São
Carlos Lwanga e companheiros, mártires
ORAÇÃO
PREPARATÓRIA
Senhor Jesus Cristo, unindo-me à
divina intenção com que na terra pelo vosso Coração Sacratíssimo rendestes
louvores a Deus e ainda agora os rendeis de contínuo e em todo o mundo no
Santíssimo Sacramento da Eucaristia até a consumação dos séculos, eu vos ofereço
por este dia inteiro, sem exceção de um instante, à imitação do Sagrado Coração
da Bem-aventurada Maria sempre Virgem Imaculada, todas as minhas intenções e
pensamentos, todos os meus afetos e desejos, todas as minhas obras e palavras.
Amém.
LECTIO
DIVINA
1ª
Leitura (Si 51,12-20): Eu
Vos louvarei e darei graças, meu Deus, bendizendo o nome do Senhor. Na minha
juventude, antes de andar errante, busquei abertamente a sabedoria na minha
oração. Pedi-a diante do santuário e procurá-la-ei até ao fim da vida. Quando
florescia como uva temporã, ela era a alegria do meu coração. Os meus pés
andaram por caminho reto e segui na sua esteira desde a juventude. Mal lhe
prestei ouvidos, logo a recebi e encontrei para mim abundante instrução. Graças
a ela, fiz grandes progressos: darei glória Àquele que me deu a sabedoria.
Porque eu decidi pô-la em prática, procurei zelosamente o bem e não serei
confundido. A minha alma combateu corajosamente por ela e fui muito diligente
na observância da Lei. Levantei as minhas mãos para o alto e compreendi os seus
mistérios. Dirigi para ela a minha alma e encontrei-a na pureza de vida. Com
ela, desde o princípio, adquiri inteligência; por isso não serei abandonado.
Salmo
Responsorial: 18
R. Os preceitos do Senhor alegram o coração.
A lei do Senhor é perfeita, ela reconforta a alma. As
ordens do Senhor são firmes e dão sabedoria aos simples.
Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração. Os
mandamentos do Senhor são claros e iluminam os olhos.
O temor do Senhor é puro e permanece eternamente. Os
juízos do Senhor são verdadeiros, todos eles são retos.
São mais preciosos que o ouro, o ouro mais fino; são mais
doces que o mel, o puro mel dos favos.
Aleluia. Habite em vós com abundância a palavra de
Cristo, por Cristo cantai a Deus a vossa gratidão. Aleluia.
Evangelho
(Mc 11,27-33): Jesus e os
discípulos foram outra vez a Jerusalém. Enquanto andava pelo templo, os sumos
sacerdotes, os escribas e os anciãos se aproximaram de Jesus e lhe perguntaram:
«Com que autoridade fazes essas coisas? Quem te deu autoridade para fazer
isso?». Jesus disse: «Vou fazer-vos uma só pergunta. Respondei-me, que eu vos
direi com que autoridade faço isso. O batismo de João era do céu ou dos homens?
Respondei-me!». Eles discutiam entre si: «Se respondermos: ‘Do céu’, ele dirá:
‘Por que não acreditastes em João?’ Vamos então responder: ‘Dos homens’?».—
Eles tinham medo do povo, já que todos diziam que João era realmente um
profeta. Responderam então a Jesus: «Não sabemos». E Jesus retrucou-lhes: «Pois
eu também não vos digo com que autoridade faço essas coisas!».
«Com que autoridade fazes essas coisas?»
Mn. Antoni BALLESTER i Díaz (Camarasa, Lleida, Espanha)
Hoje, o Evangelho pede-nos que pensemos com que intenção
vemos Jesus. Há quem vá sem fé, sem reconhecer sua autoridade: por isso, «os
sumos sacerdotes, os escribas e os anciãos, lhe perguntaram: “Com que
autoridade fazes essas coisas? Quem te deu autoridade para fazer isso?”(Mc
11,27-28).
