Beato
Fernando de Portugal, o Infante Santo, mártir
ORAÇÃO
PREPARATÓRIA
Senhor Jesus Cristo, unindo-me à
divina intenção com que na terra pelo vosso Coração Sacratíssimo rendestes
louvores a Deus e ainda agora os rendeis de contínuo e em todo o mundo no
Santíssimo Sacramento da Eucaristia até a consumação dos séculos, eu vos ofereço
por este dia inteiro, sem exceção de um instante, à imitação do Sagrado Coração
da Bem-aventurada Maria sempre Virgem Imaculada, todas as minhas intenções e
pensamentos, todos os meus afetos e desejos, todas as minhas obras e palavras.
Amém.
LECTIO
DIVINA
1ª
Leitura (Tob 12,1.5-15.20): Naqueles dias, Tobit chamou seu filho Tobias
e disse-lhe: «Filho, agora deves pagar o salário ao homem que foi contigo e
acrescentar alguma gratificação». Tobias chamou-o e disse-lhe: «Toma como
salário metade de todos os bens que trouxemos e vai em paz». Então Rafael
chamou-os à parte e disse-lhes: «Bendizei a Deus e louvai-O diante de todos os
seres vivos, pelo bem que vos fez. Glorificai e exaltai o seu nome. Anunciai
dignamente as obras de Deus a todos os homens e não vos canseis de O louvar. É
bom guardar o segredo do rei, mas é uma honra manifestar e proclamar as obras
de Deus. Praticai o bem e nenhum mal vos atingirá. É boa a oração com o jejum,
é boa a esmola com justiça. É melhor possuir pouco com justiça, do que muito com
injustiça. É melhor dar esmola do que acumular muito ouro. A esmola salva da
morte e purifica de todo o pecado. Quem distribui esmola viverá longa vida, mas
quem comete pecados e injustiças é inimigo da própria vida. Manifestar-vos-ei
toda a verdade, sem nada vos ocultar. Já vos disse e repito: é bom guardar o
segredo do rei, mas é uma honra manifestar e proclamar as obras de Deus. Pois
bem. Quando oráveis, tu e Sara, eu apresentava o memorial da vossa oração
diante da glória do Senhor e o mesmo fazia quando sepultavas os mortos. E
quando te levantaste sem hesitar para ir sepultar aquele morto, então fui
enviado para te pôr à prova. Mas Deus enviou-me também para te curar, a ti e a
Sara, tua nora. Eu sou Rafael, um dos sete Anjos que estão ao serviço de Deus,
na presença da glória do Senhor. E agora, bendizei o Senhor sobre a terra e
louvai a Deus. Eu vou subir para junto d’Aquele que me enviou».
Salmo
Responsorial:
R. Bendito seja Deus, que vive
eternamente.
Bendito seja Deus, que vive
eternamente: o seu reino permanece por todos os séculos. Nas suas mãos está o
castigo e o perdão, a vida e a morte, nada e ninguém escapa ao seu poder.
Se vos converterdes a Ele de todo
o coração e praticardes a verdade na sua presença, Ele voltar-se-á para vós e
não mais vos esconderá a sua face.
Considerai o que Ele fez por vós
e proclamai bem alto a vossa gratidão. Bendizei o Senhor da justiça e
glorificai o Rei dos séculos.
Na terra do meu exílio louvarei o
Senhor, anunciarei o seu poder e a sua grandeza a um povo de pecadores.
Voltai-vos para Ele, pecadores, e praticai a justiça na sua presença. talvez
vos mostre a sua benevolência e use de misericórdia para convosco.
Aleluia. Bem-aventurados os
pobres em espírito, porque deles é o reino dos Céus. Aleluia.
Evangelho
(Mc 12,38-44): Ao ensinar, Jesus dizia: «Cuidado com os escribas! Eles
fazem questão de andar com amplas túnicas e de serem cumprimentados nas praças,
gostam dos primeiros assentos na sinagoga e dos lugares de honra nos banquetes.
Mas devoram as casas das viúvas, enquanto ostentam longas orações. Por isso,
serão julgados com mais rigor. Jesus estava sentado em frente do cofre das
ofertas e observava como a multidão punha dinheiro no cofre. Muitos ricos
depositavam muito. Chegou então uma pobre viúva e deu duas moedinhas. Jesus
chamou os discípulos e disse: «Em verdade vos digo: esta viúva pobre deu mais
do que todos os outros que depositaram no cofre. Pois todos eles deram do que
tinham de sobra, ao passo que ela, da sua pobreza, ofereceu tudo o que tinha
para viver».
