Beata
Ana de São Bartolomeu, virgem de nossa Ordem
ORAÇÃO
PREPARATÓRIA
Senhor Jesus Cristo, unindo-me à
divina intenção com que na terra pelo vosso Coração Sacratíssimo rendestes
louvores a Deus e ainda agora os rendeis de contínuo e em todo o mundo no
Santíssimo Sacramento da Eucaristia até a consumação dos séculos, eu vos ofereço
por este dia inteiro, sem exceção de um instante, à imitação do Sagrado Coração
da Bem-aventurada Maria sempre Virgem Imaculada, todas as minhas intenções e
pensamentos, todos os meus afetos e desejos, todas as minhas obras e palavras.
Amém.
LECTIO
DIVINA
1ª Leitura (Tob
3,1-11a.16-17a): Naqueles dias, eu, Tobit, de alma angustiada, gemendo e
chorando, comecei a dizer entre suspiros a seguinte oração: «Vós sois justo,
Senhor, e são justas todas as vossas obras. Os vossos caminhos são misericórdia
e fidelidade, Vós sois o juiz do mundo. Agora, Senhor, lembrai-Vos de mim e
olhai para mim. Não me castigueis pelos meus pecados e erros, nem pelos dos
meus antepassados, que cometemos na vossa presença, desobedecendo aos vossos
mandamentos. Por isso Vós nos entregastes à pilhagem, ao cativeiro e à morte,
ao escárnio, à zombaria e ao insulto de todos os povos entre os quais nos
dispersastes. Na verdade, todas as vossas sentenças são justas, quando me
tratais assim, por causa dos meus pecados e pelos dos meus antepassados, porque
não cumprimos os vossos mandamentos, nem procedemos fielmente para convosco. Mas
agora tratai-me como for do vosso agrado, ordenai que me seja tirada a vida,
para que eu desapareça da face da terra e em terra me venha a tornar. Para mim,
na verdade, é melhor morrer do que viver, pois tive de ouvir ofensas caluniosas
e sinto uma grande tristeza. Senhor, fazei que eu me livre desta aflição,
deixai-me partir para a eterna morada. Não afasteis de mim o vosso rosto,
Senhor, porque para mim é melhor morrer do que suportar tão grande aflição na
minha vida e ter de ouvir tantos insultos». No mesmo dia, sucedeu que Sara,
filha de Raguel, que vivia em Ecbátana da Média, também foi insultada por uma
serva de seu pai. Ela tinha casado sete vezes, mas Asmodeu, o demónio
malfazejo, matava-lhe os maridos, antes de viverem com ela, conforme está
prescrito às esposas. A serva dizia-lhe: «És tu que matas os teus maridos: já te
casaste com sete homens e não usaste o nome de nenhum deles. Por que nos tratas
mal por causa da sua morte? Vai-te com eles e que nunca se veja nascer de ti
filho nem filha». Nesse dia, Sara entristeceu-se profundamente e começou a
chorar. Subiu à sala do andar superior da casa de seu pai e quis enforcar-se.
Mas, refletindo, pensou: «Talvez insultem meu pai e lhe digam: ‘Só tinhas uma
filha querida e ela enforcou-se por causa das suas desgraças’. Assim faria
descer meu pai à morada dos mortos, cheio de desgosto na sua velhice. É melhor
que, em vez de me enforcar, eu suplique ao Senhor que me faça morrer, para não
mais ter de ouvir insultos na minha vida. Então estendeu as mãos para a janela
e começou a rezar. Nesse momento, a prece de ambos foi escutada pelo Deus da
glória e o Anjo Rafael foi enviado para dar remédio a Tobit e a Sara.
Salmo
Responsorial: 24
R. Senhor, meu Deus, em Vós
confio.
Senhor, meu Deus, em Vós confio,
Não seja confundido nem escarneçam de mim os inimigos. Não serão confundidos os
que esperam em Vós, mas serão confundidos os que sem razão faltam à palavra.
Mostrai-me, Senhor, os vossos
caminhos, ensinai-me as vossas veredas. Guiai-me na vossa verdade e ensinai-me,
porque Vós sois Deus, meu Salvador.
Lembrai-Vos, Senhor, das vossas
misericórdias e das vossas graças que são eternas. Lembrai-Vos de mim segundo a
vossa clemência, por causa da vossa bondade, Senhor.