Se não tratamos a Deus na oração, não teremos fé. Mas,
como diz São Gregório Magno, «quando insistimos na oração com toda veemência,
Deus se detém no nosso coração e recobramos a vista perdida». Se tivermos boa
disposição, apesar de estar no erro, vendo que a outra pessoa tem razão,
acolheremos suas palavras. Se tivermos boa intenção, apesar de arrastar o peso
do pecado, quando façamos oração Deus nos fará compreender nossa miséria, para
que nos reconciliemos com Ele, pedindo perdão de todo coração e, por meio do
sacramento da penitência.
A fé e a oração vão juntas. Diz-nos Santo Agostinho que,
«se a fé falta, a oração é inútil. Depois, quando oremos, criemos e oremos para
que não falte a fé. A fé produz a oração e, a oração produz também a firmeza da
fé». Se tivermos boa intenção e, acudimos a Jesus, descobriremos quem é e,
entenderemos sua palavra, quando nos pergunte: «O batismo de João era do céu ou
dos homens?» (Mc 11,30). Pela fé, sabemos que era do céu e, que sua autoridade lhe
vem do seu Pai, que é Deus e, Dele mesmo porque é a segunda Pessoa da
Santíssima Trindade.
Porque sabemos que Jesus é o único salvador do mundo,
acudimos a sua Mãe que também é nossa Mãe, para que desejando acolher a palavra
e a vida de Jesus, com boa intenção e boa vontade, para ter a paz e a alegria
dos filhos de Deus.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Do mesmo modo que o Senhor nada fez sem contar com seu
Pai; assim também vocês, nada façam sem contar com seu bispo e com os
presbíteros, nem tratem de corar como laudável algo que fazeis separadamente»
(Santo Inácio de Antioquia)
«A doutrina de Jesus e seus atuações só são
compreensíveis partindo de seu contato imediato com o Padre» (Bento XVI)
«Se a Lei e o templo de Jerusalém puderam ser ocasião de
“contradição” entre Jesus e as autoridades religiosas de Israel, o seu papel na
redenção dos pecados, obra divina por excelência, foi para essas autoridades, a
verdadeira pedra de escândalo» (Catecismo da Igreja Católica, n° 587)
Reflexão
* "Com que autoridade?" A palavra "autoridade" é
central nesta passagem. Contém o segredo do caminho de fé e do crescimento
espiritual que podemos percorrer, se nos deixamos guiar pela Palavra, na
meditação deste Evangelho. A pergunta provocadora dirigida a Jesus por seus
adversários leva imediatamente a entender a distância que há entre ele e os
outros, por isso não pode haver uma resposta. "Autoridade", nas palavras
dos sacerdotes e dos escribas, indica o "poder", "força",
"domínio", "capacidade de fazer cumprir as leis e julgar".
Para Jesus, no entanto, "autoridade" significa outra coisa, como
podemos entender se termos presente que em hebraico esta palavra vem da raiz que
significa "fazer-se igual a". Na verdade, Jesus manifesta imediata e
claramente em que o horizonte Ele se move, para onde está indo e para onde quer
nos conduzir: para ser iguais, para ser como o Pai, para manter uma relação de
amor com Ele, como entre Pai e filho. Não é por acaso que Ele imediatamente
mencione o batismo de João ...
* "O batismo de João ...". Jesus nos leva rapidamente e com
clareza ao ponto de partida, à fonte, lá onde podemos reencontrar conosco
mesmos, no encontro com Deus. Às margens do rio Jordão, onde ele foi batizado,
é preparado um lugar para nós, porque, porque, como Ele, descemos às águas, no
fogo do amor e nos deixamos marcar com o selo do Espírito Santo, nos deixamos
encontrar, visitar e envolver por estas palavras: "Tu és o meu Filho
amado" (Mc 1, 11). Jesus nos ensina que não há nenhuma outra autoridade,
outra grandeza ou outra riqueza, mas apenas esta.
* "Do céu ou dos homens?". Queremos estar com
Deus e com os homens, seguir a Ele ou a eles, entrar na luz do céu aberto (Mc 1,
10) ou permanecer na trevas da nossa solidão?