«Chegou então uma pobre viúva
e deu duas moedinhas»
Rev. D. Enric PRAT i Jordana (Sort,
Lleida, Espanha)
Hoje como no tempo de Jesus, os
seus devotos —e ainda mais os “profissionais” da religião— podem sofrer a
tentação de uma espécie de hipocrisia espiritual, manifestada nas atitudes
vaidosas, justificadas pelo fato de sentirmo-nos melhor que os outros: por
alguma razão somos crentes, praticantes... os puros! Pelo menos no interior da
nossa consciência, às vezes nos sentimos assim; sem chegar, porém, a “fazer que
rezamos” e ainda menos a “devorar os bens dos demais”.
No contraste evidente com os
mestres da lei, o Evangelho apresenta-nos o gesto simples, insignificante, de
uma mulher viúva que suscitou a admiração de Jesus: «Chegou então uma pobre
viúva e deu duas moedinhas» (Mc 12,42). O valor do donativo era quase nulo, mas
a decisão daquela mulher era admirável, heroica: deu tudo o que tinha para
viver.
Neste gesto, Deus e os demais
passavam diante dela e das suas próprias necessidades. Ela permanecia
totalmente nas mãos da Providência. Não tinha outra coisa onde apoiar-se,
porque voluntariamente havia deixado tudo ao serviço de Deus e da atenção dos
pobres. Jesus —que o viu— valorou o esquecimento de si mesmo, e o desejo de
glorificar a Deus e de socorrer os pobres, como o donativo mais importante de
todos os que haviam feito.
Tudo indica que a opção
fundamental e salvadora tem lugar no núcleo da própria consciência, quando
decidimos abrir-nos a Deus e viver em disposição ao próximo; o valor da eleição
não vem pela qualidade ou a quantidade da obra feita, senão pela pureza da
intenção e a generosidade do amor.
Pensamentos para o Evangelho
de hoje
«Deves dar aquilo que te custe
alguma coisa. Não basta com dar só aquilo do que podes prescindir, mas também
do que não podes nem queres prescindir. A isso eu chamo-lhe o amor em ação»
(Santa Teresa de Calcutá)
«A viúva que, na sua miséria,
lança no tesouro do templo 'tudo o que tinha para viver' (Mc 12,44). A sua
pequena e insignificante moeda torna-se um símbolo eloquente: esta viúva não dá
a Deus o que lhe sobra, não dá apenas o que possui, mas o que ela é: toda a sua
pessoa» (Bento XVI)
«O amor da Igreja pelos pobres
[...] faz parte da sua constante tradição» (195). Esse amor inspira-se no
Evangelho das bem-aventuranças (196), na pobreza de Jesus (197) e na sua
atenção aos pobres (198). O amor dos pobres é mesmo um dos motivos do dever de
trabalhar: para ‘poder fazer o bem, socorrendo os necessitado’ (199). E não se
estende somente à pobreza material, mas também às numerosas formas de pobreza
cultural e religiosa (200)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.444)
Reflexões de Frei Carlos
Mesters, O.Carm.
* No evangelho de hoje estamos chegando ao fim
da longa instrução de Jesus aos discípulos. Desde a primeira cura do cego
(Mc 8,22-26) até à cura do cego Bartimeu em Jericó 10,46-52), os discípulos
caminharam com Jesus para Jerusalém, recebendo dele muitas instruções sobre a
paixão, morte e ressurreição e as consequências para a vida do discípulo.
Chegando em Jerusalém, estiveram presentes aos debates de Jesus com os
comerciantes no Templo (Mc 11,15-19), com os sumos sacerdotes e escribas (Mc
11,27 a 12,12), com os fariseus, herodianos e saduceus (Mc 12,13-27), com os
doutores da lei (Mc 12,28-37. Agora, no evangelho de hoje, após uma última
crítica fortíssimo contra os escribas (Mc 12,38-40), Jesus encerra a instrução
aos discípulos. Sentado em frente ao cofre de esmolas do Templo, ele chama a
atenção deles para o gesto de partilha de uma pobre viúva. É neste gesto que
eles devem procurar a manifestação da vontade de Deus (Mc 12,41-44).
* Marcos 12,38-40: A crítica aos doutores da
Lei. Jesus chama a atenção dos discípulos para o comportamento ganancioso e
hipócrita de alguns doutores da lei. Estes tinham gosto em circular pelas
praças em longas túnicas, receber as saudações do povo, ocupar os primeiros
lugares nas sinagogas e os lugares de honra nos banquetes. Eles gostavam de
entrar nas casas das viúvas e fazer longas preces em troca de dinheiro! E Jesus
termina: “Essa gente vai receber um julgamento mais severo!”