O Senhor é bom e reto, ensina o
caminho aos pecadores. Orienta os humildes na justiça e dá-lhes a conhecer a
sua aliança.
Aleluia. Eu sou a ressurreição
e a vida, diz o Senhor: quem acredita em Mim não morrerá. Aleluia.
Evangelho
(Mc 12,18-27): Uns saduceus, os quais dizem não existir ressurreição,
aproximaram-se de Jesus e lhe perguntaram: «Mestre, Moisés deixou-nos escrito:
‘Se alguém tiver um irmão e este morrer, deixando a mulher sem filhos, ele deve
casar-se com a mulher para dar descendência ao irmão’. Havia sete irmãos. O
mais velho casou-se com uma mulher e morreu sem deixar descendência. O segundo,
então, casou-se com ela e igualmente morreu sem deixar descendência. A mesma
coisa aconteceu com o terceiro. E nenhum dos sete irmãos deixou descendência.
Depois de todos, morreu também a mulher. Na ressurreição, quando ressuscitarem,
ela será a esposa de qual deles? Pois os sete a tiveram por esposa?». Jesus
respondeu: «Acaso não estais errados, porque não compreendeis as Escrituras,
nem o poder de Deus? Quando ressuscitarem dos mortos, os homens e as mulheres
não se casarão; serão como anjos no céu. Quanto à ressurreição dos mortos, não
lestes, no livro de Moisés, na passagem da sarça ardente, como Deus lhe falou:
‘Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó! ’ Ele é Deus não de
mortos, mas de vivos! Estais muito errados».
«Ele é Deus não de mortos, mas
de vivos»
Pbro. D. Federico Elías ALCAMÁN
Riffo (Puchuncaví - Valparaíso, Chile)
Hoje, a Santa Igreja nos põe em
nossa consideração —pela palavra de Cristo— a realidade da ressurreição e as
propriedades dos corpos ressuscitados. Por conseguinte, o Evangelho narra-nos o
encontro de Jesus com os saduceus, os que —por meio de um caso hipotético
distorcido— apresentam-lhe uma dificuldade a respeito da ressurreição dos
mortos, verdade na qual eles não acreditavam.
Dizem-lhe que, se uma mulher
enviuvar sete vezes, «ela será a esposa de qual deles? [dos sete esposos]» (Mc
12, 23). Procuram, desse jeito, ridicularizar a doutrina de Jesus. Mas, o
Senhor desfaz a dificuldade expondo que, «quando ressuscitarem dos mortos, os
homens e as mulheres não se casarão; serão como anjos no céu» (Mc 12,25).
Assim, nosso Senhor aproveita a
circunstância para afirmar a existência da ressurreição, citando o que Deus lhe
disse a Moisés no episódio da sarça: «Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac
e o Deus de Jacó», e acrescenta: «Ele é Deus não de mortos, mas de vivos» (Mc
12,26-27). Jesus lhes reprova quanto estão errados, já que não entendem a
Escritura nem o poder de Deus; e ainda mais, esta verdade já estava revelada no
Antigo Testamento: assim o ensinaram Isaias, a mãe dos Macabeus, Job e outros.
Santo Agostinho descrevia a vida
como eterna e amorosa comunhão: «não padeceras aí limites nem estreiteza ao
possuir tudo; terás tudo e teu irmão terá tudo também, porque vós, tu e ele, os
convertereis em um só, e este único todo também terá a Aquele que os possua a ambos».
Nós, longe de duvidar das
Escrituras e do poder misericordioso de Deus, aderimos com a mente e o coração
a essa verdade esperançosa, gozamos de não ficar frustrados na nossa sede de
vida, plena e eterna, a qual é confirmada no mesmo Deus, em sua glória e
felicidade. Diante deste convite divino, fica-nos fomentar as nossas ânsias de
ver a Deus, o nosso desejo de estar para sempre reinando junto a Ele.
Pensamentos para o Evangelho
de hoje
«Se nesta terra Ele curou as
doenças da carne e devolveu ao corpo sua integridade, quanto mais o fara no
momento da ressurreição com o fim de que a carne ressuscite sem defeito,
integramente » (São Justino, mártir)
«É o homem total tal qual está
situado neste mundo, tal qual tem vivido e sofrido, o que um dia será levado à
eternidade de Deus e terá parte em Deus mesmo, pela eternidade. Isto deve de
nós encher dum gozo profundo» (Bento XVI)
«Os fariseus e muitos
contemporâneos do Senhor esperavam a ressurreição. Jesus ensina-a firmemente. E
aos saduceus, que a negavam, responde: “Não andareis vós enganados, ignorando
as Escrituras e o poder de Deus?” (Mc 12,24). A fé na ressurreição assenta na
fé em Deus, que “não é um Deus de mortos, mas de vivos”» (Catecismo da Igreja
Católica, n° 993).