* "Respondei-me." É belíssima esta palavra de Jesus,
repetida com ênfase duas vezes (vv. 29 e 30). Jesus pede uma escolha precisa,
uma decisão clara, sincera e autêntica, até o fim. O verbo
"responder", em grego, expressa justamente esta atitude, esta
capacidade de distinguir e separa bem as coisas. O Senhor quer nos convidar
para entra no mais profundo de nós mesmos para nos deixar penetrar por suas
palavras e que, dessa forma, aprendemos cada vez mais e melhor, em estreita
relação com Ele, a tomar as decisões importantes de nossa vida e até mesmo a
todos os dias.
Mas esse verbo simples e bonito indica, todavia algo
mais. A raiz hebraica expressa resposta e, ao mesmo tempo, a miséria, a
pobreza, tristeza e humildade. Isto é, não pode haver uma verdadeira resposta
senão na humildade, no ouvir. Jesus pede aos sacerdotes e escribas, e também a
nós, de entrar nesta dimensão da vida, nesta atitude da alma: fazer-se humilde
diante dele, reconhecer a nossa pobreza e a necessidade que temos Dele, porque
esta é a única possível resposta para
suas perguntas.
* "Discutiam entre si". Estamos diante de outro verbo
importante que nos ajuda a compreender melhor o nosso mundo interior. Este
discutir, de fato, é um "falar através de", como se deduz da tradução
literal do verbo grego usado por Marcos. As pessoas desta passagem estão quebradas
por dentro, atravessadas por uma ferida; diante de Jesus, não são de uma peça.
Entre eles falam por diversas razões e considerações, ao invés de entrar
naquele relacionamento e diálogo com o Pai, que foi inaugurado no batismo de
Jesus, continuam de fora, à distância, como o filho da parábola, que se recusa
a entrar no banquete do amor cf . Lc 15, 28). Eles também não acreditam que a
Palavra do Pai, que repete mais uma vez: "Tu és o meu Filho muito amado:
em ti me comprazo" (Mc 1, 11), por isso continuam procurando e querendo a
força da autoridade e do poder em vez da fraqueza do amor.
Para um confronto pessoal
*
O Senhor me ensina que a sua autoridade, também em minha existência, não é
domínio nem força de opressão, mas é amor, capacidade de se assemelhar, de se
fazer próximo. Eu quero aceitar essa
autoridade de Jesus na minha vida, desejo realmente entrar nesta relação de
semelhança a Ele? Estou disposto a tomar as medidas que esta escolha comporta?
Estou determinado a ir até o fim por este caminho?
* Ao avizinhar-me desta passagem do Evangelho, talvez não suspeitasse que
seria levado à passagem do Batismo e a
esta experiência tão fundamental e motora de relacionamento com Deus Pai. No
entanto, o Senhor quis revelar mais uma vez seu grande amor, ele não recuar
diante de qualquer fadiga ou obstáculo,
para me alcançar. Mas e o meu coração como está, neste momento, diante Dele?
Consigo escutar a voz do Pai falando comigo e me chama de "filho",
pronunciando o meu nome? Consigo acolher esta
sua declaração de amor? Confio, creio, me entrego a Ele? Eu escolho o
céu ou ainda a terra?
*
Eu acho que deveria acabar com essa meditação, sem dar minha resposta. Jesus me
pede especificamente: aquele "Respondei-me" hoje é dirigido a mim. Eu
aprendi que não pode haver verdadeira resposta, sem uma verdadeira escuta, e
que a verdadeira escuta só pode nascer da humildade ... Desejo dar este passo?
Desejo, pelo contrário, continuar a responder guiado apenas por minhas
convicções, por meus velhos modos de pensar e sentir, por minha presunção e autossuficiência?
* Uma pergunta final. Olhando meu coração por dentro, eu também me vejo um
pouco dividido, como os adversários de Jesus? Tenho em mim alguma ferida que me
atravessa e não me permite ser um cristão por inteiro, amigo de Cristo, um
seguidor seu?
LADAINHA
DO SAGRADO CORAÇÃO
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de
nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Deus Pai dos Céu, tende
piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende
piedade de nós.
Deus Espírito Santo Paráclito, tende
piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um
só Deus, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, Filho do Pai
Eterno, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, formado pelo
Espírito Santo no seio da Virgem Mãe,...