* Marcos 12,41-42. A esmola da viúva. Jesus
e os discípulos, sentados em frente ao cofre de esmolas do Templo, observavam
como todo mundo colocava aí a sua esmola. Os pobres jogavam poucos centavos, os
ricos jogavam moedas de grande valor. Os cofres do Templo recebiam muito
dinheiro. Todo mundo trazia alguma coisa para a manutenção do culto, para o
sustento do clero e para a conservação do prédio. Parte deste dinheiro era
usada para ajudar os pobres, pois naquele tempo não havia previdência social.
Os pobres viviam entregues à caridade pública. E os pobres que mais precisavam
da ajuda dos outros eram os órfãos e as viúvas. Estas não tinham nada.
Dependiam em tudo da ajuda dos outros. Mas mesmo sem ter nada, elas faziam
questão de partilhar. Assim, uma viúva bem pobre colocou sua esmola no cofre do
templo. Poucos centavos, apenas!
* Marcos 12,43-44. Jesus aponta onde se
manifesta a vontade de Deus. O que vale mais: os dez centavos da viúva ou
os mil reais dos ricos? Para os discípulos, os mil reais dos ricos eram muito
mais úteis para fazer a caridade do que os dez centavos da viúva. Eles pensavam
que o problema do povo só poderia ser resolvido com muito dinheiro. Por ocasião
da multiplicação dos pães, eles tinham dito a Jesus: “O senhor quer que vamos
comprar pão por duzentos denários para dar de comer ao povo?” (Mc 6,37) De
fato, para quem pensa assim, os dez centavos da viúva não servem para nada. Mas
Jesus diz: “Esta viúva que é pobre lançou mais do que todos que ofereceram
moedas ao Tesouro”. Jesus tem critérios diferentes. Chamando a atenção dos
discípulos para o gesto da viúva, ele ensina onde eles e nós devemos procurar a
manifestação da vontade de Deus, a saber, nos pobres e na partilha. Muitos
pobres de hoje fazem o mesmo. O povo diz: “Pobre não deixa pobre morrer de
fome”. Mas às vezes, nem isso é possível. Dona Cícera que veio do interior da
Paraíba, Brasil, para morar na periferia da capital, João Pessoa, dizia: “No
interior, a gente era pobre, mas tinha sempre uma coisinha para dividir com o
pobre na porta. Agora que estou aqui na cidade grande, quando vejo um pobre que
vem bater na porta, eu me escondo de vergonha, porque não tenho nada em casa
para dividir com ele!” De um lado: gente rica que tem tudo, mas não quer
partilhar. Do outro lado: gente pobre que não tem quase nada, mas quer
partilhar o pouco que tem.
* Esmola, partilha, riqueza. A prática da
esmola era muito importante para os judeus. Era considerada uma “boa obra”,
pois dizia a lei do Antigo Testamento: “Nunca deixará de haver pobres na terra;
por isso, eu te ordeno: abre a mão em favor do teu irmão, do teu humilde e do
teu pobre em tua terra”. (Dt 15,11). As esmolas, colocadas no cofre do templo,
seja para o culto, seja para os necessitados, os órfãos ou as viúvas, eram
consideradas como uma ação agradável a Deus. Dar esmola era uma maneira de
reconhecer que todos os bens pertencem a Deus e que nós somos apenas
administradores desses bens, para que haja vida em abundância para todas as
pessoas. A prática da partilha e da solidariedade é uma das características das
primeiras comunidades cristãs: “Não havia entre eles necessitado algum. De
fato, os que possuíam terrenos ou casas, vendendo-os, traziam o resultado da
venda e o colocavam aos pés dos apóstolos” (At 4,34-35; 2,44-45). O dinheiro da
venda, oferecido aos apóstolos, não era acumulado, mas “distribuía-se, então, a
cada um, segundo a sua necessidade” (At 4,35b; 2,45). A entrada de pessoas mais
ricas nas comunidades fez com que a mentalidade da acumulação entrasse na
comunidade e bloqueasse o movimento da solidariedade e da partilha. Tiago
adverte estas pessoas: “Pois bem, agora vós, ricos, chorai por causa das
desgraças que estão a sobrevir. A vossa riqueza apodreceu e as vossas vestes
estão carcomidas pelas traças.” (Tg 5,1-3). Para aprender o caminho do Reino,
todos precisam tornar-se alunos daquela viúva pobre, que partilhou tudo o que
tinha, o necessário para viver (Mc 12,41-44).
Para um confronto pessoal
1. Como é que os dois
centavos da viúva podem valer mais que os mil reais dos ricos? Olhe bem o texto
e diga por que Jesus elogiou a viúva pobre. Qual a mensagem deste texto para
nós hoje?
