Mas esta fé baseada
somente nos sinais não entusiasma Jesus.
* “Os judeus”. O Evangelho de João tem o carácter de
um longo debate sobre a identidade de Jesus. Neste debate cristológico de uma
parte está Jesus e da outra “os judeus”. Mas este debate, mais que a situação
histórica do tempo de Jesus, expressa a situação desenvolvida até aos anos 80
do primeiro século entre os seguidores de Jesus e os hebreus, que não o
aceitaram como Filho de Deus e Messias. Certamente, o confronto começou já
durante o ministério de Jesus. Mas a divisão entre os dois grupos que
etnicamente eram todos o mesmo e constituído por hebreus, tornou-se definitiva
quando os que não aceitaram Jesus como Filho de Deus e Messias, mas que o
tinham como blasfemo, expulsaram os seguidores de Jesus das sinagogas, ou seja,
da comunidade de fé hebraica (cf. Jo 9, 22; 12, 42; 16, 2).
* Portanto, “os judeus” que encontramos frequentemente no
quarto evangelho não representam o povo hebreu. Eles representam não uma raça,
mas aqueles que tomaram uma posição clara de rejeição absoluta de Jesus. Nesta
leitura atualizada do evangelho, “os judeus” são todos aqueles que recusam
Jesus, seja qual for a nação ou a época a que pertençam.
* Os sinais. As curas e outras ações taumatúrgicas de
Jesus que os evangelhos sinópticos (Marcos, Mateus e Lucas) chamam milagres ou
prodígios, João dá-lhes o nome de sinais. Enquanto sinais apontam para algo que
vai mais além do que se vê. Eles revelam o mistério de Jesus. Assim, por exemplo,
a cura do cego de nascença revela Jesus como luz do mundo (Jo 8, 12; 9, 1-41);
a ressurreição de Lázaro revela Jesus que é a ressurreição e a vida (Jo 11,
1-45).
* No nosso episódio “os judeus” pedem um sinal no sentido
de uma prova, que autenticasse as palavras e as ações de Jesus. Mas no
quarto evangelho, Jesus não realiza sinais como provas que garantam a fé. Uma
fé baseada em sinais não é suficiente. É só uma fé incipiente que pode conduzir
à verdadeira fé (Jo, 30-31), mas que também pode não ter êxito (Jo 6, 26). O
evangelho de João pede-nos que ultrapassemos os sinais, que não fiquemos no
maravilhoso, mas que acolhamos o significado mais profundo de revelação que os
sinais querem indicar.
* Jesus novo Templo - O templo de Jerusalém era o
lugar da presença de Deus no meio do seu povo. Apesar disto, os profetas
insistiram incessantemente que não bastava aceder ao templo e oferecer
sacrifícios para ser agradável a Deus (Is 1, 10-17; Jer 7, 1-28; Am 4, 4-5; 5,
21-27). Deus pede a obediência e uma vida moralmente reta e justa. Se o culto
exterior não expressa estas posturas vitais, é vazio (1Sam 15, 22). Jesus
liga-se a essa tradição profética de purificação do culto (ver Zac 14, 21; Mal
3, 1 para a ação do futuro “Messias” a este respeito). Os discípulos admiram-no
por isto e rapidamente pensam que por esta maneira de se comportar terá que
sofrer, como Jeremias (Jr 26, 1-15) e os outros profetas.
* Mas para o evangelho a ação de Jesus é mais do que um
gesto profético de zelo pela causa de Deus. É um sinal que prefigura e
anuncia o grande sinal da morte e ressurreição de Jesus. Mais do que uma
purificação, o que Jesus faz é anunciar a abolição do templo e do culto ali
celebrado, porque a partir de agora o lugar da presença de Deus é o corpo glorificado
de Jesus (Jo 1, 51; 4, 23).
Algumas perguntas para ajudar na meditação e na oração
1 - Sou capaz de me confiar completamente a Deus num
acto de fé ou peço sempre sinais?
2 - Deus proporciona-me muitos sinais da sua presença
na minha vida. Acolho-os?
3 - Contento-me com um culto exterior ou procuro
oferecer a Deus o culto da minha obediência na vida diária?
4 - Quem é Jesus para mim? Estou consciente de que só
Ele e por meio d'Ele é possível encontrar a Deus?
ORAÇÃO - Ó
glorioso S. José, a bondade de vosso coração é sem limites e indizível, e neste
mês que a piedade dos fiéis vos consagrou mais generosas do que nunca se abrem
as vossas mãos benfazejas. Distribui entre nós, ó nosso amado Pai, os dons
preciosíssimos da graça celestial da qual sois ecônomo e o tesoureiro; Deus vos
criou para seu primeiro esmoler. Ah! que nem um só de vossos servos possa dizer
que vos invocou em vão nestes dias. Que todos venham, que todos se apresentem
ante vosso trono e invoquem vossa intercessão, a fim de viverem e morrerem
santamente, a vosso exemplo nos braços de Jesus e no ósculo beatíssimo de
Maria. Amém.
LADAINHA DE SÃO JOSÉ (atualizada)
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo tende piedade de nós.
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, escutai-nos.
Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, ...
Deus Espírito Santo Paráclito, ...
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, ...
Santa Maria, rogai por nós.
São José,
Ilustre filho de Davi,
Luz dos Patriarcas,
Esposo da Mãe de Deus,
Guardião do Redentor,
Guarda da puríssima Virgem,
Provedor do Filho de Deus,
Zeloso defensor de Cristo,
Servo de Cristo,
Ministro da salvação,
Chefe da Sagrada Família,
José justíssimo,
José castíssimo,
José prudentíssimo,
José fortíssimo,
José obedientíssimo,
José fidelíssimo,
Espelho de paciência,
Amante da pobreza,
Modelo dos trabalhadores,
Honra da vida em família,
Guardião das virgens,
Sustentáculo das famílias,
Amparo nas dificuldades,
Socorro dos miseráveis,
Esperança dos enfermos,
Patrono dos exilados,
Consolo dos aflitos,
Defensor dos pobres,
Patrono dos moribundos,
Terror dos demônios,
Protetor da Santa Igreja,
Patrono da Ordem Carmelita,
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos,
Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos,
Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende
piedade nós.
V. - O Senhor o constituiu dono de sua casa.
R. - E fê-lo príncipe de todas as suas possessões.
ORAÇÃO: Deus,
que por vossa inefável Providência vos dignastes eleger o bem-aventurado São
José para Esposo de vossa Mãe Santíssima concedei-nos, nós vos pedimos, que
mereçamos ter como intercessor no céu aquele a quem veneramos na terra como
nosso Protetor. Vós que viveis e reinais com Deus Padre na unidade do Espírito
Santo. Amém.
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