Coração de Jesus, unido
substancialmente ao Verbo de Deus,...
Coração de Jesus, de majestade
infinita,...
Coração de Jesus, templo santo de
Deus,...
Coração de Jesus, tabernáculo do
Altíssimo,...
Coração de Jesus, casa de Deus e porta
do céu,...
Coração de Jesus, fornalha
ardente de caridade,...
Coração de Jesus, receptáculo de
justiça e amor,...
Coração de Jesus, abismo de todas
as virtudes,...
Coração de Jesus, digníssimo de
todo o louvor,...
Coração de Jesus, rei e centro de
todos os corações,...
Coração de Jesus, no qual estão
todos os tesouros da sabedoria e ciência,...
Coração de Jesus, no qual habita
toda a plenitude da divindade,...
Coração de Jesus, no qual o Pai
celeste põe as suas complacências,...
Coração de Jesus, de cuja
plenitude nós todos participamos,...
Coração de Jesus, desejo das
colinas eternas,...
Coração de Jesus, paciente e
misericordioso,...
Coração de Jesus, rico para todos
os que vos invocam,...
Coração de Jesus, fonte de vida e
santidade,...
Coração de Jesus, propiciação
para os nossos pecados,...
Coração de Jesus, saturado de
sofrimentos,...
Coração de Jesus, atribulado por
causa de nossos crimes,...
Coração de Jesus, feito obediente
até a morte,...
Coração de Jesus, atravessado
pela lança,...
Coração de Jesus, fonte de toda a
consolação,...
Coração de Jesus, nossa vida e
ressurreição,...
Coração de Jesus, nossa paz e
reconciliação,...
Coração de Jesus, vítima dos
pecadores,...
Coração de Jesus, salvação dos
que em vós esperam,...
Coração de Jesus, esperança dos
que em vós expiram,...
Coração de Jesus, delícia de
todos os Santos,...
Cordeiro de Deus, que tirais os
pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os
pecados do mundo, ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os
pecados do mundo, tende piedade de nós.
V. — Jesus, manso e humilde de
coração,
R. — Fazei o nosso coração
semelhante ao vosso.
ORAÇÃO
Onipotente e eterno Deus, olhai
para o Coração de vosso diletíssimo Filho e para os louvores e satisfações que
ele vos tributa em nome dos pecadores, e àqueles que invocam vossa
misericórdia, concedei benigno o perdão, em nome do mesmo Jesus Cristo, vosso
Filho, que convosco vive e reina juntamente com o Espírito Santo por todos os
séculos dos séculos. Amém.
CONSAGRAÇÃO
AO CORAÇÃO DE JESUS (composta por Sta. Margarida Maria)
Eu...(nome), dou e consagro ao
Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo a minha pessoa e minha vida,
minhas ações, penas e dores, não querendo servir-me de parte alguma de meu ser,
senão para honrá-lo, amar e glorificar É esta a minha vontade irrevogável -
pertencer-lhe e fazer tudo por seu amor, renunciando completamente ao que não
for do seu agrado. Eu vos tomo, pois, ó Sagrado Coração, por único objeto de
meu amor, protetor de minha vida, segurança da minha salvação, remédio da minha
fragilidade e inconstância, reparador de todos os meus defeitos e asilo seguro
na hora da morte. Sede, ó Coração de bondade, minha justificação para com Deus,
vosso Pai, e afastai de mim os castigos de sua cólera. Ó Coração de amor, ponho
em vós toda a minha confiança, pois tudo receio de minha fraqueza e malícia,
mas tudo espero da vossa bondade. Destruí em mim tudo o que vos possa
desagradar ou resistir. Que o vosso puro amor se grave tão profundamente no meu
coração, que eu não possa jamais me esquecer, nem me separar de Vós. Suplico-vos,
também, por vossa suma bondade, que o meu nome seja escrito em vós, pois quero
fazer consistir toda a minha felicidade e minha glória em viver e morrer
convosco, na qualidade de vossa (o) escrava (o). Assim seja.
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