2. Quais as dificuldades e
alegrias que você já encontrou na sua vida ao praticar a solidariedade e a
partilha com os outros?
LADAINHA
DO SAGRADO CORAÇÃO
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de
nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Deus Pai dos Céu, tende
piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende
piedade de nós.
Deus Espírito Santo Paráclito, tende
piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um
só Deus, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, Filho do Pai
Eterno, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, formado pelo
Espírito Santo no seio da Virgem Mãe,...
Coração de Jesus, unido
substancialmente ao Verbo de Deus,...
Coração de Jesus, de majestade
infinita,...
Coração de Jesus, templo santo de
Deus,...
Coração de Jesus, tabernáculo do
Altíssimo,...
Coração de Jesus, casa de Deus e porta
do céu,...
Coração de Jesus, fornalha
ardente de caridade,...
Coração de Jesus, receptáculo de
justiça e amor,...
Coração de Jesus, abismo de todas
as virtudes,...
Coração de Jesus, digníssimo de
todo o louvor,...
Coração de Jesus, rei e centro de
todos os corações,...
Coração de Jesus, no qual estão
todos os tesouros da sabedoria e ciência,...
Coração de Jesus, no qual habita
toda a plenitude da divindade,...
Coração de Jesus, no qual o Pai
celeste põe as suas complacências,...
Coração de Jesus, de cuja
plenitude nós todos participamos,...
Coração de Jesus, desejo das
colinas eternas,...
Coração de Jesus, paciente e
misericordioso,...
Coração de Jesus, rico para todos
os que vos invocam,...
Coração de Jesus, fonte de vida e
santidade,...
Coração de Jesus, propiciação
para os nossos pecados,...
Coração de Jesus, saturado de
sofrimentos,...
Coração de Jesus, atribulado por
causa de nossos crimes,...
Coração de Jesus, feito obediente
até a morte,...
Coração de Jesus, atravessado
pela lança,...
Coração de Jesus, fonte de toda a
consolação,...
Coração de Jesus, nossa vida e
ressurreição,...
Coração de Jesus, nossa paz e
reconciliação,...
Coração de Jesus, vítima dos
pecadores,...
Coração de Jesus, salvação dos
que em vós esperam,...
Coração de Jesus, esperança dos
que em vós expiram,...
Coração de Jesus, delícia de
todos os Santos,...
Cordeiro de Deus, que tirais os
pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os
pecados do mundo, ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os
pecados do mundo, tende piedade de nós.
V. — Jesus, manso e humilde de
coração,
R. — Fazei o nosso coração
semelhante ao vosso.
ORAÇÃO
Onipotente e eterno Deus, olhai
para o Coração de vosso diletíssimo Filho e para os louvores e satisfações que
ele vos tributa em nome dos pecadores, e àqueles que invocam vossa
misericórdia, concedei benigno o perdão, em nome do mesmo Jesus Cristo, vosso
Filho, que convosco vive e reina juntamente com o Espírito Santo por todos os
séculos dos séculos. Amém.
CONSAGRAÇÃO
AO CORAÇÃO DE JESUS (composta por Sta. Margarida Maria)
Eu...(nome), dou e consagro ao
Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo a minha pessoa e minha vida,
minhas ações, penas e dores, não querendo servir-me de parte alguma de meu ser,
senão para honrá-lo, amar e glorificar É esta a minha vontade irrevogável -
pertencer-lhe e fazer tudo por seu amor, renunciando completamente ao que não
for do seu agrado. Eu vos tomo, pois, ó Sagrado Coração, por único objeto de
meu amor, protetor de minha vida, segurança da minha salvação, remédio da minha
fragilidade e inconstância, reparador de todos os meus defeitos e asilo seguro
na hora da morte. Sede, ó Coração de bondade, minha justificação para com Deus,
vosso Pai, e afastai de mim os castigos de sua cólera. Ó Coração de amor, ponho
em vós toda a minha confiança, pois tudo receio de minha fraqueza e malícia,
mas tudo espero da vossa bondade. Destruí em mim tudo o que vos possa
desagradar ou resistir. Que o vosso puro amor se grave tão profundamente no meu
coração, que eu não possa jamais me esquecer, nem me separar de Vós. Suplico-vos,
também, por vossa suma bondade, que o meu nome seja escrito em vós, pois quero
fazer consistir toda a minha felicidade e minha glória em viver e morrer
convosco, na qualidade de vossa (o) escrava (o). Assim seja.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
DEIXE AQUI SEU SUA SUGESTÃO