Reflexões de Frei Carlos
Mesters, O.Carm.
* No evangelho de hoje continua o confronto
entre Jesus e as autoridades. Depois dos sacerdotes, anciãos e escribas (Mc
12,1-12) e os fariseus e herodianos (Mc 12,13-17), agora aparecem os saduceus
que fazem uma pergunta sobre a ressurreição. Assunto polêmico, que causava
briga entre saduceus e fariseus (Mc 12,18-27; cf. At 23,6-1).
* Nas comunidades cristãs dos anos setenta,
época em que Macros escreve o seu evangelho, havia alguns cristãos que, para
não serem perseguidos, tentavam conciliar o projeto de Jesus com o projeto do
império romano. Os outros que resistiam ao império eram perseguidos, acusados e
interrogados pelas autoridades ou por vizinhos que se sentiam incomodados pelo
testemunho deles. A descrição dos conflitos de Jesus com as autoridades era uma
ajuda muito grande para os cristãos não se deixarem manipular pela ideologia do
império. Ao lerem estes episódios de conflito de Jesus com as autoridades, os
cristãos perseguidos se animavam e criavam coragem para continuar na caminhada.
* Marcos 12,18-23. Os
Saduceus. Os saduceus eram uma elite aristocrata de latifundiários e
comerciantes. Eram conservadores. Não aceitavam a fé na ressurreição. Naquele
tempo, esta fé começava a ser valorizada pelos fariseus e pela piedade popular.
Ela animava a resistência do povo contra a dominação tanto dos romanos como dos
sacerdotes, dos anciãos e dos próprios saduceus. Para os saduceus, o reino
messiânico já estava presente na situação de bem-estar que eles estavam
vivendo. Eles seguiam a assim chamada “Teologia da Retribuição” que distorcia a
realidade. Segundo esta teologia, Deus retribui com riqueza e bem-estar aos que
observam a lei de Deus, e castiga com sofrimento e pobreza os que praticam o
mal. Assim, se entende por que os saduceus não queriam mudanças. Queriam que a
religião permanecesse tal como era, imutável como o próprio Deus. Por isso não
aceitavam a fé na ressurreição e na ajuda dos anjos, que sustentava a luta
daqueles que buscavam mudanças e libertação.
* Marcos 12,19-23. A pergunta dos Saduceus. Eles
chegam até Jesus e, para criticar e ridicularizar a fé na ressurreição, contam
o caso fictício daquela mulher que se casou sete vezes e, no fim, morreu sem
filhos. A assim chamada lei do levirato obrigava a viúva sem filhos a casar com
o irmão do falecido marido. O filho que nascesse deste novo casamento era
considerado filho do falecido marido. Assim, este teria uma descendência. Mas
no caso proposto pelos saduceus, a mulher, apesar de ter tido sete maridos,
ficou sem marido. Eles perguntam a Jesus: “Na ressurreição, quando eles
ressuscitarem, de quem ela será? Todos os sete se casaram com ela!" Era
para dizer que crer na ressurreição levaria a pessoa a aceitar o absurdo.
* Marcos 12,24-27: A resposta de Jesus. Jesus
responde duramente: “Vocês não entendem nada, nem do poder de Deus, nem da
Escritura!” Jesus explica que a condição das pessoas depois da morte será
totalmente diferente da condição atual. Depois da morte já não haverá mais
casamento, mas todas serão como os anjos no céu. Os saduceus imaginavam a vida
no céu igual à vida aqui na terra. No fim, Jesus conclui: “Nosso Deus não é um
Deus de mortos, mas sim de vivos! Vocês estão muito errados!” Os discípulos e
as discípulas devem estar de sobreaviso: quem estiver do lado destes saduceus
estará do lado oposto de Deus!
Para um confronto pessoal
1) Qual é hoje o sentido
da frase: “Deus não é Deus dos mortos, mas sim dos vivos!”
2) Será que eu creio mesmo
na ressurreição? O que significa para mim “creio na ressurreição da carne e na
vida eterna”?
LADAINHA
DO SAGRADO CORAÇÃO
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de
nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Deus Pai dos Céu, tende
piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende
piedade de nós.
Deus Espírito Santo Paráclito, tende
piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um
só Deus, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, Filho do Pai
Eterno, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, formado pelo
Espírito Santo no seio da Virgem Mãe,...
Coração de Jesus, unido
substancialmente ao Verbo de Deus,...
Coração de Jesus, de majestade
infinita,...
Coração de Jesus, templo santo de
Deus,...
Coração de Jesus, tabernáculo do
Altíssimo,...
Coração de Jesus, casa de Deus e porta
do céu,...
Coração de Jesus, fornalha
ardente de caridade,...
Coração de Jesus, receptáculo de
justiça e amor,...
Coração de Jesus, abismo de todas
as virtudes,...
Coração de Jesus, digníssimo de
todo o louvor,...
Coração de Jesus, rei e centro de
todos os corações,...
Coração de Jesus, no qual estão
todos os tesouros da sabedoria e ciência,...
Coração de Jesus, no qual habita
toda a plenitude da divindade,...
Coração de Jesus, no qual o Pai
celeste põe as suas complacências,...
Coração de Jesus, de cuja
plenitude nós todos participamos,...
Coração de Jesus, desejo das
colinas eternas,...
Coração de Jesus, paciente e
misericordioso,...
Coração de Jesus, rico para todos
os que vos invocam,...
Coração de Jesus, fonte de vida e
santidade,...
Coração de Jesus, propiciação
para os nossos pecados,...
Coração de Jesus, saturado de
sofrimentos,...
Coração de Jesus, atribulado por
causa de nossos crimes,...
Coração de Jesus, feito obediente
até a morte,...
Coração de Jesus, atravessado
pela lança,...
Coração de Jesus, fonte de toda a
consolação,...
Coração de Jesus, nossa vida e
ressurreição,...
Coração de Jesus, nossa paz e
reconciliação,...
Coração de Jesus, vítima dos
pecadores,...
Coração de Jesus, salvação dos
que em vós esperam,...
Coração de Jesus, esperança dos
que em vós expiram,...
Coração de Jesus, delícia de
todos os Santos,...
Cordeiro de Deus, que tirais os
pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os
pecados do mundo, ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os
pecados do mundo, tende piedade de nós.
V. — Jesus, manso e humilde de
coração,
R. — Fazei o nosso coração
semelhante ao vosso.
ORAÇÃO
Onipotente e eterno Deus, olhai
para o Coração de vosso diletíssimo Filho e para os louvores e satisfações que
ele vos tributa em nome dos pecadores, e àqueles que invocam vossa
misericórdia, concedei benigno o perdão, em nome do mesmo Jesus Cristo, vosso
Filho, que convosco vive e reina juntamente com o Espírito Santo por todos os
séculos dos séculos. Amém.
CONSAGRAÇÃO
AO CORAÇÃO DE JESUS (composta por Sta. Margarida Maria)
Eu...(nome), dou e consagro ao
Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo a minha pessoa e minha vida,
minhas ações, penas e dores, não querendo servir-me de parte alguma de meu ser,
senão para honrá-lo, amar e glorificar É esta a minha vontade irrevogável -
pertencer-lhe e fazer tudo por seu amor, renunciando completamente ao que não
for do seu agrado. Eu vos tomo, pois, ó Sagrado Coração, por único objeto de
meu amor, protetor de minha vida, segurança da minha salvação, remédio da minha
fragilidade e inconstância, reparador de todos os meus defeitos e asilo seguro
na hora da morte. Sede, ó Coração de bondade, minha justificação para com Deus,
vosso Pai, e afastai de mim os castigos de sua cólera. Ó Coração de amor, ponho
em vós toda a minha confiança, pois tudo receio de minha fraqueza e malícia,
mas tudo espero da vossa bondade. Destruí em mim tudo o que vos possa
desagradar ou resistir. Que o vosso puro amor se grave tão profundamente no meu
coração, que eu não possa jamais me esquecer, nem me separar de Vós. Suplico-vos,
também, por vossa suma bondade, que o meu nome seja escrito em vós, pois quero
fazer consistir toda a minha felicidade e minha glória em viver e morrer
convosco, na qualidade de vossa (o) escrava (o). Assim seja.
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